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És a nossa Fé!

O Captain! My Captain!

Uma das ideias fortes da candidatura de Frederico Varandas à presidência do Sporting era a reformulação do papel de capitão de equipa de forma transversal a todos os desportos colectivos do clube. Na altura recordo-me de ter sido contestado nos debates, já não me recordo por quem, a dizer que isso não fazia sentido porque quem mandava era o treinador.

Todos nos lembramos que capitão no futebol do Sporting era assim uma coisa estranha, a braçadeira era oferecida a quem vinha ou a quem ficava, umas vezes até havia quatro ou cinco por vontade do treinador de então, cada um para os da sua zona de origem ou outra coisa qualquer, respeito havia às vezes, quase chegou a haver cenas de porrada entre presidente e capitão num balneário qualquer, e o último capitão da era Bruno de Carvalho acabou lavado em lágrimas em pleno relvado do Jamor depois de ser insultado, perseguido, bombardeado com tochas, emboscado nas garagens e em Alcochete, etc. 

Pois um capitão de equipa é e tem de ser o líder do balneário, o garante do respeito dos valores do clube pelo plantel, um exemplo de esforço, dedicação e devoção para todos eles, dentro do contexto profissional respectivo, um intérprete fiel das ideias do treinador, e o representante desse mesmo balneário junto da estrutura do clube. E ter o maior respeito da admnistração, estrutura e massa adepta. Tocar com um dedo num capitão devia corresponder à expulsão do clube.

Quem viu o filme de Clint Eastwood Invictus sobre o grande capitão sul-africano François Piennar sabe a que me refiro. Quem não viu, basta pensar em Bruno Fernandes. Percebe imediatamente.

Ainda no tempo de Marcel Keizer (penso eu), treinadores e capitães do futebol e das modalidades juntaram-se para um almoço e uma tarde de confraternização e troca de ideias. Recordo-me que lá estiveram ele mesmo e Bruno Fernandes, Anti e Frankis Carol, Luís Dias e João Matos, e as duplas do basquetebol e voleibol masculino. 

Concluindo, hoje no Sporting Clube de Portugal o capitão de equipa não é um tipo qualquer que entrou ontem e o jogo é na terra dele. É alguém com um estatuto específico e uma missão a cumprir.

 

E quem são os nossos capitães?

Vamos lá estão relembrar:

1. Futebol profissional, Equipa A - Sebastián Coates, 30 anos, 4 anos no Sporting

O "El patrón" da defesa do Sporting, ainda há pouco escrevi sobre ele, não vou repetir.

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2. Equipa B - Bruno Paz, 22 anos, 9 anos no Sporting

Uma grave lesão travou-lhe a ascensão, anda desde então a recuperar o tempo perdido, é o patrão do meio-campo da equipa B.

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3. Equipa Sub23 - Herverthon Santos, 21 anos, 1,5 anos no Sporting

Defesa direito brasileiro muito completo, contrato em renovação.

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4. Equipa Feminina - Nevena Damjanović, 27 anos, 3 anos no Sporting

A patroa da equipa feminina: presença física, técnica, simplicidade de processos, liderança em campo, não lhe falta nada.

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5. Andebol - Frankis Carol, 33 anos, 9 anos no Sporting

Não sei se não é o melhor andebolista de sempre do Sporting, acabou de ser o melhor marcador pelo Catar no Campeonato do Mundo no Egipto. Um jogador fabuloso, vai deixar-nos para ir viver e jogar para o país adoptivo no final da época. Quem será o próximo, agora que Ruesga e Tiago Rocha estão em final de carreira também?

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6. Futsal - João Matos, 33 anos, 19 anos de Sporting

Também ele o patrão da equipa de futsal, a orientar desde trás todo o jogo da equipa.

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7. Hóquei - Pedro Gil, 40 anos, 5 anos de Sporting

Um espanhol raçudo que dá tudo em campo.

