Os andrades roem-se de inveja. Eles bem gostariam de ter o nosso treinador lá no banco deles, sentado ao lado do Inenarrável Gonçalves.
Com Rúben Amorim no Dragão nunca o FC Porto estaria como está agora, atravessando a pior época deste século. Aliás, pior época dos últimos 42 anos - de toda a era do Idoso Jacaré*. A tal ponto que correm o sério risco de "conquistar" o quinto lugar na Liga.
Deviam jogar mais à bola e fazer menos queixinhas das arbitragens, esses calimeros tripeiros. O único campeonato que ganham este ano é o da lamúria.
Também deviam cometer menos faltas. O FCP é claramente o mais indisciplinado dos "três grandes", como estes números da Liga actual demonstram:
FCP - 8 expulsões (quatro com vermelho directo);
SLB - 3 expulsões (uma com vermelho directo);
SCP - 2 expulsões (nenhuma com vermelho directo).
Repito, morcões: joguem à bola e deixem-se de tantas faltas. E de tantas tretas.
* Suavizei a expressão face às reclamações das almas cândidas que se sentiram chocadas com a designação "Velho Crocodilo".
O tal "ciclo complicadíssimo" ficou para trás. Iniciámos esse ciclo em primeiro, terminamos em primeiro. Nada de novo. As catástrofes que muitos temiam e algumas carpideiras já antecipavam afinal não existiram. A lamúria "somos sempre roubados", que soa como eterna desculpa de perdedores antecipados, ainda não é desta que passa a hino. Felizmente.
Com Amorim não há lamúrias. Os calimeros ficam no banco. Ou são remetidos à equipa Z. É o lugar certo para eles.
Coitado do Pepe, não respeitam o clube. Diz ele que "falta respeito ao nosso clube. Muita gente fala mal do FC Porto, muita gente critica o FC Porto… As capas dos jornais… Muito tendenciosas naquilo que escrevem sobre nós. Fala-se pouco do nosso bom futebol. É sempre coisas negativas."
Tudo coisas negativas realmente, plantel a desfazer-se, jogadores contratados a crédito de "casas de penhores", pancadaria na AG, Operação Pretoriano, vice-presidente e funcionários envolvidos, chefe da claque e filho adoptivo do Pinto da Costa a contas com o juiz, comissário que lidera a investigação com assassino contratado para o matar e respectiva família ameaçada... enfim, tanta coisa.
E falta respeito dentro do campo também. Quantos mergulhos são necessários para os árbitros marcarem penaltis ou expulsarem adversários? Ontem foi desde o minuto 3 até ao 95: o VAR lembrou-se de dizer ao árbitro que aquilo era mais uma palhaçada do aprendiz de Taremi que faz de avançado, o Conceição pequeno lá conseguiu a muito custo amarelar um que o treinador do Rio Ave entretanto substituiu, e só mesmo no final é que expulsou outro. Entretanto o Varela distribuia pancada sem dó nem piedade. E lá foram mais 2 pontos.
Mas há coisas positivas também, Pepe. Corres e saltas como se tivesses 20 anos, bates também sem amor ao próximo, a dieta criteriosa ou o guaraná não falham, a insubordinação dos polícias não entra no Dragão, António Oliveira está na calha para a SAD e o Pinto da Costa comprou mais 5,000€ de acções da SAD. Não desesperes.
A verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade.
1. Na falta (primeiro golo e amarelo) assinalada a Morten, o jogador que "sofre" o empurrão, o "chega para lá" comete duas faltas, imediatamente, antes.
2. Na segunda falta assinalada a Nuno, o alívio é legal, sem contacto e ficou por mostrar um amarelo por simulação ao "algarvio".
3. No penalty sobre Marcus o defesa do Farense toca na bola? E toca no pé do avançado?
A resposta é simples.
Recordo que Godinho foi o árbitro que nos sonegou dois pontos em Braga, supostamente, porque Pedro Gonçalves com a sua (dele) fantástica envergadura física estaria a obstruir a visão ao balizeiro minhoto.
Deixemo-nos daquela ladainha lamurienta do «somos sempre roubados».
Deixemo-nos da obsessiva denúncia da Vasta Conspiração Universal Contra o Sporting.
Deixemo-nos daquela conversa fofinha de que «é preciso tirar pressão dos jogadores». Como se eles não fossem futebolistas profissionais, portanto habituados a lidar com a pressão.
É o momento, mais que nunca, de exigência máxima a esta equipa que já se despediu do título, saiu da Taça de Portugal mal entrou e perdeu a final da Taça da Liga contra um rival histórico. Não é hora para desculpas: logo temos de entrar em campo para ganhar. Não sou capaz de conceber outro desfecho do Rio Ave-Sporting.
Já basta seguirmos - com o mesmo número de jogos - 15 pontos atrás do Benfica, sete atrás do FC Porto e cinco atrás do Braga.
O campeão nacional das queixinhas não pára. Haja paciência. Agora diz que vai deixar de ceder o estádio para jogos da selecção. Olha, menos uma razão para lá ir. Não boicotem é o Media Markt, que sempre dá jeito.
Estes andam há quatro jornadas a falar de árbitros: "Quando nos sentimos injustiçados, não nos podemos calar". Para quem andou 30 anos armado aos números viris, acusando de choramingas qualquer pessoa que fizesse a mais pequena queixa da arbitragem, não deixa de ter piada. Ó grandes machos do Porto, para quem, a sul de Coimbra, é tudo um bando de paneleiros, onde estão vocês?
Os calimeros começam cedo este ano: à segunda jornada já têm o treinador transformado em carpideira nas declarações aos jornalistas enquanto o presidente ameaça vetar árbitros, à vista de toda a gente, dirigindo-se ao vice-presidente do Conselho de Arbitragem: "Não queremos mais aqui este tipo!"
