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És a nossa Fé!

2022 em balanço (10)

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FRASE DO ANO:

"UM PAÍS SEM VALORES É UM PAÍS SEM FUTURO"

Frederico Varandas venceu as eleições para um segundo mandato com muitas facilidade. Enfrentou dois adversários, debateu com eles sem qualquer problema e a 5 de Março arrasou nas urnas: obteve 86% dos votos dos sócios expressos neste sufrágio. Deixando a larga distância os antagonistas - Nuno Sousa (7%) e Ricardo Oliveira (3%).

Nas declarações aos sportinguistas, confirmada a vitória eleitoral, deixou a promessa que este segundo mandato de quatro anos será o último. Em 2026, passará o testemunho a outro com toda a normalidade. É isso que pretende. E deixou claro porquê.

«Houve presidentes do Sporting reeleitos. O que não aconteceu é que tenham cumprido dois mandatos. Hoje, oito anos é muito. Será para mim, para quem me rodeia, para quem sofre ao meu lado. Muito mal estaria o Sporting se tivesse um presidente 40 anos.»

Era também uma óbvia indirecta ao presidente do FC Porto, que se vem perpetuando há quatro décadas no topo daquele clube, sem perceber que o tempo dele já passou e que é fundamental dar lugar às gerações mais jovens. 

Varandas, aliás, não poupou em 2022 nas críticas ao vetusto líder portista, tal como fizera em anos anteriores. A declaração mais contundente aconteceu a 29 de Maio, rebatendo uma afirmação do recém-empossado secretário de Estado do Desporto, João Paulo Correia, que havia considerado Pinto da Costa uma «referência do desporto nacional».

O presidente leonino foi duro: «[PdC] é um corruptor activo e uma vergonha para o desporto português. (...) Um país que o reconhece como uma referência é um país sem valores. E um país sem valores é um país sem futuro. Portugal não pode nem nunca poderá ser esse país.»

 

Outra frase do ano, a 16 de Outubro, veio da boca de Rúben Amorim. No rescaldo imediato da nossa derrota frente ao Varzim que nos pôs fora da Taça de Portugal. 

«A culpa não vai morrer solteira», assegurou o treinador do Sporting, desta vez nada sorridente. A declaração funcionou como uma espécie de murro na mesa para mobilizar o grupo de trabalho. E parece ter produzido efeito, pois fechámos 2022 a jogar bem e a somar vitórias. São sempre bem-vindas.

 

Frase do ano em 2013: «O Sporting é nosso outra vez»

Frase do ano em 2014: «Estamos em casa»

Frase do ano em 2015: «Temos de acordar o Leão adormecido»

Frase do ano em 2016: «Pelo teu amor eu sou doente»

Frase do ano em 2017«Feito de Sporting»

Frase do ano em 2018: «Foi chato»

Frase do ano em 2019: «Um clube de malucos»

Frase do ano em 2020: «Para onde vai um vão todos»

Frase do ano em 2021: «É ir jogo a jogo»

2022 em balanço (9)

 

GOLO DO ANO

Tirem o som deste vídeo, se quiserem, e concentrem-se nas imagens. Sobretudo entre os 35 e os 44 segundos. O tempo que demora a construir o excelente lance de golo convertido por Marcus Edwards. Em Londres, contra o Tottenham, para a Liga dos Campeões.

O nosso avançado marcava assim à equipa que o formou: foi a 26 de Outubro, aos 22', culminando uma jogada que começou a ser elaborada por ele e envolveu uma sucessão de tabelinhas até ser concretizada da melhor forma em remate cruzado e rasteiro, com o seu potente pé esquerdo, sem hipótese para Lloris.

 

Viemos de Londres com um precioso ponto que acabaria por nos dar esperanças de seguir em frente na Champions e - do mal o menos - nos conduziu aos oitavos da Liga Europa. E Edwards veio de lá com uma reputação ainda mais consolidada como um dos três elementos mais valiosos do nosso plantel actual (juntamente com Pedro Porro e Pedro Gonçalves). 

Com apenas 24 anos, é craque. Dificilmente permanecerá em Alvalade após o desfecho da presente temporada, em que já leva nove disparos vitoriosos à sua conta.

 

Outro dos melhores golos leoninos no ano civil que há dias terminou foi também dele: a 19 de Março, contra o Vitória (seu anterior clube), em Guimarães. O primeiro que marcou de Leão ao peito.

Esperemos que ainda marque muitos mais.

