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És a nossa Fé!

Quente & frio

 

Gostei muito de Gyökeres, para não variar. Melhor dos nossos na partida de anteontem em Leipzig, frente à equipa local, na sétima ronda da Liga dos Campeões. O craque sueco só entrou aos 55', para prevenir excesso de fadiga muscular. Estávamos a perder 0-1 desde os 19'. Lançado por um colega que também saltou do banco (Daniel Bragança, segundo passe para golo em dois jogos seguidos), o mais extraordinário ponta-de-lança que vi jogar no Sporting em mais de 20 anos recebeu, conduziu, driblou - e marcou. Mostrando a Harder, titular da posição neste desafio, como se faz. É bom que o jovem dinamarquês aprenda com ele.

 

Gostei de alguns desempenhos. Morten parece infatigável: continua como pêndulo do meio-campo e merecia melhor parceria do que a de Debast, que rendeu contra o Rio Ave mas se escondeu contra o Leipzig como médio-centro desacaído para a esquerda, sem capacidade de municiar o nosso ataque nem de perturbar o portador da bola quando a equipa alemã subia. Também apreciei Maxi Araújo, muito combativo e determinado: parece ter agarrado a titularidade como lateral esquerdo, falta-lhe um pouco mais de sangue-frio nos duelos para evitar ser amarelado com excessiva facilidade. Morita, lançado aos 55', trouxe consistência e qualidade de passe ao meio-campo: falta saber se já tem físico para render um jogo inteiro. 

 

Gostei pouco da estreia de Rui Borges na Liga dos Campeões. O anterior técnico do Vitória, invicto em dez partidas da Liga da Conferência ao comando do emblema minhoto, teve agora o primeiro embate na prova milionária: perdeu 1-2. Entre lesionados (agora mais um em Leipzig) e jogadores quase presos por arames, por excesso de utilização, o nosso novo treinador registou a primeira derrota ao serviço do Sporting. Seguramente extraiu lições úteis deste desaire tangencial: em competições europeias o meio-campo interior tem de ser reforçado, os extremos devem ajudar a fechar os corredores em processo defensivo e "segurar o resultado" não equivale a baixar linhas para conceder toda a iniciativa atacante ao adversário. Há sobretudo processos colectivos a rever, designadamente no campo defensivo: o golo que sofremos aos 78', marcado por Poulsen após várias carambolas na nossa defesa sem ninguém conseguir aliviar a bola, é um exemplo do que não pode voltar a acontecer. Estes erros pagam-se caros.

 

Não gostei de vários jogadores nossos. Israel, cada vez mais se confirma, não demonstra categoria para defender a baliza leonina no patamar da Liga dos Campeões: tem responsabilidade no segundo golo sofrido e foi incapaz de transmitir segurança à equipa. Fresneda voltou a revelar lacunas tácticas a defender: falhou a abordagem ao lance no primeiro golo e virou a cara à bola num segundo do Leipzig, que viria a ser anulado por fora-de-jogo milimétrico aos 31'. Geny, em processo defensivo, só marca com os olhos: divide culpas com o espanhol no golo inicial e foi inofensivo a atacar, insistindo na posse estéril da bola e atirando-se para o chão com irritante frequência. Harder tenta muito, mas com pouca habilidade: alguém deve recomendar-lhe que não basta tratar a bola com força se não houver jeito. Trincão perdeu acutilância e atracção pelo golo: não funciona como segundo avançado. Esgaio, lamento dizê-lo, tornou-se uma caricatura de si próprio: bastaria avaliar o seu desempenho no golo que nos custou a derrota, com duas intervenções sucessivas falhadas apenas um minuto após substituir Fresneda, para concluir que não merece integrar o plantel leonino. Finalmente St. Juste voltou a ser St. Juste: após quatro jogos como central ao lado de Diomande, volta a rumar ao estaleiro. Lesionou-se sozinho, aos 27': é pelo menos a oitava lesão do género desde que chegou ao Sporting. Não passa disto.

 

Não gostei nada da escumalha anti-Sporting que se intitula "grupo organizado de adeptos" e serve apenas para lançar lama sobre o clube e acarretar-lhe prejuízos financeiros e reputacionais. Escumalha que se agrega sob as siglas "Juventude Leonina" e "Brigadas Ultra Sporting". Sempre letais ao Sporting, estes energúmenos ficaram confinados numa secção do estádio bem visível e claramente delimitada: não era possível confundi-los com mais ninguém. Mas nem quiseram saber: aos 56' desataram a lançar tochas e petardos e exibiram uma enorme tarja injuriosa para a UEFA, organizadora da Liga dos Campeões. Todos encapuzados, para evitarem ser identificados. Graças a eles, acabamos de sofrer nova sanção disciplinar decretada pela entidade organizadora da Champions: na próxima semana, o sector A14 ficará encerrado na recepção ao Bolonha.  Estas claques já custaram mais de 300 mil euros em multas à SAD leonina: irão tentar o que for possível para que todo o Estádio José Alvalade fique interditado ao público. Merecem as mais implacáveis medidas punitivas: não pode haver qualquer tolerância perante estes actos terroristas, de lesa-desporto. 

Não fizeram falta nenhuma

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Houve festa do futebol no estádio municipal de Leiria, sábado passado, na final ali disputada entre Sporting e Benfica. Como é sabido, quando soou o apito final havia empate: 1-1. Nos 14 penáltis que se seguiram, a sorte sorriu aos encarnados, que levantaram o troféu enquanto a nossa equipa prestava guarda de honra, numa louvável demonstração de desportivismo.

