Esta escolha, para mim óbvia, presta homenagem ao talento futebolístico de Viktor Gyökeres, maior marcador mundial no ano que passou, com 62 apontados em 63 jogos. Marca extraordinária: honra. orgulha e enobrece ainda mais o símbolo do Leão, que o ponta-de-lança sueco transportou ao peito na grande maioria dos desafios.
As imagens dizem tudo. O craque leonino recebe um fenomenal passe de trivela do pé direito de Debast e progride com a bola logo após a linha do meio-campo: Sempre com ela dominada - primeiro junto à linha esquerda, depois inflectindo para o centro do terreno, já defronte da baliza. Bate em velocidade o lateral, senta um central, dribla o guarda-redes e remata. Após uma vertiginosa corrida de 40 metros, ainda tem força para disparar um míssil.
Aconteceu ao minuto 53 do Sturm Graz-Sporting, desafio da Liga dos Campeões: Era o nosso segundo golo, sentenciando a partida contra o campeão austríaco. Somávamos mais três pontos na prova milionária após impormos derrota ao Lille em Alvalade (2-0) e empatarmos na Holanda frente ao PSV (1-1).
Foi a 22 de Outubro. Como se fosse mais um dia no escritório do campeão sueco. Os génios da bola são assim.
Vale a pena destacar três menções honrosas de 2024, todas para lembrar também:
Depois da nossa primeira vitória simbólica em Londres, ocorrida em 2023 quando ali eliminámos nos penáltis o Arsenal na Liga Europa, uma goleada ao Manchester City para a Liga dos Campeões. Aconteceu a 5 de Novembro, na despedida de Ruben Amorim de Alvalade. O treinador que nos levou à conquista de dois campeonatos nacionais não poderia ter desejado melhor final para o seu percuso de quase cinco anos no Sporting.
Foi um desafio épico e comovente, com as emoções sempre à flor da pele. Um desafio que deu pleno significado ao lema celebrizado pelo fundador do nosso clube: ser «tão grande como os maiores da Europa».
Recebemos, vulgarizámos e derrotámos sem discussão o teatracampeão inglês, orientado por Pep Guardiola, que muitos consideram o melhor treinador do mundo. E com um plantel recheado de estrelas: Haaland, Foden, Ederson, Savinho, Akanji, Kovacic, Bernardo Silva, Gundogan, De Bruyne...
Até nem começou nada bem: sofremos um golo, por Foden, logo aos 4'. Mas soubemos dar a volta. Demonstrando brio, personalidade, carácter, irreprimível vontade de vencer.
Gyökeres brilhou, confirmando que é hoje um dos maiores pontas-de-lança do futebol europeu. Exibição superlativa do internacional sueco (três golos, aos 38', 49' e 80', estes dois de penálti). Mas também de Pedro Gonçalves (extraordinário, o passe para golo no primeiro de Gyökeres). Destaque também para Israel (impediu três golos, um dos quais de Haaland) e Maxi Araújo (em estreia como artilheiro na Champions, aos 46 segundos da segunda parte, num lance colectivo que merece figurar na antologia dos melhores de sempre do historial leonino). Sem esquecer Diomande, Quenda e Trincão.
Matheus Nunes regressou fugazmente a uma casa onde já foi feliz, desta vez como ala esquerdo do City. Esteve apagado, mas certamente gostou dos aplausos que lhe tributaram nas bancadas de Alvalade. Em noite de simbiose perfeita entre público e equipa. No final, os jogadores formaram um corredor de honra ao técnico que tão bem serviu o Sporting e levantaram-no ao ar, em clima de euforia, numa das mais inesquecíveis manifestações de júbilo que conhecemos no nosso estádio.
Naquela noite gloriosa fechámos a primeira metade da jornada da Champions 2024/2025 no segundo lugar da classificação, com 10 pontos, a par do Mónaco, terceiro, e só atrás do Liverpool, que comandava com 12 pontos. Entre 36 equipas.
Dava-nos toda a esperança de apuramento para a fase seguinte da competição, com jogos a eliminar. Infelizmente, depois seguiram-se duas derrotas - já com Amorim longe, a treinar o Manchester United. Mas isso é outra história, bem diferente desta.
DERROTA DO ANO: 3-4 CONTRA O FC PORTO NA SUPERTAÇA
Àquinta tentativa, o FC Porto conseguiu enfim: a 3 de Agosto venceu o Sporting, conquistando a Supertaça, disputada no estádio municipal de Aveiro.
Vista do nosso lado, esta derrota soou a pesadelo. Estivemos a vencer por 3-0 e deixámos que os portistas conseguissem a reviravolta,triunfando por 4-3 já no prolongamento.
Nada fazia prever este desfecho.
Marcámos o primeiro logo aos 6', por Gonçalo Inácio. O segundo surgiu aos 9', por Pedro Gonçalves.
O terceiro - fantástico golo - aconteceu aos 24', pelo jovem Quenda, em estreia simultânea como titular e artilheiro da equipa principal. Justificando elogio, tal como Gyökeres: o sueco não marcou, mas fez duas assistências.
Aos 28', Galeno reduziu. Fixando o resultado ao intervalo: 3-1.
