Apresentado por Frederico Varandas como grande "reforço" do Sporting para a temporada 2019/2020, o brasileiro Fernando acaba de ser devolvido à procedência: já partiu para a Ucrânia, de onde tinha vindo por empréstimo do Shakthar. Regressa à base deixando um rasto paupérrimo por cá: nunca jogou na equipa principal.
«Quero ajudar com títulos e bastantes golos», disse o rapaz ao chegar, a 2 de Setembro, enquanto exibia as tatuagens para o fotógrafo oficial do Sporting. Promessas infundadas: desembarcou com queixas de «descompensação muscular», agravadas por uma virose, e nunca pareceu verdadeiramente recuperado, participando só em seis jogos da Liga Revelação, com um mísero golito. No fundo, nada surpreendente: na época anterior, tinha actuado em 22 partidas pelo Shakhtar, limitando-se a marcar por duas vezes.
No longo estendal de barretes enfiados na última década por sucessivos administradores da SAD leonina, este candidata-se a ser um dos maiores. Ao nível de um Spalvis, de um Meli ou de um Paulista. Parte da crise estrutural do Sporting evidencia-se logo aqui: qualquer perna-de-pau aterra na Portela de Sacavém para se exibir de verde e branco.
Vamos na quinta contratação neste defeso. Vietto e Luís Neto estavam assegurados há meses, Rafael Camacho e Rosier chegaram há dias. E ontem foi a vez de Eduardo Henrique, ex-Belenenses, ser apresentado aos adeptos.
O Sporting é claramente a equipa - entre as três maiores do campeonato português - que está a apetrechar-se com mais antecedência, fruto de um trabalho que nada deve ao improviso, proporcionando assim as melhores condições ao técnico Marcel Keizer para o arranque da pré-temporada.
Mesmo assim, tenho ouvido por aí críticas muito azedas à pretensa «falta de qualidade» dos novos reforços. Da parte da gente do costume, apostada em garantir que Frederico Varandas «nada percebe de futebol».
A esses críticos mais exaltados, que não escondem saudades do antigamente, limito-me a recordar a lista de "megacraques" contratados durante os cinco anos do consulado anterior. Uma lista certamente muito incompleta, que poderá ser ainda mais preenchida com o inestimável contributo dos nossos leitores.
Ei-la. Não por ordem de entrada em cena, mas por ordem alfabética.
Alan Ruiz André Balada André Geraldes Aquilani Azbe Jug Barcos Bruno Gaspar Bruno Paulista Castaignos Ciani Cissé Douglas Dramé Enoh Elias Ewerton Federico Ruiz Heldon Jatobá Leonardo Ruiz