O estádio encheu, havia numerosas famílias nas bancadas, não faltaram sequer pessoas lado a lado com cachecóis e bandeiras dos dois finalistas.

Quem não marcou presença, fazendo birrinha, foram as claques dos dois clubes. Em protesto contra sei lá o quê. Pois ainda bem que ficaram a milhas. Não fizeram falta nenhuma. Pouparam os adeptos a berros, insultos, javardice, potes de fumo, petardos e tochas.

Devia ser sempre assim.

Letais ao Sporting

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Sempre eles, inimigos declarados do nosso Clube.

Lançaram tochas contra os jogadores, em Brugge, no fim do jogo da Liga dos Campeões. Com a intenção deliberada de atingi-los: as imagens comprovam.

A UEFA, farta dos actos de violência desta escumalha, não perdoa. Duro castigo, com a proibição de venda de bilhetes para a deslocação de adeptos leoninos a Leipzig, dia 22 de Janeiro, para a Liga dos Campeões. Além de pesada multa de 20 mil euros e nova proibição de venda de bilhetes para outra partida da Champions - esta pena por enquanto suspensa durante dois anos.

Antes, o comportamento pirómano das claques durante a recepção ao Arsenal já tinha motivado outra multa de 20 mil euros e a interdição do sector A14, do topo sul do Estádio José Alvalade, no próximo jogo com o Bolonha, a 29 de Janeiro, também para a Liga dos Campeões.

Eles não enganam ninguém.

São mesmo letais ao Sporting.

Foguetório

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Os mesmos de sempre.

A fazerem a merda de sempre.

Apupem o presidente. Apupem o treinador. Apupem o preparador físico. Apupem o treinador dos guarda-redes. Apupem a real senhora que vos pariu, mas tomem por uma vez juízo nessas pobres cabecinhas.

Descarreguem lá as frustações batendo com a cabeça nas paredes, deixem os jogadores em paz.

Aqui fazemos, eu neste caso, crítica a actuações menos boas, sofríveis e péssimas de jogadores, não lhes espetamos com tochas na cabeça. Criticamos com o intuito de chamar a atenção no sentido de melhorarem o seu desempenho. Nunca colocamos em causa o seu profissionalismo.

Com a crítica eles podem bem e têm que estar prontos para ela, já um gajo com uma tocha na cabeça, está-se marimbando para tudo e quer é fugir o mais rápido e para o mais longe possível.

Têm histórico triste estas javardices com o apogeu na fuga de jogadores após a invasão da academia.

É certo que o presidente com esta teimosia em (não) dar rumo ao que está em iminente rota de colisão com um enorme iceberg, está a afastar aqueles que sendo ponderados, o podem manter no cargo. 

Já se expressou a maioria, dizendo que não quer o Sporting Clube das claques. Façam o que devem fazer, apoiem e quando o não quiserem fazer, critiquem, façam como nós e outros.

Já às tochas, bem podem metê-las onde o sol não chega. Com o fogacho para fora, sempre levantam voo e vão cair longe.

Adeptos já abandonam a superior norte

Texto de António Alvarez

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É com tristeza que vejo alegadamente a claque DUXXI, na superior norte, apoderar-se do espaço que é de há anos de sportinguistas com dezenas de anos de sócios e com gamebox. Vêem o jogo em pé, nos corrimões de entrada no estádio, e por detrás da baliza, não permitindo que as pessoas vejam o jogo sentadas. Mesmo de pé, só vêem metade do estádio.

As tochas são incendiadas e consumidas, por encapuzados, nas escadas com as mãos esticadas com as bancadas cheias de sócios dos dois lados da escada. Camisolas de adeptos queimadas, pessoas queimadas, e neste jogo [Sporting-Lille] uma senhora de mais de 60 anos teve de ser socorrida: foi atingida na vista, para além das camisolas queimadas novamente.

As pessoas estão a abandonar a superior norte, mas não têm para onde ir, pois não são ricas. Algumas já deixaram de ir aos jogos. Onde antes era um paraíso é hoje um inferno. A impunidade é real!

 

A direcção tem de vencer esta guerra com as claques.

Esta direcção, com todos os méritos que tem, e são os principais responsáveis pelo nosso êxito, corre o risco sério de ter os sócios, especialmente os mais antigos com mais votos, contra si, pois detestam o comportamento anárquico e impune das claques, que os prejudicam efectivamente.

Para já nem falar das multas. A próxima na Champions será um jogo à porta fechada, pois a pirotecnia continua. Mas eles estão-se nas tintas para isso.

 

Texto do leitor António Alvarez, publicado originalmente aqui.

 

Quente & frio

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Gostei muito que tivéssemos começado com o pé direito a nossa participação na Liga dos Campeões, após uma época de ausência. Vencemos por 2-0 o Lille, quarto classificado da Liga francesa 2023/2024. E convencemos. De tal maneira que Israel só teve de fazer uma defesa digna desse nome, já aos 89', a remate de Cabella. Convencemos, acima de tudo, graças a um golaço (38') de Gyökeres, que marca há oito jogos consecutivos em Alvalade: recebeu a bola na área, rodou para se libertar de marcação e colocou-a no ângulo mais inacessível para o guarda-redes Chevalier. E a um golão (65') de Debast, num tiro disparado a cerca de 30 metros da baliza - de primeira, sem preparação, fazendo as redes balançar no canto superior direito. Melhor em campo e homem do jogo, respectivamente - ambos heróis da noite. Também grande desempenho de Pedro Gonçalves, que cada vez parece mais jogar de olhos fechados com o craque sueco: foi ele a assisti-lo no golo com um gesto técnico de inegável classe.