E depois? Acentuou-se onaufrágio defensivodo onze leonino, que assim se estreou da pior maneira na temporada oficial 2024/2025. Sofremos dois outros golos, aos 64' e aos 66'. Aos 101', consumou-se o descalabro.
Pecámos por desconcentração e excesso de confiança. A soberba é má conselheira - no futebol como na vida. Não afectou só os jogadores e a equipa técnica, mas muitos adeptos. Incluindo alguns imbecis das claques que ao minuto 36 ou 37 desataram a atirar tochas e a fazer estalar fogo de artifício como se tivessem ganho alguma coisa.
O nosso treinador esteve inexplicavelmente passivo: nem parecia ele. Ruben Amorim só se dignou fazer a primeira substituição aos 83': mandou sairTrincão, mandou entrar Edwards. Mera troca posicional, que nada alterou para melhor. Num desafio em que tivemos dois estreantes com prestação negativa: Vladan, com culpas no primeiro e no quarto golo; e Debast, envolvido em duas "assistências" à turma adversária.
Mas vale a pena acrescentar: foi a única vitória do actual treinador portista, Vítor Bruno, contra a nossa equipa. Depois disso o FCP já nos defrontou duas vezes - e perdeu sempre, tanto para a Liga 2024/2025 como para a Taça da Liga, em que foi eliminado pelo Sporting.
Era a última coisa que queríamos. Mas alguma vez teria de ser. Aconteceu no ano que passou, em Novembro: Ruben Amorim, o treinador português que conquistou mais troféus ao serviço do Sporting, disse adeus e partiu. Ou terá dito "goodbye", pois rumou à Premier League, contratado pelo Manchester United. O histórico emblema inglês ultrapassou até a sua cláusula de rescisão, pagando cerca de 13 milhões de euros pelo conjunto da equipa técnica: todos acompanharam o líder.
Amorim partia ao fim de quatro anos e oito meses: nenhum outro treinador aguentou tanto tempo seguido no Sporting. E nenhum outro soube aproveitar tão bem o tempo: dois campeonatos conquistados, tantos como os que o nosso clube vencera nas quatro décadas anteriores. Daí a sensação de perda, entre os adeptos, ter sido ainda mais acentuada.
Do mal, o menos: Frederico Varandas convenceu-o a ficar mais três jogos antes de passar a bola a João Pereira. Ainda sob o comando de Amorim, para o campeonato, o Sporting goleou em casa, por 5-1, o Estrela da Amadora (1 de Novembro) e teve um jogo épico em Braga, igualmente da Liga 2024/2025, com triunfo leonino por 2-4 (10 de Novembro). Com onze vitórias em onze jogos, igualava o melhor começo de sempre da nossa equipa na competição máxima do futebol português. Há 34 épocas que não começávamos tão bem, desde 1990/1991.
Mas a cereja em cima do bolo foi a goleada ao Manchester City, que saiu de Alvalade vergado a uma derrota por 4-1 (5 de Novembro). Uma das páginas mais brilhantes inscritas pelo Sporting na poderosa Liga dos Campeões. Outra noite épica. Infelizmente, a última do jovem treinador no nosso estádio.
Amorim saiu só com cerca de um terço da época disputada. Campeão nacional em título, com a equipa em todas as frentes. No campeonato, isolada no comando: 33 pontos, 39 golos marcados, só cinco sofridos. Invicta na Liga dos Campeões, com três vitórias e um empate - segundo lugar entre 36 clubes.
Não perdeu um só jogo de leão ao peito durante todo o ano de 2024.
Nada voltaria a ser igual. Muitos de nós ficámos com a convicção de que tão cedo não teremos um treinador tão bem-sucedido. Oxalá Rui Borges possa demonstrar-nos o contrário.
Tantas vezes o elogiei aqui - é com mágoa que escrevo hoje estas linhas. Mas não tenho alternativa: Marcus Edwards foi para mim a maior decepção do plantel leonino em 2024. Prometeu muito, deu quase nada. E deixou de contar para o novo treinador. Rui Borges não esgotou substituições contra o Benfica nem contra o Vitória, mantendo-no banco.
Marcus Edwards chegou há quase três anos ao Sporting com aura de craque. Fruto da formção do Tottenham, fez toda a aprendizagem entre os spurs e chegou a alinhar no onze principal, num desafio da Taça da Liga inglesa. Acabou por não ter espaço, rumando no Verão de 2019 a Guimarães, onde rapidamente deu nas vistas. Em Janeiro de 2022, a administração leonina pagou 7,5 milhões de euros para contratá-lo: o atacante esquerdino assinou contrato por cinco anos, com 60 milhões como cláusula de rescisão. Inicialmente o Tottenham manteve metade do seu passe.
Foi-se destacando com Ruben Amorim, espalhando magia nos relvados. Em 2022 mereceu aqui destaque: elegi-o como confirmação do ano. Ele fez por isso, sobretudo nos dois desafios da eliminatória com o Tottenham para a Liga dos Campeões, sobretudo o golaço que marcou na partida decisiva, ao fixar o nosso empate 1-1 em Londres. Quando o histórico emblema inglês seguia em terceiro na Premier League.
