Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

És a nossa Fé!

É para ganhar

scp.jpg

 

Os dias que se seguem às raras derrotas do Sporting são sempre muito animados aqui no blogue. Gente que mergulha num pesadíssimo silêncio e ruma a paragens incertas quando vencemos, num percurso que esta época nos mantém em todas as frentes do futebol e no comando do campeonato nacional, aparece aqui desenfreada como se fosse o fim do mundo.

Querem correr com o treinador, querem deitar abaixo o presidente, querem uma revolução no clube - e outros disparates do género. 

Alguns, mais desvairados, apontam até para os clubes rivais como modelos. Desatam a elogiar os treinadores do SLB e do FCP, sugerindo que qualquer deles seria superior a Rúben Amorim: certamente adorariam vê-los a orientar o Sporting. 

Ao mesmo tempo, confessam sentir medo - e até pavor - pelo clássico da segunda-feira que vem. Nesse dia 18 iremos receber o FC Porto, que já foi despejado da Taça da Liga após derrota contra o Estoril.

A um desses já recomendei que compre um cão: dizem que é método eficaz para combater o medo.

 

A verdade é que todos os jogos mais difíceis que travámos nesta Liga 2023/2024 - contra o Braga (1-1), o Benfica (2-1) e agora o V. Guimarães (3-2) - decorreram fora de Alvalade, o que nos deixou em desvantagem face aos rivais. O clássico contra os azuis e brancos, à 14.ª jornada, será o primeiro a disputar em nossa casa.

É para ganhar, claro - digam os adeptos medrosos o que disserem. Como serão também para vencer o Sporting-Braga, o Sporting-Benfica e o Sporting-V. Guimarães da segunda volta do campeonato.

Não admito outro cenário.

E vocês?

Rescaldo do jogo de ontem

descarregar.webp

Gyökeres: nove golos em dez jogos que disputou até agora no campeonato. Ontem, mais dois

Foto: Miguel A. Lopes / EPA

 

Gostei

 

De Gyökeres. Melhor em campo, outra vez. Começa a tornar-se repetitivo: voltou a ser ele o dínamo, a criar desequilíbrios, a empurrar os colegas para a frente, a acreditar que a reviravolta era não só possível mas desejável, e havia que consegui-la tão cedo quanto possível. Assim fez: em quatro minutos (52' e 56') marcou dois golos, fixou o resultado em 3-1, valeu-nos os três pontos neste embate em Alvalade contra o Gil Vicente. E ainda marcou mais dois (9' e 67'), que não valeram por estar ligeiramente deslocado. Em dez jogos do campeonato, já tem nove golos na sua conta pessoal, além de cinco assistências. Um dos melhores pontas-de-lança que até hoje passaram por Alvalade.

 

De Edwards. Voltou a fazer a diferença, com a sua qualidade na condução de bola, infiltrando-se na grande área sempre com perigo, como aconteceu aos 16'. Desta vez não marcou, mas deu a marcar: passe para possíveis golos de Gyökeres (aos 9', anulado por fora-de-jogo) e Pedro Gonçalves (45'+2, falhou por pouco na finalização). Esteve ele próprio prestes a marcar, aos 49', levando o guarda-redes gilista a fazer a defesa da noite, em voo. 

 

De Morten. Excelente nas recuperações, aos 63' e 85': vai refinando a qualidade exibicional de jogo para jogo. Também na precisão do passe vertical: distinguiu-se ao assistir Gyökeres no segundo golo. Melhora também, a olhos vistos, na condição física: desta vez aguentou os 90 minutos sem acusar cansaço. Um dos elementos imprescindíveis do onze titular.