 

Gostei que tivéssemos superado com boa nota a primeira etapa da caminhada na Champions, agora com novo formato - por acumulação de pontos, em oito rondas, o que arrastará esta fase da Liga dos Campeões até meados de Janeiro. Com vários estreantes leoninos na prova-rainha do futebol europeu: Israel, Debast, Diomande, Morita, Morten, Geny, Trincão e o próprio Gyökeres. Além de Quenda, que aos 17 anos e 140 dias se tornou o mais jovem jogador português de sempre a participar num onze da Liga dos Campeões - superando as proezas antes ocorridas com Dário Essugo e Rodrigo Ribeiro, ambos também pela mão de Rúben Amorim, embora não como titulares. Sem esquecer outro estreante nestas lides: Maxi Araújo, que substituiu precisamente Quenda, aos 73'. E até se registou a estreia absoluta no Sporting do dinamarquês Conrad Harder, de 19 anos: entrou aos 88', substituindo Trincão, ainda a tempo de dar nas vistas, obrigando Chevalier a grande defesa. Os mais de 41 mil adeptos presentes nas bancadas de Alvalade seguramente apreciaram. 

 

Gostei pouco da equipa adversária, que ficou reduzida a dez por acumulação de amarelos de Angel Gomes após faltas sobre Trincão (20') e Gyökeres (40'), travados à margem das regras: facilitou a nossa tarefa e confirmou que a turma francesa não constitui obstáculo preocupante, não só cá mas também lá. Também gostei pouco que ao intervalo este Sporting-Lille só estivesse 1-0. Resultado escasso para o futebol produzido. Podíamos ter marcado aos 12' (por Morita), aos 18' (Quenda), aos 27' (Trincão) e aos 28' (Pedro Gonçalves). Aos 70' tínhamos já 15 remates (cinco dos quais enquadrados) contra zero da equipa visitante. Chegou e sobrou para os três pontos e para arrecadarmos 2,1 milhões de euros só graças a esta vitória. Numa equipa com reduzida média de idades: apenas 23,8 anos. O futuro é verde e branco.

 

Não gostei da inesperada lesão de Gonçalo Inácio, forçado a sair logo aos 13', com um pé magoado - avolumando a lista dos nossos centrais a contas com lesões, após St. Juste e Eduardo Quaresma. Também não gostei de ver Tiago Santos, formado na Academia de Alcochete e já convocado para a selecção nacional, actuar contra o clube que representou durante 12 anos nas camadas jovens: saltou do banco e teve bons apontamentos como lateral direito, posição em que já se havia destacado ao serviço do Estoril. Infelizmente não encontrou no Sporting a oportunidade que merecia. 

 

Não gostei nada que tivesse sido assobiado o hino da Liga dos Campeões em Alvalade. Estes anormais gostariam de ver o Sporting mais uma época fora da Champions? Alegam uns tantos que fazem isto porque a equipa foi prejudicada num desafio qualquer ocorrido há uma década: é o cúmulo da imbecilidade. Até os nossos jogadores ficaram perplexos com isto; um deles tinha só sete anos quando o tal jogo aconteceu. Pior do que isto só o uso recorrente de tochas por energúmenos de duas claques ditas leoninas: desta vez chegaram mesmo a ferir dois adeptos que tiveram de receber tratamento no próprio estádio. A administração da SAD do Sporting tem de lidar com estes casos com mão de ferro: tolerância zero. Delinquência e desporto são dois termos antagónicos: não podem confundir-se.

Tudo bons rapazes

Dizem que está em curso a operação Bilhete Dourado para apurar um esquema ilegal de venda de bilhetes que decorreria há vários anos. Esta operação segue-se à operação Pretoriano que conduziu à cadeia Fernando Madureira. Aparentemente o clã Madureira tentou manter o negócio a funcionar, mesmo debaixo de investigações e escutas. Era a filha, eram os sogros, era este e aquele.

Nada que há muito não se soubesse no Porto e arredores. Quem queria bilhetes para o Dragão era só dizer quantos. Pela história que ouvi ainda no ano passado em Espinho o carro estava parado à porta do shopping com a bagageira bem recheada para satisfazer qualquer família numerosa, emigrante de preferência. Era um favor que faziam à bilheteira do Porto, diziam.

Agora é curioso que, com tantos milhares de euros a entrar, fala-se em 40 mil euros por jogo, e tudo isso de conhecimento do clube, leia-se Pinto da Costa. Tudo aquilo apenas servia como "moeda de troca pelo apoio que a claque dava à equipa". 

Mas que apoio afinal se poderia realizar com tal saco azul em dinheiro vivo? Era apenas alugueres de camionetas para os SuperDragões? Ou incluiam algumas coisas que vieram a lume com o Apito Dourado (Bilhete Dourado/Apito Dourado, os nomes são sugestivos) como corrupção desportiva e suborno, de árbitros, equipas e jogadores adversários? Como aqueles ex-jogadores do Porto que entram ao meio do jogo e logo cometem penáltis ou se fazem expulsar? 

 

Ainda ontem o "pasteleiro" Artur, aquele mesmo que os SuperDragões visitaram há uns anos, foi decisivo no dérbi da Invicta. Depois duma saraivada de amarelos na 1.ª parte, lá expulsou um jogador do Boavista com o Porto a perder em casa, e lá ganhou no fim. Assim o Porto parte para Braga com a vantagem de depender apenas de um empate para conquistar o 3.º lugar. Uma coisa ao jeito daquele Braga-Sporting onde a expulsão do Inácio quase dava o título ao Porto.

