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És a nossa Fé!

2023 em balanço (10)

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FRASE DO ANO:

"GYÖKEEEEERES!"

Viktor Gyökeres é um caso raro de popularidade instantânea entre os sportinguistas. Conquistada logo na sua primeira aparição de Leão ao peito. Aconteceu a 25 de Julho, num jogo de preparação da época, frente ao Real Sociedad, no estádio do Algarve.

Bastaram 19 minutos para que o craque sueco se estreasse a marcar como artilheiro leonino frente à equipa adversária, participante na Liga dos Campeões. Aproveitando da melhor maneira a sua primeira oportunidade - que foi também a primeira oportunidade da nossa equipa neste desafio frente ao quarto classificado da Liga espanhola 2022/2023.

Houve explosão de alegria nas bancadas. Era natural: confirmava-se que Gyökeres era mesmo reforço. Não só pelo golo, mas por ter lutado sem cessar pela posse da bola. E também pela boa condição física que evidenciou até ao apito final.

Poucas semanas depois, já havia um cântico das bancadas dirigido ao ponta-de-lança que veio do Coventry. Repetindo-se o ocorrido com Bas Dost: o grande artilheiro holandês esteve três temporadas no Sporting, onde marcou 93 golos em 125 jogos.

Tal como ele, Viktor também cativou o coração dos sportinguistas sem aparente esforço. Daí ouvir o seu nome entoado por milhares de gargantas em Alvalade e noutros estádios do País onde se concentram sócios, adeptos e simpatizantes do Sporting. «O estádio vai abaixo quando fazes um golo», entoa-se num desses cânticos. 

Mas o mais importante é o refrão, com o nome mágico: «Gyökeeeeeres!»

Sinónimo de esforço, dedicação, devoção e glória. Sinónimo de combatividade. Sinónimo de espírito leonino. Traduzido já em 17 golos e nove assistências. Com inequívoco estofo de campeão. 

 

Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»

Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»

Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»

Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»

Frase do ano em 2017«Feito de Sporting»

Frase do ano em 2018: «Foi chato»

Frase do ano em 2019: «Um clube de malucos»

Frase do ano em 2020: «Para onde vai um vão todos»

Frase do ano em 2021: «É ir jogo a jogo»

Frase do ano em 2022: «Um país sem valores é um país futuro»

2023 em balanço (9)

 

GOLO DO ANO

Foi eleito, sem favor, o melhor da Liga Europa. Golo extraordinário, daqueles inesquecíveis, daqueles que gostaremos de recordar aos nossos netos. 

Golo de Pedro Gonçalves, marcado a 16 de Março no empate em Londres (1-1) que nos valeria - após a ronda de penáltis no fim - a eliminação do Arsenal, então líder da Liga inglesa, e a passagem aos quartos-de-final daquela competição europeia. Com ecos em toda a imprensa internacional mais influente.

Aconteceu com Pedro frente aos gunners o que tantas vezes lhe sucede: parecia alheado do jogo, algo escondido, pouco interventivo. Não lhe peçam para correr atrás da bola: ele funciona sobretudo com ela no pé. O golpe de génio ocorreu aos 62': pegou nela logo após a linha do meio-campo, ainda dentro do círculo central, e quase sem balanço, a 48 metros de distância, desferiu um remate mortal para as redes anfitriãs, num magnífico chapéu ao guarda-redes Ramsdale. Golaço de fazer abrir a boca, conforme as imagens documentam. E até valeu ovação de adeptos adversários.

Visto e aplaudido nos cinco continentes. Para gáudio e júbilo de toda a massa adepta leonina. Obra-prima do futebol.

 

Vale a pena destacar três menções honrosas de 2023, todas para lembrar também:

- O golo de Trincão no Sporting-Estoril, a 27 de Fevereiro (ganhámos 2-0);

- O golo de Nuno Santos no Sporting-Boavista a 13 de Março (vencemos 3-0);

- O golo de Nuno Santos no Paços de Ferreira Sporting, a 7 de Maio (ganhámos 0-4).

 

 

Golo do ano em 2012: Xandão, contra o Manchester City

 Golo do ano em 2013: Montero, contra a Fiorentina

Golo do ano em 2014: Nani, contra o Maribor

Golo do ano em 2015: Slimani, na final da Taça de Portugal

Golo do ano em 2016: Bruno César, contra o Real Madrid

Golo do ano em 2017: Bruno Fernandes, contra o V. Guimarães

Golo do ano em 2018: Jovane, contra o Rio Ave

Golo do ano em 2019: Bruno Fernandes, contra o Benfica

Golo do ano em 2020: Nuno Mendes, contra o Portimonense

Golo do ano em 2021: Paulinho, contra o Boavista

Golo do ano em 2022: Edwards, contra o Tottenham

2023 em balanço (8)

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VITÓRIA DO ANO: ELIMINAÇÃO DO ARSENAL EM LONDRES

Nunca tinha acontecido: foi a nossa primeira vitória de sempre em Londres. Vitória não no tempo regulamentar, nem após o prolongamento (em que o 1-1 se manteve), mas na marcação de grandes penalidades - quando fomos mais competentes do que o poderoso rival inglês.

Vitória ainda mais saborosa porque a equipa adversária, à época, liderava de modo inequívoco a Premier League.

 

Foi a 16 de Março. Disputava-se o encontro da segunda mão dos oitavos da Liga Europa. Contra o adversário mais difícil que nos calhara. Uma semana antes tínhamos empatado 2-2 em Alvalade. Com golos de Gonçalo Inácio e Paulinho. Morita - azarado num autogolo - recebeu um amarelo que o afastou da partida de Londres, tal como sucedeu com Coates.

Mesmo assim, desfalcados de dois titulares, encarámos com optimismo e confiança o desafio do estádio Emirates, testemunhado por 60 mil espectadores nas bancadas. Eufóricos no início, desalentados no fim.

Seguimos em frente, com todo o mérito. Três golos marcados nas duas mãos desta eliminatória. Sem derrotas, melhores nos penáltis. Com cinco artilheiros que não falharam no momento decisivo: St. Juste, Esgaio, Gonçalo Inácio, Arthur e Nuno Santos.

E quem mais? Pedro Gonçalves: autor de um golo extraordinário, o melhor da Liga Europa, visto e aplaudido em todo o mundo. Adán: exibição fantástica, até defendeu um penálti. Toda a imprensa internacional pôs o Sporting em destaque, com toda a justiça.

 

Com seis jogadores muito jovens entre os 16 que participaram nesta partida épica: Diomande (19 anos), Gonçalo Inácio (21), Ugarte (21), Chermiti (18), Dário (18) e Tanlongo (19).

Contra uma equipa com mais de mil milhões de euros no seu orçamento para o futebol, cheia de estrelas: Oregaard, Trossard, Jorginho, Gabriel Jesus, Martinelli, Xhaka, Ben White, Zinchenko, Saka, Gabriel Magalhães e o ex-portista Fábio Vieira. Sem nunca tremermos perante os pergaminhos dos gunners.

Noite perfeita. Noite de festa. Nossa.

 

Vitória do ano em 2012: meia-final da Liga Europa (19 de Abril)

Vitória do ano em 2013: 5-1 ao Arouca (18 de Agosto)

Vitória do ano em 2014: eliminação do FCP da Taça no Dragão (18 de Outubro)

Vitória do ano em 2015: conquista da Taça de Portugal (31 de Maio)

Vitória do ano em 2016: conquista do Campeonato da Europa (10 de Julho)

Vitória do ano em 2017: eliminação do Steaua de Bucareste (23 de Agosto)

Vitória do ano em 2018: goleada ao Qarabag (29 de Novembro)

Vitória do ano em 2019: conquista da Taça de Portugal (25 de Maio)

Vitória do ano em 2020: conquista da Taça de Portugal em basquetebol (8 de Outubro)

Vitória do ano em 2021: conquista do campeonato nacional de futebol (11 de Maio)

Vitória do ano em 2022: conquista da Taça da Liga (29 de Janeiro)

2023 em balanço (7)

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DERROTA DO ANO: 1-2 CONTRA O BENFICA NA LUZ

Aconteceu a 12 de Novembro. Esteve para ser noite de festa, terminou em noite de pesadelo. Na casa do nosso mais velho rival, cheia para apreciar um dos clássicos do ano. Partida com desfecho absolutamente decepcionante para nós.