 

Das substituições ao intervalo. Rúben Amorim nem hesitou: havia que acelerar e melhorar o jogo. Esgaio, já amarelado, deu lugar a Geny, que trouxe mais acutilância à ala direita. Gonçalo Inácio, talvez o nosso pior em campo, foi tomar duche mais cedo, entrando St. Juste para central - e passando Diomande da direita para a esquerda. Nuno Santos (que aos 43' até fez o remate do primeiro golo, que por capricho da sorte Pedro Tiba desviou para as redes gilistas) cedeu lugar a Matheus Reis, mais regular no processo defensivo, para compensar o adiantamento do moçambicano no flanco oposto. Resultou. A equipa foi muito superior no segundo tempo

 

Do 344.º jogo de Coates entre nós. O  capitão uruguaio foi distinguido de modo especial pelo facto de se ter tornado no estrangeiro que até hoje mais vezes envergou a verde-e-branca. Toda a equipa jogou desta vez com a sua assinatura estampada nas camisolas. Bonita homenagem a um dos nossos melhores centrais de todos os tempos. Ele bem merece.

 

Do regresso de Eduardo Quaresma. Rendeu St. Juste como central à direita. Muito concentrado, cumpriu a missão que lhe estava destinada, nomeadamente na cobertura a Fujimoto, um dos mais perigosos da turma de Barcelos. Bom desarme aos 70'. Bom corte aos 80'. Foi apenas o seu terceiro jogo oficial da temporada. Merece mais.

 

De vencer. Sexto triunfo consecutivo em casa nesta Liga 2023/2024: continuamos imbatíveis em Alvalade. E quarto desafio, nestas 12 jornadas, em que chegamos à vitória depois de termos estado a perder - excelente sintoma de tenacidade e robustez psicológica. 

 

De ver o Sporting isolado no comando do campeonato. Recuperámos a liderança, aproveitando o empate do Benfica em Moreira de Cónegos. Seguimos com 31 pontos à 12.ª jornada - mais dois do que os encarnados e três do que os portistas. Somos claramente a melhor equipa em competição, quando entrámos já no segundo terço da prova: apenas cinco pontos perdidos até agora.

 

 

Não gostei

 

De sofrer um golo aos 34'. Aconteceu na primeira vez em que o Gil Vicente chegou perto da nossa baliza: a defesa leonina voltou a tremer em lance de bola parada. Com Adán, uma vez mais, a surgir algo hesitante na fotografia: podia ter feito melhor entre os postes. Mas reagimos bem à desvantagem: fomos para cima deles e marcámos dez minutos depois. Ao intervalo, 1-1. Antevia-se uma segunda parte largamente dominadora para o Sporting. E assim foi. 

 

De Gonçalo Inácio. Voltou a ter um lapso que afectou a equipa: abordou com displicência um lance na nossa meia esquerda defensiva, acabando por fazer uma falta desnecessária. Desse livre resultou o golo solitário do Gil Vicente. Ia-nos custando cara, a desconcentração do central canhoto. Fez bem o treinador em substituí-lo ao intervalo. Uma forma de lhe mostrar que tem obrigação de fazer muito melhor. 

 

Da primeira parte. Chegámos ao fim do primeiro tempo sem conseguirmos, em estrito rigor, um único remate enquadrado. O domínio territorial e a chamada "posse de bola" não se reflectiram em produção ofensiva de qualidade. E até o golo que nos sorriu só se tornou possível porque a bola tabelou num defesa. Na etapa complementar, o nosso desempenho foi muito superior: oito remates e dois golos.

 

Do cartão exibido a Coates. Amarelado aos 75', o nosso capitão vai ficar fora do desafio de sábado em Guimarães: foi o quinto amarelo que recebeu até agora. Esta é a parte má. A parte boa é que limpa os cartões para poder ser titular na partida seguinte: o clássico contra o FC Porto, a disputar em Alvalade.

 

Da lesão de St. Juste. Mais uma: desta vez foi uma entorse. Entrou ao minuto 46, só esteve cerca de 20 minutos em campo. Acabou por ceder lugar a Eduardo Quaresma, aos 67', saindo a coxear. Quanto tempo ficará agora afastado dos relvados?

 

Do horário tardio. Este Sporting-Gil Vicente terminou quase às 22.30, em véspera de dia laboral. Nada de novo, como sabemos. Mesmo assim, havia 33.712 espectadores a assistir ao vivo ao jogo nesta noite fria - mais de Inverno do que de Outono. Sinal inequívoco de que a militância leonina não abranda. Agora, com a nossa equipa de novo no comando, a nação leonina vai redobrar de entusiasmo, faça chuva ou faça sol.

