Regresso à vista?
Daniel Carriço: «Gostaria de voltar ao Sporting.»
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Daniel Carriço: «Gostaria de voltar ao Sporting.»
Um dos maiores erros da gestão anterior à de Bruno de Carvalho foi a precipitada venda de Daniel Carriço, nosso capitão, por valores irrisórios e contra a aparente vontade do próprio jogador. Depois de ter rejeitado a sua transferência para emblemas mais prestigiados do futebol europeu por números correspondentes ao valor deste profissional, fruto da formação leonina, a direcção de Godinho Lopes deu luz verde à saída, no último dia de 2012, por míseros 750 mil euros para o modesto Reading.
Não tardou que a agremiação inglesa o transferisse por sua vez para Sevilha, por mais de o dobro do que havia custado, comprovando como foi absurda a venda anterior. E Carriço tem brilhado na capital da Andaluzia, ao ponto de ter sido peça fundamental na conquista de três Ligas Europas consecutivas - proeza nunca antes alcançada por clube algum nesta competição.
A terceira vitória aconteceu ontem, numa emotiva partida frente ao Liverpool, com uma avassaladora segunda parte da equipa sevilhana, capaz de virar o 0-1 ao intervalo para o 3-1 final.
Vendo o desafio - e desde logo um corte acrobático de Carriço quase em cima da linha de baliza, impedindo um golo do Liverpool aos 10 minutos - fiquei a interrogar-me por que motivo Fernando Santos terá excluído da convocatória para o Europeu de França este central, que tem 27 anos. Na mesma convocatória em que figuram Ricardo Carvalho (já com 38 anos) e Bruno Alves (com 34 anos).
É uma exclusão que ninguém entende.
Não sei se tinhas cá lugar ou não e, muito provavelmente, tendo em conta as opções do nosso seleccionador, até merecias estar presente em França, mas não é por isso que escrevo.
Já és o jogador com mais jogos na Liga Europa e acabas de conquistar a terceira consecutiva. Pode ter sido injusta, pode ter sido roubada, mas isso não interessa, não deixa de ser impressionante.
Foste um capitão que sentiu o clube como poucos e, por isso, sei que te custou sair como saiste, durante um dos períodos mais complicados da nossa história. Podes não ser o melhor mas, uma coisa é certa, dás sempre o teu melhor.
Por seres um exemplo e porque serás sempre um de nós, muitos parabéns, Daniel Carriço!
Cristiano Ronaldo, o melhor jogador do mundo e estrela maior da nossa formação, foi transferido em 2003 de Alvalade para o Manchester United por 17 milhões de euros - dos quais só 8,8 milhões terão realmente rumado aos cofres leoninos. Seis anos depois, saía para o Real Madrid por uma quantia recorde: 94 milhões de euros.
João Moutinho, titular da selecção nacional e capitão do Sporting, rumou em 2010 ao FCP por módicos 11 milhões de euros. Perdemos duas vezes com este negócio: pela saída de um melhores valores formados em Alcochete e por vê-lo jogar num concorrente directo, sem salvaguarda contratual prévia. Três anos depois, Moutinho saía do Dragão para o Mónaco numa transferência que envolveu também James Rodríguez, a troco de um chorudo pacote financeiro: 70 milhões.
Em 2013, outro capitão do Sporting, Daniel Carriço, foi vendido apressadamente ao Reding por apenas 750 mil euros, quando meses antes a direcção leonina recusara transferi-lo por três milhões - valor pelo qual o seu passe continua avaliado. Passou a jogar pouco depois no Sevilha, onde este central da nossa formação já venceu por duas vezes a Liga Europa.
Três valores do futebol internacional - cada qual à sua escala - formados na Academia do Sporting. Três jogadores vendidos ao desbarato por gestores incompetentes.
Não queremos disto. Nunca mais.
Ao fim de 17 anos a representar o Sporting, tendo jogado em todos os escalões, Cédric prepara-se para rumar a Southampton (onde será colega de equipa de José Fonte). Sai por 6,5 milhões de euros - quantia a que se poderá acrescentar 15% de mais-valia para os cofres leoninos na hipótese de uma futura transferência do jogador, que assinou contrato por quatro anos. Esta será a 11ª transferência mais rendosa de sempre na história do nosso clube.
Lamento que Cédric saia, mas a posição de lateral direito é daquelas em que a equipa tem mais alternativas. E sai num momento da sua carreira em que tem legítimas aspirações de singrar no mais competitivo futebol da Europa.
Só podemos desejar-lhe toda a sorte do mundo. E aplaudir a direcção leonina pelo montante da transferência: daqui a meses, prestes a finalizar o contrato, o jogador formado em Alcochete e que com Fernando Santos tem sido suplente na selecção nacional sairia a custo zero.