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8. Voleibol - Miguel Mais, 49 anos, 6 anos de Sporting

Uma legenda da modalidade, quer na versão indoor como na de praia.

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9. Basquetebol - James Ellisor, 30 anos, 1,5 anos no Sporting

Um extremo americano com grande experiência na Liga Portuguesa, o cérebro da equipa. 

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Enfim, há quem do Sporting conheça os resultados de tudo e mais alguma coisa, até no berlinde, mas a minha modalidade predilecta é o andebol. Das outras conheço menos, e faltando aqui outras modalidades e outros capitães, fica a minha homenagem a estes homens e mulheres - alguns que vieram de Cuba, EUA, Uruguai, Espanha e Sérvia - que muito honram no estádio ou no pavilhão a braçadeira de capitão do Sporting Clube de Portugal.

SL

Obrigado, Capitão Beto

 

Beto Severo afasta-se de Varandas, colocando "a instituição acima do seu interesse". Recusa os papéis decorativos que lhe foram propostos em alternativa ao cargo de "team manager". Vale a pena ler com atenção as suas palavras de despedida, percebe-se que sentidas, mas não rancorosas. Apela à união, magnanimente. Sai, portanto, com toda a dignidade que merece. 

Em todos os meus anos de Sportinguismo, conto pelos dedos de uma mão aqueles que vi defender as nossas cores com a garra de Beto. É um campeão nacional, um verdadeiro sportinguista, e devia ter um papel permanente na nossa formação - para que, mais do que grandes jogadores, formemos grandes sportinguistas. 

É um líder, um capitão, um campeão de leão ao peito. Não tem, obviamente, nada a ver com a actual direcção do Clube. Estou certo que voltará em breve, num outro projecto, rodeado de mais sportinguistas como ele - com uma vontade imensa de ganhar e ser o número um. 

Obrigado, capitão.

De pedra e cal - Capitão Matos

Aproxima-se pela esquerda, todo ele simpatia e sorrisos para miúdos e graúdos. Ponho a minha melhor cara de má, afino a voz e disparo:


- Capitão, tenho uma pergunta para fazer-lhe...

JM: (sorridente, ignora por completo o tom sério e grave da malfadada adepta) Diga, diga...!

- Não se ria, Capitão, olhe que o assunto é sério...

JM: (sem desarmar, todo ele simpatia, para meu agudo desespero!) Diiiga...! 

- (mas não haverá nada que lhe desfaça o sorriso? que ameace a boa disposição?) Oh Capitão, tenho estado aqui a pensar... (interrompo o discurso, fito o chão, olho-o cabeça ainda reclinada em sentido descendente) é uma espécie de preocupação, sabe? Sente falta do carrapito!? 

JM: (contém a gargalhada in extremis, cabeça a abanar para os lados qual boneca havaina colada no tablier de um Cadillac) Hum, hum, hum, errr, não, sim, er, mais ou menos. 

Gargalha, enfim! Acompanho-o, claro.

- E então Capitão, super original, a pergunta, não?

JM: Ainda hoje ninguém ma tinha feito!

Ahahahahah

Completa hoje 33 anos, é nosso atleta desde 2002 e um símbolo maior do Sporting Clube de Portugal. É Sportinguista, dos pés à cabeça (incluindo ex-carrapito) e uma ajuda preciosa na hora de sedimentar a relação entre adeptos e Clube. Que a genuinidade do sorriso nunca se perca - especialmente para aqueles que estão longe do Pavilhão João Rocha -, que a alegria de jogar de Leão ao peito não se dissipe e que a dúvida nunca se instale: é também graças a si que estamos certos de que... o Sporting? Está de pedra e cal.

 

Feliz aniversário, Capitão Matos! Muitos parabéns - e obrigada -, capitão João Matos...!