Será que as coisas estão ligadas? Quem é que pode garantir que sim ou que não? Quem é que pode garantir alguma coisa sobre a forma como o Porto tem ganho alguma coisa em Portugal nos últimos anos ou até nos últimos 40?

O Madureira sabe de tudo, mas não fala. Só algum dia, quando se sentir o bode expiatório dos senhores doutores da SAD que tiraram o "cavalinho da chuva" e ficaram amnésicos, iguais ou piores do que o Ricardo Salgado. Ou então só se forem os padres de Fátima, que eles são tão católicos que sempre lá vão confessar todos os seus pecados. 

SL

Pirotecnia fora dos estádios

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Mais uma vez alguns adeptos do Benfica se comportaram como selvagens num estádio de futebol, bombardeando com tochas adeptos da equipa da casa, uma vergonha não só para o clube como para o futebol português. A polícia espanhola fez aquilo que a portuguesa não consegue ou não quer fazer, deteve 3 individuos e apreendeu vasta quantidade de material pirotécnico.

Trata-se do clube que foi pioneiro na criminalidade pirotécnica nos estádios com o assassinato do sócio do Sporting Rui Mendes por um "very ligth" em pleno final da Taça, facto esse que em vez de ser motivo de vergonha para presidente e sócios, serve de inspiração para um cântico de provocação ao nosso emblema no estádio e no pavilhão, sob o encolher de ombros cúmplice dos dirigentes presentes.

Trata-se também do clube que com Luís Filipe Vieira conseguiu esconder de todas as formas a existência de claques organizadas e subsidiadas de diferentes formas, e talvez ajudar com os melhores advogados quando exageram nos actos criminosos e são levados à justiça. Com Rui Costa nada se viu em contrário, focado que está em ganhar tudo seja a que preço for, até no berlinde. Vem agora o mesmo Rui Costa  pedir desculpas ao presidente da Real Sociedad que estava em fúria ao ver adeptos do clube atingidos com tochas.

As desculpas não se pedem, evitam-se- Que fez ele para que aquilo não tivesse acontecido?

 

Também no Sporting, e depois dum presidente cúmplice que assistiu de cadeirinha ao bombardeio de Rui Patrício com tochas em pleno dérbi depois de ter andado na pista, e à vista de todos, com responsáveis da claque a organizar a coreografia, a pirotecnica organizada pelas duas claques em guerra com o actual presidente tem causado grandes problemas, nos jogos europeus e nacionais. Estamos ameaçados pela UEFA com jogos sem adeptos ou mesmo à porta fechada.

Ainda agora, no Bessa, tivemos três encapuzados num jogo que o Sporting precisava de ganhar fazerem mais um número de circo, quebrando o ritmo do jogo, sob o olhar próximo e passivo da polícia, "spotters" e unidade de intervenção. Nos ultimos dois jogos já não tivemos tochas, hoje à noite vamos ver o que acontece.

 

Há quem no Sporting aponte o dedo ao vizinho esquecendo o que tem em casa. Não é o meu caso. 

Até por uma razão muito simples. A delinquência duma franja de adeptos inseridos numa claque dum determinado clube afecta em primeiro lugar os restantes adeptos do próprio clube, que ao acompanharem os restantes se sujeitam ao que não querem e correm riscos substanciais. A começar por todos os sócios, como eu, que compraram bilhete e estarão domingo no estádio da Luz a apoiar a equipa do Sporting.

Pirotecnia fora dos estádios de futebol. E que quem a pratica seja perseguido e levado à justiça. E que ela seja dura.

SL

O dia seguinte

Foi claramente uma vitória magnífica do Sporting no Bessa, dias depois de defrontar na Polónia o campeão local num batatal lá do sítio com menos um quase todo o jogo, num dos estádios de piores recordações para os Sportinguistas (só mesmo o do Benfica e o do FC Porto o superam), perante uma boa equipa da Liga que tinha derrotado o Benfica nesse estádio, com um relvado também muito castigado pelas chuvas, se não era um batatal não faltava assim tanto.

 

Uma vitória apenas explicada pelo momento duma equipa do Sporting a crescer de jogo para jogo, com um Catamo a ala direito de pé esquerdo, aposta com que poucos ou nenhuns a( começar por mim) concordariam, mas a dar laivos do Porro na saída de bola a partir de zonas recuadas, com um Hjulmand a ser 90 e tal minutos o patrão do meio-campo, e com o Messi do Sporting a demonstrar mais uma vez (e só quem não vai ao estádio é que não percebe o que ele corre em campo) que é o "Pote de Ouro" da equipa. Claro que depois disso o trio defensivo esteve impecável, com Coates primeiro e St. Juste depois, e todos os outros estiveram em bom plano.

Apenas explicada porque do outro lado esteve um Boavista que fez um grande jogo, sempre procurando circular a bola depressa e com critério, e dessa forma cair em cima da nossa defesa. Tem um ponta de lança muito interessante e que por alguns centímetros não pôde festejar um grande golo. Felizmente a estrelinha da sorte esteve do lado do Sporting.

Pontos negativos apenas vi alguma falta de articulação entre o tridente ofensivo Edwards-Gyökeres-Pedro Gonçalves, que entre eles podiam ter resolvido o jogo bem cedo, e a forma como o Nuno Santos "oxigenado" entrou em campo e lá continuou. Talvez voltar à cor natural seja a melhor opção. O prémio já lá vai, a selecção também, e há muito para ganhar no Sporting. 