 

Vale a pena destacar três menções honrosas de 2022, todas para lembrar também:

- O golo de Tabata no Leça-Sporting a 11 de Janeiro (vencemos 0-4);

- O golo de Matheus Nunes no Sporting-Rio Ave, a 13 de Agosto (ganhámos 3-0);

- O golo de Nuno Santos no Sporting-Casa Pia, a 22 de Outubro (ganhámos 3-1).

 

 

Golo do ano em 2012: Xandão, contra o Manchester City

 Golo do ano em 2013: Montero, contra a Fiorentina

Golo do ano em 2014: Nani, contra o Maribor

Golo do ano em 2015: Slimani, na final da Taça de Portugal

Golo do ano em 2016: Bruno César, contra o Real Madrid

Golo do ano em 2017: Bruno Fernandes, contra o V. Guimarães

Golo do ano em 2018: Jovane, contra o Rio Ave

Golo do ano em 2019: Bruno Fernandes, contra o Benfica

Golo do ano em 2020: Nuno Mendes, contra o Portimonense

Golo do ano em 2021: Paulinho, contra o Boavista

2022 em balanço (8)

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VITÓRIA DO ANO: CONQUISTA DA TAÇA DA LIGA

Não há uma sem duas. Em 2022 o Sporting voltou a sagrar-se campeão de Inverno ao conquistar a Taça da Liga, novamente sob a batuta de Rúben Amorim, após ter vencido este título também em 2019, ainda com Marcel Keizer no comando técnico. Quatro triunfos nas últimas três épocas: não é um brilharete, já começa a tornar-se tendência.

Aconteceu a 29 de Janeiro: derrotámos na final o Benfica, sem apelo nem agravo. Foi a desforra perfeita do jogo da vergonha, ocorrido a 21 de Março de 2009, noutra final contra o SLB, roubada ao Sporting por um apitador chamado Lucílio Baptista

 

Rúben Amorim tinha avisado: «Vamos apresentar um onze muito forte e para ganhar.»

Cumpriu o que prometeu: vencemos por 2-1, com golos de Gonçalo Inácio e Sarabia. O internacional espanhol, que chegou a Alvalade por empréstimo do PSG, foi a grande figura do desafio, ao assistir de canto o colega da defesa aos 49' e ao rematar com êxito aos 78', fuzilando Vlachodimos após uma espectacular recepção de bola em que demonstrou enorme classe. Confirmando-se como um dos nossos jogadores mais influentes da temporada. 

Além da vantagem em golos, as restantes estatísticas desta final confirmaram a nossa superioridade: 61% de posse de bola e 13-2 em remates. Estivemos sempre mais perto do 3-1 (Paulinho mandou uma bola à barra, aos 73') do que o Benfica de empatar. 

Recordo o onze titular verde-e-branco neste clássico disputado em Leiria: Adán; Neto, Gonçalo Inácio, Feddal; Esgaio, Palhinha, Matheus Nunes, Matheus Reis; Pedro Gonçalves, Sarabia e Paulinho. Entraram ainda Porro (66') para substituir o amarelado Neto, passando Esgaio para central, Ugarte (85') para render Matheus Nunes, e Tiago Tomás e Nuno Santos (88'), para os lugares de Paulinho e Sarabia.

Quarto título conquistado por Amorim em dois anos ao serviço do nosso emblema. Tenho a certeza de que não foi o último.

 

Vitória do ano em 2012: meia-final da Liga Europa (19 de Abril)

Vitória do ano em 2013: 5-1 ao Arouca (18 de Agosto)

Vitória do ano em 2014: eliminação do FCP da Taça no Dragão (18 de Outubro)

Vitória do ano em 2015: conquista da Taça de Portugal (31 de Maio)

Vitória do ano em 2016: conquista do Campeonato da Europa (10 de Julho)

Vitória do ano em 2017: eliminação do Steaua de Bucareste (23 de Agosto)

Vitória do ano em 2018: goleada ao Qarabag (29 de Novembro)

Vitória do ano em 2019: conquista da Taça de Portugal (25 de Maio)

Vitória do ano em 2020: conquista da Taça de Portugal em basquetebol (8 de Outubro)

Vitória do ano em 2021: conquista do campeonato nacional de futebol (11 de Maio)

2021 em balanço (7)

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DERROTA DO ANO: 1-4 CONTRA O MARSELHA EM FRANÇA

Esta foi uma derrota em duas etapas - e, por isso, ainda custou mais. Na Liga dos Campeões, fizemos o mais difícil: após uma vitória brilhante e categórica (0-3) contra o Eintracht em Franfkurt e um triunfo sem discussão (2-0) frente ao Tottenham em Alvalade, tropeçámos perante o adversário que parecia mais fácil. Não uma vez, mas duas. Primeiro lá, depois cá. O Marselha foi a nossa bête noire: a 4 de Outubro, fomos torpeados pela turma francesa (4-1) numa tarde catastrófica, com Adán a naufragar em toda a linha; a 12 de Outubro, caímos em nossa casa, batidos 0-2 pela mesma equipa.

