Cada vez mais o futebol português está à mercê da javardice nas redes sociais e meios de comunicação alimentada e muito patrocinada pelas estruturas de comunicação dos principais clubes e das suas "Young Networks", pressionando, insultando, ameaçando famílias, valendo tudo para defender o clube e atacar terceiros. A guerra suja da jagunçada a mando dos "coronéis", agora na versão Internet, com espiões e tudo. O último episódio foram as ameaças à família de Bruno Paixão, um medíocre árbitro é certo, com muitas culpas no cartório também. Há quem diga que pelo menos não lhe partiram os dentes. Vantagens dos novos tempos. Enfim.
E há quem no Sporting fale em "mansos" e coisas do estilo para classificar a rotura do actual presidente com este estado de coisas, a saída da lama comunicacional e a focalização na resolução dos problemas do clube. A jagunçada de Alvalade perdeu o seu "coronel", transformou-se num bando de viúvas letal ao clube a que dizem pertencer, entretendo-se em ajarvardar anonimamente os locais e blogues onde o Sporting está em lugar cimeiro, sem comparação possível com qualquer "maduro" que por aqui passe. Não esquecendo que entretanto "os bravos" da jagunçada, se lembraram de assaltar a própria casa e causar centenas de milhões de euros de prejuizos ao próprio clube.
O Sporting não se revê e não se pode rever neste estado de coisas, o futebol não é isto, isto é a podridão das dinastias reinantes na Luz e nas Antas, às quais um alucinado aprendiz de feiticeiro se tentou comparar na estúpida ilusão de ser o próximo "presidente da junta".
Vamos nós tratar dos nossos problemas, que temos muitos para resolver, defender a verdade desportiva e a ética no desporto, exigir qualidade na arbitragem e nomeações por sorteio, porque foi por aí que ganhámos no passado e continuaremos a ganhar no futuro.
João Pinheiro, árbitro, e o inefável Bruno Paixão, vídeo-ábitro, ofereceram de bandeja a vitória ao Benfica contra o Feirense, domingo passado.
Quando a equipa local, já a vencer por 1-0, marca o segundo golo, sem qualquer irregularidade, a dupla Pinheiro & Paixão decide invalidá-lo. No estádio e fora dele, ninguém conseguiu entender tal decisão.
Como se não bastasse, minutos depois, um pontapé em riste de Pizzi na grande área do Feirense é transformado em penálti contra a equipa fogaceira. Consumando-se assim a reviravolta: em vez de 0-2, desfavorável ao Benfica, abria-se a avenida que permitiu à turma encarnada, com mais uma exibição sofrível, sair de Santa Maria da Feira com os três pontos no bornal.
Esta arbitragem envergonha todos os verdadeiros desportistas portugueses. Também a mim. E mais: dá-me asco.
Nada como a ironia para vergastar os maus hábitos, já diziam os antigos. O Luciano Amaral colocou-a em prática faz hoje um ano, com um postal muito sucinto mas elucidativo: «É um escândalo: o Sporting foi beneficiado com um penálti que era mesmo penálti. Meu Deus, para onde vai o futebol português?» Referia-se ao penálti convertido por Bas Dost aos 86' que nos valeu os três pontos no Sporting-V. Setúbal, ocorrido dois dias antes.
Falando ainda sobre arbitragens, mas noutro lance do mesmo encontro e num registo um pouco mais sério, pronunciei-me igualmente aqui, nesse dia 14 de Agosto de 2017: «O pior árbitro português ainda em actividade bateu um recorde pessoal: demorou só 33 minutos a roubar um penálti ao Sporting. Talvez não precise de mais nada para ter direito a um voucher especial. Já merece, caramba.»
O árbitro em causa era um tal Bruno Paixão, que fizera vista grossa a uma grande penalidade cometida sobre Coates. Conforme reconheceram todos os especialistas da arbitragem, sem excepção.
Vejo o tempo de compensação concedido no jogo Belenenses - Benfica e lembro-me dos jogos de rua da nossa infância: o jogo termina quando a equipa do “menino Luisinho" (a dos mais fracos) marcar.
No dia em que vieram a lume mails perturbadores envolvendo um árbitro e gente do slb, eis que Bruno Paixão retira 3 pontos ao Belenenses. Que contraparte beneficiou? Isso, o clube em frente ao Colombo. Verdade desportiva com paixão, Bruno?
O pior árbitro português ainda em actividade bateu um recorde pessoal: demorou só 33 minutos a roubar um penálti ao Sporting. Talvez não precise de mais nada para ter direito a um voucher especial. Já merece, caramba.
