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És a nossa Fé!

Cada tiro, cada melro

"Na sequência da decisão do Conselho de Disciplina, que condenou o jogador Nuno Santos na sanção de suspensão de oito jogos por ocasião do jogo da Supertaça realizado no Estádio Municipal de Aveiro, a Sporting SAD informa que foi hoje notificada do acórdão proferido pelo TAD, no âmbito do processo n.º 67/2024, a qual, concluindo pela procedência do recurso, revogou as sanções aplicadas à Sporting SAD e aos jogadores Nuno Santos e Matheus Reis.

Embora se congratule com a decisão do TAD, a Sporting SAD não pode deixar de censurar o modo leviano como o então Conselho de Disciplina da FPF decidiu suspender um jogador em cerca de um quarto da principal competição nacional, cujos efeitos, por sorte ou infortúnio, apenas não se fizeram sentir no plano desportivo devido a uma grave lesão sofrida pelo atleta. 

A Sporting SAD espera que o novo ciclo federativo do Conselho de Disciplina da FPF represente um momento de viragem, trazendo uma abordagem mais ponderada e sensata a uma actividade fundamental para assegurar a regularidade das competições e a preservação da verdade desportiva."

 

Comunicado da Sporting SAD, sublinhados meus.

Letais ao Sporting

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Sempre eles, inimigos declarados do nosso Clube.

Lançaram tochas contra os jogadores, em Brugge, no fim do jogo da Liga dos Campeões. Com a intenção deliberada de atingi-los: as imagens comprovam.

A UEFA, farta dos actos de violência desta escumalha, não perdoa. Duro castigo, com a proibição de venda de bilhetes para a deslocação de adeptos leoninos a Leipzig, dia 22 de Janeiro, para a Liga dos Campeões. Além de pesada multa de 20 mil euros e nova proibição de venda de bilhetes para outra partida da Champions - esta pena por enquanto suspensa durante dois anos.

Antes, o comportamento pirómano das claques durante a recepção ao Arsenal já tinha motivado outra multa de 20 mil euros e a interdição do sector A14, do topo sul do Estádio José Alvalade, no próximo jogo com o Bolonha, a 29 de Janeiro, também para a Liga dos Campeões.

Eles não enganam ninguém.

São mesmo letais ao Sporting.

E agora?

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Nuno Santos com a perna esquerda imobilizada - no fundo, a única que conta neste talentoso jogador a quem já tanto devemos. Está confirmado: não contaremos com ele na Supertaça, agendada para 3 de Agosto em Aveiro. Quanto tempo ficará de fora?

 

Matheus Reis e St. Juste (este último também com queixas físicas após o particular Sporting-Sevilha) irão falhar também a Supertaça, por castigo. 

 

Diomande, expulso após o desafio contra a turma andaluza, pode igualmente falhar por este motivo disciplinar a presença no desafio da Supertaça. Irá mesmo acontecer? Nesta matéria, a doutrina divide-se. *

 

Sendo assim, pergunto-vos: admitindo que todos estes futebolistas ficarão impedidos de actuar contra o FCP, qual deverá ser o nosso onze titular no primeiro embate da nova temporada?

 

* ADENDA: Diomande joga na Supertaça. Cumprirá castigo sábado, ausente do Troféu Cinco Violinos.

Verdade, mentira e consequência

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Todos sabemos o contexto deste gesto.

Di Maria remata, no seu jeito desajeitado, a bola bate no peito de Pedro Silva, o argentino aldrabão e batoteiro corre na direcção de Lucílio Baptista a berrar que foi mão, o bandeirinha perto do lance não viu, o árbitro não viu (não podiam ter visto uma inexistência) foi o bandeirinha do outro lado do campo (que estaria envolvido no caso Paulo Pereira Cristóvão) que afiançou que tinha visto, nitidamente, a mão de Pedro Silva.

Paulo Bento foi, duramente, castigado pelo gesto, o nosso treinador tinha razão, estava a dizer a verdade.

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E agora?

É anulado um golo ao Benfica. Toda a gente diz que o golo foi bem anulado, são as regras.

O alemão aldrabão diz que não, qual será a punição?

Campeonato da disciplina

Este estudo vem com algumas semanas de atraso, na sequência de uma notícia que indicava que o Benfica, além de ser o campeão nacional, foi também o "campeão" do fair-play.