Ao intervalo, vencíamos 1-0. Congelando as bancadas do estádio da Luz, onde já ferviam palavras de impaciência e até indignação contra o treinador Roger Schmidt. Autor do golo, o suspeito do costume: Viktor Gyökeres, imparável, fuzilou a baliza encarnada ao conseguir libertar-se do espartilho duplo de Otamendi e António Silva. Foi no final da primeira parte, o que nos abria felizes expectativas.

Também Edwards esteve em grande. «Primoroso passe para golo aos 33', isolando Pedro Gonçalves após neutralizar a defesa encarnada. E excelente passe vertical que lançou o internacional sueco para o primeiro golo da partida, aos 45», escrevi aqui nos apontamentos sobre o jogo, pouco depois do apito final.

Aos 52', ficámos reduzidos a dez. Por segundo amarelo exibido pelo árbitro Soares Dias a Gonçalo Inácio. O que forçou a saída de Edwards. Mas aguentámo-nos. Até ao descalabro do tempo extra, em que sofremos dois golos de rajada, aos 90'+4 e aos 90'+6.

Confesso não me lembrar de algo assim. No termo do tempo regulamentar, tínhamos mais 6 pontos virtuais do que o Benfica, reforçando a nossa liderança isolada do campeonato. Quando a partida terminou, estávamos em igualdade pontual - mas abaixo deles no critério do desempate. O SLB virou o resultado quando nas bancadas já esvoaçavam centenas de lenços brancos, acenando à despedida prematura do técnico alemão. 

Houve outros momentos maus em 2023, mas este foi o que mais me doeu. Ao ponto de ter desabafado deste modo na crónica do jogo: «Soçobrámos mesmo ao cair do pano. Foi traumático - ao nível daquele monumental falhanço de Bryan Ruiz a dois metros da baliza também frente ao Benfica, em Alvalade, que nos custou o campeonato de 2016.»

Não terei sido o único a pensar assim.

 

 

Derrota do ano em 2012: final da Taça de Portugal (20 de Maio)

Derrota do ano em 2013: 0-1 em casa contra o Paços de Ferreira (5 de Janeiro)

Derrota do ano em 2014: 3-4 contra o Schalke 04 em Gelsenkirchen (21 de Outubro)

Derrota do ano em 2015: 1-3 contra o CSKA em Moscovo (26 de Agosto)

Derrota do ano em 2016: 0-1 contra o Benfica em casa (5 de Março)

Derrota do ano em 2017: 1-3 contra o Belenenses em casa (7 de Maio)

Derrota do ano em 2018: final da Taça de Portugal (20 de Maio)

           Derrota do ano em 2019: Supertaça (4 de Agosto)

Derrota do ano em 2020: 1-4 contra o Lask Linz em casa (1 de Outubro)

Derrota do ano em 2021: 1-5 contra o Ajax em casa (15 de Setembro)

Derrota do ano em 2022: 1-4 contra o Marselha em França (4 de Outubro)

2023 em balanço (6)

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DESPEDIDA DO ANO: UGARTE

Todos gostaríamos que tivesse passado mais tempo connosco. Acabou por saber a pouco, naquelas duas épocas entre Agosto de 2021 e Junho de 2023. Mas valeu a pena vê-lo de verde e branco: é um futebolista cheio de classe, muito acima da média. Titular absoluto desde a partida de João Palhinha no Verão de 2022, destacou-se de modo irrepreensível. Merecia ter ficado num período de melhor rendimento global da equipa, em vez de pontificar num campeonato em que nos quedámos no quarto posto.

O uruguaio Manuel Ugarte Ribeiro, hoje com 22 anos, não tem culpa disso. Ele cumpriu a parte que lhe cabia, na posição de médio defensivo. Sempre disponível para as dobras dos colegas mais recuados, tanto no corredor central como nas alas. Com inegável capacidade de luta, visão de jogo, robustez física e comprovada capacidade técnica, confirmou em Alvalade a impressão muito positiva que já causara antes, no Famalicão. 

Em boa hora foi contratado ao emblema minhoto. Chegou por 12,5 milhões de euros, brilhou de leão ao peito e rumou há sete meses ao Paris Saint-Germain, que lhe adquiriu o passe por 60 milhões. Tornou-se assim o segundo jogador que mais dinheiro proporcionou aos cofres leoninos, apenas superado pelos 65 milhões de euros gerados na saída de Bruno Fernandes para o Manchester United, em Janeiro de 2020. 

As suas excelentes prestações no Sporting valeram-lhe ser distinguido para o onze ideal da Liga 2022/2023 por votação dos treinadores e capitães das equipas que participaram na prova. Os números atestaram o seu desempenho: participou em 31 desafios, conseguiu 189 recuperações de bola e protagonizou 122 desarmes - neste caso atingindo novo recorde na competição máxima do futebol português. Ganhou fama como especialista em roubo de bolas - no melhor sentido da expressão.

Estava ainda entre nós quando se estreou como internacional A pelo seu país após ter integrado as equipas sub-20 e sub-23 do Uruguai. Ponto alto, até agora, nesta carreira pela selecção: a convocatória para o Mundial-2022, no Catar. Bem merecida.

Continuamos a acompanhar a carreira dele à distância. O que facilmente se compreende: ele será sempre um dos nossos. Deixou saudades: é a melhor carta de recomendação.

 

Despedida do ano em 2012: Polga

 Despedida do ano em 2013: Wolfswinkel

Despedida do ano em 2014: Leonardo Jardim

Despedida do ano em 2015: Marco Silva

Despedida do ano em 2016: Slimani

Despedida do ano em 2017: Adrien

Despedida do ano em 2018: Jorge Jesus

Despedida do ano em 2019: Bas Dost

Despedida do ano em 2020: Bruno Fernandes

Despedida do ano em 2021: Nuno Mendes

Despedida do ano em 2022: Palhinha

2023 em balanço (5)

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 DECEPÇÃO DO ANO: FRESNEDA

Já somávamos várias decepções recentes: basta lembrar Marsà, Tanlongo e Sotiris, por exemplo. Chegaram como meteoros e partiram tão depressa como vieram. Mas este jovem espanhol parecia um caso diferente: apareceu em Alvalade aureolado de "novo Porro", seu compatriota que tão bem se adaptou ao Sporting. E tantas saudades deixou.

Iván Fresneda Corraliza, madrileno de 19 anos, fez parte da formação nas escolinhas do Real Madrid. Veio do Valladolid, onde esteve três épocas - na última, participou em 22 partidas da Liga do país vizinho. Internacional sub-19 por Espanha. Em Agosto, foi apresentado como reforço do Sporting. Custou nove milhões de euros, quantia que pode subir para 11 milhões caso se cumpram certos objectivos ao serviço da nossa equipa. Contrato até 2028, cláusula fixada em 80 milhões.

Vinha para sentar Esgaio, dizia-se. Mas não sentou, longe disso. E até foi ultrapassado por Geny como ala direito verde-e-branco. Estreou-se em 3 de Setembro, num jogo de má memória para nós: fomos empatar a Braga. Só entrou aos 85', rendendo precisamente Esgaio. Mal deu para observá-lo em campo.

A 5 de Outubro, outra estreia. Desta vez no onze inicial. Contra a Atalanta, em casa, para a Liga Europa. Resultado negativo: foi a nossa primeira derrota da temporada, perdemos 1-2. Sobre a actuação dele, assinalei isto: «Desastrosa estreia de Fresneda a titular: não revelou arcaboiço para aquilo, foi no nosso corredor direito que os italianos entraram como faca em manteiga, perante a impotência do ala espanhol, muito verde (no pior sentido) para tal função, fazendo-nos sentir saudades de Esgaio - que o substituiu aos 67'.»

