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És a nossa Fé!

Isto tem de acabar

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Anteontem houve dois lances extremamente duvidosos no Benfica-Moreirense que a BTV fez tudo para esconder. Uma grande penalidade mal assinalada por alegada mão do lateral direito Dinis Pinto logo aos 3' - que resultou no primeiro golo encarnado. E outra perdoada à equipa da casa, por intervenção irregular de Florentino aos 90' - penalizando a equipa visitante, que se viu privada de um penálti mesmo ao cair do pano.

Foi preciso recorrer a imagens de vídeos amadores para se perceber como o árbitro Bruno Costa e o VAR Manuel Oliveira inclinaram o campo no reduto das papoilas.

Mantém-se o escândalo: o Benfica detém o exclusivo das transmissões televisivas dos jogos que disputa no seu estádio, violando grosseiramente as regras da salutar concorrência desportiva que deviam ser trave-mestra do campeonato nacional de futebol. Enquanto a Liga Portugal assobia para o lado, fingindo que não repara em nada.

Isto tem de acabar.

O borrão

Voltando só mais uma vez ao lance do segundo golo do Benfica, validado por 4 centímetros, atente-se no frame que foi usado para a validação deste lance.

Reparem como a bola não é mais que um borrão, estando completamente desfocada, em que não se percebe a sua verdadeira posição nem se tem uma ideia sobre se a mesma ainda está em contacto com o pé do jogador do Benfica ou não.

Já tenho advogado a existência de uma margem de tolerância nestes foras-de-jogo de VAR, nunca inferior a 10cm, e mantendo a minha coerência este lance até poderia ser válido à luz dessa margem, mas o que pergunto é como é que se fazem medições com tanta precisão, no caso 4cm, tendo por base uma imagem tão tosca, tão desfocada, com tão baixa resolução?

Num mundo cheio de sensores de todo o género que se podem colocar nos jogadores, nos seus equipamentos ou na bola, de drones, de câmaras de foto e de vídeo de todos os tipos e feitios que se podem colocar em mais zonas do campo, num desporto que envolve milhares de milhões de euros por ano, estamos ainda a recorrer a uma imagem parada do vídeo de uma transmissão televisiva, e com ela fazer medições de 4cm. É como querer ir à lua de avioneta.

 

P:S.- A cereja no topo do bolo é a marca de água da imagem, "BTV". O Benfica enviou esta imagem para a cidade do futebol, para que o VAR decidisse se foi golo do Benfica.

 

Captura de ecrã 2023-11-13 1532552.png

O dia seguinte

Hoje na Luz, e enquanto muitos vaticinavam e outros salivavam por uma derrota copiosa contra a proclamada melhor equipa portuguesa desta época, o Sporting entrou em campo competente e desinibido, foi superior durante 20 ou 30 minutos, depois disso esteve duas vezes em vantagem no marcador e no final desaproveitou uma oportunidade flagrante de conquistar a vitória. Isto com uma arbitragem habilidosa que fez o possível por inclinar o campo, sendo apenas traído por um VAR que lhe chamou a atenção para o óbvio. 

Nesse período de domínio de jogo, o Sporting saiu bem a jogar desde trás esticando o jogo para os avançados, que logo levou à primeira falta perigosa de Otamendi e respectivo amarelo. Com Porro e Nuno Santos muito condicionados, Ugarte e Pedro Gonçalves tiveram espaço para manobrar, Fiorentino e Enzo não os conseguiam suplantar, o Benfica baixava linhas e quando recuperava a bola tinha os avançados distantes e com os defesas do Sporting em cima.

Depois, lentamente, os dois médios sempre pouco ajudados por Trincão e Edwards foram-se desgastando, e começaram a ter perdas de bola na zona central do terreno que convidava o Benfica a ataques rápidos. Mesmo assim, duma combinação perfeita entre Porro e Edwards, a única do encontro, surgiu o golo inaugural, mas nessa toada de contra-ataque rápido pouco tempo depois o Benfica empatou num lance em que Matheus Reis facilitou, não impedindo o centro de Rafa.

No segundo tempo o Benfica tentou assumir o controlo do jogo, mas logo Paulinho soube aproveitar a "verdura" do jovem do Benfica para sacar um penalti indiscutível. Mais uma vez não durou muito para o Benfica conseguir mais um lance de contra-ataque com centro agora do outro lado para o empate, mais uma vez pelo ponta de lança, mais uma vez a antecipar-se ao marcador directo. 

 

Com o jogo a descambar e a equipa em perda física, Rúben Amorim surpreendeu tudo e todos. Se eram esperadas as entradas de Arthur e Jovane, as de St.Juste e Chermiti foram arriscadas, a primeira implicou a reorganização da defesa com a mudança de lado de Gonçalo Inácio, a segunda facilitou a saída a jogar do Benfica. Por falta de ritmo, um e outro incorreram em faltas, algumas perigosas, e logo foram amarelados. Mas o facto é que, mesmo no final, Chermiti teve a oportunidade de ser feliz. Mas desaproveitou, como Nazinho tinha desaproveitado em Londres.