Fui reparando ao longo dos anos que os campeões do fair-play são quase sempre os mesmos, Benfica e Porto, o que faria sentido do ponto de vista teórico, uma vez que as equipas que ficam na frente são mais ofensivas, logo vêem menos cartões do que as equipas que ficam no fundo da tabela, que são mais defensivas, mas na prática tal facto muitas vezes não se verifica.

Reportando às 24 épocas mais recentes, para poder apanhar três campeonatos ganhos pelo Sporting, fui ver então esses números. 

Vou usar como fonte o site Transfermarkt, que faz uma classificação anual relativa à disciplina dos clubes portugueses, em que dá 1 ponto por cada amarelo e 3 por cada vermelho. O clube com menos pontos será então o mais disciplinado e o clube com mais pontos o mais indisciplinado.

https://www.transfermarkt.pt/liga-portugal-bwin/fairnesstabelle/wettbewerb/PO1/plus/?saison_id=2022 

Olhando apenas para os três grandes, a classificação no "Campeonato da Disciplina" foi a seguinte:

Época Sporting Benfica Porto Campeão Vice-Campeão
22/23 Benfica Porto
21/22 Porto Sporting
20/21 10º Sporting Porto
19/20 Porto Benfica
18/19 17º Benfica Porto
17/18 Porto Benfica
16/17 Benfica Porto
15/16 Benfica Sporting
14/15 12º Benfica Porto
13/14 Benfica Sporting
12/13 Porto Benfica
11/12 10º Porto Benfica
10/11 12º Porto Benfica
09/10 Benfica Braga
08/09 14º 13º Porto Sporting
07/08 Porto Sporting
06/07 Porto Sporting
05/06 Porto Sporting
04/05 18º Benfica Porto
03/04 10º Porto Benfica
02/03 13º 16º Porto Benfica
01/02 10º Sporting Boavista
00/01 17º Boavista Porto
99/00 12º Sporting Porto

 

Considerações:

  • O Sporting, em 24 anos, apesar de ter ganho 3 campeonatos e ter alcançado o 2.º lugar por 7 vezes, nunca foi a equipa mais disciplinada. Foi 2 vezes a 2.ª equipa com menos cartões e 2 vezes a 3.ª.
  • O Benfica foi por 6 vezes a equipa mais disciplinada, 5 vezes a 2.ª e 2 vezes a 3.ª.
  • O Porto foi por 6 vezes a equipa mais disciplinada, 3 vezes a 2.ª e 7 vezes a 3.ª.

 

  • O Sporting tem 7 épocas em que está abaixo do meio da tabela da disciplina. A última época foi há 2 anos, foi Campeão Nacional sendo apenas a 10.ª equipa com menos cartões.
  • O Benfica tem 4 épocas em que está abaixo do meio da tabela da disciplina. A última época foi há 14 anos.
  • O Porto tem 3 épocas em que está abaixo do meio da tabela da disciplina, curiosamente três épocas seguidas entre 2002/2003 e 2004/2005. A última época foi há 18 anos. Note-se no entanto que em duas dessas três épocas foram Campeões Nacionais, treinados por Mourinho, com uma equipa ultra-agressiva, o que motivou que tivessem visto tantos cartões.

 

Quando nos queixamos da arbitragem, pode-se sempre falar em subjectividade quando se discutem lances de grande penalidade, ou de fora-de-jogo (pré-VAR) ou de interpretação de jogo, mas não se pode falar em subjectividade em amostragem de cartões, durante 24 anos, beneficiando sempre os mesmo clubes em relação ao Sporting.

Desde 1999, nos três clubes, mudaram os treinadores, mudaram os dirigentes, mas a facilidade com que os árbitros mostram cartões ao Sporting manteve-se constante.

Bolsa de valores

Recebi há bocado por e-mail mais uma edição do jornal do clube. Já agora convém recordar, o mais antigo de todos os clubes em actividade.

