E Janeiro está no fim, com o Sporting na liderança da Liga e com uma Taça conquistada.
E vem aí um Fevereiro que vai ser decisivo. Vamos ter Benfica (C), Marítimo (F), Gil Vicente (F), Paços de Ferreira (C), Portimonense (C) e Porto (F). No final do próximo mês, com quase 2/3 dos jogos efectuados, vamos realmente perceber até onde podemos chegar esta época.
O Sporting está bem e recomenda-se. Desde logo porque todos os reforços do início de época já ultrapassaram o necessário período de adaptação, recuperaram de situações anteriores, e mesmo do Covid, e estão em bom momento de forma. Pedro Gonçalves, Adán e Porro já mereceram distinções, Palhinha, João Mário, Feddal, Nuno Santos, Tabata e Antunes estão aí para o que for preciso.
Do lado dos mais jovens a moral é tremenda, o atrevimento também. Nuno Mendes, Inácio, Tiago Tomás, Matheus Nunes, Jovane e Plata estão a conseguir fazer coisas muito para além do que seria antecipável, e Max, Quaresma e Daniel Bragança também têm estado bem.
Os restantes, "El patrón" Coates, o seu fiel escudeiro Neto e Sporar com as virtudes e defeitos de cada um, fecham um plantel competitivo, onde impera um grande espírito de equipa e um enorme respeito pelos valores do nosso Sporting.
Muito disto é resultado do trabalho e da liderança de Rúben Amorim. O modelo de jogo, único no futebol português, foi assimilado por todos e maximizou as capacidades de alguns, e constitui uma mais-valia dentro do campo. Claro que num jogo ou outro, o adversário procurará adaptar-se alterando o seu modelo habitual, mas é como diz Amorim, nesse caso quem mais treina a mesma coisa estará sempre em vantagem.
Nota-se a equipa mais consistente e a falhar menos nas acções individuais, defensivas e atacantes. Claro que num ou outro jogo, por exemplo contra o Rio Ave, a equipa perde o ritmo, a caixa de velocidades engasga-se, e torna-se estéril a atacar e aflita a defender.
Nota-se também que Amorim está a introduzir aos poucos coisas novas, coisas de equipa grande. Nas bolas paradas, lançamentos longos com a mão para a área e cantos bem batidos; no restante, cruzamentos perigosos em diagonal, cruzamentos atrasados da linha de fundo, passes a rasgar desde a defesa.
Continua a faltar a dimensão aérea atacante, quase não me recordo de um lance com Nuno Mendes ou Porro a centrar para a cabeça de alguém e golo. Ora é um verdadeiro desperdício ter estes dois e mesmo um Plata ou Antunes nas alas, todos eles sabem centrar tenso e colocado desde longe, e não ter um ponta de lança exímio no jogo aéreo.
Vamos ver se o problema se resolve até ao fecho do mercado.
#OndeVaiUmVãoTodos
PS: Não queria deixar de dar os parabéns a personalidades... Sportinguistas como Nuno Sousa, Carlos Vieira, Augusto Inácio ou Bruno de Carvalho, pelos seus comentários e mensagens vibrantes nas redes sociais na sequência de mais uma Taça conquistada, ou seja, mais uma jornada de glória para o Sporting Clube de Portugal.
Calendário dos jogos a disputar pelo Sporting nos próximos dois meses:
2 de Janeiro – Sporting – SC Braga 7 de Janeiro – Nacional – Sporting 11 de Janeiro – Marítimo – Sporting (Taça de Portugal) 15 de Janeiro – Sporting – Rio Ave 19 de Janeiro – Sporting – FC Porto (Taça da Liga) 24 de Janeiro – Boavista – Sporting 31 de Janeiro – Sporting – Benfica 3 de Fevereiro – Marítimo – Sporting 7 de Fevereiro – Gil Vicente – Sporting 14 de Fevereiro – Sporting – Paços de Ferreira 21 de Fevereiro – Sporting – Portimonense 28 de Fevereiro – FC Porto – Sporting
Ficam algumas perguntas:
- Como antevêem este calendário tão preenchido?
- Quais são, na vossa perspectiva, os confrontos mais complicados?
- Temos condições para aguentar o primeiro lugar no campeonato?
A pandemia em curso veio alterar por completo a vida quotidiana de centenas de milhões de pessoas. Neste momento, 52% da população do planeta é alvo de drásticas quarentenas ou cumpre decretos que obrigam à reclusão doméstica. Os espectáculos desportivos - com destaque para o futebol - sofreram um abalo sem precedentes. As competições estão suspensas, salvo em cinco países.