O director de comunicação do FC Porto - que, para meu espanto, alguns sportinguistas têm transformado de há uns meses para cá numa espécie de herói do futebol português - não leu hoje o seu jornal favorito, que é O Jogo. Se o tivesse lido, talvez não debitasse este disparate, contestando um penálti claro cometido contra Bas Dost num desafio em que o árbitro Bruno Paixão fez vista grossa a outro, cometido contra Coates.
Francisco Marques ignorou o que sobre o mesmo tema observaram Jorge Coroado, José Leirós e Fortunato Azevedo no jornal mais conotado com o FC Porto. O Jogo, aliás, evidencia de forma clara em título de primeira página: "Tribunal unânime: penálti bem marcado e outro por marcar a favor do Sporting". Todos repararam nisto menos o baralhado Marques, que acabou assim por destilar ódio contra o Sporting em vez de se preocupar com a sua própria casa.
Mas do mal o menos: pode ser que a partir de agora os tais sportinguistas abram os olhos e deixem de o encarar como uma espécie de herói.
Todos os especialistas em arbitragem, sem excepção, sublinham hoje na imprensa desportiva que o árbitro Bruno Paixão deixou ontem por marcar um claríssimo penálti favorável ao Sporting por derrube de Coates dentro da área sadina quando iam decorridos 33 minutos.
À segunda jornada, foi o primeiro neste campeonato. Todos sabemos desde já que estará muito longe de ser o último.
Passo-lhes a palavra, com a devia vénia:
Duarte Gomes, A Bola: «Lance difícil na área sadina. Venâncio parece carregar Coates, primeiro com as duas mãos e depois com o braço, impedindo o central de jogar a bola. Lance para grande penalidade.»
Fortunato Azevedo, O Jogo: «Grande penalidade indiscutível. Coates é empurrado pelas costas e foi, por isso, impedido de jogar a bola. Erro do árbitro ao não assinalar penálti.»
Jorge Coroado, O Jogo: «Quando procurava jogar a bola, provinda da direita, Coates foi empurrado nas costas com as mãos por Frederico Venâncio. Penálti por assinalar.»
Jorge Faustino, Record: «Lançamento lateral para a área do Vitória, onde Venâncio empurra Coates pelas costas, derrubando-o. Ficou um penálti por assinalar. Aceita-se a não intervenção do VAR, por ser um lance de intensidade subjectiva.»
José Leirós, O Jogo: «Coates, entre dois adversários, no primeiro momento, encostou a mão no adversário sem infracção. A seguir, Frederico Venâncio, deliberadamente, empurrou e desequilibrou Coates para impedir que este saltasse e disputasse a bola. Penálti por assinalar.»
Marco Ferreira, Record: «Infracção por assinalar de Venâncio sobre Coates dentro da área. O jogador do V. Setúbal empurra com ambos os braços as costas de Coates, impedindo-o de disputar a bola. Penálti por assinalar, não havendo ajuda do vídeo-árbitro.»
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Sobre o penálti aos 85' convertido em golo por Bas Dost no minuto seguinte, os mesmos especialistas em arbitragem são igualmente unânimes: houve falta indiscutível, justificando o castigo máximo convertido pelo avançado holandês.
De novo a palavra a quem sabe disto:
Duarte Gomes, A Bola: «Nuno Pinto usa o braço esquerdo para carregar Bas Dost pelas costas, impedindo o avançado do Sporting de jogar a bola. Falta na área, penálti bem assinalado.»
Fortunato Azevedo, O Jogo: «É um claro empurrão nas costas de Bas Dost que o impede de disputar a bola. Correcta a decisão de Bruno Paixão em assinalar grande penalidade.»
Jorge Coroado, O Jogo: «Acorrendo a cruzamento ao segundo poste, Bas Dost saltou, Nuno Pinto, nas suas costas, empurrou-o. Grande penalidade clara, devidamente assinalada.»
Jorge Faustino, Record: «No momento em que Bas Dost salta para tentar cabecear, Nuno Pinto empurra com a anca e braço esquerdo as costas do seu adversário, provocando o seu desequilíbrio. Penálti bem assinalado. Correcta a advertência.»
José Leirós, O Jogo: «Hesitou, olhou para o árbitro assistente e correctamente assinalou penálti. Nuno Pinto, deliberadamente, carregou e empurrou Bas Dost de forma ilegal.»