Fixámos-lhe o movimento favorito: incursões ofensivas do lado direito para o interior, com notável capacidade de drible e algumas fintas de corpo que dificilmente se apagarão da memória dos adeptos. Mas também fomos descobrindo que se trata de um futebolista sujeito a apagões periódicos, infelizmente cada vez mais frequentes. Reservado, pouco expansivo e nada falador, foi ficando mais triste, foi aparecendo menos, parece deslocado no plantel.
Outros jogadores surgiram, remetendo-o para um plano inferior na hierarquia dos talentos em Alvalade. Na temporada 2023/2024 viu cinco colegas ultrapassá-lo na lista dos artilheiros da equipa: Gyökeres, Paulinho, Pedro Gonçalves, Trincão e até Nuno Santos. Ele só marcou seis no conjunto da temporada - incluindo um ao Olivais e Moscavide, na Taça de Portugal.
Pouco, para quem tanto prometia.
Já na época em curso, o apagão acentuou-se. O último golo de Edwards para o campeonato ocorreu em Agosto, na goleada por 5-0 ao Farense. Com Amorim, não mais marcou - e pouco já calçava. No breve interlúdio de João Pereira em Alvalade, o técnico confiou nele e começou por ser recompensado: o inglês bisou contra o modestíssimo Amarante, equipa amadora da terceira divisão, em desafio da Taça de Portugal.
O inglês foi posto à margem. Por demérito próprio. Há um mês que não joga. Fala-se agora dele como um dos prováveis excluídos do plantel em Janeiro. Aos 26 anos, ainda encontrará mercado. Mas o seu destino já não parece passar por Alvalade. Com pena minha, reconheço. As coisas são o que são.
Há apenas cinco dias, na estreia de Rui Borges ao comando da equipa principal do Sporting, ele brilhou no clássico de Alvalade. Marcou o golo que nos valeu os três pontos e foi eleito melhor em campo pela generalidade da imprensa. Actuou como ala-direito, atacando como extremo clássico - à semelhança do que faz na selecção de Moçambique, onde já regista 23 presenças - e seis golos apontados.
Estamos perante uma confirmação: Geny Cipriano Catamo, nascido há 23 anos na Beira, segunda maior cidade moçambicana, tornou-se imprescindível neste Sporting 2024/2025 - na linha do que aconteceu em grande parte da época anterior. É veloz, arrisca o confronto directo, tem bom sentido posicional, coloca as defesas adversárias em sentido com os seus dribles estonteantes. Tem um movimento característico de pegar na bola junto à linha e evoluir com ela para o centro do terreno que já nos valeu vários golos. Ou marca ou assiste.
Gera sempre perigo para as redes rivais. O Benfica que o diga: já por três vezes encaixou golos deste bravo canhoto com vocação para se agigantar nos chamados "jogos grandes".
Poderia repetir hoje isto. Mesmo com forte concorrência no plantel, Geny nunca deixou de contar para os treinadores - antes com Amorim, agora com Rui Borges e até no interregno sob o fugaz comando de João Pereira.
Andou a rodar noutros emblemas - V. Guimarães e Marítimo - antes de regressar a Alvalade, no Verão de 2023. Foi titular na partida inaugural da Liga 2023/2024, contra o Vizela, estreou-se a marcar na equipa principal em Outubro contra o Boavista, no Bessa. E vem seguindo rota ascendente só para surpresa daqueles que andavam muito distraidos.
Assinou contrato até 2028 com o Sporting, estando ligado ao clube com uma cláusula fixada em 60 milhões de euros. Fez bem a administração da SAD em acautelar o futuro: Geny tem nome de craque, tem pinta de craque e é mesmo craque. Comprovadamente.
Em Junho brilhou no Europeu de Sub-17, integrando a selecção nacional que perdeu na final com a Itália. Deu nas vistas ao ponto de Ruben Amorim integrá-lo na equipa principal. Estreou-se ainda na pré-temporada, contra o At. Bilbau, para o Troféu Cinco Violinos. Mostrou logo o que valia, sem se atemorizar entre os grandes. Escrevi aqui, na crónica desse jogo: «Melhor em campo. Foi seta apontada à área bilbaína. Serviu Viktor no primeiro golo, rematou ao ferro (33'), quase marcou aos 40'.»
Nascia outro astro na vasta constelação leonina. «Se jogar assim, não voltará à equipa B», profetizava um sorridente Amorim no final do jogo. O vaticínio concretizou-se.
Ainda adolescente, nascido em Bissau há 17 anos, Geovany Tcherno Quenda é um extremo clássico. Joga de preferência à direita, onde dá melhor uso ao seu habilidoso pé esquerdo. Com boa finta de corpo, capacidade de condução da bola sem recear duelos, actua tão bem em espaços curtos como no ataque à profundidade, sabendo fazer variações de flanco com passes de longa distância, bem medidos.
Estreou-se em competições oficiais já integrado na equipa principal que defrontou o FC Porto na Supertaça, a 3 de Agosto. Marcou um golo extraordinário, aos 24' - o terceiro do Sporting, ainda assim insuficiente para garantir o troféu, que fugiu para os portistas após o prolongamento, que perdemos 3-4. Mas ele foi o melhor Leão em campo.
