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És a nossa Fé!

Justiça

Desportivamente falando, sou dos que pensam que no que toca ao futebol profissional em Portugal, devia haver uma paragem de dois anos. Toda esta gente devia ser varrida, uma limpeza geral de dirigentes que aparentemente têm corrompido e destruído esta modalidade. Uma reflexão profunda exige-se: parar, reflectir, agir e sobretudo limpar todos estes sujeitos que têm vivido à custa deste desporto. Caso exista a necessidade de os hospedar numa prisão, que não haja hesitação, pois devem pagar pelo mal que têm feito. Igualmente os clubes, e sejam eles quais forem, se tiverem que ser punidos com desclassificações ou outros, que o sejam. Por isso entendo que uma paragem de dois anos é necessária, para que toda a verdade venha ao cimo. Hoje a desconfiança está generalizada, ninguém se salva: Federação, Liga, Arbitragem e também - porque não afirmar? - os meios de comunicação, que não são nada sérios, com programas miseráveis de uma pedagogia abaixo de zero, tal os seus intérpretes. Em Portugal tudo gira à volta deste triste fenómeno sem um pingo da racionalidade. Todo este estado de coisas se arrasta e ninguém consegue pôr cobro a esta vergonha que já serve de chacota por este mundo fora. As evidências são tantas, mas a clubite tem sido mais forte. Sem falar do dinheiro que corre a jorros neste sector. Por vezes coloco uma interrogação: em Portugal o salário mínimo é de 580 euros? Não parece. Brandos costumes. O Povo, esse Povo que se baseia em comunicação como o CM. Oh, meu Deus, tirem-me deste filme.

Hoje giro eu - Selecção: a ponta do iceberg do futebol luso

Portugal é campeão da europa de futebol e tem os melhores jogadores do mundo em futebol, futsal e futebol de praia. Factos destes deixam felizes os portugueses e, em particular, a Federação Portuguesa de Futebol, mas reflectirão o verdadeiro nível global do nosso futebol, e o seu peso social e económico, à escala europeia e mundial? 

 

Em contrapeso, Portugal ocupa a sétima posição no Ranking UEFA de clubes - onde só está representada a elite do futebol luso -  e tem vindo a descer, perdendo recentemente posições, primeiro para a França, depois para a Rússia, facto que nos custou já um lugar na Champions. Adicionalmente, um estudo da Associação das Ligas Europeias Profissionais coloca a nossa 1ª Liga apenas em 12º lugar no que respeita a média de assistências nos estádios, com um número médio de 11838 espectadores, onde só Benfica, Sporting, Porto e Vitória de Guimarães têm assistências superiores a esse valor. Por outro lado, no referido estudo apresentado em Janeiro deste ano, a nossa 2ª Liga encontra-se na 46ª posição (em 47 alvo do estudo), com médias de assistências inferiores a 1000 espectadores por jogo. Paralelamente, ontem soubemos que os árbitros principais e os árbitros auxiliares portugueses não estarão representados no Mundial de Selecções, não constando de um elenco que inclui 99 árbitros provenientes de 46 países.

 

Estamos perante uma enorme divergência de dados, onde se nota uma gradual perda de competitividade interna que parece estar mascarada pelas competências e experiência que os nossos principais futebolistas têm vindo a adquirir externamente e que têm contribuido para o sucesso internacional das nossas selecções.

 

Perante estas duas realidades paralelas, como podem as autoridades competentes ajudar a construir o novo edifício do futebol português? A ideia que me dá é que o nosso futebol necessita urgentemente de maior equidade entre as equipas (a negociação em bloco dos DireitosTV teria ajudado a isso), maior transparência (é só estar atento às televisões, jornais e blogues, faz falta um Código de ética que vincule todos os agentes desportivos), mais e melhor formação de árbitros, uma maior promoção do espectáculo desportivo e regras que garantam a defesa do jogador made-in Portugal e que assegurem a continuidade do trabalho feito na Formação. Em suma, uma muito melhor Organização, que dê resposta às alterações demográficas, sociais, culturais e económicas do meio envolvente, assegurada por verdadeiros decisores e estrategos que saibam pensar o futebol nas suas multiplas vertentes.

 

Eu noto muito pouco a ser feito ao nível das reformas que se impõem e, principalmente, não vejo acento tónico na assumpção de erros e na necessidade de mudança. Quem passa a vida a resistir à mudança, um dia acaba por ter de resistir à extinção. Têm a palavra a FPF/ Liga de Clubes/ APAF e outros agentes do fenómeno desportivo, sem esquecer o papel do governo e do poder judiciário, este último enquanto segunda derivada da garantia do cumprimento das regras, que deveria, em primeira mão, ser assegurado por Federação e Liga.

 

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