 

Quem dizia que para ganhar no Bessa era preciso atitude, comer a relva, etc, etc, pois ganhámos sabendo fazer exactamente o contrário: temporizar na defesa e acelerar no ataque, evitar entrar à queima e fazer faltas. Ou seja, soubemos ser competentes e não entrar no tipo de jogo que apenas iria favorecer o adversário, ainda mais com um árbitro manhoso e na pré-reforma, que vê o que quer e apita o que lhe apetece.

Melhor em campo? Hjulmand, o patrão do meio-campo, fundamental para a vitória.

E agora? Ganhar ao Farense, quinta-feira em Alvalade. E depois ao Arouca, e depois aos polacos, e depois ao Benfica, e depois...

 

PS: Vi o jogo no topo norte no meio das duas claque não legalizadas e demais Sportinguistas, umas filas atrás dos encapuzados das tochas que se empoleiraram nos painéis à vista de todos, macacos brancos e capuz verde e branco, e dos polícias spotters e responsáveis do corpo de intervenção ali ao lado. Alguém dali veio falar com o "capo" da Juveleo de serviço ao intervalo, e a segunda parte decorreu sem problemas. Mas afinal existe alguma lei e a polícia tem de intervir na defesa da lei (mas existe lei sobre a pirotecnia ???) e captura dos infractores ou é tudo para inglês ver e a polícia ignorar? Francamente, não entendo. Ou se calhar sim... quantos polícias foram mobilizados para o Bessa e pagos para o efeito? Para quê estragar o negócio?

SL

Rescaldo do jogo de ontem

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Geny muito cumprimentado pelos colegas após marcar o seu primeiro golo no campeonato

Foto: José Coelho / Lusa

 

Gostei

 

Do nosso triunfo num dos estádios mais difíceis. Fomos ao Bessa derrotar a turma axadrezada por 2-0 (um golo em cada parte do desafio). Vitória sem discussão numa partida emotiva, quase sem tempos mortos, com futebol de qualidade. Perante um adversário que já venceu o Benfica nesta Liga 2023/2024 e no mesmo estádio onde há um ano fomos derrotados (1-2). Comprovando assim, para quem ainda tivesse dúvidas, que estamos francamente melhor do que na época anterior. Cada vez mais embalados para o título.

 

De Pedro Gonçalves. Respondeu da melhor maneira, em campo, à infeliz e deselegante frase do seleccionador Roberto Martínez, que o acusou numa entrevista de ser um jogador «com azar». Rúben Amorim esteve bem, na conferência de imprensa de domingo, ao não alimentar lamúrias: limitou-se a incentivar o jogador a «melhorar, marcar golos, assistir e correr muito». Pedro assim fez: exibição de qualidade frente ao Boavista, culminando no nosso segundo golo, marcado com nota artística, de calcanhar, com assistência de Esgaio (85'). Imediatamente antes, no chão, tinha rematado ao poste. E logo aos 6' quase marcou, de livre directo - proporcionando grande defesa ao guarda-redes João Gonçalves. Demonstrou a atitude certa. E mantém uma contabilidade elevada: 61 golos em 106 jogos de verde e branco. Melhor em campo.

 

De Geny. Lançado como titular, correspondeu à confiança que nele depositou o treinador. Amorim facilitou-lhe a tarefa, mantendo-o com extremo direito, só com missão ofensiva, num desenho mais próximo do 4-3-3 (com Matheus Reis mais recuado) do que do habitual 3-4-3 - o que parece ter confundido Petit, treinador do Boavista. O jovem moçambicano pressionou e fixou os defensores adversários, baralhando marcações e abrindo espaços lá na frente. Sai deste jogo com boa nota, sobretudo pelo belo golo que marcou, aos 37', aproveitando um excelente cruzamento de Matheus a quase toda a largura do terreno. Foi a sua estreia como artilheiro no campeonato. Não custa vaticinar que terá sido o primeiro de muitos.

 

De Morten. Talvez a sua melhor exibição desde que chegou ao Sporting. Está mais solto, mais seguro, com maior precisão de passe, sempre de frente para o jogo. Fez boa parceria com Morita: completam-se bem no centro do relvado. Com o japonês tendo como missão central a distribuição de jogo e o internacional dinamarquês actuando sobretudo como médio de contenção. Ganhou a maioria dos duelos contra uma das equipas mais combativas do nosso campeonato. O segundo golo nasce de uma recuperação dele. Só foi pena aquele cartão amarelo tão desnecessário, por falta cometida aos 90'+7, no penúltimo minuto da partida.

 

Da nossa organização defensiva. Teve dois elencos, ambos resultaram. Primeiro com o habitual trio Diomande-Coates-Gonçalo Inácio: inabalável. Depois, com a saída de Coates aos 69', o jovem marfinense passou a central ao meio e St. Juste colocou-se à direita. Desempenho recompensado: a nossa baliza ficou incólume (Adán só fez uma defesa difícil, aos 83') no primeiro jogo desta Liga em que o Boavista permaneceu em branco. Temos de momento a segunda defesa menos batida do campeonato - sete golos, só mais um do que o FCP.