A estreia na Liga ocorreu seis dias depois, 9 de Agosto, na recepção ao Rio Ave. Quenda deu forte contributo para a nossa vitória por 3-1. Desequlibrador nato, com eficaz leitura no jogo ofensivo, ajudou a construir o golo inicial assinando um milimétrico passe de ruptura que fez levantar as bancadas. Naquele momento assegurou lugar no onze titular. A sua vida, como profissional do futebol, não voltaria a ser a mesma.
Há cinco dias disputou o seu primeiro clássico com o velho rival lisboeta. Superando outro máximo: tornou-se o mais jovem jogador de sempre do Sporting a defrontar o Benfica. Alinhando como médio-ala esquerdo, anulou Bah, internacional dinamarquês dos encarnados e seu antagonista directo nesta partida, que terminou com vitória nossa. Quenda fez pré-assistência para o golo solitário. Não com os pés mas com os braços, em lançamento lateral.
Nesta fase já ninguém duvida que será bem-sucedido. Com muito trabalho, imensa persistência e alguma sorte. O talento está lá, a formação de base é sólida. Traz a marca inconfundível da Academia Cristiano Ronaldo - simplesmente a melhor formação do mundo.
É inevitável: teria de ser ele o eleito. Foi o melhor ano de Ruben Amorim (escrito sem acento em Ruben, como apenas soubemos, insolitamente, no dia em que ele nos deixou) no Sporting. Quando ele conquistou o segundo campeonato nacional para o nosso clube desde que iniciou funções. Conseguindo tanto em cinco anos incompletos como tínhamos alcançado nos 40 anos anteriores.
Soube tão bem como em 2021. Ou ainda melhor. Porque desta vez havia espectadores nos estádios e pudemos apreciar a equipa ao vivo. Mas também porque tínhamos um plantel com mais qualidade, o que bem se reflectiu nas exibições. E fomos mais longe na dimensão do triunfo, conseguindo a nossa maior pontuação de sempre: 90 pontos. Segunda maior de que há registo, em termos absolutos, num campeonato nacional.
Dominámos do princípio ao fim. Numa dinâmica imparável sob a batuta de Amorim. Concluímos as 34 jornadas com 29 vitórias, 3 empates e apenas 2 derrotas. Golos marcados? 96. Sofridos? Apenas 29.
Dez pontos de avanço sobre o Benfica, segundo classificado. Dezoito sobre o FC Porto, que ficou em terceiro.
Amorim não se limitou a imprimir categoria, talento e classe aos seus jogadores campeões na Liga 2023/2024. Fez o mesmo nas onze jornadas da Liga seguinte, agora quase a meio.
Liderou essas rondas só com vitórias, somando 33 pontos. Mais oito do que o Benfica e mais seis do que o FC Porto.
Uma das maiores proezas de sempre do Sporting em competições da UEFA. Sem precisarmos do calcanhar do Xandão.
Amorim deixou-nos a 11 de Novembro rumando à Premier League, onde estão outros compatriotas: Marco Silva (igualmente ex-técnico do Sporting), Nuno Espírito Santo e agora Vítor Pereira. Foi um trauma para os adeptos.
Mas saiu como o treinador português com mais títulos e troféus alcançados em Alvalade. Com números quase inacreditáveis. Não perdeu qualquer jogo da Liga em 2024. E alcançou 71% de vitórias durante os quatro anos e oito meses que permaneceu entre nós - nenhum outro português aguentou tanto tempo no Sporting.
Em comparação, recorde-se que José Peseiro conseguiu 64%, Silas não foi além dos 61%, Marcel Keizer ficou-se pelos 60% e João Pereira - fugaz sucessor de Amorim - quedou-se nuns ínfimos 37,5%.
Mais ainda: legou-nos um plantel em grande parte escolhido por ele que continua a dar cartas no campeonato nacional. Basta referir alguns nomes: Morten, Morita, Gyökeres, Diomande, Geny, Harder, Nuno Santos e Pedro Gonçalves. Multifuncionais, em vários casos. Jogarão bem em qualquer sistema táctico.
Quem faz o que pode, a mais não é obrigado. Amorim fez muito. Por mim, ser-lhe-ei sempre grato. Aconteça o que acontecer.
Tinha de ser ele. Cá está de novo, pelo segundo ano consecutivo. Aos 26 anos, Viktor Einar Gyökeres encontra-se no auge da carreira. Continua a ser o maior trunfo do plantel leonino após ter sido um dos obreiros da conquista do título máximo pelo Sporting na temporada 2023/2024. Sagrou-se rei dos marcadores, com 29 golos convertidos no campeonato anterior e 43 no conjunto das competições futebolísticas portuguesas.
Bastaria isto para lhe dar lugar perpétuo na galeria dos grandes artilheiros leoninos - ombreando, neste século, com Jardel, Liedson e Bas Dost.
Sagrado campeão em Portugal - e cobiçado por diversos emblemas da alta-roda europeia - o avançado sueco que Frederico Varandas contratou há ano e meio ao modesto Coventry, da segunda divisão inglesa, tornou-se atracção máxima da massa adepta verde-e-branca. Consta que os do Benfica também o queriam. Chegaram tarde. Têm um tal Pavlidis, com apenas quatro golos na Liga.
Esta época, Viktor continua a fazer jus ao nome: faz tudo para ir somando vitórias, projectando cada vez mais longe o nome do Sporting. Leva já 18 golos no campeonato - liderando isolado a lista dos marcadores - e 27 no conjunto das competições.