A 21 de Outubro, outra avaliação negativa. Contra o modesto Olivais e Moscavide, emblema das distritais de Lisboa. Para a Taça de Portugal. Vencemos 3-1, mas eles foram os primeiros a marcar e havia empate ao intervalo, graças a um penálti convertido por Edwards mesmo ao terminar a primeira parte. A reviravolta só surgiu no segundo tempo. 

«Fresneda falhou por completo na missão que o técnico lhe confiou. Incapaz de acertar movimentos com Edwards, precipitado, desposicionou-se com facilidade, cometeu um penálti totalmente escusado que nos custou um golo do Olivais e Moscavide, marcado logo aos 8' pelo veterano Fabrício, motorista da Uber.» Palavras minhas, analisando a partida.

Nova exibição apagadíssima - contra o Raków, para a Liga Europa. Fresneda parecia, de longe, o elo mais fraco do trio de reforços leoninos do Verão passado. Ao contrário de Viktor e Morten, que alguns olharam inicialmente com alguma desconfiança mas cujo mérito hoje já ninguém discute.

Utilizo o verbo no passado porque entretanto se lesionou. Em Novembro foi operado ao ombro esquerdo e tem-se mantido inactivo desde então, sendo incerta a data para o seu regresso à equipa. 

Que em 2024 o espanhol possa enfim mostrar o que vale, assim espero. Ano novo, vida nova.

 

Decepção do ano em 2012: Elias

Decepção do ano em 2013: Bruma

Decepção do ano em 2014: Eric Dier

Decepção do ano em 2015: Carrillo

Decepção do ano em 2016: Elias

  Decepção do ano em 2017: Alan Ruiz

Decepção do ano em 2018: Rafael Leão

Decepção do ano em 2019: Miguel Luís

Decepção do ano em 2020: Vietto

Decepção do ano em 2021: Plata

Decepção do ano em 2022: St. Juste

2023 em balanço (4)

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CONFIRMAÇÃO DO ANO: DANIEL BRAGANÇA

O calvário deste jovem jogador chegou ao fim: ei-lo renascido para o futebol. No Sporting, seu clube de sempre. Após um ano de inactividade forçada, imposto por uma grave lesão na pré-temporada de 2022: entorse traumática com lesão do ligamento cruzado anterior, num particular com o Estoril, a 9 de Julho. Foi sujeito a intervenção cirúrgica e a um período pós-operatório que parecia interminável.

Mas não há mal que sempre dure. Em Maio, com a época desportiva quase no fim, voltou a trabalhar com os colegas da equipa. Após 305 dias sem fazer o gosto ao pé. Aperitivo para a temporada agora em curso: pudemos enfim voltar a ver Daniel Santos Bragança, ribatejano agora com 24 anos, na sua posição de médio criativo, encarregado da construção ofensiva com qualidade técnica, precisão de passe e apurada visão de jogo. Foi entrando aos poucos até cumprir várias partidas como titular. Fazendo parceria com Morten ou com Morita: compõem o trio mais habitual do nosso meio-campo.

Desde 2007 no Sporting, onde fez toda a sua formação, Daniel é fruto da excelência da Academia de Alcochete, evidenciado sob o comando de Rúben Amorim. Já sénior, esteve emprestado ao Farense e ao Estoril. Com presença regular nas selecções jovens, sobretudo na sub-21, às ordens de Rui Jorge. Em 2021, sagrou-se subcampeão europeu: a equipa das quinas só perdeu a final frente à Alemanha.

Mas o seu melhor desempenho está a ser agora, de novo no Sporting. Só se surpreende quem andou alheio ao seu percurso ou preferiu ignorar os dotes deste médio tão inteligente como hábil no domínio da bola. 

Já marcou três golos em competições oficiais desta época. Os primeiros contra o Olivais e Moscavide para a Taça de Portugal (21 de Outubro) e contra o Estrela da Amadora para o campeonato (5 de Novembro).

Destacou-se enfim no Tondela-Sporting, a 23 de Dezembro, para a Taça da Liga: A Bola e o Record elegeram-no como melhor em campo. Sobre o mesmo jogo, após o apito final, escrevi aqui: «Marcou um belíssimo golo, logo aos 18': pura obra de arte - o seu terceiro da temporada em curso. E ainda assistiu Paulinho no segundo, aos 32', também com nota artística: o passe foi de calcanhar.»

Sem favor algum: é jogador que há muito admiro. Está vinculado até 2025 ao Sporting, com 45 milhões de euros de cláusula de rescisão. Até lá, estou convicto, continuará a demonstrar o seu talento em campo. Os adeptos agradecem desde já.

 

Confirmação do ano em 2012: André Martins

Confirmação do ano em 2013: Adrien

Confirmação do ano em 2014: João Mário

Confirmação do ano em 2015: Paulo Oliveira

Confirmação do ano em 2016: Gelson Martins

Confirmação do ano em 2017: Podence

Confirmação do ano em 2018: Bruno Fernandes

Confirmação do ano em 2019: Luís Maximiano

Confirmação do ano em 2020: Palhinha

Confirmação do ano em 2021: Matheus Nunes

Confirmação do ano em 2022: Edwards

2023 em balanço (3)

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PROMESSA DO ANO: GENY

É um dos futebolistas mais promissores do plantel leonino neste ano quase a terminar. Geny Cipriano Catamo, nascido há 22 anos na Beira (Moçambique), marcou presença regular na equipa principal em 2023 e chegou a ser apontado como melhor em campo. Indício de que o aguardam novos voos, cada vez mais ambiciosos. Concretizando um sonho que aos 18 anos, em Junho de 2021, o fez assinar pelo Sporting, vindo do Amora.

Podia não ter dado certo, como acontece a vários outros. Mas Geny - como prefiro chamar-lhe em vez de tratá-lo pelo apelido, pois tem nome próprio de craque - é jogador claramente acima da média. Estreou-se no primeiro escalão faz hoje dois anos, em Alvalade contra o Portimonense, num desafio que vencemos por 3-2. Como as primeiras impressões contam muito, fiquei logo com boa imagem dele.

«Entrou aos 59' para o lugar de Esgaio, quando a equipa ainda estava a perder, e deu nas vistas com os desequilíbrios que foi criando no flanco direito, apesar de ser esquerdino. Momento alto: o livre directo que conseguiu aos 72'. Descomplexado, mostra confiança na condução da bola.» Palavras minhas, assinalando essa estreia do jovem moçambicano, hoje 18 vezes internacional sénior e com quatro golos pela selecção do seu país.

Depois esteve emprestado ao V. Guimarães e ao Marítimo. Em boa hora regressou a Alvalade, no Verão passado, estreando-se como titular na partida inaugural da Liga 2023/2024, contra o Vizela. A 21 de Outubro, outra estreia, desta vez como artilheiro de leão ao peito: marcou ao Olivais e Moscavide, para a Taça de Portugal, e deu outro golo a marcar. Os três jornais desportivos elegeram-no melhor em campo. Com justiça.

«Não custa prever que será uma das nossas estrelas da temporada em curso», antecipei aqui, comentando esse jogo. Assim tem sido, sempre em rota ascendente: estreia a marcar no campeonato (contra o Boavista, no Bessa), participando até agora em 20 jogos desta temporada como ala direito, às vezes quase apenas lá na frente - lugar onde mais rende, ao estilo dos extremos clássicos. Pouco antes do Natal, renovou com o Sporting: tem agora contrato até 2028 e cláusula de rescisão fixada em 60 milhões de euros.

Sinal inequívoco de que Rúben Amorim aposta mesmo nele. E faz muito bem. Com dois golos e duas assistências, bom no drible, capaz de criar desequilíbrios no momento certo, Geny vai-se tornando imprescindível. Falta-lhe ganhar maturidade táctica no momento defensivo, mas também neste aspecto vem fazendo visíveis progressos. Tem tudo para singrar. A massa adepta sabe puxar por ele.