Para não vos fazer perder muito tempo, transcrevo parte do editorial de Miguel Braga, director de comunicação do Sporting:

"Ficámos a saber que para o CD, um pontapé de Agustín Marchesín é menos grave que uma estalada de João Palhinha: o internacional argentino foi castigado com dois jogos, o internacional português com três (falhando por isso o confronto com o FC Porto para a Taça de Portugal). Este é o mesmo CD que castigou Uribe com apenas um jogo quando este agrediu violentamente Ricardo Esgaio com uma cabeçada no nariz. Ou seja, uma cabeçada violenta deu direito a um jogo de suspensão, um pontapé a dois jogos, já a estalada corresponde a três jogos (o triplo da cabeçada de Uribe digna de um filme de Steven Seagal).

O expedido CD também anunciou que Matheus Reis – o mesmo jogador que foi agredido por mais do que uma vez por elementos dos coletes azuis e cor de laranja – tem um processo disciplinar "por gesto incorrecto executado no decorrer do jogo, amplamente divulgado na comunicação social e que não foi relatado em relatórios oficiais". Certamente que o CD achou normal e recomendável o comportamento de Otávio que, em directo, insultou e desafiou consecutivamente Bruno Tabata para um duelo nos balneários. Recordemos também um jogo do ano passado, no mesmo estádio e com as mesmas equipas, quando este CD já estava em funções, e onde o filho do treinador do FC Porto cuspiu na direcção de Pedro Porro, insultando a mãe deste. Foi aberto processo? Não. Aliás, os nomes que se chamam aos familiares dos jogadores servem apenas para abrir processos aos jogadores do Sporting CP, Nuno Santos que o diga. O mesmo jogador que foi suspenso em tempo recorde por um gesto descrito em relatório que as imagens de jogo desmentem.

As imagens também desmentem de forma escandalosa o amarelo que vai retirar Sebastián Coates do próximo jogo com o Estoril. No mesmo lance, Taremi não só pisou de forma grosseira o central uruguaio, como conseguiu voar posteriormente, rebolando no chão cinco vezes sobre si próprio, tal era a dor provocada pelo pisão… que deu. A injustiça decorrente deste lance caricato e revoltante, que marcou o jogo e possivelmente este campeonato, e que foi amplamente divulgado na comunicação social, segundo este Conselho de Disciplina é para manter. Coerência, acima de tudo: que a verdade objectiva das imagens não se sobreponha a erros clamorosos dos homens do apito ou a descritivos subjectivos de um qualquer relatório".

Portanto, em resumo, na bolsa de valores do douto CD, as eminências pardas têm esta tabela:

Chapada - 3 jogos de suspensão (se o agressor for do Sporting Clube de Portugal);

Pontapé - 2 jogos de suspensão, castigo aplicado apenas se o prevaricador for suplente na sua equipa;

Cabeçada - 1 jogo de suspensão, apenas se partir o nariz ao adversário e se ele for jogador do Sporting.

Claro que se espera recurso desta canalhice toda seja para onde for.

Ou um dia destes um tiro nos cornos de alguma eminência parda, por parte de alguém que se sinta injustiçado.

O presidente corrécio

Não, não é apelido.

Não, não se trata de Bruno de Carvalho.

Não, sequer se trata de Luís Filipe Vieira.

Não, tampouco se trata de Pinto da Costa.

Trata-se do presidente em exercício do Sporting Clube de Portugal.

Os meus amigos não sabem, mas O Jogo informa que Frederico Varandas terminou a época com cinco meses de suspensão, no total de castigos. Uma época com cinco meses de castigo para um presidente que passou a maior parte do tempo mudo e quedo, é obra!

Não gostam do senhor, lá nos conselhos da Liga e da FPF, ou o presidente do Sporting é um energúmeno de primeira apanha? Nada disso, até porque se vem constatando que os presidentes do Sporting (vide o que o anterior foi denunciando) quando acusam alguém ou alguma instituição, a coisa acaba por confirmar-se. O que eles têm é uma sanha de todo o tamanho ao Sporting e fossem eles o Ministério Público e quem tinha ido dentro ontem era Frederico Varandas, por se ter atrevido a ser campeão sem pedir licença.

A propósito, será desta que o título de 2015/16 será entregue ao seu verdadeiro vencedor?

Filhos da puta há muitos

E afinal não são apenas e só os que vestiam de preto.

Esta até me faz lembrar um ex-presidente da lampionagem que esteve dois segundos em liberdade, num daqueles imbróglios em que foi caçado. Rúben Amorin ainda tinha a cadeira da bancada quente depois do último castigo e já foi novamente relegado para a bancada, estando impedido de se sentar no seu local de trabalho no jogo em Vila do Conde, amanhã.