Edição: correcção de 2005 para 2002 (em 2005, integrou a equipa sénior)

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Fotografia de minha autoria, tirada a 24 de Agosto de 2019 - Torneio Masters, Portimão 

Os nossos comentadores merecem ser citados

«Defendo para este prestigioso cargo [capitão da equipa] uma maior visibilidade. Gostaria muito, dentro do papel da diferenciação positiva, que existisse uma orientação dos treinadores no sentido de que só o capitão de equipa fosse autorizado a falar com o árbitro. Além de outras vantagens, evitar-se-iam algumas expulsões que só nos enfraquecem e ajudam os adversários.»

Carlos Silva, neste meu texto

Tempos de mudança

Ontem vi o jogo com o Ajax de Cape Town "por cima da burra", na net, confesso que não deu para ver grande coisa. Vi o jogo apenas até ao golo do empate a uma bola.

Nove portugueses, sete da formação no início. Acho que temos que apostar mais forte na academia, não se percebe porque não começam onze de Alcochete...

Do que me apercebi, a coisa ainda está perra, mais na defesa, mas também não seria de esperar muito mais.

Tivesse Slimani marcado duas oportunidades claras que teve e o resultado seria certamente diferente. Nada contra o nosso avançado, apenas a constatação do facto; Agora pode falhar muitos...

No entanto, a mudança que quero enfatizar aqui é a do novo capitão da equipa. Como já aqui tinha defendido bastas vezes, a braçadeira no Patrício (mais uma bela exibição com a defesa de dois [três, cara...] penaltis) não era adequada, precisamente devido à sua função dentro de campo. Apontei Nani e Adrien. Jesus entendeu entregá-la a Adrien, cumprindo o que havia já dito numa entrevista. Parece-me bem. Não é necessário aduzir os argumentos que usei na altura, mas parece-me que a equipa tem tudo a ganhar com esta alteração.

Domingo há mais e com uma equipa bastante diferente da sul-africana.

Vamos com calma, que a pressa é em regra má conselheira.

A questão do capitão

Agora que as coisas estão "encarreiradas", que a equipa está a crescer a olhos vistos e que este post já não será olhado como uma tentativa de desestabilização, parece-me ser altura de equacionar a questão do capitão da equipa.

 

É sabido que Rui Patrício é um aglutinador de sensibilidades e parece ter conseguido, fruto de muitos outros factores é certo, mas também do seu carisma e da sua maneira de ser, blindar a equipa e transformá-la num grupo coeso, unido. O trabalho de Rui Patrício como capitão, está, por isso, aprovado com distinção!

 

Mas depois há outros factores. As incidências dum jogo são talvez o mais importante fora do "aconchego" do balneário.

Eu nunca fui adepto do Guarda Redes capitão; nunca num Clube como o Sporting, que bastas vezes é alvo de arbitragens "do arco da velha" e é descaradamente roubado! perdão, é vítima de enganos involuntários de alguns senhores árbitros...

Ora em situações destas, é difícil ao GR capitão fazer-se ouvir junto do árbitro, conforme estipulado nas regras do jogo. Imagine-se haver uma situação que requer a presença do capitão e o Rui ter que "lá" ir, ao meio campo adversário e por absurdo a jogada prossegue e o capitão fica pelo caminho e o adversário marca?

E, convenhamos, o Rui é um "bonzão"! reveja-se a forma como abordou o árbitro em Gelsenkirschen, quase a pedir desculpa por reclamar (não é crítica, é constatação e não é defeito, é virtude!).

 

É certo que a figura e a missão de um capitão é muito mais do que "refilar" com o árbitro, mas acompanhem o meu raciocínio, por favor: se fosse capitão, o Nani teria tantos amarelos? a minha resposta é NÃO!

E seria não, apenas pelo motivo de que o próprio teria eventualmente mais cuidado quando se dirigisse aos árbitros (ainda que os cartões que já tem sejam de todo desproporcionados) e estes teriam que o "engolir" nas justas reclamações! aos capitães dá-se, por força da Lei de jogo, mais um pouco de tolerância.