 

Promessa do ano em 2012: Eric Dier

Promessa do ano em 2013: William Carvalho

Promessa do ano em 2014: Carlos Mané

Promessa do ano em 2015: Gelson Martins

Promessa do ano em 2016: Francisco Geraldes

Promessa do ano em 2017: Rafael Leão

Promessa do ano em 2018: Jovane

Promessa do ano em 2019: Rafael Camacho

Promessa do ano em 2020: Tiago Tomás

Promessa do ano em 2021: Gonçalo Esteves

Promessa do ano em 2022: Mateus Fernandes

2023 em balanço (2)

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TREINADOR DO ANO: RÚBEN AMORIM

Ano agridoce para Rúben Amorim: começou mal, termina muito bem. Com o Sporting no comando do campeonato - como aconteceu na gloriosa época 2020/2021, em que conquistámos o título máximo do futebol português.

O problema da temporada anterior foi o péssimo arranque, ainda em 2022, com a saída de Matheus Nunes já com o campeonato em andamento. A equipa demorou a corrigir a rota e a conseguir novas rotinas sem o mais influente membro do onze titular. Mas os 14 jogos finais dessa Liga 2022/2023 decorreram já sem derrotas (11 vitórias e três empates), com triunfos contra Chaves, Estoril, Portimonense, Boavista, Santa Clara, Casa Pia, V. Guimarães, Famalicão, Paços de Ferreira, Marítimo e Vizela. O que não bastou, no entanto, para nos tirar do quarto posto.

 

A boa preparação da nova época, com as contratações de Viktor e Morten, fez toda a diferença. Seguimos em primeiro, isolados. Derrotámos o FC Porto em Alvalade por 2-0 num jogo em que o vídeo-árbitro Tiago Martins conseguiu anular-nos dois golos limpos para impedir a goleada. Chegamos ao Natal em todas as frentes, qualificados para as meias-finais da Taça da Liga e os oitavos da Taça de Portugal. E mantemo-nos na frente europeia: iremos defrontar o Young Boys em Fevereiro.

Apresentamos também o melhor futebol da temporada, como é reconhecido pelos comentadores mais insuspeitos de simpatias pelo Sporting. Já havíamos mostrado isso na época anterior, nomeadamente na épica eliminatória contra o Arsenal, em Março - culminando no afastamento da turma inglesa, derrotada nos penáltis no seu próprio estádio para a Liga Europa após empate 2-2 em Alvalade) quando liderava a Premier League. Nunca a nossa equipa tinha saído de Londres com um triunfo - outra conquista do actual técnico a par de vitórias inéditas na Alemanha e na Áustria - esta em Setembro do ano em curso.

 

Em Outubro, Rúben Amorim tornou-se o treinador do Sporting com mais vitórias neste século: 117, marca igual à de Paulo Bento mas alcançada com muito menos jogos. Passou a ser também o treinador mais vitorioso que passou por Alvalade nas últimas sete décadas. Melhor do que ele, apenas Joseph Szabo (1896-1973), húngaro que esteve onze temporadas no nosso clube - primeiro de 1935 a 1944, depois entre 1953 e 1955. O que faz já dele o português mais vencedor na história do nosso clube.

Nesta época, com 24 desafios disputados, Rúbem conduziu a equipa a 18 vitórias (com três empates e três derrotas) em todas as provas. Percentagem global de triunfos: 75%. Em casa, para a Liga, folha limpa: oito partidas, todas ganhas. Números de equipa grande. Tão grande como as maiores da Europa, cumprindo o lema do fundador.

Todos queremos que prossiga neste rumo.

Todos? Todos não. Uma ínfima minoria de letais ao Sporting torce para que ele perca sempre. Mas Rúben insiste em contrariar essa turba de ressabiados. Vai voltar a acontecer.

 

Treinador do ano em 2012: Domingos Paciência

Treinador do ano em 2013: Leonardo Jardim

Treinador do ano em 2014: Marco Silva

Treinador do ano em 2015: Jorge Jesus

Treinador  do ano em 2016: Fernando Santos

Treinador do ano em 2017: Jorge Jesus

Treinador do ano em 2018: Nuno Dias

Treinador do ano em 2019: Paulo Freitas

Treinador do ano em 2020: Rúben Amorim

Treinador do ano em 2021: Rúben Amorim

Treinador do ano em 2022: Nuno Dias

2023 em balanço (1)

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JOGADOR DO ANO: VIKTOR GYÖKERES

Internacional sueco, em boa hora descoberto pela competente estrutura de prospecção do Sporting, Viktor Gyökeres não tardou a tornar-se o elemento mais popular do plantel leonino na temporada em curso. Pela intensidade do seu futebol, pelos dotes técnicos que revela, pela sua capacidade de empurrar a equipa para a frente e pôr os adversários em sentido. E, sobretudo, pela sua capacidade concretizadora: em 20 jogos de leão ao peito, já leva 17 golos marcados, mais sete assistências.

Viktor Einar Gyökeres, 25 anos, signo Gémeos, confirma assim em Alvalade a fama de artilheiro que levou a administração da SAD a contratá-lo para colmatar a mais importante lacuna do nosso plantel: faltava-nos um homem-golo. Chermiti saiu para o Everton em Agosto por 12,5 milhões de euros - mais 2,5 milhões por objectivos - após três golos e duas assistências em apenas dez jogos como titular pela equipa principal. Foi uma das mais rentáveis transferências de sempre de um jogador saído da Academia de Alcochete. Paulinho, por sua vez, teve números decepcionantes na época passada: apenas marcou cinco. Cifra insuficiente para um ponta-de-lança de equipa com aspirações ao título.

Havia um problema: Gyökeres foi a solução. Jogava no Coventry, na segunda divisão inglesa. Foi de lá que os responsáveis leoninos o trouxeram. Já com alta rodagem na mira à baliza: tinha protagonizado 40 golos nas duas temporadas anteriores ao serviço deste emblema do Championship. Chegou em Julho e não foi barato: 20 milhões de euros, revelando-se a aquisição mais dispendiosa de sempre do Sporting. Contratado por cinco temporadas, até Julho de 2028, e cláusula de rescisão fixada em 100 milhões. Também a mais elevada de que há memória em Alvalade.

Alguns adeptos logo questionaram este preço. São dos que disparam primeiro e só pensam depois. Hoje todos reconhecem que até foi módico para um futebolista com este valor, já cobiçado por clubes da Premier League. Esses adeptos agora receiam que o sueco acabe por sair demasiado cedo. Passam quase sem transição do oito para o oitenta.

Em entrevista à edição de ontem do Record, Gyökeres deixou claro que se sente realizado no Sporting e quer jogar de verde e branco pelo menos até ao final da época. Certamente com o sonho de ser campeão nacional -- e talvez também de contribuir para a dobradinha, algo que não conseguimos desde 2002 no futebol. 

Aconteça o que acontecer, apreciemos as exibições deste grande jogador, o maior obreiro do posto de comando em que estamos agora. Não por acaso, foi eleito melhor avançado do campeonato em quatro meses consecutivos, de Agosto a Novembro. E gerou-se já unanimidade: é ele, por enquanto, a grande figura da Liga 2023/2024. 

Em cinco meses, entrou por mérito próprio na galeria suprema de pontas-de-lança que envergaram as nossas cores. Só neste século já ombreia - ou supera até - Liedson, Wolfswinkel, Montero, Slimani e Bas Dost. Só lhe falta ultrapassar Jardel. Mas quem sabe se isso não acaba mesmo por acontecer?

 

Jogador do ano em 2012: Rui Patrício

Jogador do ano em 2013: Montero

Jogador do ano em 2014: Nani

Jogador do ano em 2015Slimani

Jogador do ano em 2016: Adrien

Jogador do ano em 2017: Bas Dost

Jogador do ano em 2018: Bas Dost

Jogador do ano em 2019: Bruno Fernandes

Jogador do ano em 2020: Pedro Gonçalves

Jogador do ano em 2021: Pedro Gonçalves

Jogador do ano em 2022: Matheus Nunes

Até agora

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Balanço da temporada até agora no futebol leonino:

 

Doze jogos disputados, 75% de triunfos (9 vitórias, 2 empates, 1 derrota)

Seguimos em primeiro na Liga, isolados.

Estamos no segundo lugar do Grupo D da Liga Europa.

Prosseguimos na Taça de Portugal.

Somos o clube com mais vitórias no campeonato.