A coisa, terrível, deu-se a 17 de Outubro no jogo em casa com o Porto. Amorim foi expulso e disse que do outro banco alguém que se portou da mesma forma deveria ter sido expulso também. Falou em dualidade de critérios.

A coisa foi tão grave que demorou seis meses a ser analisada, talvez ao microscópio.

Curiosamente o caso gravíssimo da violação da dignidade do trio arbitral, teve uma instrutora que até pediu o arquivamento da coisa, de tão disparatada que era.

Ora estes, os do Conselho de Disciplina(?), entenderam espetar-lhe, a Amorim, com mais seis dias de castigo. Toma, que é para aprenderes! 

É à descarada, é o vale tudo, é a filha-da-putice no seu elevado explendor.

Mas se pensam que nos vergam, seus merdas, enganem-se, vêm ainda dar-nos mais força!

 

Um castigo p'ra mim, um castigo p'ra ti...

Leio hoje num jornal desportivo que o conselho de disciplina não aceitou o recurso de Ruben Amorim/Sporting sobre a expulsão de que foi alvo (vítima) no jogo com o Famalicão.

Ruben Amorim foi expulso quatro vezes. As condições em que aconteceram essas expulsões todos as conhecemos. Foi castigado num total de 36 dias de suspensão.

Por outro lado, temos o delicado e simpático Sérgio Conceição, que já alcançou a oitava expulsão. Por ter sido um paz de alma nestas e noutras ocasiões, nomeadamente quando se pegou com Paulo Sérgio, em Portimão, Ceição foi barbaramente castigado com 23 dias de suspensão. 

Como se poderá facilmente constatar, há um diferencial de 13 dias entre ambos, em desfavor de Amorim.

Pelos vistos os senhores árbitros gostam de ser enviados alegremente "para o caralho" e que os mandem "levar no cú", mas curiosamente não gostam que lhes digam que "conseguiste o que querias" (alegadamente). Ou seja, percebemos que afinal o conselho de disciplina(?) acha que os árbitros não conseguem o que querem durante um jogo, que se julgará ser um juiz justo e obter uma boa prestação e que por isso há que os mandar "para o caralho" e "levar no cú", com a vantagem de o fazerem por interposta pessoa e estarem livres dos castigos e das multas.

Ou isto, ou há uma gritante dualidade de critérios, mas isto posso ser eu a ser desconfiado...

Cabeça levantada, leões

Bem nos avisaram que este dia ia chegar. E nós, antes do alerta, sabíamo-lo. É assim há décadas. Tantas quanto as que sofremos pelo nosso Sporting que a canalha aldraba, apouca, falta ao respeito.

A coisa podre já começou a espalhar-se. Cada vez mais nauseabunda. Os ratos, que de águia nada têm e de dragão (por maioria de razão) menos ainda,  abruptamente, deixaram de nos chamar campeões e - como sempre desejaram e de nós pensavam e pensam - passaram a colocar-nos de novo na posição de chacota. 

Eles às vezes por aqui passam, tenho por isso a esperança que me estejam a ler. Para vocês, lampiões e andrades, sem as escrever faço minhas as palavras do Rúben Amorim. As mesmas que tantas vezes gritei do meu lugar em Alvalade para todos aqueles que alimentam o miserável sistema que domina o futebol português e que com ele ganham. E não nos deixam vencer.   

Há semanas que não troco um dedo de conversa com lampiões e andrades sobre o percurso vitorioso do Sporting desta época. Há semanas que não lhes dou saída. Sinuosos, rasteiros, mentirosos, os nossos rivais foram dizendo-nos que íamos ser campeões. Aldrabões e dissimulados, sem um pingo de fair play e espírito desportivo, não conseguiam esconder o desconforto a cada vaticínio de glória leonina. Na tromba deles, sem que o controlassem, lá estava o incómodo disfarçado a cada sentença do tipo "está  arrumado" ou "podem encomendar as faixas", que "nós (eles) não temos hipótese nenhuma" porque "este ano é vosso". 