Quando não marca, dá a marcar.
Foi o que sucedeu há dois dias no clássico, com um cruzamento perfeito para Geny, solicitando o moçambicano para o golo do triunfo após deixar nas covas o central encarnado Tomás Araújo. Com enorme robustez física, grande destreza atlética e um insaciável apetite pelas balizas adversárias, o n.º 9 leonino sabe trabalhar para a equipa.
Hoje bateu novo máximo: soube-se que é o jogador mundial com mais golos apontados em 2024. Um total de 62 neste ano civil, entre clube e selecção sueca. Quase à média de um por desafio disputado. Meia centena de pé direito, oito com o canhoto e quatro de cabeça. Superando largamente o norueguês Haaland (Manchester City), com 49, e o inglês Harry Kane (Bayern de Munique), com 46.
Gyökeres custou 20 milhões de euros, revelando-se a aquisição mais dispendiosa de sempre do Sporting. Na altura, por cá, alguns puseram-se aos gritos por acharem "muito caro". Preferiam um tal Navarro, que acaba de ser emprestado pelo FC Porto ao Braga por manifesta falta de uso no Dragão. Ainda bem que a SAD leonina não é gerida por estas luminárias, que nada percebem de futebol. Hoje todos reconhecem que o preço até foi módico para um futebolista com tanto valor. Não faltam clubes a pretendê-lo na Premier League.
Avós, pais e netos festejam os seus golos. Milhares de crianças e jovens reforçaram a militância leonina vibrando com a sua actuação em campo. A "máscara" que compõe com os dedos, cada vez que a mete lá dentro, tornou-se marca inconfundível. Os craques são assim.
Rúben Amorim num abraço apertado a Conrad Harder: despedida em grande do Sporting
Foto: Hugo Delgado / Lusa
Faz hoje uma semana, em Braga, aconteceu uma das mais saborosas vitórias do Sporting. Reviravolta com tintas épicas. A segunda em poucos dias após o extraordinário triunfo em Alvalade frente ao Manchester City, considerado melhor equipa do mundo, sob o comando de Pep Guardiola, o treinador com mais fama nos nossos dias.
Primeira parte fraca, com demasiados erros individuais e falta de dinâmica colectiva. A turma anfitriã foi superior nesta fase, marcando duas vezes. Assim chegou o intervalo: perdíamos 0-2. Mais de 20 mil espectadores na Pedreira - parte dos quais sportinguistas.
Para agravar a situação, o melhor jogador português deste Sporting que sonha com o bicampeonato lesionou-se. Sozinho: problema muscular. Estavam decorridos apenas 23 minutos quando Pedro Gonçalves se viu forçado a abandonar o relvado. Ia em lágrimas, sabendo que voltaria também a falhar uma convocatória da selecção nacional. Só regressará às competições em 2025.
Geny teve de aquecer com rapidez. Entrou aos 26' para interior esquerdo.
O intervalo fez muito bem aos nossos jogadores. Parecia outra equipa. Mais veloz, mais acutilante, pressionando o Braga, forçando os adversários a recuar, impondo a superioridade natural. Aí ficou patente a excelente organização colectiva leonina, reforçada por jogadores com inegável talento.
Debast já não regressou para a segunda parte: St. Juste rendeu-o. A equipa ganhou com a substituição, beneficiando também com as trocas de Maxi Araújo por Harder e de Daniel Bragança por Morita ao minuto 56.
Neste confronto no Minho em que disse adeus ao Sporting antes de rumar a Manchester, Amorim confirmou uma das suas maiores virtudes: saber ler o jogo. Muito mais do que a famosa "estrelinha" do treinador, isto explica a reviravolta. Que não tardou a ocorrer, operada pelos jogadores recém-entrados.
St. Juste, num cabeceamento ao poste, e Morita, aproveitando o ressalto em remate fulminante, começaram a reduzir aos 58'.
O Braga vencia ainda, mas estava encostado às cordas.
Foi ao tapete no minuto 81', com um disparo fortíssimo de Morten, a cerca de 30 metros da baliza. Golaço indefensável: Matheus foi incapaz de travá-lo. Sério candidato a golo do mês. O internacional dinamarquês, nosso capitão, estreou-se assim a marcar na Liga 2024/2025.
Faltava entrar em cena um compatriota de Morten: Conrad Harder. Deu festival em campo nos minutos finais, levando ao delírio a massa adepta leonina. Aos 89', num remate cruzado, fortissimo. E aos 90'+4, repetindo a dose e fixando o resultado: 2-4.
Fabuloso bis, com parte do estádio a ovacioná-lo e o resto em silêncio.
De imediato todos os jogadores rodearam o treinador que se despedia, num comovente e eloquente abraço colectivo a demonstrar a força do balneário deste Sporting campeão, mais forte que nunca.
Faz sentido: vamos com 32 jogos seguidos no campeonato sem perder. Nesta Liga, com 33 pontos em 11 jornadas, temos 39 marcados e apenas 5 sofridos. Média impressionante: 3,54 golos por jogo.
Amorim sorria, provavelmente já com saudades antecipadas. E também certamente com sensação de orgulho.