Temos mais 9 pontos do que na mesma fase da prova anterior.

Há 22 jogos seguidos que não perdemos em jogos da principal prova de futebol em Portugal.

Há 16 jogos seguidos do campeonato sempre a marcar golos.

Gyökeres, de longe o melhor jogador da Liga 2023/2024.

 

Alguns não gostam, andam de cabeça inchada? Temos pena. É lidar...

Até agora

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Balanço da temporada até agora no futebol leonino:

 

Dez jogos disputados (8 vitórias, 1 empate, 1 derrota)

Seguimos em primeiro na Liga, isolados.

Estamos no segundo lugar do Grupo D da Liga Europa.

Somos o clube com mais vitórias no campeonato.

Temos mais 9 pontos do que na mesma fase da prova anterior.

Há 22 jogos seguidos que não perdemos em jogos da principal prova de futebol em Portugal.

Há 16 jogos seguidos do campeonato sempre a marcar golos.

Gyökeres, de longe o melhor jogador da Liga 2023/2024.

 

Alguns não gostam, andam de cabeça inchada? Temos pena. É lidar...

Um primeiro balanço

Com o mercado de Verão praticamente fechado e decorridas que foram as 4 primeiras jornadas da Liga interessa fazer um primeiro balanço do que tem sido esta temporada, deixando completamente de lado as questões externas ao Sporting, quer porque algumas metem mesmo nojo e outras apenas serviriam para distorcer a discussão.

A primeira constatação tem de ser que o Sporting colocou à disposição de Rúben Amorim o melhor plantel dos últimos anos, não só pelas últimas contratações, Diomande, Gyokeres, Hjulmand e Fresneda, mas também pela permanência de quase todos os melhores jogadores da época passada como Pedro Gonçalves, Inácio, Edwards e Trincão, do núcleo duro do balneário, Adán, Coates, Neto, Esgaio e Paulinho e daqueles jogadores fiáveis como Matheus Reis, Nuno Santos, Morita e Bragança. Depois existem os jovens de Alcochete, Callai, Quaresma, Muniz, Essugo, Catamo, Moreira e Rodrigo Ribeiro, que por razões já muito debatidas não têm ainda a qualidade/maturidade para serem alternativas aos titulares no curto prazo. Talvez o plantel fosse melhor com um novo Matheus Nunes como parecia ser Sotiris, e com Tanlongo e Fatawu em vez de Essugo e Catamo, estes a sair para rodar, da bancada não consigo entender as decisões mas elas existirão na relação com eles e respectivos empresários, não na capacidade futebolística dos mesmos. Que Catamo não estava pensado para ficar é evidente pela questão contratual pendente.

A segunda é que a ideia de jogo pensada por Amorim para esta época, um 3-4-3 que se transforma em 4-2-4 pelo adiantamento dum ala e com o defesa do mesmo lado a descair para a lateral e o interior daquele lado a juntar-se a Gyökeres no centro, ainda está mal consolidada quer pela falta de rendimento extra dos alas quer pela incapacidade dos médios titulares, ainda mais expostos que no passado, conseguirem manter a mesma intensidade nos 90 minutos de jogo. Nuno Santos e Matheus Reis não começaram bem a temporada, Esgaio continua limitado, Fresneda acabou de chegar, Moreira teve um deslize que custou um golo e ia custando dois pontos, e Catamo anda a saltar de lado para lado o que lhe quebra a progressão, sabendo-se que será sempre mais um Edwards do que um Porro.

A questão física é essencial numa equipa de futebol. Uma coisa é o onze inicial poder aguentar o jogo todo, e as substituições ocorrerem para melhorar o desempenho da equipa, outra coisa são jogadores nucleares irem desaparecendo do jogo, especialmente médios e alas, e ter de recorrer a substitutos que não demonstram o mesmo rendimento na posição. Substituir um desgastado mas forte Hjulmand por um frágil Bragança mantendo o meio-campo a dois perante um forte Braga é brincar com a sorte, mesmo que a coisa até tenha corrido bem com o Famalicão em casa. 

A quarta questão é que, se Paulinho encontrou em Gyökeres o parceiro que não tinha desde Slimani, e se Pedro Gonçalves continua a ser o "mágico" do onze, Trincão mais e Edwards menos andam às voltas consigo mesmos, parece que só se sentem realizados quando pegam na bola no círculo central, fintam quatro e a metem ao ângulo, e que tudo o resto lhes passa ao lado. Por exemplo, passar a bola no momento certo para pôr o colega frente ao golo fácil.

 

O que espero nos próximos tempos?

- Que continuemos na liderança da 1.ª Liga pelo menos até aos jogos com os rivais, rodando o plantel a ganhar na Liga Europa, conjugando controlo do jogo com intensidade ofensiva.

- Que Israel seja na Liga Europa o que Adán é na Liga, e assim tenhamos dois guarda-redes em boas condições, não esquecendo que Callai está a ser jogo a jogo o melhor da equipa B.

- Que St.Juste comece a ir tendo minutos naquela defesa que para mim está a ser o melhor sector do Sporting, com Diomande, Coates e Inácio nas posições certas a entenderem-se de olhos fechados, porque vai ser bem preciso mais lá para a frente da temporada.

- Que Hjulmand e Morita comecem a aguentar os 90 minutos juntos, e quando algum deles sair que entre Essugo e não Bragança, ficando este reservado para o reforço do meio campo na segunda parte dos jogos trocando o 3-4-3 por um 3-5-2 de maior controlo do miolo. 

- Que Trincão e Edwards regressem ao melhor da época passada porque vão ser necessários para abrir muitas latas.

- Que Gyökeres, Paulinho e Pedro Gonçalves não tenham lesões nem impedimentos, sejam quais forem as razões, porque está encontrada a linha avançada titular. Que nos vai dar muitos golos e muitas alegrias.

SL

Rescaldo do jogo de ontem

 

Não gostei

 

De perder dois pontos em Braga. Os primeiros que desperdiçamos nesta Liga 2023/2024, perante um adversário que há quatro anos não consegue vencer-nos em casa. Soube a pouco. Soube exactamente ao mesmo do Braga-Sporting da época anterior, em que fomos à capital do Minho empatar 3-3. Só com a diferença, desta vez, de o empate ter sido com menos golos: 1-1. Mas não fizemos melhor.

 

De falharmos a possibilidade de nos distanciarmos do FC Porto. A equipa azul-e-branca deixou-se ontem empatar no Dragão perante o Arouca, num jogo em que perdia por 0-1 aos 90 minutos e teve 23' de tempo extra - seguramente recorde nacional nesta matéria. Seria uma ocasião soberana de ficarmos com mais dois pontos do que os nossos rivais do Norte. Um desperdício.

 

De termos visto um golo anulado. Seria o nosso segundo, muito bem marcado por Morten - o seu primeiro de Leão ao peito. Por alegado fora-de-jogo posicional: Pedro Gonçalves estaria deslocado, sem interferir na jogada, mas interferindo no ângulo de visão do guarda-redes Matheus. Aconteceu aos 38', coroando o melhor lance colectivo do Sporting nesta partida, com destaque para os contributos de Gyökeres e Morita.

 

De Paulinho. Jogava num estádio onde já foi feliz. Mas isto não parece tê-lo motivado. Passou ao lado do jogo. O treinador decidiu prescindir dele ao intervalo. Assistiu à segunda parte no banco de suplentes.

 

De Nuno Santos. Desde que veio de lesão ainda não parece em plena forma. Novamente com desempenho muito apagado, recebeu ordem para sair aos 60'. Anda a abusar dos passes à retaguarda em vez de mostrar aquilo que bem sabe fazer: cruzamentos com o seu potente pé esquerdo. Abusa também do excesso de teatralidade no relvado, o que pouco ou nada o favorece perante as equipas de arbitragem.

 

Da saída de Morten. O reforço dinamarquês estava a ser pendular no meio-campo, conferindo segurança e robustez ao nosso corredor central, jogando de cabeça bem levantada, com noções apuradas de tempo e espaço. Causou surpresa a decisão do treinador de tirá-lo aos 60', contribuindo para desguarnecer aquela zona em tarefas de contenção e recuperação da bola.