Antes desta ronda, liderávamos o nosso grupo. Depois, caímos para o terceiro lugar. Estivemos a um passo de abandonar a prova milionária: acabámos por aguentar in extremis, após um honroso empate (1-1) em Londres, e voltámos a claudicar no nosso estádio, desta vez contra o Eintracht (1-2) Lá nos safámos, em repescagem para o play off da Champions, mercê de um golo inglês marcado no último dos sete minutos extra do Marselha-Tottenham. 

A estrelinha de Rúben Amorim funcionou nesse instante decisivo. Mas não apagou a nossa humilhante derrota em Marselha, personificada em Adán. Foi dele a "assistência" directa para o golo de Alexis Sánchez (13'), uma entrega de bola em zona proibida de que resultou o segundo do Marselha (16') e uma absurda saída dos postes tocando a bola com a mão fora da grande área que lhe valeu o vermelho (23'). Enterrou a equipa nestes dez minutos fatais, forçando a saída de Edwards - que estava a ter bom desempenho num desafio que até começámos a ganhar - e a súbita estreia de Israel, no pior contexto possível.

Na ronda seguinte, no nosso estádio, continuámos a naufragar. Com nova derrota frente ao mesmo adversário e uma exibição desastrosa do onze leonino perante um Marselha que há nove anos não marcava fora na Liga dos Campeões. Foi jogo de sentido único, com o Sporting remetido aos primeiros 30 metros, sem passar dali. Esgaio e Pedro Gonçalves expulsos, Coates a lesionar-se.

Com estas duas derrotas consecutivas na Liga dos Campeões desperdiçámos o acesso a cerca de 5,6 milhões de euros. E sofremos danos reputacionais inaceitáveis. Para esquecer. Ou para lembrar.

 

Derrota do ano em 2012: final da Taça de Portugal (20 de Maio)

Derrota do ano em 2013: 0-1 em casa contra o Paços de Ferreira (5 de Janeiro)

Derrota do ano em 2014: 3-4 contra o Schalke 04 em Gelsenkirchen (21 de Outubro)

Derrota do ano em 2015: 1-3 contra o CSKA em Moscovo (26 de Agosto)

Derrota do ano em 2016: 0-1 contra o Benfica em casa (5 de Março)

Derrota do ano em 2017: 1-3 contra o Belenenses em casa (7 de Maio)

Derrota do ano em 2018: final da Taça de Portugal (20 de Maio)

           Derrota do ano em 2019: Supertaça (4 de Agosto)

Derrota do ano em 2020: 1-4 contra o Lask Linz em casa (1 de Outubro)

Derrota do ano em 2021: 1-5 contra o Ajax em casa (15 de Setembro)

Balanço do ano (6)

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DESPEDIDA DO ANO: PALHINHA

Custou, mas algum dia havia de ser. No Verão passado, João Maria Alves Lobo Palhinha Gonçalves disse adeus ao Sporting. Ou, pelo menos, um "até sempre". Já tinha estado para acontecer um ano antes, mas a SAD conseguiu segurá-lo alegando que o jogador só sairia pela cláusula. Para conforto de Rúben Amorim, que o considerava um dos imprescindíveis do nosso plantel.

Desta vez partiu mesmo. Saiu em Julho, para cumprir um sonho já antigo de actuar na Premier League. Rumou ao Fulham e acabou por render aos cofres leoninos bastante menos do que chegara a ser equacionado: apenas 20 milhões de euros, acrescidos de dois milhões por objectivos fáceis de concretizar. Assegurando o Sporting ainda 10% da mais-valia de uma futura transferência do jogador, saído da cantera de Alcochete.

Não foi uma despedida fácil: a ligação de Palhinha aos adeptos e ao próprio clube que o formou era muito forte. Mas, aos 27 anos, tomou a decisão certa: era o momento ideal de dar um salto para o exigente campeonato inglês, principal montra do futebol à escala planetária. Não se tem dado mal por lá: o emblema orientado por Marco Silva está de momento em sétimo na classificação, em igualdade com o Liverpool e a escassos dois pontos do Tottenham.