O mais ridículo é que na origem de tanta choradeira esteja um jogo em que o árbitro marcou um penálti a favor deles a poucos minutos do fim. Não ficaram satisfeitos: deviam querer dois em vez de um. E cafezinho com leite logo de manhã. E frutinha da boa à hora de deitar.
O ódio a Jorge Jesus é tanto que nem conseguem dizer o nome dele: pelo menos dois comentadores da cor das papoilas falam do nosso treinador fingindo não saber como se chama.
Mas não deviam andar tão cabisbaixos. Afinal são campeões de Inverno em pelo menos duas "modalidades": a das expulsões esquecidas e a dos penáltis perdoados. Ou seja, conseguiram cumprir meio campeonato sem terem nenhum jogador punido com cartão vermelho nem verem nenhuma grande penalidade apitada contra eles.
E, espantosamente, os calimeros-lampiões ainda reclamam da arbitragem. Quanto mais colinho têm, mais colinho querem.
Ele é a Guiné Equatorial, ele é o Álvaro Sobrinho, ele é o perdão de "dívidas" do Ricciardi, ele é as SMS de Jesus aos jogadores do Benfica, ele é o incumprimento de contrato por Jesus, ele é o software que Jesus roubou, ele é os "danos reputacionais" que o Sporting causou, ele é o "condicionamento dos árbitros", ele é as queixas à Liga, ele é o doping, ele é o Tonel. Bem, que calimeros. Calimeros? Coitado do Calimero, que não se conseguria fazer ouvir no meio desta chinfrineira. É o costume: não sabem ganhar e não sabem perder. Agora calem-se lá um bocadinho e joguem futebol.
A todos os benfiquistas que estão a chorar por causa dos erros de arbitragem deixo aqui dois simples apontamentos, sobretudo aos que têm memória curta, após uma exibição miserável como a deste fim-de-semana.
Primeiro apontamento:
- 21 de Abril de 2013: 2-0 para o benfica. Árbitro: João Capela (agora já se recordam, não é?)
Perderam na mini-Luz montada em Aveiro contra a equipa forasteira, o Arouca, e para disfarçar os notórios defeitos da turma agora treinada por Rui Vitória desatam a queixar-se do árbitro. Em nítida manobra de diversão para tentar ocultar o essencial: até ao momento só conseguiram um triunfo em oito desafios disputados desde a pré-temporada.
São os calimeros encarnados. Ontem à noite revelaram grande forma a verter lágrimas em intermináveis queixumes nas pantalhas. Num canal, o calimero de serviço gastou 15 minutos no programa a apontar o dedo acusador à equipa de arbitragem. Noutro canal, o calimero de turno gastou ainda mais tempo, ocupando 37 minutos a criticar o homem do apito.
Cinquenta e dois minutos, se somarmos os tempos de antena de que ambos dispuseram em tais calimerices. Este ano têm pelo menos um título garantido: o da lamúria.
Quando o dragão vira draguinho, logo as hostes portistas começam a chorar copiosamente, imitando o pato Calimero. Não tardámos a escutá-las este fim de semana, capitaneadas pelo treinador basco e pelo próprio presidente do clube. Sinal de que o pânico começa a apossar-se da agremiação azul.
Depois de terem sofrido em Alvalade o terceiro empate consecutivo (após o Porto-Boavista e o Guimarães-Porto) engrossaram o caudal da lamúria apontando o dedo a Olegário Benquerença. Como se pudessem ter razão de queixa contra este árbitro, que os deixou ir tomar duche com apenas um cartão amarelo.
Ora rebobinemos o filme de oito lances deste jogo para se perceber melhor como os calimeros azulinhos não têm razão para lamúrias:
2' - No lance do nosso golo começa por haver uma grande penalidade clara, cometida por Danilo. Como não existe lei da vantagem nestes lances, o árbitro deveria ter marcado penálti e mandado o portista para a rua.
10' - Jackson atira-se, por trás, às pernas de William Carvalho, ameaçando a integridade física do nosso médio defensivo, que progredia no meio-campo. Não recebeu cartão amarelo, como merecia.
19' - O lance mais violento da partida: Nani é ceifado por Quaresma, que pretenderia enviá-lo para a unidade de cuidados intensivos do Santa Maria. Benquerença, amiguinho, mostra-lhe apenas o cartão amarelo.
34' - Martins Indi joga a bola com a mão quando Slimani conduzia uma jogada de ataque no meio-campo do FCP. Sem qualquer admoestação do árbitro da partida.
69' - Indi derruba Slimani, empurrando-o dentro da grande área portista. Benquerença decide... mostrar o cartão amarelo a Nani por protestar na sequência deste lance.
82' - Falta evidente sobre William Carvalho que o árbitro deixou por marcar no lance que culminou no remate de Herrera que Rui Patrício defendeu com brilho, bem ao seu estilo.
83' - Martins Indi - sempre ele - levanta os pitons a Rui Patrício, na nossa pequena área. As leis do jogo determinam que lances como este recebam sanção disciplinar. Mas o cartão amarelo voltou a ficar no bolso do árbitro.
90'+2 - Tello arranca para a baliza leonina, quase no fim do encontro, em posição claramente irregular. O árbitro, no entanto, deixa este fora-de-jogo por assinalar.
E agora podem prosseguir com a lamúria nos jornais, nos painéis da TV e no Porto Canal. Percebo-vos bem: são lágrimas de saudade. Do tempo em que eram levados ao colo pelos árbitros - jogo após jogo, campeonato após campeonato.
Antes de o País inteiro ter escutado o que escutou.
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