A estas investidas, diárias (várias ao dia), assobiei para o lado. Optei por entrar e sair do monólogo lampiânico ou andrade com a frase: "A mim não me vês a atirar foguetes antes da festa, nem sequer a comprá-los."

Empatámos duas vezes seguidas, perdemos 4 pontos, e mesmo que continuemos com 6 de vantagem sobre o segundo classificado, é vê-los já a rir alarves entre eles. Unidos na chacota contra o Sporting. Convictos que depois das duas escorregadelas, o Sporting vai estampar-se ao comprido e ficar mais um ano a vê-los festejar.

No entanto, fica-me a dúvida: qual deles fará a alegada festa?

"O Porto vai ser campeão", prognostica o primeiro, "não, o título é para o Benfica", remata o outro.

Levantando a cabeça constato que a conversa referida tem como interlocutores dois sportinguistas. E envergonho-me. Além disso fico com vontade de escrever este texto, misto de convocatória e pedido: não nos deixemos levar pelo sistema. Não deixemos que o sistema vença.

Como a canalha que tem tudo para nos tentar deitar abaixo - e disso tem feito uso sempre que pode dentro e fora das quatro linhas -, também nós temos tudo para sermos campeões. E vamos sê-lo. 

Não há aqui precipitação nenhuma nem estou a atirar foguetes antes da festa. Opto por replicar aquilo que Rúben Amorim certamente dirá no balneário, a cada treino, antes dos jogos, no intervalo dos jogos, após cada jogo. Vamos ser campeões, leões. Dirá RA e nós devemos e temos de acreditar nele. Neles! O castigo de 15 dias aplicado ao nosso timoneiro não o calará, nem impedirá os jogadores de o ouvirem dizer que vamos ser campeões. E de o dizerem entre eles. Vamos ser campeões.

Cabeça levantada, leões!  

 

Um par de piretes para este futebol

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O senhor Miguel Cardoso, treinador do Rio Ave, recebeu um jogo de suspensão por fazer estes lindos gestos no recente embate com o Boavista, dirigido ao banco da equipa axadrezada e ao seu colega Jesualdo Ferreira em particular. 

O país inteiro viu a requintada linguagem gestual do referido técnico, que cultiva o pirete em dose dupla como afirmação de personalidade.

O que faz o Conselho de Disciplina? Aplica-lhe oito dias de suspensão, punição fofinha: Cardoso ficará um joguinho sem se sentar no banco.

No mesmo dia, o mesmíssimo órgão decide punir o treinador do Sporting com 15 dias de suspensão, impedindo-o de orientar a equipa nos próximos três desafios - contra Farense, B-SAD e Braga - em fase crucial do campeonato. O dobro do tempo de castigo aplicado a Cardoso e o triplo dos jogos na comparação com o mesmo técnico.

 

Qual foi o pecado de Rúben Amorim? Ter dito dois palavrões, dos mais usuais em estádios de futebol, o que parece ter ferido os delicados tímpanos do quarto árbitro no final do Sporting-Famalicão.

Toma e embrulha, Rúben: esta é a "disciplina" do futebol que temos.

 

Entretanto, o treinador do FC Porto, principal rival do Sporting na corrida ao título 2020/2021, continua sem ser punido apesar das cenas vergonhosas que protagonizou na partida contra o Portimonense, em que injuriou e ameaçou Paulo Sérgio, seu colega de profissão, e esteve a um curto passo de se envolver em confrontos físicos com ele, acabando impedido por jogadores da sua própria equipa. 

Isto aconteceu a 20 de Março. Sonolento, o Conselho de Disciplina ainda nada deliberou sobre isto, ocorrido há quase um mês: Sérgio Conceição permanece impune, aguardando o desfecho dum processo disciplinar sem prazo à vista. Enquanto a coisa faz que anda mas não anda, solicitaram-lhe que se dignasse pagar uma "multa" de... 2.040 euros

Dois pesos, duas medidas, "justiça desportiva" mais vergonhosa que nunca. Apetece brindá-la com um monumental pirete e mandá-la para onde Rúben Amorim mandou o outro. Com bilhete sem retorno.