 

De Daniel Bragança. Nenhuma das cinco substituições feitas por Rúben Amorim foi muito feliz. Mas o desempenho do nosso médio criativo, que tantas vezes tenho elogiado, esteve claramente abaixo daquilo que esperamos dele. Em campo como substituto de Morten, entregou duas vezes a bola em zona perigosa e é ele a causar o livre directo, absolutamente desnecessário, quase à entrada da nossa área que gera o golo do empate do Braga, marcado por Álvaro Djaló, aos 78´.

 

Do desgaste de Gyökeres. O internacional sueco voltou a jogar muito para a equipa. Procura a bola em frenesim constante, tenta ser útil em toda a largura do terreno, mas vai-se desgastando em missões demasiado longe dos postes, abandonando a zona de tiro - precisamente aquela em que melhor faz a diferença. Gostaria de vê-lo mais enquadrado com a baliza e menos como interior ou até como extremo ao longo das partidas. Porque precisamos dele, sobretudo, a marcar golos.

 

De ver Bruma e José Fonte com outra camisola. Bons desempenhos do veterano central (e campeão europeu em 2016) e do avançado que agora alinham pelo Braga. Ambos são produto da formação leonina, como é sabido.

 

 

Gostei

 

Do grande golo de Pedro Gonçalves. Já tínhamos saudades de o ver fazer o gosto ao pé. Após três jogos em branco, voltou a facturar - abrindo o marcador aos 25'. Belo golo marcado de ângulo muito apertado, o que o torna de execução técnica difícil, só ao alcance de um predestinado. Merece ser designado o melhor Leão em campo.

 

De Diomande. Vai crescendo de jogo para jogo. Não apenas útil na contenção defensiva, como central do lado direito, mas também na saída de bola - exibindo segurança e maturidade muito acima dos seus 19 anos. Teve intervenção decisiva no nosso golo: é ele a fazer a assistência vertical, muito bem medida, para Pedro Gonçalves. Chamem-lhe reforço: é a palavra certa. 

 

De Morita. Voltou a demonstrar extrema utilidade. Quer a calibrar o nosso meio-campo e acorrendo às dobras de vários companheiros ao fechar corredores em manobra defensiva quer a descobrir linhas de passe para colocar a bola bem medida nos pés dos avançados. Muito eficaz nas recuperações. Foi ele a fazer a assistência para o golo de Morten que acabou por ser anulado sem a menor culpa nem do internacional nipónico nem do dinamarquês. 

 

De termos chegado ao intervalo a vencer 1-0. Fomos superiores na primeira parte e podíamos ter construído uma vantagem mais dilatada. Entrámos a recuar muito no segundo tempo, como tantas vezes já aconteceu, e permitimos que o Braga assumisse o controlo do jogo, mesmo criando poucas oportunidades de golo. Bastou concretizar uma para nos impedir a conquista dos três pontos.

 

Da estreia de Fresneda. O jovem espanhol, recém-chegado do Valladolid, vestiu pela primeira vez a verde-e-branca aos 85', quando substituiu Esgaio. Tempo insuficiente para fazer um juízo sobre o seu desempenho, apenas para assinalar que já o pudemos ver em acção.

 

Da qualidade do jogo. Bem disputado, com emoção até ao fim, foi um cartaz apelativo para a promoção do futebol. Certamente apreciado pelos 22.781 espectadores que compareceram no estádio municipal de Braga.

 

De termos cumprido 18 jogos seguidos sem perder. Se somarmos o de ontem às 14 rondas finais da Liga 2022/2023 e às vitórias nas três jornadas iniciais do campeonato em curso, é este o número de desafios que já levamos sem conhecer o mau sabor da derrota em partidas oficiais. À frente de qualquer outra equipa.

 

De termos dez pontos em 12 possíveis. Seguimos no comando do campeonato, integrando um trio que também inclui Boavista e FC Porto. Há um ano, à quarta jornada, só tínhamos quatro pontos. Faz enorme diferença.

Balanço dos prognósticos 2022/2023

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2023/2024, relembro os prognósticos sobre a prestação do Sporting em cada jornada da Liga anterior feitos no És a Nossa Fé.

É um teste à vossa perspicácia que aqui recomeçará, pelo décimo primeiro ano consecutivo, mal soe o apito de saída da próxima Liga.

 

7 de Agosto (Braga, 3 - Sporting, 3): Ninguém acertou

13 de Agosto (Sporting, 3 - Rio Ave, 0): Leão do Xangai, Leão 79, Madalena Dine, Manuel Parreira e Maximilien Robespierre

20 de Agosto (FC Porto, 3 - Sporting, 0): Ninguém acertou

27 de Agosto (Sporting, 0 - Chaves, 2):  Ninguém acertou

2 de Setembro (Estoril, 0 - Sporting, 2): Cristina Torrão e Leoa 6000

10 de Setembro (Sporting, 4 - Portimonense, 0):  Jorge Luís

17 de Setembro (Boavista, 2 - Sporting, 1): Ninguém acertou

30 de Setembro (Sporting, 3 - Gil Vicente, 1):  Carlos Estanislau Alves, Horst Neumann, Leão do Xangai e Pedro Oliveira

8 de Outubro (Santa Clara, 1 - Sporting, 2): AHR, Horst Neumann e Leão do Fundão

22 de Outubro (Sporting, 3 - Casa Pia, 1): Ferreira e Leão de Queluz

29 de Outubro (Arouca, 1 - Sporting, 0): Ninguém acertou

5 de Novembro (Sporting, 3 - V. Guimarães, 0): Fernando e Paulo Batista

13 de Novembro (Famalicão, 1 - Sporting, 2): Leão do Xangai, Leão 79 e Horst Neumann

29 de Dezembro (Sporting, 3 - Paços de Ferreira, 0): Pedro Batista

8 de Janeiro (Marítimo, 1 - Sporting, 0): Ninguém acertou

15 de Janeiro (Benfica, 2 - Sporting, 2):  José Silva

20 de Janeiro (Sporting, 2 - Vizela, 1): Maria Sporting

1 de Fevereiro (Sporting, 5 - Braga, 0): Ninguém acertou

6 de Fevereiro (Rio Ave, 0 - Sporting, 1): Fernando

12 de Fevereiro (Sporting, 1 - FC Porto 2): Ninguém acertou

20 de Fevereiro (Chaves, 2 - Sporting, 3):  Roberto D

27 de Fevereiro (Sporting, 2 - Estoril, 0): João Rafael, José da Xã, Leão 79, Leoa 6000, Maximilien Robespierre e Miguel

4 de Março (Portimonense, 0 - Sporting, 1): Ninguém acertou

12 de Março (Sporting, 3 - Boavista, 0):  Fernando, Jorge Luís, José Vieira e Leão do Xangai

1 de Abril (Sporting, 3 - Santa Clara, 0): Carlos Estanislau Alves e Leão 79

5 de Abril (Gil Vicente, 0 - Sporting, 0): Ninguém acertou

9 de Abril (Casa Pia, 3 - Sporting, 4): Ninguém acertou

16 de Abril (Sporting, 1 - Arouca, 1): Ninguém acertou

24 de Abril (V. Guimarães, 0 - Sporting, 2): Leão Cabril e Paulo Batista

30 de Abril (Sporting, 2 - Famalicão, 1): Verde Protector

7 de Maio (Paços de Ferreira, 0 - Sporting, 4): Luís Ferreira

13 de Maio (Sporting, 2 - Marítimo, 1): Luís Ferreira e Sea Lion

21 de Maio (Sporting, 2 - Benfica, 2): Carlos Estanislau Alves

26 de Maio (Vizela, 1 - Sporting, 2): Leão do Fundão

 

CONCLUSÃO:

A vitória, nesta temporada, coube a um duo de felizes vaticinadores que aproveito para cumprimentar agora: o estreante Leão do Xangai e o repetente Leão 79. Cada um com quatro palpites certos nesta Liga dos Prognósticos.

Seguiram-se, com três previsões correctas, os leitores Fernando, Carlos Estanislau Alves e Horst Neumann.