Pôs fim ao maior período da história do SCP sem vencer o campeonato. Foi o primeiro treinador do Sporting a triunfar na Alemanha (goleando o Eintracht). Foi determinante na nossa mais lucrativa venda de sempre, com a transferência de Ugarte (aposta sua) para o PSG. Deixa o plantel mais valioso de Portugal: 443,5 milhões de euros, segundo o Transfermarkt.
Tornou-se sportinguista entre nós. Devemos-lhe algumas das nossas melhores recordações desportivas de sempre.
Breve análise dos jogadores:
Israel (5) - Sofreu dois golos, aos 20' e aos 45': nada frequente nele. Mas está isento de culpa em qualquer dos lances.
Debast (2) - Há dias em que mais vale não calçar. Foi esse o dia para o belga. Ofereceu o primeiro golo ao Braga e marcou com os olhos no segundo, desconcentrado. Já não veio do intervalo.
Diomande (5) - Sentiu dificuldades notórias na primeira parte, mas impôs a voz de comando no segundo tempo, ajudando a blindar o nosso reduto defensivo.
Matheus Reis (5) - Titular em vez de Gonçalo Inácio, começou muito intranquilo, parecendo por vezes não saber o que fazer à bola. Melhorou no segundo tempo.
Quenda (7)- Um dos obreiros da reviravolta. Genial, um passe cruzado de 40m a isolar Gyökeres aos 51'. Serviu de aperitivo ao golo, iniciado 7' depois por ele, na marcação dum canto.
Morten (7) - Líder incontestado do meio-campo, muito atento às incursões adversárias. Destacou-se sobretudo no golaço que apontou aos 81' - a sua estreia como artilheiro nesta Liga.
Daniel Bragança (4) - Estranhamente apático, sem velocidade nem ritmo. Falhou no confronto com João Moutinho, perdendo a bola no segundo que sofremos. Saiu aos 56'.
Maxi Araújo (5) - Protagonizou bons cortes, aos 8' e aos 12', mas ainda lhe faltam rotinas no corredor esquerdo. O melhor que fez, na frente, foi atirar à malha lateral (43'). Saiu aos 56'.
Trincão (7) - Poucos como ele revelam tanta qualidade com a bola em espaços curtos. Já faz boa parceria ofensiva com Quenda à direita. É dele o passe para Harder no quarto do Sporting.
Pedro Gonçalves (3) - Noite azarada para o craque transmontano. Viu um amarelo aos 13' por protestos. Aos 23', esticou demasiado a perna e sentiu dor forte: foi substituído aos 26'.
Gyökeres (6)- Noite estranha: ficou em branco. Quase marcou, aos 51': Matheus travou-o. Falhou por pouco a emenda a centro de Geny (60'). Útil nos cartões: forçou três ao Braga (38', 45' e 68').
Geny (6) - Substituiu Pedro Gonçalves aos 56'. Ajudou a encostar a turma braguista às cordas, pressionando na meia esquerda. Remate forte aos 72', para defesa apertada do guardião.
St. Juste (7) - Substituiu Debast na segunda parte. Com larga vantagem, atrás e à frente. Cabeceamento ao ferro que deu golo na recarga (58'). Inicia o terceiro golo numa recuperação.
Morita (8) - Substituiu Daniel aos 56'. Era o dínamo de que a equipa precisava: saiu do banco para abrir a conta leonina. Transformado em "n.º 10", assistiu no terceiro golo.
Harder (9) - Entrou aos 56', substituindo Araújo. Viria a ser o protagonista do jogo - e o melhor em campo - ao bisar, aos 89' (passe de Morita) e aos 90'+4 (passe de Trincão). Está cada vez melhor.
Gonçalo Inácio (7) - Substituiu Matheus Reis no minuto 80. Tal como os outros suplentes utilizados, imprimiu qualidade e talento à equipa. Foi dele o passe para o golaço de Morten.
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, recordo os prognósticos sobre a prestação do Sporting em cada jornada da Liga anterior feitos no És a Nossa Fé.
É um teste à vossa perspicácia que aqui recomeçará, pelo décimo-segundo ano consecutivo, mal se escute o apito de saída da próxima Liga.
A vitória, nesta temporada, coube a um estreante que aproveito para cumprimentar agora: o nosso prezado leitor Paulo Batista. Com cinco palpites certos nesta Liga dos Prognósticos, já tradição antiga aqui no blogue.
Seguiram-se, com quatro previsões correctas, os leitores Fernando, Leão 79 (co-vencedor em 2022 e 2023), Luís Ferreira (vencedor em 2019) e Maximilien Robespierre.
Ninguém acertou em nove jogos. Menos do que os 12 da época anterior, repetindo-se o número registado na temporada 2021/2022.
Mais surpreendente: sete partidas ganhas pelo Sporting ficaram em branco. Por dois motivos antagónicos. Por um lado, algumas goleadas que ninguém previu (5-1 ao Estoril, 8-0 ao Casa Pia). Por outro, as elevadas expectativas que estas cabazadas provocaram nos adeptos: a partir de certa altura muito poucos concebiam triunfos tangenciais (como a nossa vitória por um golo no Estoril).
Destaco ainda que este ano, tal como já tinha ocorrido no campeonato anterior, nenhum dos meus colegas de blogue triunfou nesta "Liga de Vaticínios". Depois de três épocas consecutivas a triunfarem.