Que diferença

 

Vale a pena comparar.

Há um ano, também após a jornada 11, a classificação do campeonato português de futebol era a seguinte:

Benfica 31

Braga 25

FC Porto 23

Casa Pia 20

V. Guimarães 20

Sporting 19

 

Este ano, tudo bastante diferente. Como os números demonstram sem margem para dúvida:

Benfica 28

Sporting 28

FC Porto 25

Braga 23

Moreirense 20

V. Guimarães 19

 

Tudo visto e conferido, temos portanto as seguintes variações:

Sporting: + 9

FC Porto: + 2

V. Guimarães: - 1

Braga: - 2

Benfica: - 3

 

Vale a pena anotar. Porque nada melhor do que o debate com base em dados estatísticos em vez do "acho que" ou do "parece que" ou do "mais ou menos", tão à portuguesa.

Carpir a mágoa

Que dor, caneco. Que estafermo de coisa dolorosa. Primeiro porque perdemos. Segundo porque a derrota teve muita culpa nossa. Nossa! Lamentavelmente não me é possível sequer arranjar um bode expiatório do apito (e lamento-o porque apesar de fraco consolo, porventura, se considerasse ter havido falhas graves de Artur Soares Dias, hoje estaria menos desconsolado), mas, na verdade, não encontro na arbitragem qualquer justificação para a mágoa que aqui venho carpir.   

Uma equipa que se bate leoninamente durante uma segunda parte praticamente toda com apenas 10, virtuosamente segurando bem a vitória, muitas vezes, podendo até consolidá-la - e tudo isso no estádio do rival, silenciando o tão propalado "inferno"-, uma equipa que faz isto, uma equipa do Sporting que faz isto, não pode perder o jogo em apenas dois minutos fatídicos de um prolongamento. Não pode!

Vivendo o pesadelo que estou, a catarse impunha-se.

Dito isto, à Loja Verde online já encomendei um Casaco Tricolor Acolchoado. Não será por mim e pela falta do meu apoio que a equipa perderá mais pontos. E a Alvalade, faça chuva ou sol, calor ou frio (venha de lá a encomenda!), continuarei a ir e o Sporting apoiar. O campeonato está longe do fim. E é no fim que se fazem as contas. Dependemos apenas de nós para sermos campeões.     

Ganhar pontos em três frentes

Gyok.jpg

 

Andei aqui durante três dias a aturar alguns chatos sempre prontos a rasgar a nossa equipa e a desancar o nosso treinador.

Valeu-me ter tempo e alguma paciência - que não é inesgotável. 

Esses tais vieram comentar a nossa vitória em Alvalade (3-2 contra o Vizela) em atmosfera derrotista. Só faltou tocarem a Marcha Fúnebre.

Quem não soubesse, imaginaria que tínhamos empatado ou perdido nesta ronda inaugural.

 

No sábado, saí feliz do Estádio José Alvalade - como quase todos quantos lá estivemos. Com bons motivos para isso.

Em Agosto de 2022, perdemos dois pontos no início da Liga. Agora vencemos em três tabuleiros - o equivalente a nove pontos ganhos. Superámos o nosso adversário enquanto o Braga perdia em casa com o Famalicão (1-2) e o Benfica foi derrotado no Bessa (3-2). 

 

Chamem-lhe estrelinha, se vos apetecer. Interessam-me pouco os rótulos, desde que sigamos em frente.

Os tais chatos agora que apareçam: não me importo nada.

É lidar.

Exigência máxima

Deixemo-nos de calimerices.

Deixemo-nos daquela ladainha lamurienta do «somos sempre roubados».

Deixemo-nos da obsessiva denúncia da Vasta Conspiração Universal Contra o Sporting.

Deixemo-nos daquela conversa fofinha de que «é preciso tirar pressão dos jogadores». Como se eles não fossem futebolistas profissionais, portanto habituados a lidar com a pressão.

É o momento, mais que nunca, de exigência máxima a esta equipa que já se despediu do título, saiu da Taça de Portugal mal entrou e perdeu a final da Taça da Liga contra um rival histórico. Não é hora para desculpas: logo temos de entrar em campo para ganhar. Não sou capaz de conceber outro desfecho do Rio Ave-Sporting.