 

Da homenagem a Bas Dost ao minuto 28. Os adeptos leoninos, que compareceram em força no Bessa, prestaram um comovente tributo ao craque holandês neste momento da partida, em alusão ao número que ele usava no Sporting. Bas caiu, inanimado, num jogo da Liga holandesa disputado no domingo. Ainda hospitalizado, aguardando veredicto médico, já agradeceu os justos aplausos e o familiar cântico que lhe foram dedicados.

 

Da arbitragem de Nuno Almeida. Sereno e competente. Não atrapalhou, deixou jogar. Oxalá todos fossem assim.

 

De termos conquistado 25 pontos em 27 possíveis. Mais nove do que na mesma fase do campeonato anterior. Eficácia sem margem para dúvida. Marcámos até agora em todos os jogos. Aliás estamos há 17 jornadas seguidas a marcar.

 

De termos cumprido outro jogo sem perder na Liga. Se somarmos as 14 rondas finais do campeonato anterior às nove decorridas deste, são já 23 desafios seguidos sem conhecermos o amargo sabor da derrota na prova máxima do futebol português. Venham mais assim.

 

De ver o Sporting cada vez mais líder. Comandamos o campeonato. Mantemo-nos no topo há quatro rondas consecutivas. Somos a única equipa que ainda não sofreu qualquer derrota. Ampliámos a vantagem, estando agora ainda mais isolados no posto de comando. Beneficiando do empate do Benfica com o Casa Pia na Luz. Seguimos com mais três pontos do que os encarnados e a turma portuense, mais seis do que o V. Guimarães e já com mais oito do que o Braga. Para desgosto de uma minúscula falange de adeptos que anseia por desaires da equipa e tem como lema "quanto pior, melhor". Não acertam uma - nem sequer nisto.

 

 

Não gostei

 

De alguns golos desperdiçados. Desta vez a "fava" calhou a quatro: Gyökeres, estranhamente muito apagado, falhando emenda à boca da baliza (11'); Pedro Gonçalves, isolado por Edwards com um passe picado de excelente execução técnica (31'); Edwards, também só com o guarda-redes pela frente (53'); e Paulinho, incapaz de a meter lá dentro com Nuno Santos a servi-lo de bandeja (90'+2).

 

Do calafrio aos 77'. Quando o Boavista conseguiu introduzir a bola nas nossas redes. Os adeptos da casa festejaram, mas em vão. O golo acabou anulado pelo VAR: havia deslocação de 27 cm. 

 

De Trincão. Foi o último a entrar - só aos 86', substituindo Geny. Já com o Boavista acusando evidente desgaste fisico. Mesmo assim, falhou o drible nas duas vezes em que teve a bola nos pés. Atravessa um período de baixo rendimento já excessivamente prolongado.

 

Do péssimo estado do terreno. Chamar àquilo "relvado" é um insulto a qualquer relvado. Cada vez que alguém dava um pontapé na bola, saltava um tufo de ervas do lamaçal do Bessa.

 

Das tochas lançadas pelas claques. A Juve Leo e o Directivo XXI não têm emenda: obrigam o Sporting a pagar multas atrás de multas em todas as jornadas. Ontem forçaram a interrupção do Boavista-Sporting por vários minutos após arremessarem vários engenhos pirotécnicos... contra a nossa própria baliza, perturbando Adán. E contribuindo para lesar o nosso clube. São mesmo letais ao Sporting.

A voz do leitor

«Não consigo perceber por que razão o SCP não contrata pessoas para identificar o autor ou autores que prejudicam o nosso clube em muitos milhares de euros. A PSP tem guardas à paisana que poderiam resolver este assunto. Não entendo esta situação. Quando formos castigados com jogos à porta fechada talvez alguém se preocupe, mas já tardaram a resolver esta situação.»

 

Fernando Albuquerque, neste meu texto

Cinco anos depois do ataque a Alcochete

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Fernando Mendes continua (?) em prisão domiciliária, Alano Silva, outro dos assaltantes, continua em julgamento no tribunal de Almada, Bruno de Carvalho apareceu ontem num programa "cor de rosa" da TVI onde também surgiu Lili Caneças, Mustafá continua líder da Juveleo, a claque continua a insultar o presidente eleito em pleno jogo e a mandar os jogadores jogar à bola, isto com a equipa a lutar por ultrapassar a desvantagem no marcador e Porro já cá não está para repetir o gesto que teve para com eles no jogo com o Casa Pia.

SL

Pirotecnia ultra

Depois da chuva de tochas sobre os adeptos do clube da casa em Milão, o Benfica foi (levemente) sancionado pela UEFA, uma multa de quase nada e uma proibição de não-venda de bilhetes para o próximo jogo fora de casa.

Também o Sporting esteve ainda há pouco ameaçado de sofrer uma sanção deste tipo, ultras aditivados e pirotécnicos existem dos dois lados, o limite do que fazem depende mais de quem governa o clube no momento e do controlo que tem ou deixa de ter sobre as claques. Há quem corte a direito com as claques legais, reconhecidas ou clandestinas, os respectivos líderes e a sua máquina económica (para não lhe chamar outra coisa, até porque parece que existem membros no activo das forças policiais nas claques, e a existirem sabem mais do que eu sobre o assunto) e há quem mantenha relações de promiscuidade que no caso do FC Porto atingem proporções épicas. Quando Pinto da Costa cair da cadeira cá estaremos para ver o que irão provocar.

Mas, devido a isso ou não, também é verdade que o Benfica se tem destacado pelos actos criminosos das suas claques relativamente às claques e aos adeptos do Sporting. Todos nos lembramos do "very light" sobre o nosso adepto Rui Mendes, do atropelamento e fuga sobre o adepto da Fiorentina, da emboscada com martelo no Estoril, e outras. Digamos que o Benfica facilmente acolhe marginais e delinquentes, o próprio Luis Filipe Vieira não tinha limpo o cadastro e o Sporting (ou pelos menos as claques do Sporting) é o alvo predilecto dos mesmos.