São tempos novos, que exigem soluções diferentes e vieram apanhar desprevenidas as instituições desportivas. Basta referir que a paragem forçada das competições profissionais não estava prevista nos regulamentos federativos ou da Liga de Clubes para efeitos do apuramento do campeão nacional de futebol. Entretanto os prejuízos acumulam-se em cascata, clubes que já não gozavam de boa saúde orçamental temem a derrocada financeira e todos os negócios que giram em torno do desporto-rei - dos equipamentos à publicidade, do abastecimento alimentar às transmissões televisivas - também se encaminham para a falência.
Um mês depois, chegou a altura de renovar o repto aos leitores: na vossa opinião, o que irá passar-se com o campeonato português? Vêem alguma hipótese de a época 2019/2020 ainda ser cumprida? Admitem a realização de jogos à porta fechada? Em caso negativo, como deverá ser apurado o campeão?
À medida que o tempo passa, nesta segunda semana de reclusão forçada de milhões de portugueses em suas casas, torna-se cada vez mais evidente que as provas desportivas ficarão "congeladas", sem que se cumpra o que faltava do calendário. O precedente do país vizinho indicia que acontecerá o mesmo em Portugal. «Não é o momento de pensar em futebol», declara o presidente da federação espanhola, Luis Rubiales, em entrevista ao diário desportivo As.
Traduzindo: esta época chegou ao fim. Lá e cá. O que invalida por completo as pretensões daqueles que ainda sonhavam concluir este campeonato de futebol.
O que fazer neste cenário? Das duas, uma: ou o FC Porto é proclamado vencedor ou não haverá título de campeão nacional na temporada 2019/2020.
Tudo é diferente nos dias de hoje. Tudo está a mudar a um ritmo impressionante. O futebol - o mais importante das coisas menos importantes - está adiado até mais ver. Desde logo, a final da Liga dos Campeões, agora reagendada para 27 de Junho, embora persistam incógnitas em torno desta data, que depende da evolução do coronavírus. E também o Campeonato da Europa, adiado para 2021, o que permitirá a Portugal manter-se como campeão em título pelo menos durante mais um ano.
Um adiamento inevitável, ditado pela pandemia que abala o mundo, e que acaba por ser uma boa notícia para jogadores como Lloris, Hazard, Rashford, Kane, Süle e Dembélé, que estariam ausentes se o certame ocorresse na data aprazada. Mas pode ser uma péssima notícia para outros, que por limite de idade poderão ficar fora do Euro-21. O jornal Marca enumera alguns: Neuer, Modric, Kroos, Giroud, Chiellini, Bonucci, Rakitic e Pepe.
Este adiamento do Europeu, tornado inevitável pela dramática progressão da pandemia, abre novas perspectivas para a resolução do impasse nos campeonatos nacionais. O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol forneceu ontem algumas pistas: as jornadas que faltam poderão cumprir-se para além da data limite de 30 de Junho, encurtando-se as férias de Verão e a pré-temporada.
Este é o modelo que poderá vigorar também no campeonato português. Abrindo-se desde já a porta à redução do número de jornadas da Liga 2020/2021, que até poderá disputar-se em moldes diferentes, com apenas uma volta ou em sistema de play-off, como Luis Rubiales também admitiu nas suas declarações de ontem. Deixando claro: «A competição tem de ser vencida em campo», não através de expedientes administrativos.
Eis a pergunta que deixo: estaremos preparados para acolher medidas semelhantes no futebol português?
Percebo mal a pouca ou nenhuma importância que se dá ao calendário da Liga.
O sorteio – que será a 5 de julho – é uma das mais importantes ocorrências da época desportiva dos chamados três grandes e pode ser decisivo no equilíbrio entre os três ou, em campo oposto – no afastamento imediato de um ou mesmo de dois dos competidores. Por exemplo, começar por ir ao Rio Ave, receber o Braga, ir a Guimarães, receber o Benfica, ir a Portimão e ir à Antas pode acontecer, com jornadas da Liga Europa algures que podem ser deslocações à casa do Diabo. No nosso caso este cenário de hipótese só é ajudado por termos relativamente poucos selecionáveis a esta altura. Algumas das mais importantes decisões da época na construção do plantel de um clube como o nosso – um contender da Liga, mas não um winner habitual – passam por superar o primeiro obstáculo que é o “início” da época. Admira-me que imprensa, crítica e adeptos não tenham mais atenção a isto. Acredito que os clubes e as estruturas tenham.