Podemos agora imaginar se Pedro Gonçalves tivesse evitado o amarelo contra o Paços de Ferreira e tivesse alinhado no Funchal com Nuno Santos, se com eles o Sporting tivesse ganho, se ambos tivessem levado amarelo, se o Sporting entrasse na Luz com Matheus Reis a ala esquerdo e St. Juste na defesa: um empate também no final, mais 3 pontos na classificação. Mas a realidade é a que é. O facto é que o desempenho dos dois no jogo de hoje, Pedro Gonçalves e Nuno Santos, não justificou assim tanto terem ficado de fora do Funchal.

Melhor em campo? Ugarte, bem acima de todos os outros. 

 

Enfim, o Sporting foi à Luz conquistar um ponto, o que sempre terá de significar um bom resultado, mas o problema é que perdeu três na jornada anterior. Temos muitos pontos para recuperar na 2.ª volta a Benfica, Porto e Braga para salvarmos a época.

E o caminho é esse mesmo. Muita coisa ainda para conquistar esta época.

Mas para isso é mesmo preciso reforçar o plantel neste mercado de Inverno. Isto não vai lá vestindo o fato de super-homem e pulando do Empire State Building...

 

PS: Foi assim que vi o jogo pela transmissão da BTV, comentários do mais lampiónico que existe, repetições de casos suspeitos contra o Benfica nem pensar, tudo na linha das palhaçadas que João Mário, Rafa e outros iam fazendo dentro do campo. Tudo limpinho, limpinho, limpinho.

SL

Vieira 'vintage'

«Pedro Guerra? O que sabe de arbitragem? Pergunta a 20 pessoas se é ou não penálti. Ele enche a mesa de papéis, tem medo de errar, até parece merceeiro.»

«Um já perdeu. Cada vez que fizeram aliança ficaram sempre pelo caminho. Bem podem ir buscar em Janeiro cinco, seis jogadores, não vão ganhar nada.»

«Nunca almocei com um árbitro, nunca fui mal criado para nenhum, nunca estive no túnel ao intervalo a chamar filho da p***.»

 

Jogando em casa, em entrevista à BTV

Da verdade (1)

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O presidente da Federação Portuguesa de Futebol anda agora muito preocupado com a ética nas competições desportivas, insurgindo-se contra os comportamentos que possam pôr em risco a segurança nos estádios enquanto desfralda as bandeiras da transparência e da equidade. Para o efeito serviu-se até da Assembleia da República como palco das suas preocupações, escassas semanas após ter feito publicar a mesma mensagem nos três jornais diários desportivos que por cá se publicam.

Acho tudo isto muito louvável. E mais acharia ainda se Fernando Gomes aproveitasse o balanço para se insurgir contra o monopólio concedido a um determinado clube, que transmite em exclusivo os jogos no seu estádio. Em situação de concorrência desleal e ameaçando a verdade desportiva, na medida em que pode manipular e desvirtuar por seu livre critério as imagens que difunde.

Voltou a suceder, uma vez mais, nesta jornada: há um lance de grande penalidade cometido por Luisão que passa impune. Os telespectadores tiveram acesso às imagens de uma única câmara - em plano recuado - deste lance, de que poderia resultar o empate do Feirense na Luz caso o penálti fosse assinalado e convertido. Obviamente, não interessava aos responsáveis encarnados, donos e senhores do canal televisivo, que se analisasse e discutisse a intempestiva entrada de Luisão à margem das leis do futebol.

Aguardo ansiosamente pela próxima comunicação do presidente da FPF. A ver se Fernando Gomes se pronuncia enfim contra este inaceitável monopólio da BTV que inclina o campo sempre a favor do Benfica.

Missa de quarta-feira de cinzas

Não vi. Estou de férias e há coisas muito mais interessantes que assistir a um jogo da lampionagem.

Mas tenho visto desde manhã que aquilo foi, mais uma vez, para o inclinado.

A padralhada continua a dar homilias com sermão e missa cantada, com o beneplácito da liga e da fpf e agora de um tipo numa cabine.

Resta-me uma dúvida: Será que nos jogos fora, logo não transmitidos pela btv, a merda será a mesma?

BESFUTE

A crise do BES está a deixar o futebol português em pânico: era o grande financiador (juntamente com o BCP) e agora já não pode ser (e o BCP também não está lá muito bem). Era grande financiador directamente e também indirectamente, através da PT (que, tanto quanto conseguimos perceber pelas notícias, era o BES Comunicações). Tudo isto tornou mais essencial a história da venda dos direitos televisivos, cada vez mais transformada por clubes incontinentes em despesa, como o Benfica e o Porto, na próxima salvação. O Sporting também já esteve neste campeonato. Mas a pré-falência de há dois anos obrigou-o a um programa de austeridade, que o tornou bastante mais sustentável. Benfica e Porto é que estão desesperados pelo próximo chuto.

Mesmo assim, há aqui coisas que não percebo: a SportTV (ou FCPTV) está mal, mas já a BTV (ou Benfica TV) diz-se que está bem; então para que é que vai aliar-se (em formatos ainda indeterminados, mas de que se vai falando por aí) à SportTV? Talvez a história não seja bem como a contam.

Certo certo é o seguinte: o Sporting está a ser deliberadamente posto fora do festim. Mais que tudo é essencial agora a sua afirmação desportiva. O presidente tem de fazer compreender bem a urgência da situação ao treinador e aos jogadores; estes não se podem permitir a estados de alma, tipo Guimarães. Novelas como a de Nani, com incapacidade comunicar dos dois lados, não ajudam nada. A hora é mesmo de acabar com as brincadeiras.

{ Blogue fundado em 2012. }

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