 

Sintomaticamente, ninguém acertou em 12 jogos - mais de um terço do total. Bastantes mais do que os nove que bateram no poste e foram para fora no campeonato anterior. 

Até três partidas ganhas pelo Sporting ficaram em branco. O que diz alguma coisa sobre a falta de esperança que se foi instalando entre os adeptos nesta Liga 2022/2023, em que à quarta jornada já tínhamos perdido oito pontos. O destino da nossa equipa ficou logo ali traçado. Não nos recompusemos desse péssimo início.

 

Destaco ainda que este ano, ao contrário dos três anteriores, nenhum dos meus colegas de blogue triunfou nesta "Liga de Vaticínios". 

Espero que no próximo campeonato a pontaria ande mais certeira.

 

Aproveito para recordar que na Liga 2013/2014 houve por cá sete vencedoresBruno Cardoso, Edmundo Gonçalves, João Paulo Palha, João Torres, José da Xã, Lina Martins e Octávio.

No campeonato 2014/2015, apenas umLeão do Fundão.

Em 2015/2016, triunfou o Grande Artista Goleador.

Em 2016/2017, o vencedor foi novamente o José da Xã.

Em 2017/2018, venceu o leitor J. Ramos.

Em 2018/2019, destacou-se o leitor Luís Ferreira.

Em 2019/2020, a vitória isolada foi feminina pela primeira vez, sorrindo à Cristina Torrão.

Em 2020/2021, emergiu um quarteto vencedor: CAL, Carlos Correia, Pedro Batista e Ricardo Roque.

Em 2021/2022, triunfou um trio: Leão 79, Luís Lisboa e Madalena Dine.

 

Já falta pouco para começar a próxima ronda de palpites. Aberta, como sempre, a todos quantos fazem e lêem este blogue.

Pódio: Trincão, Pedro Gonçalves, Edwards

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Em jeito de balanço, aqui fica a lista dos jogadores que receberam a menção de melhores em campo no último campeonato, em resultado da soma das classificações atribuídas pelos diários desportivos após cada jornada. Num total de 102 votos.

 

Trincão, certamente para surpresa de alguns, foi o jogador mais pontuado pela imprensa especializada em futebol ao longo da temporada que decorreu de Agosto a Maio. Ultrapassando Pedro Gonçalves, que duas épocas antes havia ocupado o primeiro lugar deste tão cobiçado pódio.

Só O Jogo não lhe atribuiu o primeiro posto, escolhendo Edwards em alternativa. Os dois canhotos, de qualquer modo, confirmaram-se como verdadeiros reforços num campeonato em que já não pudemos contar com a grande figura leonina da temporada anterior: o internacional espanhol Pablo Sarabia.

E por falar em espanhóis: vale a pena salientar que Porro, tendo saído de Alvalade logo no início da segunda volta, consegue ser o sexto mais votado. Proeza que justifica destaque, na comparação com vários jogadores que cumpriram a época inteira no Sporting.

 

Face ao balanço aqui feito em 2022, vale a pena salientar as subidas de Pedro Gonçalves (que quase triplica a votação anterior) e Gonçalo Inácio (que obtivera só uma menção). Adán sobe ligeiramente (de 5 para 7) enquanto Nuno Santos está praticamente no mesmo plano (12 votos há um ano, 11 agora). 

Paulinho cai do sexto lugar, com 7 votos, para o décimo posto, com apenas 4. Mas queda a pique é a de Coates: em 2022 era o quinto (com 8 votos), agora está no fundo da tabela. Reflexo evidente da sua quebra exibicional em campo, onde esteve longe da regularidade a que nos habituara.

Matheus Nunes obtém três votos - tendo atingido o pleno como melhor em campo logo no Braga-Sporting, jornada inaugural da Liga 2022/2023, pouco antes de rumar ao futebol inglês, onde alinha pelo Wolverhampton. Foi quanto bastou para ultrapassar o capitão leonino e o ausente Matheus Reis, desta vez sem qualquer menção.

Chermiti, nesta época de estreia na equipa A, tem uma posição honrosa: iguala Ugarte e supera Paulinho, apesar de só ter calçado entre os "adultos" a partir de Janeiro. Vale a pena reflectir neste facto - que deixo à consideração daqueles adeptos sempre prontos a denegrir os jovens da nossa formação.

 

Só no jornal A Bola a liderança de Trincão é clara. No Record, o minhoto empata com Pedro Gonçalves. 

O diário portuense faz escolhas solitárias em St. Juste e Fatawu. O jovem internacional ganês, agora dispensado pelo treinador, jogou muito pouco mas foi quanto bastou para dar nas vistas - pelo menos para os repórteres deste jornal.

De Esgaio ninguém falou.

 

Trincão: 16

Pedro Gonçalves: 14

Edwards: 13

Nuno Santos: 11

Morita: 9

Porro: 8

Adán: 7

Ugarte: 5

Chermiti: 5

Paulinho: 4

Gonçalo Inácio: 4

Matheus Nunes: 3

Fatawu: 1

St. Juste: 1

Coates: 1

 

A BOLA: Trincão (7), Pedro Gonçalves (5), Edwards (4), Nuno Santos (4), Morita (3), Chermiti (2), Paulinho (2), Adán (2), Ugarte (2), Matheus Nunes, Porro, Gonçalo Inácio.

RECORD: Trincão (5), Pedro Gonçalves (5), Porro (4), Edwards (4), Morita (3), Ugarte (3), Adán (2), Nuno Santos (2), Gonçalo Inácio (2), Matheus Nunes, Chermiti, Paulinho, Coates.

O JOGO: Edwards (5), Nuno Santos (5), Trincão (4), Pedro Gonçalves (4), Porro (3), Morita (3), Adán (3), Chermiti (2), Matheus Nunes, Fatawu, St. Juste, Paulinho, Gonçalo Inácio.

 

Há um ano foi assim: Sarabia, Porro, Nuno Santos.

Há dois anos foi assim: Pedro Gonçalves, Palhinha e Coates.

Há três anos  foi assim: Bruno Fernandes, Jovane, Vietto.

Há quatro anos foi assim: Bruno Fernandes, Raphinha, Nani.

Há cinco anos foi assim: Bruno Fernandes, Bas Dost, Gelson Martins.

Há seis anos foi assim: Bas Dost, Gelson Martins, Bruno César. 

Há sete anos foi assim: Slimani, João Mário, Gelson Martins.

Os melhores jogadores da época passada

Balanço dos jogadores do Sporting que mais se destacaram em cada desafio do campeonato 2022/2023:

 

Pedro Gonçalves: 6 (Sporting-Rio Ave: Sporting-Chaves; Chaves-Sporting; Sporting-Arouca; V. Guimarães-Sporting; Vizela-Sporting)

Trincão: 5 (Sporting-Portimonense: Famalicão-Sporting; Sporting-Estoril; Casa Pia-Sporting; Paços de Ferreira-Sporting)

Porro: 3 (Sporting-Paços de Ferreira; Marítimo-Sporting; Sporting-Vizela)

Morita: 3 (FC Porto-Sporting; Sporting-Gil Vicente; Sporting-Braga)

Nuno Santos: 3 (Boavista-Sporting; Sporting-Casa Pia; Sporting-Boavista)

Edwards: 3 (Sporting-V. Guimarães; Sporting-Santa Clara; Sporting-Famalicão)

Adán: 2 (Santa Clara-Sporting; Arouca-Sporting)

Chermiti: 2 (Rio Ave-Sporting: Sporting-FC Porto)

St. Juste: 2 (Estoril-Sporting; Gil Vicente-Sporting)

Ugarte: 2 (Benfica-Sporting; Sporting-Benfica)

Matheus Nunes: 1 (Braga-Sporting)

Paulinho: 1 (Portimonense-Sporting)

Coates: 1 (Sporting-Marítimo)

 

Na época 2014/15, os melhores jogadores foram Nani, William Carvalho e Montero.

Na época 2015/16, os melhores jogadores foram Slimani, Adrien e João Mário.

Na época 2016/17, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bas Dost e Adrien.

Na época 2017/18, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bruno Fernandes e Rui Patrício.