Para este bom desempenho o seu contributo tem sido inestimável. Ainda há dias, com um golo de cabeça, contribuiu para a segunda vitória da agremiação londrina, cujo desempenho está a exceder todas as expectativas. Ao contrário do Wolverhampton, actual clube de Matheus Nunes, que permanece em penúltimo, com risco de descida. Palhinha, sendo médio defensivo, já leva três golos no futebol inglês. Sempre que marca, o Fulham vence.

Confirma, no fundo, os atributos que havia revelado no Sporting - onde contribuiu para a conquista do campeonato nacional na inesquecível época 2020/2021. Assegura consistência defensiva, acrescenta robustez física ao meio-campo e protagoniza o transporte ofensivo com critério e classe. Com a eficácia de sempre nas recuperações e nos desarmes. Um elemento nuclear nas acções de transição.

Deixou saudades entre os adeptos por cá. Merece toda a sorte do mundo.

 

Despedida do ano em 2012: Polga

 Despedida do ano em 2013: Wolfswinkel

Despedida do ano em 2014: Leonardo Jardim

Despedida do ano em 2015: Marco Silva

Despedida do ano em 2016: Slimani

Despedida do ano em 2017: Adrien

Despedida do ano em 2018: Jorge Jesus

Despedida do ano em 2019: Bas Dost

Despedida do ano em 2020: Bruno Fernandes

Despedida do ano em 2021: Nuno Mendes

2022 em balanço (5)

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 DECEPÇÃO DO ANO: ST. JUSTE

Há jogadores assim: chegam aureolados de grandes aquisições, prometem muito em campo mas acabam por oferecer quase nada. Aconteceu em 2022, infelizmente, com Jeremiah Israël St. Juste, defesa direito holandês que desembarcou em Maio, vindo da Alemanha, para colmatar um dos problemas mais prementes do nosso onze titular.

Não foi barato. A SAD leonina comprometeu-se a pagar por ele 9,5 milhões de euros, garantindo-lhe uma ligação contratual de quatro anos e fixando-lhe uma vistosa cláusula de rescisão: 45 milhões. 

Parecia contratação promissora. O jogador, então com 25 anos, falava de si próprio sem falsas modéstias: «Sou rápido, com técnica e bom com a bola.» Adquirira alguma experiência nos escalões juniores da selecção do seu país e somava nove internacionalizações sub-21.

Faltava contar o outro lado da história. St. Juste tinha um historial de lesões problemático: operado ao ombro direito em Outubro e ao ombro esquerdo em Janeiro, na época 2021/2022 permaneceu cinco meses parado, sem dar o devido contributo ao Mainz, emblema alemão que representava antes de rumar ao Sporting. Ali até ganhara fama de ser o jogador mais rápido da Bundesliga.

Mas continuou desencontrado da sorte nos relvados portugueses. Mal desembarcou, contraiu nova lesão numa das primeiras sessões de treino em Alvalade: entorse traumática no tornozelo direito. Passou ao lado da pré-temporada, sem se integrar na equipa. Em Setembro, já com o campeonato em andamento, nova paragem - desta vez devido a uma mialgia de sobrecarga. Sofreu recaída em Outubro. No final de Novembro, voltou a exigir tratamento, desta vez devido a uma contusão óssea no joelho esquerdo, também num treino.

Balanço: cerca de dois terços do tempo passados no estaleiro leonino. O que sucedeu nos intervalos? Estreou-se como titular contra o Estoril na Amoreira, a 2 de Setembro - e até marcou um golo. Fez o seu primeiro jogo completo de verde e branco a 13 de Novembro, na vitória (1-2) em Famalicão. Primeiro e único até hoje.

O prometido contributo do holandês mal superou o plano das promessas. O nosso central titular a jogar pela direita tem sido um canhoto, Gonçalo Inácio. E já se fala na necessidade urgente de contratarmos outro destro no mercado de Inverno.

Havia uma lacuna antes, mantém-se a lacuna agora.

 

Decepção do ano em 2012: Elias

Decepção do ano em 2013: Bruma

Decepção do ano em 2014: Eric Dier

Decepção do ano em 2015: Carrillo

Decepção do ano em 2016: Elias

  Decepção do ano em 2017: Alan Ruiz

Decepção do ano em 2018: Rafael Leão

Decepção do ano em 2019: Miguel Luís

Decepção do ano em 2020: Vietto

Decepção do ano em 2021: Plata

2022 em balanço (4)

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CONFIRMAÇÃO DO ANO: EDWARDS

Se há jogador que é craque sem margem para dúvida, neste plantel leonino 2022/2023, é o n.º 10. O inglês Marcus Edwards, que o Sporting contratou há quase um ano ao V. Guimarães. Com apenas 24 anos, o extremo esquerdino impôs-se naturalmente como titular da equipa sob o comando de Rúben Amorim, que lhe confia boa parte das tarefas ofensivas do lado direito em incursões da ala para o interior.