Marco Ferreira, Record: «Infracção de Nuno Pinto sobre Bas Dost. O jogador do V. Setúbal empurra o adversário pelas costas, impedindo-o de disputar a bola dentro da sua área. Penálti bem assinalado.»
De mais uma vitória. Foi o nosso 23º triunfo em 30 jogos até agora disputados neste campeonato, desta vez pela margem mínima, em condições climatéricas adversas, frente ao Moreirense. E a nossa quinta vitória consecutiva.
Do início do jogo. Começámos ao ataque logo com um canto conquistado no primeiro lance.
De Slimani. Voltou a ser decisivo, marcando o golo que nos deu mais três pontos - o seu 24º nesta Liga 2015/16 e o 30º em toda a temporada. Um golo com o mérito acrescido de culminar uma bela jogada colectiva do Sporting iniciada por ele próprio junto à lateral esquerda. O argelino está já em sétimo lugar na lista dos candidatos à Bota de Ouro europeia, agora liderada pelo nosso Cristiano Ronaldo.
De Teo Gutiérrez. Picou muito bem a bola por cima da defesa de Moreira de Cónegos, servindo Schelotto no lance de que viria a resultar o golo do Sporting. Integrou-se bem no colectivo, ganhando sucessivos confrontos individuais e servindo bem os colegas - como no excelente passe que fez para Slimani aos 33'. Marcou um golo aos 45' que pareceu mal anulado pela equipa de arbitragem por alegada deslocação do colombiano, que estaria em linha. A péssima realização da Sport TV não permitiu desfazer dúvidas.
De João Mário. Aos 39' fez um soberbo cruzamento para a grande área que quase resultou num golo de Teo Gutiérrez. Evidenciou a qualidade habitual em termos técnicos e tácticos, como comprovou num belo lance individual aos 42'. Bons passes aos 52' (para Slimani) e aos 78' (para Gelson).
Do regresso de Adrien. Com ele em campo a nossa equipa ganha mais dinâmica ofensiva e melhora a ligação entre a defesa e o ataque. Um longo passe para isolar João Mário aos 15' ilustra bem a importância do capitão na manobra da nossa equipa. Para mim foi o melhor em campo.
De Schelotto. Vários centros perigosos e uma assistência para o golo, marcado aos 16'. Balanço muito positivo da actuação do nosso lateral direito.
Que não tivéssemos sofrido nenhum golo. A defesa do Sporting consolida-se como a menos batida deste campeonato.
Da luta que continuamos a travar com o Benfica, jornada após jornada. Recuperámos provisoriamente a liderança e a quatro jogos do fim mantemos intactas as aspirações à conquista do campeonato.
Não gostei
Do árbitro. Ainda nem haviam decorrido dois minutos já Bruno Paixão exibia um cartão amarelo a Marvin por uma falta banal, cometida a meio-campo. Dando logo ali a certeza de que pretendia ser a figura do desafio, não necessariamente por bons motivos. Validou o golo leonino, marcado com Slimani em posição irregular. Depois tentou aparentemente emendar este erro anulando um golo válido a Teo e travando-nos vários ataques por fora-de-jogo que nunca existiram. E aos 76' mandou Jorge Jesus para a bancada, mostrando-lhe o vermelho: outro sinal de abuso de autoridade sem nada que o justificasse. Cabe questionar por que motivo este árbitro tão pouco competente continua a apitar jogos decisivos para o campeonato.
De Marvin Zeegelar. Jesus voltou a apostar nele após três jogos com Bruno César adaptado a lateral esquerdo titular. Mas o holandês continua sem impressionar. Inseguro, intervém demasiadas vezes no limite do risco em termos defensivos e continua a denotar falhas no apoio ao ataque. Não por acaso, o treinador trocou-o aos 64' por Bruno César.
De Bryan Ruiz. Apático e lento, teve uma exibição muito apagada. Substituído aos 72' por Gelson Martins, que entrou muito melhor no jogo.
Do Moreirense. A equipa de Moreira de Cónegos foi incapaz de conseguir uma oportunidade evidente de golo ao longo de toda a partida.
Da chuva. Caiu durante grande parte do desafio, prejudicando a qualidade do espectáculo.
Continuo com as minhas exigências de sócio de clube rico. Passando aos verdadeiramente difíceis, quero: João Capela, Bruno Paixão, Carlos Xistra e Jorge Sousa. Toma Benfica!!!
Mesmo quando perde (neste caso por inépcia de Lima, que desperdiçou um penálti inventado pelo árbitro), o Benfica beneficia do colinho dos homens de apito. Foi o que aconteceu ontem, na escandalosa actuação de Bruno "olha quem" Paixão em Paços de Ferreira.