 

Depois dos acontecimentos, saltam cá para fora as justificações. Estas, a mando de Rui Costa, apenas me lembram aquelas do Bruno de Carvalho depois do assalto a Alcochete, até porque para a semana vamos "comemorar" cinco anos depois daquele dia bem negro da história do Sporting. 

"O Sport Lisboa e Benfica vai avaliar a possibilidade de recorrer desta decisão da qual foi notificado hoje pela UEFA." A sério? E vai avaliar como? Atirando tochas para cima da tribuna presidencial no próximo jogo da Luz? 

Para mim só há uma forma de lidar com este tipo de situações: os sócios fazerem justiça dentro dos próprios clubes, identificarem e expulsarem os responsáveis das claques, reconhecidas ou não, que "autorizam" estes actos. Porque se eles não autorizassem, por muito murro ou pontapé que ocorresse na bancada, aquilo não acontecia.

Era o que o Sporting deveria ter feito a seguir ao "bombardeio" de Rui Patrício e ao assalto a Alcochete.

SL

A voz do leitor

«Seria interessante pensar se o próprio clube não pode tomar a iniciativa de criar uma claque própria, com quem estabelece um contrato que lhe dá um conjunto de benesses em troca de um apoio dentro das normas pré-estabelecido. Neste caso, não seriam as claques a decidir sobre a sua direcção própria mas o clube que teria ainda a prerrogativa de aceitar ou expulsar um membro do grupo caso se identificassem comportamentos fora do estabelecido. Haveria ainda a mesma responsabilidade para a Direcção. Esta não poderia usar a claque para fins políticos (nomeadamente transformá-las em guardas pretorianas como já vimos acontecer).»

 

Sol Carvalho, neste meu texto

As assistências em Alvalade

bilhetica-sporting.jpg

Segundo um artigo d´A Bola de 12/03/2023, com base nos dados acima fornecidos pelo Sporting, a corrente temporada demonstra a melhor média de bilhética por jogo (gamebox e ingressos) dos últimos anos, 41,3 mil bilhetes vendidos e que corresponde uma assistência de 29,7 mil adeptos.

No outro domingo, a uma hora imprópria para consumo, o Sporting recebeu o Boavista e foi anunciada a presença de cerca de 27,5 mil espectadores no estádio, na linha da média referida. Já o Sporting-Arsenal contou com 36 mil expectadores, bastante acima da média, como seria de supor.

Os números acima demonstram ainda que existe um diferencial variável que pode ultrapassar os 10 mil entre uma coisa e outra, que corresponde a sócios e adeptos com título adquirido que acabam por faltar seja qual for o motivo.

Do que ouvi num podcast a um responsável da anterior direcção, José Ribeiro, os números anunciados nessa altura eram de bilhética, sem controlo pela Liga ou por outra entidade, e a ideia era promover a ideia dum estádio cheio, um ambiente de festa em que quem não tivesse ido se sentisse na obrigação de ir, e facilitador de patrocínios e outros negócios corporativos. Mas a questão é que, e eu estava lá como estou agora, mesmo com as cadeiras "Taveira" entretanto mudadas, só um cego não via que os números anunciados muitas vezes não batiam certo com as presenças. Nesse podcast, ouvi também falar da possibilidade de reconversão da zona de adeptos visitantes para convidar núcleos a vir a Alvalade em excursões apoiadas pelo clube.

 

O primeiro factor de ocupação dum estádio será sempre o desempenho da equipa. Estivesse o Sporting à frente do campeonato e teríamos sempre o estádio (quase) cheio apesar de tudo o resto. Ainda hoje ouvi a história dum avô orgulhoso que vai levar as netas "inglesas" ao próximo jogo em Alvalade, exigência delas em visita a Lisboa pela repercussão que a vitória do Sporting teve com o Arsenal teve em Londres e no colégio delas. Portanto, se o estádio não está mais composto o primeiro responsável é Rúben Amorim.

Mas qualquer um que vá agora a Alvalade percebe a existência de duas zonas especiais de adeptos, delimitadas, com acessos próprios, que não se podem reconfigurar jogo a jogo. Uma para visitantes, outra para as claques do Sporting. Dado que as duas grandes claques se recusam a ir para lá, e os clubes pequenos não trazem adeptos em número significativo, uma parte substancial do estádio (cerca de 5 mil dos 50 mil disponíveis) está nesses jogos praticamente vazio, como esteve no Sporting-Boavista. Portanto nesse jogo as restantes bancadas estiveram a 60% da lotação. A mim, que estive lá, pareceu-me que foi mais ou menos isso.

Por outro lado, como as duas claques, depois dalguns confrontos entre elas, se foram albergar em duas bancadas opostas, e entreter-se a rebentar petardos, a acender tochas, a cantar insultos para os clubes adversários e para a Liga e a exibir tarjas ofensivas até para a polícia, o que além das sucessivas multas ao clube já deu origem a uma carga policial musculada, as portas afectas a essas bancadas obrigaram a processos de revista mais intensos e demorados (ainda hoje se fala no descalçar dos sapatos que muito ofendeu alguns). O que com certeza obrigou a alguns a mudar de sector do estádio para não estar misturado com aquela gente e desmotivou outros a ir, porque levar com uma tocha ou um bastão policial não agrada a ninguém. E andar a cheirar substâncias esquisitas, só a alguns.