O início da época futebolística em Itália é só no próximo fim de semana. Já em Espanha o início da época é como a hora de jantar: no início de Setembro. São dois países produtores de azeite e vinho como Portugal. Por que razão cá se segue um calendário à inglesa, com as primeiras jornadas do campeonato a decorrerem com a maioria dos portugueses de férias? (Já referi neste blogue a minha proposta: em Agosto deveria jogar-se a fase de grupos da Taça da Liga.)
Geralmente era costume atribuir os prémios da época anterior e fazer o sorteio da nova época de manhã ou ao fim da tarde. Desta vez fizeram-no depois do jantar, onde devem ter sido servidos diversos cocktails, e deu nisto. Esta imagem vai entrar para a história como mais uma piada do futebol português.
Quando vi o sorteio original (entretanto anulado) fiquei irritadíssimo. O Sporting jogava entre a 3ª e a 7ª jornadas os dois principais jogos da época em Alvalade, com tudo o que isso acarreta em prejuízo de interesse competitivo para o resto do campeonato e em dificuldades para os sócios e adeptos, principalmente os que não têm gamebox. Ter os dois jogos em casa tão próximos obrigaria a um esforço financeiro suplementar concentrado no tempo, numa altura do ano em que também existem outras solicitações financeiras extra. O jogo com o Benfica, na terceira jornada, era em pleno mês de Agosto, numa altura em que muitos sócios e adeptos se encontram ainda legitimamente de férias. Esta é uma altura em que o campeonato não deveria ainda ter começado. Quanto muito, poderia estar a começar, mas não deveria haver jogos entre equipas grandes. É absurdo o campeonato português começar tão cedo: compare-se por exemplo com o espanhol. A isto acresciam duas deslocações seguidas (Chaves e Tondela), nas jornadas 17 e 18, muito próximas no tempo e muito distantes geograficamente de Lisboa, a fazerem lembrar uma situação semelhante há duas épocas (jogos em Chaves e na Madeira no intervalo de uma semana, com um outro jogo para a Taça em Chaves a meio da semana).
Esta situação relativa aos jogos grandes não se verificaria se tivessem sido mantidos os condicionantes razoáveis, que eram usados nas épocas anteriores, que Sporting e FC Porto queriam que se mantivessem mas que os restantes clubes da Liga rejeitaram. Seria bastante injusto ser um destes dois clubes penalizado pelo calendário por este motivo.
Felizmente houve a correção do sorteio e, no calendário entretanto corrigido, o que antes sucedia ao Sporting passou felizmente a suceder, como era justo, ao principal responsável pela alteração dos condicionantes: o Sport Lisboa e Benfica, que anteriormente votava com Sporting e FC Porto favoravelmente a um regulamento que não prejudicava nenhum dos clubes mais representativos e que movem multidões, mas recentemente passou a votar em conjunto com os clubes mais pequenos. As duas deslocações seguidas nas jornadas 17 e 18 de que falei passaram a ser, para o Benfica, ao campo do Santa Clara e a Setúbal (pena não ser a Chaves). Em contrapartida, nessas mesmas duas jornadas, o principal aliado do Benfica (e o outro grande responsável pela alteração dos regulamentos), o Sp. Braga, desloca-se a Portimão... e à Madeira. Como diria o saudoso João César Monteiro, adorei, adorei, adorei.
Ninguém negará, mesmo em tempo de Páscoa: temos um calendário infernal pela frente. Aguardam-nos oito jogos difíceis, cada qual à sua maneira, para três competições diferentes.
O primeiro é já no próximo sábado, 31 de Março, às 20.30. Para a Liga, frente ao Braga - desafio a disputar na Pedreira Um campo sempre difícil: este ano não é excepção, tanto mais que a equipa bracarense - reforçada com o empréstimo de Jefferson e a transferência a título definitivo de Esgaio - está muito combativa. E até leva mais golos marcados.
Segue-se, a 5 de Abril, aquele que à partida parece ser o desafio mais complicado: o Atlético de Madrid-Sporting, com início previsto às 20.05 desse dia. Primeira mão dos quartos-de-final da Liga Europa.
Após um intervalo curtíssimo, a 7 de Abril, joga-se o Sporting-Paços de Ferreira, novamente para a Liga. Não será nenhuma pera doce, até porque se adivinha que a nossa equipa virá desgastada de Madrid.