Já basta seguirmos - com o mesmo número de jogos - 15 pontos atrás do Benfica, sete atrás do FC Porto e cinco atrás do Braga.

Perdemos 3-0 contra o Porto, so what?

Alguém recordava hoje, numa rede social, que na época 1999/2000, o Sporting também foi jogar ao Porto na primeira volta e perdeu igualmente por três secos. 

E concluía a evocação notando que, no final desse campeonato, o campeão foi...o Sporting!

De 2000 para cá muita coisa mudou, mas esta idiossincracia, tipicamente sportinguista, de avistar, ao cabo de cinco pontos perdidos, o adeus ao título, ou outro qualquer desfecho catastrofista, permaneceu inalterada.

Rúben Amorim não é sportinguista, felizmente para nós!

O mister, muito habituado a ganhar e a disputar as frentes todas até ao fim, - forma de estar que trouxe para Alvalade e que tem incutido nos seus jogadores - não vai soçobrar, como o típico adepto leonino, com este arranque em falso.

Continuo a colocar as minhas esperanças na equipa. Como diria Mourinho noutros tempos, «fiquei frustrado com a derrota, já que queria ganhar. Mas alguém vai ter de pagar. Certamente será o próximo.» Portanto, não concebo outra resposta que não uma vitória categórica frente ao Chaves.

Isto só agora começou...

Dois pontos perdidos...?

descarregar.jpg

Ou um ponto ganho. No final e depois de Porto e Benfica por lá passarem, em Braga, faremos as contas.

O certo é que assistimos a um excelente jogo de futebol e disto é que o campeonato precisa, gente a jogar para a frente, sem rodriguinhos, procurando metê-la lá dentro.

Se a nossa, segundo os sites que valoram os jogadores mas não fazem transferências, é a equipa mais valiosa do campeonato, o Braga de hoje foi muito mais valioso em competência. Ou melhor, foi menos incompetente.

Passo a explicar: Os nossos golos saíram de três jogadas de excelência, sem quaisquer culpas a atribuir aos jogadores bracarenses, três golos dignos de figurar, aposto, nos melhores da Liga que agora começou. Já os golos dos da casa saíram de abordagens incompetentes dos nossos jogadores Gonçalo Inácio, Matheus Reis duas vezes e Ricardo Esgaio, permitindo golos fáceis aos jogadores adversários.

Não gostei que Paulinho e Trincão tivessem ficado na Mealhada a tratar do leitão para o jantar, sempre poderíamos ter jogado com onze, mas quando o Edwards marcou o terceiro eu até pensei em ir pedir um cilício ao Mota Amaral para me penitenciar dos nomes que, cá para mim, lhe chamei quando ele mandou sair o Morita e depois o Porro. A saída do Porro então foi tão incompreensível que nem o Adan percebeu e anda lá dentro...

Quanto aos demais, o "Justo", à falta de melhor será dono daquele lugar onde entrou hoje, para impedir a entrada de Esgaio e que Matheus Reis jogue a central, só isso será meio caminho andado; O Pedro Gonçalves anda de pé afinado e o Paulinho foi a nulidade do costume no capítulo da finalização e nem na tão propalada e badalada especialidade de confundir os adversários (e a ele próprio as mais das vezes) hoje esteve ao nível do costume; Trincão veio mostrar aquilo que todos nós pensamos, alguns dizem e outros não querem ou têm vergonha de dizer, é mais um extremo e "disso" já cá tínhamos em barda.

O Melhor em campo, Matheus Nunes, jagós* por adopção, não deve acabar o mês no Sporting, para mal dos nossos pecados.

Como eu sou como os ciganos, não gosto de ver bons princípios (eles aos filhos, eu ao Sporting), que assim, se a coisa não correr bem, a azia não será tão forte.

De qualquer forma ainda a procissão vai no adro, vamos lá continuar a repicar os sinos. Até ao foguetório de artifício, ou até que o páleo caia em cima do cura...