Espero que no próximo campeonato a pontaria de uns e outros ande mais certeira.
Aproveito para recordar que na Liga 2013/2014 houve por cá sete vencedores: Bruno Cardoso, Edmundo Gonçalves, João Paulo Palha, João Torres, José da Xã, Lina Martins e Octávio.
No campeonato 2014/2015, apenas um: Leão do Fundão.
Em jeito de balanço, aqui fica a lista dos jogadores que receberam a menção de melhores em campo no último campeonato, em resultado da soma das classificações atribuídas pelos diários desportivos após cada jornada. Num total de 102 votos.
Gyökeres, sem surpresa, foi o jogador mais pontuado pela imprensa especializada em futebol ao longo da temporada que decorreu de Agosto a Maio. A larga distância dos seus companheiros. Relegando para o segundo posto Francisco Trincão, que havia chegado ao topo na época anterior.
Todos os jornais lhe atribuíram o primeiro posto. Com Trincão também a suscitar unanimidade no segundo lugar.
Poucos adeptos contestarão estas escolhas. Pelo brilhantismo do craque sueco ao longo de toda a Liga 2023/2024 e pela excelente forma do avançado minhoto na segunda volta, em que registou vários momentos de indiscutível brilhantismo.
Face ao balanço aqui feito em 2023, vale a pena salientar a subida de Paulinho, desta vez com entrada directa no pódio, algo inédito: há um ano não conseguiu melhor do que a 10.ª posição. Há dois, ficou em sexto.
Em sentido inverso, caem Pedro Gonçalves (de segundo para quarto), Edwards (de terceiro para quinto) e Morita (de quinto para oitavo). Coates manteve-se em último (em 2021/2022 fora quinto). Enquanto Morten - estreante, como Gyökeres - fica em sexto. Nada mal.
A queda mais abrupta - e, de algum modo, difícil de entender - ocorreu com a saída de cena de Nuno Santos. Quarto classificado na votação da época anterior, em que obteve 11 pontos, desta vez não foi distinguido como melhor em campo em nenhuma das 34 jornadas.
O jornal A Bola revelou um toque de originalidade: destacou Neto como melhor Leão em campo. Na última jornada, contra o Chaves. Que assinalou também a despedida deste veterano defesa como jogador profissional de futebol
O Record foi o único desportivo que não esqueceu Coates, agora também já fora do Sporting.
O diário portuense atribuiu pontos solitários a dois jogadores que os jornais concorrentes não mencionaram: Diomande e Gonçalo Inácio.
Nem só Nuno Santos ficou esquecido. O mesmo aconteceu com a dupla de guarda-redes: nem uma alusão a Adán ou Israel.
De St. Juste, Esgaio e Matheus Reis também ninguém falou.
Gyökeres: 39
Trincão: 16
Paulinho: 12
Pedro Gonçalves: 8
Edwards: 7
Morten: 6
Daniel Bragança: 4
Morita: 3
Geny: 3
Gonçalo Inácio: 1
Coates: 1
Diomande: 1
Neto: 1
A BOLA: Gyökeres (13), Trincão (6), Paulinho (4), Edwards (3), Pedro Gonçalves (2), Morten (2), Daniel Bragança, Morita, Geny, Neto.
RECORD: Gyökeres (14), Trincão (6), Paulinho (4), Pedro Gonçalves (3), Edwards (2), Morten, Daniel Bragança, Morita, Geny, Coates.
O JOGO: Gyökeres (12), Trincão (4), Paulinho (4), Pedro Gonçalves (3), Morten (3), Edwards (2), Daniel Bragança (2), Morita, Geny, Gonçalo Inácio, Diomande.
Há um ano foi assim: Trincão, Pedro Gonçalves, Edwards.
Há dois anos foi assim: Sarabia, Porro, Nuno Santos.
Há três anos foi assim: Pedro Gonçalves, Palhinha e Coates.
Há quatro anos foi assim: Bruno Fernandes, Jovane, Vietto.
Há cinco anos foi assim: Bruno Fernandes, Raphinha, Nani.
Há seis anos foi assim: Bruno Fernandes, Bas Dost, Gelson Martins.
Há sete anos foi assim: Bas Dost, Gelson Martins, Bruno César.
Há oito anos foi assim: Slimani, João Mário, Gelson Martins.
Balanço dos jogadores do Sporting que mais se destacaram em cada desafio do campeonato 2023/2024:
Gyökeres: 15 (Vizela, Moreirense, Farense, Arouca, Benfica, Gil Vicente, FC Porto, Portimonense, Estoril, Vizela, Casa Pia, Rio Ave, Boavista, FC Porto, Chaves)
Pedro Gonçalves: 5 (Braga, Boavista, Chaves, Famalicão, V. Guimarães)
Trincão 4 (Braga, Moreirense, Estrela da Amadora, Gil Vicente)
Com uma segunda volta fantásica e várias goleadas, Sporting sagrou-se campeão nacional
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a última de quatro partes.
29 de Março (Estrela da Amadora, 1 - Sporting, 2): TRINCÃO
Apoio inequívoco das claques na goleada por 6-1 ao Boavista em Alvalade (17 de Março)
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a terceira de quatro partes.