Se o critério Paixão fizesse lei geral no futebol, a partir de agora os jogadores teriam de jogar com mãos amputadas dentro da grande área defensiva. Só assim evitariam que uma bola disparada a um metro de distância lhes fosse bater inesperadamente na mão, como ontem sucedeu ao defesa Ricardo perante um remate de Jonas.
Paixão "viu" nisto um penálti - que embalaria o Benfica para uma vitória tranquila logo aos 18 minutos. Mas já não vislumbrou uma evidente falta de Luisão sobre Cícero, ocorrida na grande área benfiquista cinco minutos antes, nem a claríssima rasteira de Eliseu dentro da grande área encarnada, aos 89 minutos, numa jogada desenrolada escassos metros à sua frente. Nem ele nem o árbitro assistente mais próximo, incapaz de levantar a bandeirola. Foi necessária a intervenção do quarto árbitro, como o Adelino aqui assinalou, para evitar um roubo de catedral ao Paços de Ferreira. Isto quando o treinador Paulo Fonseca já tinha sido expulso devido a protestos algo histriónicos, muito semelhantes aos que Jorge Jesus costuma evidenciar sem qualquer sanção. Depois Paixão ainda concedeu oito minutos de tempo suplementar, algo pouco visto nos estádios portugueses desde os tempos pioneiros do mítico Calabote.
No Tribunal do diário O Jogo de hoje, o senhor Paixão é arrasado pelos especialistas da arbitragem devido ao penálti oferecido ao Benfica.
Escreve Pedro Henriques: «É um lance típico de bola que vai à mão. O remate é feito de muito perto, Ricardo tem o braço ao longo do corpo mas não o movimenta, não tocando por isso de forma deliberada na bola.»
Escreve José Leirós: «Paixão foi peremptório ao marcar penálti erradamente. Além de o cruzamento ter sido feito de muito perto, Ricardo tinha o braço em posição natural e não o movimentou. A bola foi à mão.»
Escreve Jorge Coroado: «A fobia instalada vai obrigar a que os jogadores sejam amputados dos membros superiores. A bola foi rematada de muito perto e com força. O jogador não fez penálti.»
Sobre a grande penalidade favorável ao Paços de Ferreira também se regista unanimidade: foi bem assinalada. Pena o senhor Paixão ter demorado tanto a apitar. Como se não quisesse. Ou não pudesse. Como se estivesse disponível para cometer mais um atentado à verdade desportiva, semelhante a tantos que vamos vendo jornada após jornada no campeonato português.
Como se tivesse um apito em forma de papoila saltitante.
O Record diz que Bruno Paixão "decidiu bem nas duas grandes penalidades que assinalou" no Paços de Ferreira- Benfica. É mentira. Bruno Paixão assinalou uma grande penalidade: assinalou a grande penalidade a favor do Benfica. A outra grande penalidade, foi marcada pelo quarto árbitro. Diz também o Record que Bruno Paixão fez uma "arbitragem difícil, mas merece nota positiva". É mentira. Bruno Paixão ia roubar o Paços de Ferreira a favor do Benfica e ia fazê-lo com a conivência objectiva do fiscal de linha. Foi o quarto árbitro que impediu o roubo. A minha memória nunca foi grande coisa, mas assim de repente não me lembro de uma grande penalidade marcada pelo quarto árbitro que estava do lado oposto ao lance. Quem estava em cima era o árbitro: não marcou. Quem estava em cima era o fiscal de linha: não marcou. São ladrões, sim senhor.
Tendo eu a certeza que o árbitro do Sporting-Benfica sairá do binómio Bruno Paixão-Duarte Gomes, dois artistas do apito que primam por serem cavaleiros andantes daquele clube que o Platini derrotou em Lisboa e Londres, foi com um sorriso que li a página do Record onde se dá conta que o inefável Duarte tomou as dores do inimitável Bruno e apresentou queixa contra Carlos Freitas por o dirigente leonino ter dito que o seu bom amigo devia ser afastado da arbitragem. Assim de repente, apesar de o pior cidadão do concelho de Cascais ser casado com uma ex-actriz e de o pior cidadão do concelho do Barreiro até ter um historial de exibicionismo para com mulheres-polícias, lembrei-me daquela página da 'Crónica de D. Pedro' em que Fernão Lopes se refere à relação do alucinado monarca português com o seu fiel escudeiro Afonso Madeira e remata: "Como quer que el-rei muito o amasse, mais do que se deve aqui dizer..."
