Leitura para hoje e amanhã
Estes livros não são "o fim da macacada" mas explicam muita macacada que se fez e que se continua a fazer no futebol português.
É um futebol que cheira mal, mesmo com o nariz partido.
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Estes livros não são "o fim da macacada" mas explicam muita macacada que se fez e que se continua a fazer no futebol português.
É um futebol que cheira mal, mesmo com o nariz partido.
ao local do crime.
Amanhã os batoteiros de Paços de Ferreira regressam ao Alvalade XXI, não sabemos se vêm de Mota, certamente, irão de carrinho.
Ontem, no Record, Paulo Futre fez um elogio desbragado da batota e dos batoteiros. Em prosa que escreveu ou alguém escreveu por ele.
Passo a citar:
«Luis Aragonés dizia que "o futebol é para inteligentes e não para tontos" dezenas de vezes durante a semana, outras dezenas antes dos jogos e mais umas quantas ao intervalo. Aprendi com ele muitos truques, até com os apanha-bolas ele inventava alguns. Mas há muito que não via um tão notável como este do Pepe. Adorava saber quem foi o génio que teve a ideia de o meter lesionado no banco para levar o quinto amarelo. Acho que o Luis Aragonés, se fosse treinador do Belenenses SAD, publicamente até era capaz de chamar "chico-espertice" ao Pepe na conferência de imprensa mas antes tinha entrado no balneário do FC Porto para dar os parabéns ao Pepe e à pessoa que teve aquela genial ideia, no caso de não ter sido o próprio Pepe.»
Se Futre - que faz a apologia da batota mais rasca no futebol - se diz sportinguista, eu não sou do mesmo clube que ele.
Passados 30 anos, os batoteiros comemoram um golo ilegal. Faz todo o sentido, na lógica deles. E, desta forma, revelam muito do que são: o lema deles é ganhar a qualquer preço. Mesmo que seja a espezinhar os outros. E a transformar a verdade desportiva numa farsa.
Precisamos de um árbitro como Rui Costa (e do vídeo-árbitro Vasco Santos), que no jogo Portimonense-FC Porto assinalou um penálti inexistente, confundindo o peito com o braço do defesa Jadson, permitindo assim que os azuis e brancos se adiantassem no marcador. E no fim, estando o desafio empatado 2-2, prolongou-o durante oito minutos suplementares até que surgisse o golito que valeu três pontos à equipa de Pinto da Costa.
Precisamos de um árbitro como Carlos Xistra (e do vídeo-árbitro António Nobre), que no jogo FC Porto-V. Guimarães expulsou Tapsoba, um defesa visitante, aos 40 segundos, exibindo-lhe um vernelho directo por suposta falta sobre o mergulhador Marega que nunca existiu. Mesmo assim, a equipa da casa só conseguiu vencer quando já jogava contra nove (cortesia de Xistra, que expulsou mais um).
Precisamos de um árbitro como Luís Godinho (e do vídeo-árbitro Rui Oliveira), que ontem, no FC Porto-Santa Clara, poupou Uribe a uma expulsão, indiferente à agressão deste digno sucessor de Paulinho Santos a um avançado açoriano que ficou a jorrar sangue, estendido na grande área. Nem o facto de o portista ter aberto o sobrolho a Fábio Cardoso com uma trancada de cotovelo levou o apitador a mostrar-lhe o vermelho e a marcar penálti contra o FCP.
Este ano a equipa que está a ser levada ao colo é a do FC Porto. Obviamente, depois da derrota inicial frente ao Gil Vicente, havia que lhe dar a protecção adequada para evitar traumas psicológicos no Dragão. Aí a temos, protagonista dos mais escandalosos casos de arbitragem desta ainda embrionária Liga 2019/2020: três, em seis jornadas. Agora, ao contrário do que sucedia na década de 90, nem é preciso recorrerem aos préstimos do guarda Abel.
Com VAR ou sem VAR, a verdade desportiva emigrou para parte incerta. Dão-se alvíssaras a quem a encontrar. Talvez num beco de má fama.
Um profissional de futebol, guarda-redes, que treina todos os dias a atirar-se energicamente para o chão, é empurrado sem violência, cai suavemente de frente sobre o relvado ... O adversário é expulso por comportamento incorrecto. Nada a dizer. Para mim deveria ser castigado pelo seu próprio clube - não só porque se fez isentar do jogo seguinte, devido a castigo, mas porque fez gastar o pouco tempo que restava do jogo, no qual o Sporting tentava ainda ganhar.