Dura lex

Antevi aqui que depois da tão extemporânea quanto acintosa bravata de Sérgio Conceição no Jamor o martelo da Lei cairia esmagadoramente sobre ele. Desgraçadamente o juízo veio ao encontro das minhas mais negras perspectivas.
Todos vimos como Conceição desembestou pelo relvado fora, como gritou e esbracejou ameaçadoramente com o árbitro durante a interrupção, todos ouvimos as declarações bombásticas e difamatórias na flash interview. Mas sobretudo à nossa perspicácia não escapou a falta mais grave: não trazia braçadeira. De modo que o Conselho de Disciplina não teve contemplações em vergastar Conceição com a implacável e astronómica multa de €638: "Apesar da devida solicitação por parte dos delegados da Liga junto do delegado do clube visitante , Sr. Sérgio Paulo Marceneiro da Conceição não utilizou qualquer elemento identificativo da performance da sua função no jogo, durante todo o tempo regulamentar." 
Façam ainda o favor de atentar que a sentença é lavrada num português que além de rigorosíssimo dir-se-ia queiroziano, o que sobremaneira enriquece a jurisprudência nacional.
Toma e embrulha Sérgio, só espero que para a próxima a rispidez do castigo te faça pensar duas vezes.

Sim Ivone, assim não vamos lá

Há um ror de anos, numa rábula de revista, dizia o boneco interpretado pela grande Ivone Silva, confesso que já não me lembro p'ra quem, a determinada altura, referindo-se à confusão pós-25 de Abril ainda com cheiro a 24 e ao governo de Adelino da Palma Carlos, o primeiro provisório a seguir à Revolução e que foi de pouca dura (dois meses e dois dias): "Isto já lá não vai com palmas, Carlos!"

Pois no que toca ao CD da FPF, ou se faz uma revolução (com menos cravos e mais "pólvora") para correr com aquela brigada do reumático, ou nunca mais teremos direito a nada, que de palmas, já nem os actores vivem.

E quer esta tropa fandanga ser levada a sério e ser considerada íntegra e honesta...

Espero pela comunicação assertiva do clube já hoje pela manhã, sob pena de sermos ultrapassados pelo modesto, com todo o respeito, Torreense.

 

Não se pode telefonar ao Macaco?

Uma quadra de Aleixo

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No Governo Sombra deste fim-de-semana, quatro benfiquistas falavam acerca de um quinto benfiquista, dizia João Miguel Tavares: "não é por ser populista que é bom, Aleixo é um poeta popular mas não quer dizer que seja um poeta".

Eu gosto de António Aleixo.

Gosto da poesia de António Aleixo.

Gosto de quem coloca o dedo na ferida.

Gostaria que existisse um esclarecimento sobre os telefonemas que Rúben Amorim referiu, ocorreram ou não?

É algo fácil de provar.

Gostaria, também, que a decisão de punir ou não punir João Mário fosse tomada da seguinte forma; não se pune e está tudo bem, é castigado com um jogo que deverá ser cumprido num prazo igual aos jogos já disputados desde o "crime".

Concretizo, o delito de opinião ocorreu no Famalicão vs. Sporting, desde aí o Sporting disputou cinco partidas, pode, portanto, o clube escolher em qual das cinco partidas, após o castigo ser conhecido, a pena será cumprida.

Não houve pressa em castigar não deverá haver pressa no cumprimento do hipotético castigo ou será que está tudo a ser feito para o castigo sair e ter de ser cumprido no jogo com o Benfica?

Estaremos cá para ver.

Pinheiro de Natal?

Há por aqui mais alguma coisa. Infelizmente temos que chegar a essa conclusão, depois do castigo aplicado a Bolasie com um jogo de suspensão, impedindo assim o jogador de poder enfrentar o Porto na próxima jornada. Todos aqueles que viram o jogo com o Portimonense, e repito, todos os que viram o jogo, não tiveram qualquer dúvida em perceber que tinha havido um erro grosseiro do árbitro ao expulsar o jogador. O sr. Pinheiro equivocou-se, enganou-se, não analisou bem o lance, estava distraído, não gosta do verde, não gosta do Bolasie, eu sei lá, pode-se dizer o que se quiser, agora o que toda a gente viu, e ele também viu, foi que Bolasie não agrediu o jogador do Portimonense. Mas admitamos que um "erro de paralaxe" o equivocou. Os auxiliares também não viram? Também se equivocaram? Não deviam ter dito ao seu chefe de equipa que estava a cometer um erro?