 

* Jagós - Natural da Ericeira

Nunca mais é sábado

Ainda não se escreveu outro livro tão divertido e certeiro sobre isto e ser adepto de um clube de futebol, mania uma bocado neurótica e absolutamente bipolar, como "Fever Pitch" de Nick Hornby, razoavelmente traduzido por "Febre no estádio."

A dado passo o autor descreve um dos momentos mais embaraçantes e recorrentes da sua (da nossa) vida de aficionado futebolístico. É Verão, está de férias e acabou de fazer amor com a namorada. Quando, a seguir, se põe a fumar o famoso "cigarro pensativo" queirosiano, a boa da moça aconchega-se a ele e pergunta-lhe ternamente em que pensa. Confessa o autor: como posso dizer que estou a pensar em qual seria o melhor ponta-de-lança para o Arsenal? Se for sincero, ela ofende-se e com razão. Se não a quiser magoar tenho que mentir.

Ó senhores, quem nunca...?

A ver mazé se o campeonato começa que a espera está insuportável.

Vai ser tramado

Seis semanas de interrupção do campeonato 2022/2023, entre as jornadas 13 e 14, por causa do Mundial do Catar. Vai ser tramado.

Teremos vários jogadores lá, podem ocorrer lesões e há quase toda uma segunda pré-temporada nesse período - a prova prolonga-se de 21 de Novembro a 18 de Dezembro. Além de que irá reflectir-se no mercado logo a seguir, mexendo com as cabeças dos jogadores.

Gerir tudo isto será uma tarefa inédita para o nosso treinador, com inevitáveis reflexos nas competições internas. Complicações que devem ser previstas desde já.

 

ADENDA. Primeiro clássico da temporada: FC Porto-Sporting, no fim-de-semana de 20-21 de Agosto.

Breve antevisão da recta final

Faltam cinco jornadas para terminar o campeonato.

Que jogos ainda temos pela frente?

 

Começamos por receber o Benfica, neste Domingo de Páscoa. Depois vamos ao Bessa, recebemos o Gil Vicente (equipa revelação desta Liga 2021/2022) e deslocamo-nos a Portimão. Para nós, o pano cairá no Sporting-Santa Clara. Precisamente contra o adversário que nos levou a deixar de depender só de nós nesta prova ao derrotar-nos no desafio da primeira volta, em Ponta Delgada.

Venho perguntar-vos se mantêm (ou não) a expectativa de conseguirmos conquistar o bicampeonato que nos foge há 70 anos.

Atendendo também ao calendário do nosso rival, o FC Porto. Que na próxima ronda recebe o Portimonense, depois vai a Braga e enfrenta o Vizela em casa. Segue-se o clássico entre portistas e benfiquistas na Luz e fecha o campeonato como anfitrião do Estoril da jornada 34.

 

8114c6ce1ca7748e1587a2db1bdd2d1b.png

 

Ainda acreditam?

Conseguiremos chegar ao fim sem perder mais pontos?

Estaremos nós, sportinguistas, condenados a torcer por Braga e Benfica naquelas duas partidas decisivas?

Ponto da situação

1

Seguimos em terceiro no campeonato, em igualdade pontual com FC Porto. A um escasso ponto do Benfica, ainda líder da prova.

2

Temos a defesa menos batida da Liga 2021/2022: apenas quatro golos sofridos em oito jornadas. Só o Portimonense exibe o mesmo registo.

3

Continuamos invictos, sem derrotas. Só o FC Porto pode gabar-se do mesmo.

4

Somos a única equipa com aspirações ao título que já defrontou dois dos quatro primeiros classificados da época passada: FC Porto (empate) e Braga (vitória).

5

Mais importante que tudo o resto: só dependemos de nós.

Sporting sinfónico

Para apreciar melhor o segundo golo do Sporting de ontem será de vistas curtas reparar apenas no estupendo passe de Esgaio que leva a bola até aos pés daquele que fabrica algoritmos com a ponta da bota, pois os seus remates saem de geometria perfeita na curva do arco, na altura do voo, na direcção inevitável  que levam. 