A 12 de Abril(quinta-feira), Alvalade recebe - seguramente com casa cheia - o Atlético de Madrid para a segunda mão da eliminatória da Liga Europa iniciada na capital espanhola. Jogo com início previsto para as 20.05.
Três dias depois, a 15 de Abril, disputa-se o Belenenses-Sporting, de novo para a Liga. Esperamos encontrar no Restelo menos dificuldades que o Benfica, incapaz de ali conseguir melhor do que um empate (1-1) à beira do fim.
A 18 de Abril, Alvalade volta a ter partida de gala: vai disputar-se o Sporting-FC Porto, desafio da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal. Partimos com desvantagem, pois na primeira mão os portistas venceram por 1-0. Mas aspiramos à presença na final do Jamor, como não podia deixar de ser.
O calendário prossegue com a partida Sporting-Boavista, na contagem decrescente para o campeonato, já então na recta final. O jogo está marcado para 22 de Abril.
Este calendário nada fácil do próximo mês futebolístico leonino conclui-se com outro embate para a Liga: o Portimonense-Sporting, previsto para 29 de Abril.
Um mês de alegrias?
Um mês de muito sofrimento?
Veremos o que acontece. Jogo a jogo, como é nosso timbre.
Escrevia há dias sobre gestão de ansiedade, mas parece que o problema era masoquismo. E agora, com dia 17 à porta, em que devemos pensar? Sugestão: unirmo-nos em redor da equipa de futebol. E temos muitas oportunidades:
Fevereiro, dia:
4: Estoril (fora, D 2-0; Liga NOS); e como enchemos as bancadas da Amoreira, apesar do frio gélido e do "vento".
7: Porto (fora, 1ª mão da Taça de Portugal)
11: Feirense (casa; Liga NOS)
15: Astana (fora; 1ª mão da Liga Europa)
19- Tondela (fora; Liga NOS)
22: Astana (casa; 2ª mão da Liga Europa)
26: Moreirense (casa; Liga NOS)
E a 2 de março temos logo o Porto (fora; Liga NOS); e por aí fora.
E Janeiro já tinha sido assim (não esquecendo que a 29 de dezembro tinhamos jogado no Restelo para a Taça da Liga: 1-1):
3- Benfica (fora, E 1-1; Liga NOS)
7- Marítimo (casa, V 5-0, Liga NOS)
10- Cova da Piedade (fora, V 2-1; quartos de final Taça de Portugal)
14- Aves (casa, V 3-0; Liga NOS)
19- Vitória Setúbal (fora, E 1-1; Liga NOS)
24- Porto (meia final da Taça da Liga/CTT; Sporting vencedor nos penaltis 4-3)
27- Vitória Setúbal (final Taça da Liga/CTT; Sporting vencedor nos penaltis 5-4)
31- Guimarães (casa, V 1-0; Liga NOS)
Apesar de tudo, tudo podemos ganhar. Ainda e se!!!
1ª Jornada – V.Guimarães vs. Sporting 2ª Jornada – Sporting vs. Rio Ave 3ª Jornada – Marítimo vs. Sporting 4ª Jornada – Sporting vs. Gil Vicente 5ª Jornada – Sporting vs. Estoril 6ª Jornada – FC Porto vs. Sporting 7ª Jornada – Sporting vs. Académica 8ª Jornada – V. Setúbal vs. Sporting 9ª Jornada – Sporting vs. SC Braga 10ª Jornada – Moreirense vs. Sporting 11ª Jornada – Sporting vs. Benfica 12ª Jornada – Nacional vs. Sporting 13ª Jornada – Sporting vs. Paços Ferreira 14ª Jornada – Olhanense vs. Sporting 15ª Jornada – Sporting vs. Beira-Mar 16ª Jornada – Sporting vs. V. Guimarães 17ª Jornada – Rio Ave vs. Sporting 18ª Jornada – Sporting vs. Marítimo 19ª Jornada – Gil Vicente vs. Sporting 20ª Jornada – Estoril vs. Sporting 21ª Jornada – Sporting vs. FC Porto 22ª Jornada – Académica vs. Sporting 23ª Jornada – Sporting vs. V. Setúbal 24ª Jornada – SC Braga vs. Sporting 25ª Jornada – Sporting vs. Moreirense 26ª Jornada – Benfica vs. Sporting 27ª Jornada – Sporting vs. Nacional 28ª Jornada – Paços De Ferreira vs. Sporting 29ª Jornada – Sporting vs. Olhanense 30ª Jornada – Beira-Mar vs. Sporting
Se por acaso eu estiver incontactável, experimentem conferir o calendário.
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