Nada a ver com o caso de João Pereira, vendido pela anterior equipa directiva ao Valência por 3,6 milhões de euros em Maio de 2012 - a dez dias do início do Campeonato da Europa em que foi titular como lateral direito e daria nas vistas ao serviço da selecção portuguesa, que atingiu as meias-finais da competição. Um dos mais desastrosos negócios de que há memória em Alvalade nos últimos anos.
Nada a ver com o caso de Daniel Carriço, central da nossa formação que saiu do Sporting por míseros 750 mil euros rumo ao modesto Reading, em Dezembro de 2012, quando dois antes o Spartak chegara a oferecer 6 milhões de euros por ele - e hoje, como capitão do Sevilha, tem no seu currículo a conquista de duas Ligas Europa consecutivas.
Que diferença...
Alguém lhe diz que foi Godinho Lopes que o despachou, para pagar salários?
E que depois desses tempos de despautério, a coisa entrou nos eixos em termos directivos e até financeiros?
E já agora, alguém lhe diga que os recados do seu "dono" não colhem, que estamos vacinados contra croquetes.
Deixa-te estar caladinho, e mantém o capital de simpatia que por cá deixaste.
Acredita que o teu "dono" nunca mais cá porá os "butes"!
Acabo de ver a emocionante final da Liga Europa, em que o Sevilha fez história ao derrotar o Dnipro por 3-2 e sagrar-se como primeira equipa a conseguir vencer pela quarta vez este troféu (contabilizando as vitórias conseguidas também quando se chamava Taça UEFA). Ultrapassando assim um trio de respeito: Inter, Juventus e Liverpool (cada qual com três vitórias cada).
É a segunda vitória consecutiva da equipa andaluza. E é também o segundo ano consecutivo em que Daniel Carriço se sagra vencedor da Liga Europa ao serviço do Sevilha, como defesa central.
Merece, portanto, parabéns a dobrar.
É um dos muitos talentos formados na nossa Academia, centro de excelência reconhecido como tal em toda a Europa do futebol. Penso nisto e volto a indignar-me ao recordar como Carriço deixou Alvalade a preço quase de saldo para cobrir urgentes necessidades de tesouraria por parte de uma equipa directiva incompetente.
Tempos que não queremos ver repetidos. Nunca mais.
... na formação da semana na Liga Espanhola consta um ex-Porto ... um que já passou pelo Benfica ... e o Português Daniel Carriço ...
A questão que devia ser colocada ao departamento desportivo da Antena 1 era se o Daniel não era um ex-Sporting Clube de Portugal, ou se custa muito ser imparcial ... já para não falar do melhor do mundo que também é ex-Sporting ...
Vamos lá ver se nos entendemos: muito francamente estou mesmo contente por o Daniel Carriço ter ganho a Liga Europa. Tê-lo feito contra o Benfica foi só mais um detalhe saboroso.
Agora se acham que isto é rejubilar com a derrota alheia e mais não sei o quê... Azar. Não quereria nem um pedacito da vitória, também não quero nada da derrota.
Abaixo a hipocrisia. Pense bem e.... talvez sorria.
Começávamos 2013 sem razões para sorrir.
Os números no futebol profissional diziam tudo: o Sporting ocupava o décimo lugar na Liga, com apenas 12 pontos, a vinte do Benfica, que seguia em primeiro. As acções leoninas valiam quase nada. Daniel Carriço, um dos mais promissores defesas formados em Alcochete, fora transferido de Alvalade por uma verba irrisória e falava-se já noutras transferências cujo montante em grande parte se destinaria a pagar salários.
"O central/trinco da formação estreou-se na equipa principal em 2008/2009 e assumiu um lugar de destaque desde o primeiro momento. A projecção dada pela Liga dos Campeões fez com que os clubes estrangeiros reparassem na sua evolução e em 2011, a imprensa inglesa chegou a falar em 18 milhões de euros, que poderiam aparecer de um de três interessados – Chelsea, Man. City e Manchester United. Mais realistas, pareceram os seis milhões oferecidos pelo Spartak, em 2010. O jogador continuou em Alvalade até ao último dia de 2012. No último ano de contrato, o acordo de renovação nunca chegou e o Reading apareceu para recrutar o jogador de 24 anos a troco de 750 mil euros", lia-se num artigo do jornal i, assinado por Rui Pedro Silva, naquele dia 2 de Janeiro de 2013.
Um artigo cujo interesse começava logo no título: "Daniel Carriço. Mais uma venda que chega no momento errado".