Pedro Gonçalves estava nesse momento isolado próximo do segundo poste. E estava sozinho porque foi ali ter em resultado de uma longa jogada em que toda a equipa havia antes, por duas vezes, tomado de assalto a linha defensiva do Vizela por todos os flancos. Duas vezes a bola é rechaçada e de imediato recuperada quase à entrada na área e quando na terceira investida chega aos pés de um Esgaio livre e com espaço à direita, já os adversários estavam completamente desbaratados e desnorteados. 

O segundo golo do Sporting é de antologia: o futebol é um jogo colectivo e dinâmico, onde cada peça deve saber onde estar e o que fazer. O segundo golo do Sporting foi um puro produto do treino e de quem o administra. Pode ser viciante o hábito de se irem vendo maravilhas destas em Alvalade.

Inaceitável

Um país, dois sistemas?

Marítimo e Nacional anunciaram ontem que passarão a ter adeptos em metade das bancadas disponíveis nos respectivos estádios nas provas futebolísticas prestes a começar.

Em relação aos estádios do continente, essa autorização ainda não foi concedida pelas autoridades sanitárias.

Acontece que o campeonato nacional de futebol é uma prova de âmbito nacional e não regional. Deve desenrolar-se com regras precisas, claras e uniformes para todos os clubes. Se uns contarem com público e outros não, isso representará uma grosseira violação das elementares regras de equidade na mesma competição.

Trata-se, portanto, de algo inaceitável.

Campeões também na formação

- O Sporting é a sétima equipa das dez principais ligas europeias com a maior percentagem de minutos utilizados por jogadores da formação: 26,3% de todos os minutos no nosso campeonato são preenchidos por profissionais oriundos da Academia de Alcochete. A "pardalada", como diria o inefável Joaquim Rita.

- A larga distância ficam o FC Porto (segundo na lista portuguesa), com 12,6%, e o Belenenses SAD (terceiro), com 8,6%. Em matéria de aproveitamento da formação, o Sporting ultrapassa o dobro da percentagem dos portistas.  

- Na mesma lista, o Benfica surge em quinto lugar. Com apenas 6,8% de utilização de elementos da formação no conjunto de minutos jogados pelo plantel encarnado neste campeonato. Percebendo-se assim melhor como a aposta de um SLB "made in Seixa" de Luís Filipe Vieira era apenas propaganda eleitoral destinada a iludir os adeptos desse emblema.

- Sem surpresa, mas com pesar, verificamos que desta lista constam oito clubes que desprezam a própria formação ou não a desenvolvem minimamente: são meros entrepostos de compra e venda. Entre eles, alguns muito louvados pelos comentadores nesta época 2020/2021: Famalicão, Santa Clara, Paços de Ferreira e Moreirense.

- Dez dos dezoito clubes da nossa Liga 1 têm um aproveitamento abaixo dos 5% ou simplesmente nulo. E 16 estão abaixo dos 10%. As excepções são precisamente Sporting e FCP.

 

Tudo neste texto de JFCC, d' A Tasca do Cherba. Que também fala da importância da nossa formação em andebol, futsal e hóquei em patins. E faz uma análise minuciosa da nossa equipa B, com lugar na nova Liga 3.

A força do homogéneo

"Tiras um Leão de campo e ainda ficam lá dez", foi a frase que ficou no ar da entrevista de Pedro Porro ao ADN de Leão. É uma frase forte e que significa muito mais do que uma metáfora para o que aconteceu contra o Braga.

Ao revisitar mentalmente a época do Sporting, apercebi-me de que não há um flop. Não há um jogador ao qual se possa apontar o dedo. Todos foram úteis. E o oposto também é verdade. Apesar da grande época de Coates, todos os jogadores foram importantes na devida altura. Desde as defesas do Adán aos golos de Pedro Gonçalves, passando pelo esteio que Palhinha mostrou ser, não há um jogador que se possa dizer que não tenha sido importante. Até João Pereira, que muitos disseram que se vinha reformar, mostrou ser muito útil nos últimos dois jogos.

O Sporting foi campeão por ser homogéneo. Sai um, entra outro, o Sporting continua a jogar o suficiente para vencer.