Na época 2018/19, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Raphinha e Nani.

Na época 2019/20, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Jovane e Coates.

Na época 2020/21, os melhores jogadores foram Pedro Gonçalves, Coates e Palhinha.

Na época 2021/22, os melhores jogadores foram Sarabia, Porro e Nuno Santos.

Balanço (34)

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Alegria de Chermiti após estreia a marcar na equipa A, contra o Rio Ave (6 de Fevereiro)

 

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2022/2023, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a terceira de quatro partes.

 

1 de Fevereiro (Sporting, 5 - Braga, 0): MORITA

«Desafio de sentido único, com avassalador domínio da nossa equipa perante um Braga irreconhecível. As ausências de Vitinha (transferido para o Marselha) e Ricardo Horta (lesionado) não explicam a abrupta quebra dos minhotos, que somaram erros defensivos e foram incapazes de progredir no terreno sem serem de imediato desarmados pelo nosso meio-campo. Ali brilhou a dupla Ugarte-Morita, reforçada por Pedro Gonçalves e Edwards, que recuavam para vir buscar a bola e mantê-la dentro do meio-campo defensivo do Braga.»

 

6 de Fevereiro (Rio Ave, 0 - Sporting, 1): CHERMITI

«Em noite de estreias, destaque - além do Chermiti goleador - para os primeiros minutos de dois reforços com a camisola do Sporting: o espanhol Bellerín e o marfinense Diomande. Prometem. Resta ver se cumprem.»

 

12 de Fevereiro (Sporting, 1 - FC Porto, 2): CHERMITI

«Não adianta iludir os factos, nem desviar a conversa nem arranjar focos de distracção em óbvia estratégia de contenção de danos: o Sporting está numa das suas piores épocas de sempre. (...) Só podemos queixar-nos de nós próprios. Nem da conjunção astral, nem de árbitros, nem de jornalistas ou comentadores, nem da vasta conspiração global contra as nossas cores. Tenham lá paciência: a culpa é toda nossa.»

 

20 de Fevereiro (Chaves, 2 - Sporting, 3): PEDRO GONÇALVES

«O nosso problema principal é hoje o modo como o treinador gere este plantel. Com vários jogadores fora das posições em que mais rendem e dois ou três favoritos sempre escalados para o onze, por pior que vão jogando.»

 

27 de Fevereiro (Sporting, 2 - Estoril, 0): TRINCÃO

«Selava-se o resultado, confirmava-se a vitória leonina numa partida que dominámos do princípio ao fim. Infelizmente, perante o mais baixo número de espectadores para um desafio deste campeonato no Estádio José Alvalade: apenas 22.303 compareceram.»

 

4 de Março (Portimonense, 0 - Sporting, 1): PAULINHO

«Estamos no bom caminho? Parece que sim. Mais vale tarde do que nunca. Continuamos a perseguir o Braga para um lugar no pódio que pode permitir-nos o acesso à Liga dos Campeões. Objectivo difícil, mas longe de ser impossível. Basta que a turma minhota tropece duas vezes e nós saibamos superar todos os obstáculos ainda pela frente.»

 

12 de Março (Sporting, 3 - Boavista, 0): NUNO SANTOS

«Quem pensava que o Sporting estava sem energia física ou anímica, após o embate em casa contra o Arsenal, três dias antes, enganou-se redondamente: esta foi uma das nossas melhores exibições no campeonato 2022/2023. Na recepção à equipa que costuma jogar de xadrez mas que anteontem envergou de amarelo, dominámos do primeiro ao último minuto.»

 

1 de Abril (Sporting, 3 - Santa Clara, 0): EDWARDS

«Há que poupar forças e não desperdiçar energia inútil. Foi o que se fez, com folha de serviço limpa. Se tivéssemos jogado sempre assim, estava já reservado para nós um lugar de acesso à próxima Liga dos Campeões.»

 

(Conclui depois de amanhã)

Balanço (33)

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Pedro Gonçalves festeja marcação de golo na Luz (15 de Janeiro de 2023)

 

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2023/2024, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a segunda de quatro partes.

 

8 de Outubro (Santa Clara, 1 - Sporting, 2): ADÁN

«É difícil explicar o que se passa com este Sporting. Vários jogadores entram em campo apáticos, sem chama, sem energia, sem vibração. Como se sofressem de cansaço crónico. Alguns arrastam-se em campo implorando banco ou bancada. Mas o treinador insiste em não lhes fazer a vontade, talvez consciente de que o plantel é curto e que os eventuais substitutos se encontram ainda em pior forma.»

 

22 de Outubro (Sporting, 3 - Casa Pia, 1): NUNO SANTOS

«Fomos para o intervalo a perder, escutavam-se sonoros assobios aos jogadores na famigerada Curva Sul, parecia iminente um novo cenário de pesadelo, digno de voltar a pôr tudo em causa neste clube tão bipolar. Mas a pausa fez bem ao Sporting. Também ao treinador, que tomou as decisões que mais se impunham.»

 

29 de Outubro (Arouca, 1 - Sporting, 0): ADÁN

«O experimentalismo do técnico, destinado a poupar meia equipa para o desafio de amanhã em Alvalade contra o Eintracht, fracassou. Não apenas derrubando as nossas últimas hipóteses de ainda sonhar com o título de campeão, ao somarmos a quarta derrota em onze jogos da Liga 2022/2023, mas também desmoralizando a equipa, que só pode sentir-se frustrada com mais este fracasso.»

 

5 de Novembro (Sporting, 3 - V. Guimarães, 0): EDWARDS

«A equipa mostrou-se veloz e acutilante, com Matheus Reis a desenhar sucessivos passes de ruptura e Arthur muito dinâmico nas transições, confirmando que tem valor para ser titular. Porro desequilibrava à direita, Morita apoiava o ataque avançando vários metros para além de Ugarte. Pequenas alterações no sistema do treinador que deram fruto.»

 

13 de Novembro (Famalicão, 1 - Sporting, 2): TRINCÃO

«O mais importante foi conseguido: três pontos. Com Trincão a sobressair num desafio em que Pedro Gonçalves, Morita e Gonçalo Inácio mereceram nota positiva. Ao contrário de Paulinho, que parece ter perdido de vez a veia goleadora.»

 

29 de Dezembro (Sporting, 3 - Paços de Ferreira, 0): NUNO SANTOS

«Acabou por saber a pouco. Com 3-0 ao intervalo, e o triunfo a começar a ser construído logo aos 3', num golo de cabeça de Porro correspondendo a primoroso passe de Nuno Santos, adivinhava-se goleada em Alvalade. Acabou por não acontecer. No segundo tempo tirámos o pé do acelerador e passámos a gerir o resultado.»

 

8 de Janeiro (Marítimo, 1 - Sporting, 0): GONÇALO INÁCIO

«Tinha tudo para dar certo. Mas deu errado. Desde o primeiro minuto. A equipa da casa, que ocupa o penúltimo lugar do campeonato e só tinha registado uma vitória (fora) até esta 15.ª ronda da Liga, encostou o Sporting às cordas, impossibilitou-nos de sair com a bola controlada, condicionou a táctica de Rúben Amorim e derrotou-nos com um golo de penálti.»

 

15 de Janeiro (Benfica, 2 - Sporting, 2): UGARTE

«Faltou sobretudo maior consistência no sector defensivo, que tem feito a diferença para melhor noutras partidas. Coates desta vez não funcionou como pêndulo na definição das linhas do fora-de-jogo. Gonçalo Inácio falhou a marcação no primeiro golo, Matheus Reis teve uma abordagem deficiente no segundo.»

 

20 de Janeiro (Sporting, 2 - Vizela, 1): PORRO

«Valeu-nos um penálti. Mais um, pelo segundo jogo consecutivo. Obtido já nessa fase do desespero, em que o mandamento táctico parecia ser "tudo lá na frente e seja o que Deus quiser". As orações foram escutadas: a grande penalidade caiu do céu ao minuto 90'+5. Mas concretizada de modo impecável, num pontapé bem terreno. Não por um avançado, mas por um defesa.»

 

(Continua amanhã)

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