 

Assim, de repente, temos uma boa parte da assistência de Alvalade comprometida directa ou indirectamente devida às claques. Pelo que os segundos responsáveis são elas próprias.

Depois, e só depois, temos o resto. Os horários dos jogos, o preço dos bilhetes, a falta duma plataforma de revenda, a acessibilidade ao estádio (neste momento uma verdadeira miséria dadas as obras do metro, da nova urbanização e dos desvarios ciclopédicos do Medina), a experiência de utilização dentro do estádio, o gosto ou desgosto que possa merecer o presidente, etc.

Portanto, para o estádio encher duas coisas são necessárias: a equipa a ganhar e o problema com as claques (que os dois rivais souberam não ter) ultrapassado.

SL

Escumalha

rrec.jpg

 

Eles dizem amar o Sporting. Não acreditem, isso é aldrabice. 

Eles amam, acima de tudo, a candonga que cultivam há anos a coberto do Sporting enquanto batem no peito como se sentissem devoção pelo Clube.

Mentem.

 

Uma vez mais, a prova ficou à vista: montaram um «festival pirotécnico» em Herning, no estádio do Midtjylland, arremessando tochas, ferindo duas pessoas.

Nada de novo: chegaram a fazer o mesmo no Estádio José Alvalade. Contra Rui Patrício, contra Luís Maximiano. Durante jogos em que enfrentámos o Benfica.

Por causa destes imbecis, o Sporting volta a pagar uma pesada multa: 50 mil euros.

Por causa destes javardos, uma criança e um agente desportivo tiveram de receber tratamento na Dinamarca.

Por causa destes canalhas, a UEFA condenou o nosso clube a jogar sem adeptos na ronda seguinte das provas europeias - valendo-nos, apesar de tudo, o facto de esta pena ficar suspensa durante dois anos. Mas pode ser accionada de imediato, e até agravada, se o comportamento antidesportivo se repetir. 

Por causa destes letais, o Sporting Clube de Portugal continua a sofrer graves danos reputacionais na Europa do futebol.

 

Não acreditem quando os ouvirem cantarolar: «Irei onde o coração / Me levar e sem receio / Farei o que puder / Pelo meu Sporting.»

É precisamente ao contrário: eles fazem tudo quanto podem para prejudicar o Clube. Alguns nem disfarçam: entre urros e guinchos, dizem que para eles o Sporting «acabou em 2018.»

Com estes canalhas não há contemporização possível. Cento e trinta e oito já foram banidos dos recintos desportivos por decisão da Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto.

Terá de acontecer o mesmo a muitos mais.

E não me digam que «somos todos do Sporting». Eu nada tenho a ver com esta escumalha.

Ora toma lá!

O homem toca uma vez na bola e marca um golaço.

As minhas desculpas ao Paulinho, por ter duvidado da sua eficácia.

É exasperante ver uma equipa que até joga bem, muito bem aliás ontem e é tão ineficaz na finalização.

É certo que o GR japonês fez três ou quatro defesas de luxo, mas aquilo que se faz tão bem até ao tiro final, não merecia a falta de pontaria que se está a tornar um (mau) hábito.

Valeu-nos hoje Paulinho, o mal amado (mea culpa), com um golo de belo efeito e de difícil execução.

E valeu-nos o arrojo de Amorim, que nos deixou praticamente sem meio-campo para ganhar o jogo. Conseguiu-o, está de parabéns.

Tudo está bem, quando acaba bem.

Uma nota final para o apoio que se ouviu sempre do início ao fim do jogo. Eram escusadas as tarjas, bastavam as bandeiras e os cachecois.

Prejudiciais ao Sporting

Quando foram divulgadas, por parte do Sporting, algumas consequências da atuação de algumas claques no último jogo europeu (uma criança e um agente de autoridade feridos na sequência do uso de engenhos pirotécnicos), houve quem duvidasse da veracidade de tais alegações. Não me refiro somente à Juventude Leonina, mas a diversas páginas de "apoio" ao Sporting no facebook, que questionavam abertamente a veracidade do comunicado do Sporting.

A notícia divulgada ontem, porém, não deixa grandes dúvidas. O Sporting foi multado pelo lançamento de engenhos pirotécnicos por parte de algumas das suas claques no jogo contra o Midtjylland. A isto acresce a possibilidade de proibição de venda de bilhetes no próximo jogo europeu fora de Alvalade, que fica suspensa para já.

Seria de esperar, no mínimo, uma retratação da parte de quem duvidou (nalguns casos pode mesmo dizer-se que mentiu). Da parte da Juventude Leonina não houve reação nenhuma (aguarda-se a próxima queixinha quando tiverem que se descalçar para entrar em Alvalade). Há certas páginas "leoninas" que, sinceramente, prefiro nem frequentar, tamanha é a falta de vergonha. Mas o "Leão da Estrela", que acusara na sua página no facebook a direção do Sporting de "arruaceiros de fake news" (sic) nem reagiu a estes desenvolvimentos. Já a página "O Sporting Somos Nós" apagou uma publicação anterior desvalorizando as consequências da pirotecnia e defendendo as claques. E publicou a notícia de ontem dando mais ênfase ao facto de se tratar de uma pena suspensa ("Só é suspensa a venda para o Arsenal vs Sporting se houver incidentes no primeiro jogo em Alvalade"). Pois, não se passa nada.

{ Blogue fundado em 2012. }

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