Haverá dia 23, Quarta-feira, um debate entre os três candidatos à presidência, na SportingTV, às 21,30 horas.
O debate de ideias é fundamental para uma escolha o mais acisada possível, desde que os protagonistas queiram esclarecer e sobretudo apresentar com clareza as suas linhas programáticas como agora se usa dizer e antes se designava de "programa" e toda a gente sabia do que se tratava.
Já li o programa de Frederico Varandas. Não vi ainda os dois restantes. Também não conheço, sinceramente, os candidatos.
O programa de candidatura de Frederico Varandas recebi por e-mail. Acreditem que não me lembro quem o enviou, certamente um colega do blogue.
No entanto seria interessante usar a newsletter do clube para que todos pudessem divulgar, caso o quisessem, obviamente, o seu programa eleitoral. Só abonava em favor de quem governa, quem não deve não teme e a lisura de procedimentos é sempre sinónimo de boa fé.
Portanto, cá aguardarei na minha caixa de correio electrónico os programas de todos os candidatos.
Com o esclarecimento e conhecimento de todos, quem ganha é o clube.
E parece-me que é hora de começarmos a debater este assunto aqui, portanto "que comecem os jogos"!
Estava eu sentado na passada quarta-feira num banco do outro lado da rua da porta da Maratona do Estádio Nacional, aguardando calmamente a abertura, com um casal de "velhotes" ao meu lado, quando surgiu uma rapariga a solicitar assinaturas para um candidato às eleições do Sporting.
Logo o meu vizinho de banco lhe respondeu que o Sporting estava muito bem, que sempre na vida tinha estado do lado do Sporting e por isso não podia corresponder ao pedido. Depois olhou para mim e eu, ainda surpreendido pela resposta, apenas recusei educadamente e lhe perguntei afinal qual era o candidato. Era o sócio Ricardo Oliveira.
O tal gestor e pequeno-micro-investidor que foi para última AG da SAD do Sporting desprezar as conquistas do futebol, protestar contra o estado da relva e fazer contas de merceeiro sobre o que custou o Paulinho. Ao que eu questionei, mesmo não percebendo nada dos estatutos das SADs e de mercados financeiros, se isto são os investidores que agora temos na SAD que não servem para nada se não para ir às AGs protestar, reclamar e ter os seus cinco minutos de fama, porque é que o Sporting não fazia uma OPA, ficava com os 100% de acções e vendia uma parte minoritária para um parceiro estratégico a sério, por exemplo a uma Nike ou a um proprietário duma grande equipa da NBA ou qualquer coisa assim desse tipo (de russos e chineses desconfio, já me chegam as contas exorbitantes da EDP que tenho que pagar), que esse sim, abrisse novos caminhos ao desenvolvimento do clube.
E este nosso sócio vem agora apresentar uma candidatura, não para novas conquistas e novos triunfos desportivos, mas para "inovar na gestão". Isto porque "se o Sporting não conseguir pagar as contas fecha as portas. E o Sporting neste momento não paga as contas...".
Bom, se isto é tema habitual dos cartilheiros do Porto ou do Benfica, para esconder os buracos financeiros e judiciais em que andam metidos, acho que fica muito mal a um candidato a presidente do Sporting denegrir o seu clube desta forma.
Mas afinal que contas é que o Sporting não paga? Aos jogadores? Aos empresários dos jogadores? Do futebol? Das modalidades? Ao Braga? Ao Amorim?
Afinal o Edwards, o Slimani, o Diogo Abreu foram enganados com promessas que não vão ser cumpridas?
Isto realmente seria muito grave se não fosse simplesmente estúpido, dum candidato em bicos de pés, que sem nada para oferecer em termos de projecto desportivo apenas cospe para o ar.
Sobre o momento das eleições, a oportunidade para discutir projectos e ideias para o futuro do clube, muito haveria a dizer. Mas dado que as eleições são agora, num momento crítico para o sucesso desportivo do clube, que está numa luta tremenda com o clube do Porto que controla muita coisa, a começar pelo jornal desportivo lá da cidade, convinha que todos os candidatos colocassem o Sporting em primeiro lugar, se afastassem das influências do "padrinho" do Norte e se abstivessem de afirmações altamente lesivas do próprio clube.
Sempre que vejo um candidato a eleger "O Jogo" para se apresentar aos sócios, por mim está mais que apresentado.
Se há seres que detesto são aqueles que quando numa situação de saudação com aperto de mão ( agora proibido, mas que um dia voltará ) a estendem e a gente quando a aperta sente que está mais mole que a almofada que usa para repousar a cabeça.
Eu sou daqueles que gosta de apertar a mão com força, de fazer sentir ao outro que ele está do outro lado e eu lhe reconheço a importância que ele tem como pessoa e ele retribui.
Ora não sendo almofadinha, gosto de botar opinião própria. Opinião que mesmo aqui, num espaço colectivo, apenas me vincula a mim, sou eu que assino, a responsabilidade é só e apenas minha. Nos jornais, quando alguém não tem tomates para assumir o que escreve, subscreve-se a coisa com "a redacção". Aqui, em concreto neste blogue, cada autor é responsável pelo que publica e isso não compromete mais nenhum dos outros, portanto nenhum de nós, penso, se sentirá molestado com as publicações de outros, já que elas reflectem a visão de Sporting de cada um.