E foi assim que nos tornámos campeões. Sem focos nas individualidades, sem pára-raios de atenção, sem "messias" em lado nenhum. Apenas com abnegação e muito trabalho.

Mais, quero mais

 

Talvez ainda não tenha interiorizado tudo o que aconteceu, como se o que aconteceu fosse corriqueiro. Mas neste momento penso sobretudo em ganhar os dois jogos que faltam da temporada (é no que devem pensar jogadores e equipa técnica) e repetir uma época assim já para o ano (é no que deve pensar a estrutura dirigente). Sabem quantas vezes o Sporting terminou uma época sem derrotas no campeonato? Mais importante: sabem há quantos anos o Sporting não vence dois campeonatos seguidos? Pois. Pensem nisso. E agora, depois de dizer isto, quero dar os meus parabéns a esta fantástica equipa. Muito obrigado.

Está quase...

Dizia eu há uma semana, depois da vitória contra o Nacional: "Ganhámos mais que merecidamente a primeira das cinco finais e temos no meio da semana a oportunidade de chegarmos ao título, caso vençamos em Vila do Conde e o Benfica ganhe na Luz. Nesse caso serão 9 pontos de vantagem com três jogos para jogar, e não haverá Godinho nenhum que nos tire o caneco."

Parece que sou bruxo. Não no que respeita aos dois resultados referidos, esteve mesmo quase mas falhei por uns 20 centímetros, mas na parte final da frase: tinha mesmo que vir o Godinho tentar roubar-nos o caneco. Ou pelo menos de o assegurarmos amanhã à noite.

Foram 4 pontos perdidos às mãos deste senhor esta temporada, fora as multas e castigos. 

Mas desta vez não vai ter hipóteses. A viúva mora já no frigorífico.

 

#OndeVaiUmVãoTodos

SL 

Ponto da situação

estadio-jose-alvalade.jpg

 

1

Com 79 pontos, estamos a um passo de reconquistar o campeonato nacional de futebol. Após um longo e penoso jejum de 19 anos. 

Faltam-nos dois pontos para atingir essa meta. Uma vitória, portanto. Ou dois empates. O título já não nos foge.

 

2

Há quem reclame exibições de excelência aos pupilos de Rúben Amorim. Não é o meu caso.

Eu quero títulos, em primeiro lugar.

Em segundo lugar, quero títulos.

Em terceiro, idem aspas.

Só depois exijo boas exibições.

Entretanto, recordo que este vitorioso Sporting 2020/2021 não foi reforçado com jogadores que custaram mais de cem milhões de euros, como o Benfica, nem recebeu milhões da Champions, como o FC Porto.

Também não me esqueço que nunca entrou em campo sem portugueses nem jogadores da formação no onze titular. Ao contrário de Benfica e FC Porto.

Vencer o campeonato com uma equipa jovem, onde há vários jogadores formados na nossa Academia, é motivo redobrado de orgulho.

E motivo de inveja para os nossos rivais. Que também apregoam a formação mas não a praticam.

 

3

Neste momento, a três jornadas do fim, seguimos com mais oito pontos que o FC Porto, mais doze do que o Benfica e mais vinte que o Braga. Sem derrotas.

A enorme distância pontual que mantemos face à equipa minhota - que sonha ser clube "grande", tarefa impossível com um presidente tão pequeno - só me faz rir. Porque bem recordo o que diziam os pseudo-catedráticos do esférico no início da época, apontando o Braga como "equipa sensação" do campeonato. Enquanto outros, já a meio da temporada, proclamavam que os encarnados do Minho praticavam "o melhor futebol" da Liga.

Esta gente nem se apercebe dos disparates que vai bolçando...

{ Blogue fundado em 2012. }

Siga o blog por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

 

Arquivo

  1. 2024
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2023
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2022
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2021
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2020
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2019
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2018
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2017
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2016
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2015
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2014
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D
  144. 2013
  145. J
  146. F
  147. M
  148. A
  149. M
  150. J
  151. J
  152. A
  153. S
  154. O
  155. N
  156. D
  157. 2012
  158. J
  159. F
  160. M
  161. A
  162. M
  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D