Confirmada que está a partida de Daniel Carriço para o britânicos do Reading, naquele que acho que foi, atendendo às circunstâncias de estar em final de contrato e de não jogar com regularidade, um negócio muito razoável para o Sporting, cumpre agradecer a Carriço os anos de dedicação ao seu clube do coração e de que foi capitão. Boa sorte.
E é devido não só por não escrever há algum tempo, como o ter pensado já há mais de um mês.
Foi pensado antes desta nova época, antes das inovações de Sá Pinto e o empate na Dinamarca (dor, empates desses custam-me sempre). Foi pensado e nunca deixou de ser sentido, por isso cá vai:
A época passada começou assim-assim, teve momentos bons, e depois começou a descambar. Olhando agora foi um descambar relativo, foi mais a nervoseira de empates concedidos e duas derrotas, digo eu. Seja como for, mudou-se o treinador. E bem, a meu ver na altura. Nada contra Domingos, mas nunca me esqueci da sua expressão incrédula no banco durante o jogo com o Marítimo. Eu na bancada, em casa, onde for, posso não acreditar, ele nem tanto. Mas adiante, são águas passadas.
O que traz este post é Sá Pinto. Tenha-se gostado ou não de ouvir o nome escolhido para substituir Domingos, com Sá Pinto houve ali uma reviravolta. Não saberemos se Domingos ía chegar às meias-finais da Liga Europa, não adianta dizer que não ou que sim senhor. Foi com Sá Pinto e os três trincos na Polónia que acreditei que se podia chegar mais longe. Foi no fabuloso jogo em Alvalade com o Manchester City (primeira meia hora extraordinária) que vi como a equipa estava motivada e diferente. Vi um Carriço aparecer e o novo ego de Bruno Pereirinha. E tudo isto aconteceu com Sá Pinto, o Sázinho.
Também tenho estado apreensiva com as escolhas desta época, também gelei com a derrota em Alvalade frente ao Rio Ave (3 pontos que nunca podiam ser perdidos assim, mas já lá vão). Mas aconteça o que acontecer, os meses de Sá Pinto na época passada foram bons a meu ver, muito bons, e já ninguém mos tira. Como os amores de verão de quando eramos adolescentes: passavam e ficava uma boa memória. Aconteça o que acontecer daqui para a frente, Sá Pinto foi o meu amor de verão, ainda que de inverno.
PS: eu tenho vontade que continue e seja como antes e melhor, mas veremos. Importa o Sporting acima de nomes.
Declaração do director desportivo do Sevilha, Ramón Rodriguez Monchi: «Seguimos muito o Carriço durante esta temporada, inclusivamente fomos vê-lo várias vezes, mas as circunstâncias eram difíceis. Primeiro, o Sporting não o quis deixar sair, depois ele próprio decidiu ficar.»
Na minha opinião, decisões sábias tanto da parte da SAD como do Daniel e o Sporting beneficiará com isso, desportiva e financeiramente.
Já se vai tornando ridículo a forma como tentam diminuir o valor dos jogadores do Sporting. Primeiro, o Portal Sapo anuncia Sevilha desiste de Carriço. E depois no desenvolvimento da notícia, afinal, lê-se isto:
O diretor desportivo do Sevilha, Ramon Rodriguez, assumiu esta terça-feira que o ‘namoro’ com Daniel Carriço não vai em frente. «Seguimos muito o Carriço durante esta temporada, inclusivamente, fomos vê-lo várias vezes, mas as suas circunstâncias eram difíceis. Primeiro, o Sporting não o quis deixar sair, depois ele próprio decidiu ficar», explicou, em declarações à televisão do clube.
Li agora, aqui, esta notícia. Espero, muito sinceramente, que não seja verdade. Não se pode andar de peito feito com o exemplo Capel e depois praticar o oposto com o resto do plantel.
O homem mais importante no jogo desta quarta-feira é Wolfswinkel, pois é preciso marcar golos ao Nacional. O homem mais esperado é Rinaudo, cujo regresso pode ser o início da recuperação do tempo e dos pontos perdidos desde a sua lesão. No entanto, eu vou estar de olho nos senhores que ficarão à frente de Rui Patrício, procurando ajudá-lo a manter o placard dos donos da casa a zeros. É bem sabido que Anderson Polga e Daniel Carriço não são primeiras escolhas para Domingos, ao ponto de o último estar a ser preparado para médio defensivo. Mas não tenho a memória assim tão curta que não me lembre dos muitos jogos em que essa dupla nos ajudou a vencer jogos importantes. Espero que a história se repita, até porque Xandão deve ser reservado para uma noite que não seja de tudo ou nada.