Enfim... quanto ao lance fiquemos por aqui. Passemos agora ao relatório do jogo. Seria tão difícil dizer quando escreveu o tal relatório que, apesar da expulsão, verificou que efetivamente se tinha equivocado? O sr. Pinheiro seria mais homenzinho se tivesse reposto a verdade no final do jogo  quando escrevia o relatório sentado no seu balneário e depois do duche retemperador. E tinha espaço para isso no seu relatório... era só querer. Mas não quis, manteve e só assim se explica a punição de um jogo aplicado pelo Conselho de Disciplina.

O sr. Pinheiro podia-se ter tornado um bom pinheiro de Natal se tivesse feito uma boa ação, mas não quis emendar e assim continua a ser um pinheiro raquítico, que não dá pinhas, e qualquer dia há de vir uma ventania forte que o há de levar para muito longe.

Um fim de ano cheio de preços certos

Um dia destes tivemos na televisão que todos pagamos uma amostra clara do que se usa chamar benfiquistão. Um apresentador de televisão, sportinguista, sem dúvida conhecedor das vigarices perpretadas por um dos seus convidados, presidente do clube rival, ter-se-á visto obrigado a convidar tal personagem para abrilhantar o seu programa. Não quero crer que Fernando Mendes se tenha vendido por um prato de lentilhas. Sabendo bem como funciona o futebol em Portugal, não gostei de ver um conhecido sportinguista fazer a apologia do rei do benfiquistão.

O benfiquistão, e tudo o que à volta dele circula, teve mais um episódio caricato revelador do estado das coisas no mundo da bola: Bolasie, que foi expulso em Portimão de forma caricata e injusta, foi hoje castigado com um jogo de suspensão por ter sido partenaire numa rábula de teatro de revista de duvidosa qualidade levada a cabo no estádio do Portimonense Futebol Clube.

Toda a gente viu as imagens, elas são claras sobre a inocência de Bolasie neste lance que lhe valeu um segundo amarelo e o consequente vermelho. Num país onde o futebol deveria querer ser parte da modernidade e da evolução, castiga-se um jogador com base no relatório do árbitro, que toda a gente viu, inclusive quem impôs o castigo, que errou de forma grosseira. Não virá ao caso, mas este incompetente faz parte daquela fornada que o concursante do Preço Certo lá de cima pagou ao INATEL para formar. Ou terá alguma coisa a ver?

Exige-se que o Sporting peça a despenalização do jogador. É o mínimo, apresentando as imagens de que a FPF dispõe, não precisa de outras. É ridículo? É! É o futebol português no seu melhor.

Cumpra-se a lei

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Confesso que não esperava outra coisa. O Conselho Fiscal e Disciplinar vai instaurar processos aos energúmenos que transformaram a mais recente assembleia geral do Sporting num chavascal indigno da reputação do clube, em flagrante e grosseiro atentado aos princípios democráticos que o regem.

Não podem passar impunes os insultos - que duraram horas - a membros dos órgãos sociais, com destaque para o presidente do Conselho Directivo, nesta reunião magna da família leonina. Nem o descarado boicote às intervenções no púlpito que levaram até o antigo presidente José Sousa Cintra a prescindir da sua intervenção após ter sido brindado com sonoras vaias e um chorrilho de impropérios.

Estes labregos ligados a uma claque do clube e os saudosistas do antigo regime, incapazes de aceitar as regras democráticas, terão de entender que o Sporting é uma secular instituição de utilidade pública, não uma seita ou um grupo excursionista. E nas instituições as regras existem para ser cumpridas, não para serem ignoradas ou violadas.

 

Os estatutos leoninos são claros: constitui infracção disciplinar «injuriar, difamar e ofender os órgãos sociais do Clube ou qualquer dos seus membros, durante ou por causa do exercício das suas funções»; «atentar contra, prejudicar ou por qualquer outra forma impedir o normal e legítimo exercício de funções dos órgãos sociais do Clube»; e «praticar actos ou adoptar comportamentos, no âmbito da actividade de grupos reconhecidos ou identificados com o Sporting Clube de Portugal, ofensivos ou injuriosos de qualquer membro dos Órgãos Sociais do Sporting Clube de Portugal» (art. 28.º, n.º 3).

Cumpra-se a lei.

{ Blogue fundado em 2012. }

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