O guarda-redes, profissional de futebol, que treina todos os dias a atirar-se energicamente para o chão, empurrado sem violência, cai suavemente no relvado. Faltam cerca de 30 segundos para o jogo acabar. Rebola-se, com aparentes dores lancinantes, é assistido pelo médico e pelo fisioterapeuta ou lá como se chama agora ao massagista, é-lhe longamente aplicado aquele spray mágico que anestesia os efeitos das mais violentas porradas que vamos vendo nos jogos da bola. O "teatro" é óbvio. Os ânimos, em final de um jogo de futebol, aquecem um pouco, como é ... humano. Os espectadores dividem-se, entre os adeptos (de sempre ou de ocasião) da equipa do guarda-redes (profissional de futebol, que treina todos os dias a atirar-se energicamente para o chão, ali empurrado sem violência e caído sem vigor no chão), a quererem que aquilo acabe logo, os adeptos da equipa do expulso, a suspirarem por 30 segundos que permitam à sua manca equipa fazer o que não fez nos 95 minutos anteriores. E uns largos milhões de telespectadores estrangeiros (eu vejo isto num canal internacional com bons relatores portugueses anglófonos, muito melhores dos que os relatores das estações portuguesas), que assistirão ao futebol português não por adeptismo mas por interesse (ou desfastio) e que, obviamente, comparam estas constantes pantominas, que nada mais são do que preguiça, com o frenesim ou constância de tantos outros campeonatos. Uma comparação que só pode causar ao negócio futebolístico português menos telespectadores internacionais e menores receitas, directas e indirectas.
Enquanto o guarda-redes do Marítimo, o tal profissional de futebol que todos os dias treina atirando-se energicamente para o chão, é acudido na sua agonia, similar à que teria se tivesse sido sodomizado sem consentimento pelo Incrível Hulk (o super-herói, não aquele ex-jogador do Porto suspenso por 19 jogos por ter respondido a uma provocação de um jagunço contratado pelo SLB para que Jorge Jesus fosse campeão "lhimpinho"), o pacato treinador do clube do expulso, clama lá na sua linha "This shit is a joke", pois ainda desconhecedor da língua pátria que preenche os relvados com os seus "caralho, filhodaputa, paneleiro de um cabrão, vai mas é para a cona da tua mãe" ou mesmo o pior de tudo, "gatuno", simpáticas características culturais lusófonas que qualquer transmissão televisiva nos traz até casa.
Dito isso, o tal violentíssimo "this shit is a joke", o árbitro, Tiago Martins de seu nome, vai-se ao holandês nada voador e expulsa-o. O homem, diz-se, ganha 1 milhão de euros por ano, qualquer coisa como 90 000 euros por mês, um bocado mais do que o ordenado médio português, dado que há uma empresa que lhe paga isso. Pessoalmente até acho que não devia ocupar o lugar, e espero que o próprio Sporting lhe mostre o "cartão vermelho", e asap. Mas espanta-me que haja um rapazola, Tiago Martins, repito o seu nome, que expulse um tipo a quem uma empresa do ramo faz o esforço de pagar tanto só porque ele diz "this shit is a joke" quando vê o guarda-redes, o tal que é profissional, e que treina todos os dias a atirar-se para o chão energicamente, em arrepios de vítima de múltiplas metástases por via do empurrãozito do adversário, o epígono de Anderson Polga que me ocupa os pesadelos, nisso sucedendo ao horroroso e malvado Marvin Zeegelar que alguém, um dia, saberá o Diabo porquê, contratou para o Sporting .
Ocorre-me que o problema nem é do guarda-redes, o tal profissional de futebol que treina todos os dias a atirar-se energicamente para o chão, e que ali se rebola em ademanes de homossexual sado-masoquista, nem do trapaceiro médico do seu clube, alheio àquilo que a deontologia o obriga, isso de não aceitar fingir doenças, nem do "fisioterapeuta" (o termo amaricado para massagista) que o anestesia demoradamente, nem mesmo do Anderson Polga II que se eterniza nas bandas de Alvalade para encanto dos masoquistas sportinguistas, nem mesmo do Tiago Martins, esse que evidentemente padece de doença atitudinal, nem mesmo do shaky dutchman, este mesmo inocente, e até certeiro, pois é óbvio que this shit is really a joke.
O problema está mesmo no Fernando Gomes (não o bibota, não o do capachinho, mas sim o da FPF). Ok, o Ederzito marcou o golo, e fomos campeões, e todos de repente o achamos o máximo. Mas, muito para além disso, não pode haver rapazolas com a atitude, vera cagança, deste Tiago Martins, não sei se já disse o nome dele. Uma atitude de merda, entenda-se. E a Federação de Futebol, seja lá qual for o organograma do plantel futebolístico, tem que tratar do assunto. Ensinar os ensináveis a comportarem-se. E pontapear. Os irredutíveis.
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