A razão para o êxito deste blogue é precisamente a diversidade de visões de clube, que não tenho dúvida que concorrem todas para o mesmo, o engrandecimento do Sporting. Fosse este um blog de autor e as visitas e comentários seriam bem menos, estou certo disso.
Sou por formação engajado, gosto de causas. Aceitei ser autor do És a Nossa Fé porque sentia que, perdoem a imodéstia, podia dar um contributozinho para ajudar o Sporting de outra forma que não ser "apenas" mais um associado.
Assumindo tudo o que escrevo e não vinculando com isso ninguém a não ser a mim próprio, continuarei, sempre que achar oportuno, a pugnar pela destituição do CD em funções e pelo aparecimento de um candidato que apresente uma proposta sólida que torne o Sporting um clube e uma SAD viáveis e ganhadoras. E defender que Pedro Azevedo personifica essa candidatura, uma vez mais só me compromete a mim.
Com toda a liberdade de opinião. Não pisando ninguém. Pensando unicamente no Sporting.
Não se assustem, não sou eu. Tenho noção do ridículo e das minhas (in)capadidades...
Tiago Cabral pergunta aqui se conhecemos alguém disposto a ser presidente do Sporting.
Eu calculo que haja, apesar da situação que vive o Sporting, gente suficiente para uma corrida eleitoral, mas confesso que não conheço ninguém que me tenha dito "eu estou disponível para ser presidente", mas conheço alguém que tem um conteúdo programático sério já apresentado, com pernas para andar, que esteve em fase de arranque nas últimas eleições e que só não avançou porque financiar uma candidatura não é como ir às roulottes comer uma bifana. Essas bases programáticas foram aqui apresentadas no blogue por alguém que diz que (é preciso) "uma boa equipa, competente em todos os pelouros, disposta a estar no clube sem preocupação de se preservar a si, mas sim em colar as peças, a apostar na sustentabilidade do futebol e criar um conjunto de boas práticas de gestão que façam escola para o futuro do clube, incluindo a limitação de mandatos e que isto como está não se qguenta" e que na minha opinião tem o estofo profissional adequado ao cargo não apenas de presidente do clube, mas principalmente da SAD.
Consubstancio a minha opinião nisto que escreveu, e em complemento isto, isto, isto e isto.
A proposta para um novo Sporting está portanto aqui. Tudo o que se transcreveu ("linkou") é um programa eleitoral, um programa de acção, uma ideia clara de e para o Sporting.
Seria inédito, mas não deixaria de ter piada, a saída de Pedro Azevedo do És a Nossa Fé para a presidência do nosso clube do coração. Por mim podes e deves avançar Pedro e estou certo que não estarei isolado nesta convicção.
Desta vez não restam dúvidas: a putativa candidatura de Bruno de Carvalho, com ou sem marioneta a fazer as vezes do presidente destituído, foi liminarmente rejeitada pela Mesa da Assembleia Geral do Sporting.
Espero que este seja o epílogo de um longo, penoso e lamentável folhetim.
Depois de ter deixado o Sporting "em cacos" - Augusto Inácio dixit - Bruno de Carvalho vê o próprio brunismo ficar em cacos: Carlos Vieira quer mesmo avançar para a presidência leonina, sob o lema «Sporting primeiro».
Não descansa enquanto não sabotar por completo as negociações em curso com os jogadores que rescindiram do Sporting. Mais um "bom serviço" que presta ao clube.
Sairam hoje as primeiras linhas do programa da candidatura de Bruno de Carvalho.
Deste documento constam 17 medidas para o futebol, 15 para a área comercial/marketing e 22 medidas para as modalidades.
Há ainda "outras medidas", como comunicação "a uma só voz", "aumento de capitais próprios e maioria na SAD" e "mais privilégios para quem é associado".
Para desenvolver noutro post, já com o programa da candidatura de PMR, para uma fácil comparação e percepção das diferenças e coincidências, a existirem, entre as candidaturas até agora conhecidas.
Estou com tanto medo, que acabei por decidir subscrever a candidatura do presidente.
É oficial e uma declaração de intenções.
Não esperem muita imparcialidade quanto ao acto eleitoral, portanto, mas um tipo que acusa outro de falta de ideias e projecto, quando já falou em público bastas vezes e nem uma ideiazinha para amostra apresentou, não merece que se lhe dê muito crédito. Vale-lhe o apoio do Severino, com o peso dos seus 1,2% nas últimas eleições, agora que já não tem nenhum livro para lançar. Se for preciso eu conto.
Eis a segunda parte da entrevista de Bruno de Carvalho, publicada no Record de hoje, mais uma vez roubada ao "Tu vais vencer".
E começa de forma, desculpem, linda:
"RECORD - Um presidente deve dar assim tanta importância e protagonismo a comentadores ligados ao Benfica? Não se deveria preocupar unicamente com aquilo que o presidente rival diz? BRUNO DE CARVALHO – Se apenas comentasse o que o meu rival diz, então era o homem mais feliz do Mundo, porque só tinha de falar uma vez por ano."
Independentemente da opinião de cada um, este parágrafo, parece-me revelador de muita coisa. Sigam a entrevista.
"O que é que entretanto senti e sinto? Que há uma falta de militância muito grande das pessoas sportinguistas com algum poder na sociedade e não vejo isso noutros clubes."
Esta parece-me a frase lapidar desta primeira parte da entrevista de Bruno de Carvalho ao Record.
Entretanto, porque é demasiado extensa, podem consultá-la no "tu vais vencer".
{ Blogue fundado em 2012. }
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.