A arbitragem ameaça com greve - espero que a façam!
A arbitragem espera solidariedade - vai ver onde é que ela mora ... (e vai ver que é longe...)
A arbitragem reclama para si o privilégio único de poder ofender e não poder ser ofendida: ora é preciso dizer e repetir que a arbitragem portuguesa é uma nódoa, que eu espero seja removida rapidamente.
É certo que nem todos os nossos árbitros são como o Bruno Paixão: mas enquanto esse cromozinho incompetente e arrogante continuar a ser um símbolo da nossa arbitragem, a nossa arbitragem não contará com uma migalha sequer da minha compreensão.
Lendo a crónica de Miguel Sousa Tavares n’”A Bola” de hoje, até começo por concordar com as hipóteses iniciais. Com efeito, e tal como o Daniel Oliveira também havia escrito na sexta feira no “Record”, o principal problema de Bruno Paixão é a sua extraordinária incompetência. O principal problema associado a Bruno Paixão é como é que um árbitro que já demonstrou tantas vezes, reiteradamente, a sua incompetência, continua a apitar na principal categoria ao fim de tantos anos, tendo mesmo chegado a internacional. De seguida, MST refere que os clubes não podem justificar sistematicamente os seus maus resultados com os árbitros, e que só os “erros grosseiros” de arbitragem devem ser discutidos. Até aqui aceita-se. Mas logo depois afirma que os três grandes têm sido ora beneficiados, ora prejudicados com a arbitragem, e decide dar exemplos. Os dois exemplos que dá revelam muito do tendenciosismo do autor: em ambos os casos teriam prejudicado o Porto, e beneficiado... o Sporting. Só que num deles não conta a história toda, e o outro é factualmente errado.
O primeiro envolve Bruno Paixão, no célebre Campomaiorense-FC Porto de 2000. Diz MST que os erros de Bruno Paixão custaram o título ao FC Porto, e o beneficiado foi... o Sporting. Ora o FC Porto perdeu esse jogo; mesmo que os erros de Paixão tenham custado três pontos (ou seja, no mínimo dois golos), não se pode falar em influência no campeão só com base nesse jogo, uma vez que o Sporting foi campeão nessa época com quatro pontos de avanço. (Onde se pode falar num erro que decidiu um campeonato foi no célebre golo com a mão do Paços de Ferreira em Alvalade – mais um pontinho, que teria sido obtido com a justa anulação desse golo, e o Sporting teria sido campeão em 2007.)
O outro erro de MST então nem merece mais comentários: fala nos erros de Lucílio Baptista (o tal que roubou uma Taça da Liga ao Sporting) contra o FC Porto, dando como exemplo uma final da taça, no Jamor, disputada contra Mourinho, que no final se terá queixado do árbitro. Só que quem disputou a final da taça que Mourinho perdeu, em 2004, foi o Benfica de José António Camacho. (A final de 2007/08, que opôs Sporting e FC Porto, foi arbitrada por Olegário Benquerença, que não é conhecido nem por beneficiar o Sporting nem por prejudicar o FC Porto.)
Só mesmo uma embirração muito particular com o Sporting pode justificar erros destes (fora as costumeiras atoardas). Miguel Sousa Tavares costumava ir a Alvalade com o pai em pequeno. Isto só pode ser um complexo de Édipo.
Bruno Paixão encontrou enfim um advogado de defesa: o presidente do Gil Vicente acaba de enaltecer a "excelente arbitragem" ocorrida no jogo de segunda-feira, em que o Sporting foi escandalosamente espoliado.
Reconheça-se: António Fiúza tem o mérito de se mostrar grato a quem o beneficia. Ao menos este atributo temos de reconhecer a quem, com a mesmíssima lógica com que agora elogia o pior árbitro português, ainda há pouco tecia loas ao absurdo alargamento do número de clubes na Liga - que felizmente não se concretizará - como uma "grande vitória" do desporto-rei. E sugeria até que os "grandes" fossem "competir para Marrocos", o que diz muito sobre o que vai naquela cabeça.
Esta paixão dupla de Fiúza - por Bruno e pelo alargamento - é muito esclarecedora. Ao ponto de me apetecer até citar Gil Vicente, o verdadeiro. Aquele que pela boca do Joane se exprime de forma tão expressiva no Auto da Barca do Inferno. Não fala de futebol, mas está lá quase tudo quanto Fiúza merece escutar depois de se ter pronunciado como pronunciou.
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