Gyökeres no Sporting-Gil Vicente: um dos melhores avançados que passaram por Alvalade
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a segunda de quatro partes.
30 de Outubro (Boavista, 0 - Sporting, 2): PEDRO GONÇALVES
Gyökeres e Morten: grande dupla contra o Moreirense (vitória em casa por 3-0)
Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio.
Golos marcados pelos jogadores do Sporting na época 2023/2024:
Gyökeres: 43
(Vizela, Vizela, Moreirense, Sturm Graz, Farense, Farense, Atalanta, Arouca, Farense, Farense, Farense, Benfica, Dumiense, Gil Vicente, Gil Vicente, Sturm Graz, FC Porto, Portimonense, Tondela, Tondela, Vizela, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, União de Leiria, União de Leiria, Braga, Young Boys, Young Boys, Rio Ave, Benfica, Farense, Arouca, Boavista, Boavista, Boavista. V. Guimarães, V. Guimarães, FC Porto, FC Porto, Portimonense, Chaves, Chaves)
Paulinho: 21
(Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Famalicão, Rio Ave, Estrela da Amadora, Dumiense, Dumiense, Dumiense, Tondela, Portimonense, Chaves, Vizela, Atalanta, Boavista, Boavista, Estrela da Amadora, Benfica, Portimonense, Estoril, Chaves)
Pedro Gonçalves: 18
(Braga, Farense, Boavista, Raków, Raków, FC Porto, Estoril, Tondela, Tondela, Chaves, Casa Pia, União de Leiria, Moreirense, Benfica, Farense, Atalanta, Famalicão, V. Guimarães)
Trincão: 10
(Dumiense, Estoril, Chaves, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Braga, Gil Vicente, Gil Vicente, Portimonense)
Nuno Santos: 7
(Farense, Dumiense, Casa Pia, V. Guimarães, Braga, Boavista, Estrela da Amadora)
Edwards: 6
(Rio Ave, Olivais e Moscavide, Estrela da Amadora, Atalanta, Estoril, Estoril)
Coates: 6
(Raków, Dumiense, Vizela, Casa Pia, Casa Pia, Rio Ave)
Geny: 6
Olivais e Moscavide, Boavista, Casa Pia, Arouca, Benfica, Benfica)
Daniel Bragança: 5
(Olivais e Moscavide, Estrela da Amadora, Tondela, Braga, Farense)
Gonçalo Inácio: 4
(V. Guimarães, Sturm Graz, Sturm Graz, Young Boys)
Morten: 4
(Moreirense, Rio Ave, Arouca, Benfica)
Diomande: 3
(Moreirense, Sturm Graz, Gil Vicente)
Morita: 2
(Arouca, Moreirense)
Neto: 1
(Dumiense)
Eduardo Quaresma: 1
(Braga)
St. Juste: 1
(FC Porto)
Pedro Tiba: 1
(médio do Gil Vicente, autogolo)
Pedro Álvaro: 1
(defesa do Estoril, autogolo)
Amenda: 1
(central do Young Boys, autogolo)
Andrew: 1
(guarda-redes do Gil Vicente, autogolo)
Na época 2014/15, os melhores marcadores foram Slimani, Montero e Adrien.
Na época 2015/16, os melhores marcadores foram Slimani, Teo Gutiérrez, Adrien e Bryan Ruiz.
Na época 2016/17, os melhores marcadores foram Bas Dost, Alan Ruiz e Gelson Martins.
Na época 2017/18, os melhores marcadores foram Bas Dost, Bruno Fernandes e Gelson Martins.
Na época 2018/19, os melhores marcadores foram Bruno Fernandes, Bas Dost e Luiz Phellype.
Na época 2019/20, os melhores marcadores foram Bruno Fernandes, Luiz Phellype e Vietto.
Na época 2020/21, os melhores marcadores foram Pedro Gonçalves, Jovane e Nuno Santos.
Na época 2021/22, os melhores marcadores foram Sarabia, Pedro Gonçalves e Paulinho.
Na época 2022/23, os melhores marcadores foram Pedro Gonçalves, Paulinho e Trincão.
Este foi, para mim, o nosso melhor golo da temporada que findou. Com marca de um artilheiro improvável: Eduardo Quaresma. Jogada iniciada e concluída por ele, numa corrida de 70 metros em que foi queimando sucessivas linhas com a bola dominada e depois a apontou para o fundo das redes já dentro da grande área quando Pedro Gonçalves tinha ficado sem ela. Golo à ponta-de-lança - o seu primeiro como profissional do Sporting após 25 jogos. Golo espectacular de um dos maiores talentos da nossa formação, que esteve quase a ser dispensado do Sporting. Em boa hora se manteve. Contamos muito com ele para a temporada prestes a começar.
Alguns golos decidem os campeonatos. Este foi um deles. Apontado por Geny Catamo no clássico dos clássicos, disputado na nossa recepção ao Benfica. Já após os 90 minutos, Edwards marca um canto, a defesa encarnada alivia e a bola sobra para o jovem ala moçambicano que remata com colocação perfeita, levando a bola a entrar junto do ângulo mais distante de Trubin. De pé direito, tratando-se dum jogador canhoto - o que justifica um elogio ainda mais rasgado.
{ Blogue fundado em 2012. }
Subscrever por e-mail
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.