 

Referi Nani porque após a adaptação necessária e a estabilização como grande jogador que é (o melhor do plantel e do campeonato, de longe), se dúvidas houvesse elas ficaram dissipadas no Domingo, depois do desnorte da entrada para a segunda parte. Nani puxou dos "galões" e reuniu as tropas. E o que é certo é que a sua influência é cada vez maior na equipa.

Parece-me uma promoção pacífica; sem colocar em causa a posição de Patrício, Nani tem todas as condições para assumir o lugar! e nem tem anti-corpos, antes pelo contrário: é da formação, jogou na equipa principal, é Leão!

 

Desculpem a divagação, admito até que me mandem dar uma volta, mas a equipa está tão bem, que qualquer dia deixa de haver assunto. E é nas alturas de bonança que se devem falar destas minudências.

O Sporting tem, finalmente, um capitão!

 

No papel são 5, algo que nunca se viu no passado. O último jogo em Alvalade confirmou porém, e se dúvidas houvesse, que capitão há só um, o que "carregou a equipa às costas": FITO RINAUDO. A imagem diz tudo. Fito, "és a nossa fé!"

 

PS - É com enorme gosto que me junto a esta equipa de "leões". Obrigado Pedro Correia pelo convite e um abraço a todos!

Exercer o poder e decidir

Concordo com a leitura que o Paulo Ferreira faz das palavras de Iordanov e acrescento que este 'caso Bojinov' só aconteceu porque, de facto, tem havido mudanças de braçadeira a mais na equipa que Domingos está a criar quase de raiz. Os capitães que têm sido escolhidos ou não são titulares ou revelam um défice de autoridade. E o que se passou ontem foi exemplo disso mesmo: falta de mando.

 

Domingos diz quem marca o penalty e lá dentro, se há um problema, é o capitão que tem que fazer passar a mensagem. João Pereira não revelou estofo para a missão que tinha, assim como Carriço não o teria feito se ainda estivesse em campo. Como Polga não é de novo titular - e a meu ver não teria também conseguido resolver o incidente - restam duas soluções óbvias: Onyewu e Schaars. O norte-americano é uma fonte inesgotável de confiança e entrega ao jogo; o holandês, para além de ter sido sempre titular e regular, é um jogador sério, consistente e cativante. É uma decisão para se tomar já, optando ou pelo 'Capitão América' ou pelo 'Kapitein'.

 

Não me choca nada que este ano a opção venha a recair sobre um capitão que não é português, a solução nem sequer seria inédita em Portugal e no Sporting. Antes isso do que aquele espectáculo triste que pode deixar marcas profundas a vários níveis: direcção, equipa técnica, plantel e sócios. Atenção, porque o pior que pode acontecer é deixar que esta situação seja mascarada. Nenhum sportinguista esquecerá o que se passou ontem, pelo que é bom que o poder e a lei se mostrem neste caso específico e nos que poderão vir aí, caso contrário a 'anarquia' invade Alvalade.

Onde estava o nosso capitão...

... pergunta hoje Iordanov.

Não quero tecer considerações sobre a qualidade e a capacidade do João Pereira, do Polga ou do Daniel Carriço para o glorioso posto de Capitão da Equipa de Futebol do SPORTING CLUBE DE PORTUGAL. Não quero recordar o ex-capitão do SCP cuja cor era o vermelho e hoje o coração é azul e branco. Pretendo deixar aqui apenas uma simples opinião sobre a palavra..."Capitão".

Para mim um Capitão de corpo e alma, um líder que simboliza na plenitude os valores que enformam a mística sportinguista, um exemplo de Esforço, de Dedicação, de Devoção e Glória, traduz-se em duas palavras: João Benedito.

Há muito que faz falta um Capitão digno desse nome no futebol de Alvalade. Espero que a breve trecho, continuando a renovação do plantel e deixando crescer alguns dos reforços, o nosso Sporting tenha um capitão como merecemos, um grande Capitão, "tão grande como os maiores da Europa".

 

 

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