... quando Gyökeres recebe a bola e arranca com ela, pela esquerda (ou direita, ou meio, ele faz tudo), ver a bancada a levantar-se lentamente, na expectativa do que se vai seguir.
Quem vai ao futebol sabe que há sempre momentos destes, levantamo-nos devagar, fila após fila, antecipando um golo ou pelo menos um remate, o golo logo se vê.
Mas com Gyökeres tem sido diferente, o entusiasmo é grande, a confiança maior ainda, é muito bonita de ver esta "ola de cabeças", como dizia um amigo.
E por falar em "que bom que é", deixo um outro cântico que não me tem saído da cabeça.
Que bom que é quando saio de casa
em direção ao estádio só para te ver jogar
Que bom que é levantar a bandeira, rodar o cachecol
Deixem-me cá escrever, que os meses passam, não sabemos o que vem por aí e depois não me lembro, ou tenho pena de não deixar registos.
É a busca de emoções que me leva ao estádio e ao pavilhão, é o Sporting com tudo que contém. São as referências, da época ou de anos, o culto, hábitos e superstições ("a ola dá golo dos outros"). São golos e memórias de jogadores, as homenagens, os minutos de silêncio, tudo isto também emoção.
Durante os jogos de futebol no estádio, gosto de acompanhar os cânticos, de os conhecer, rir com alguns, estar solidária com outros, e enquanto os canto não roo as unhas. Desde criança sempre gostei de saber o que se canta em Alvalade. Alguns acompanham-nos desde pelo menos os meus anos de adolescente - e já lá vão trinta -, outros são mais recentes, mas marcaram o seu tempo. Como esquecer que "Só eu sei por que não fico em casa", tão verdadeiro e sentido, para bem e para menos bem, que surgiu depois de tantos anos sem um campeonato. Só nós sabemos, pois.
Mas o que me traz hoje, voltei a ouvir domingo passado, vindo da superior norte, cantado por mais gente do que julguei sabê-lo. Levou-me a um passado recente, em que estávamos desta vez sim, em casa, não de livre vontade, a ver a nossa equipa sénior masculina triunfar semana após semana, "de três em três a somar", quando nasceu o "onde vai um vão todos" e a bendita "estrelinha a acompanhar". Foi muito bem conseguido e ao ouvi-lo agora ali viajei até essa altura, em que ver o Sporting, mais uma vez, foi, mais que um consolo, uma alegria, nesses dias que demoravam a passar.
Nós não sabemos, estamos ainda em Novembro, mas se não é neste estádio (ou onde jogue o Sporting) que se canta a esperança interminável, não sei onde será.
Deixo a letra:
Allez allez Sporting allez De 3 em 3 a somar Onde vai um vão todos E a estrelinha a acompanhar Façam-nos acreditar Que no fim vamos vencer Onde vai um vão todos Vamos sem nada a temer
PS: quem não quer não canta, é simples.
{ Blogue fundado em 2012. }
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