Reservado, pouco expansivo e nada falador, este avançado exprime-se da melhor maneira quando tem uma bola nos pés. Sabe tratá-la como poucos na sua posição: exímio na finta, quase imbatível nos confrontos individuais, muito engenhoso na forma como varia a velocidade de jogo e confunde as defesas adversárias com súbitas aceleradelas de olhos fitos na baliza. Gosta de marcar golos e não costuma pedi licença para esse efeito.

Edwards não engana: teve excelente aprendizagem no Tottenham, um dos principais emblemas da Premier League. Fez toda a formação nos spurs e chegou a estrear-se na equipa A, em desafio da Taça da Liga, decorria a temporada 2016/2017. Aposta sem sequência: no Verão de 2019 chegou a Guimarães, onde rapidamente deu nas vistas. Em Janeiro de 2021, a administração leonina pagou 7,5 milhões de euros para contratá-lo e fixou a cláusula de rescisão de 60 milhões. Sabendo que o Tottenham mantém metade do passe do jogador. 

Só por miopia do seleccionador Gareth Southgate Edwards não foi chamado ao Mundial do Catar, onde a equipa nacional inglesa caiu nos quartos-de-final. Os números da presente temporada ao serviço do Sporting dizem muito: o ex-vimaranense actuou 1493 minutos em 24 jogos, registando nove golos marcados. Mais seis do que os obtidos em 15 desafios de Leão ao peito na meia-época anterior.

Imprescindível nas competições nacionais, brilhou sobretudo em dois confrontos da nossa equipa para a Liga dos Campeões precisamente contra o clube que o formou. Primeiro no embate em Lisboa (vitória leonina por 2-0), depois em Londres, ao marcar o golo do empate (1-1) que lá fomos arrancar e nos valeu merecidos elogios na imprensa britânica.

No desafio de Alvalade, protagonizou uma jogada excepcional, aos 45'+2, em que parecia imitar Maradona ou Messi ao entrar como faca por manteiga pela defensiva do Tottenham. Lance que só não deu golo (tal como outro, aos 67') devido a magnífica defesa de Lloris.

Edwards tem sido um dos artífices das melhores exibições leoninas: Amorim não esconde que quer mantê-lo pelo menos até ao final da temporada. Resta ver se a administração liderada por Frederico Varandas conseguirá resistir ao crescente assédio ao jogador, que tem contrato até 2026. Por vontade dos adeptos, irá cumpri-lo até ao fim.

 

Confirmação do ano em 2012: André Martins

Confirmação do ano em 2013: Adrien

Confirmação do ano em 2014: João Mário

Confirmação do ano em 2015: Paulo Oliveira

Confirmação do ano em 2016: Gelson Martins

Confirmação do ano em 2017: Podence

Confirmação do ano em 2018: Bruno Fernandes

Confirmação do ano em 2019: Luís Maximiano

Confirmação do ano em 2020: Palhinha

Confirmação do ano em 2021: Matheus Nunes

2022 em balanço (3)

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PROMESSA DO ANO: MATEUS FERNANDES

O ano que agora terminou foi, sem dúvida, o mais importante na carreira de um jovem muito promissor a que toda a massa adepta leonina passou a estar atenta. É caso para isso: tem muito talento, já deu provas de ser determinado e alimenta o sonho de um dia ser craque no futebol. A bola está do lado dele.

Mateus Gonçalo Espanha Fernandes, algarvio de Olhão, ascendeu em 2022 do escalão jovem à equipa principal. Já com maturidade acima da média para quem tem apenas 18 anos. É uma das apostas de Rúben Amorim para renovar as fileiras leoninas, fiel à imagem de marca do Sporting: há que ter confiança na prata da casa.

Mateus - formado na nossa Academia - é prata, ninguém o nega. E ambiciona ser ouro. Tem condições para isso: médio criativo dotado de boa técnica individual e capacidade de remate, a sua adequada visão de jogo permite-lhe fazer passes à distância com precisão cirúrgica. E não receia os confrontos individuais. 

A 22 de Outubro envergou pela primeira vez a verde e branca num desafio entre os "grandes": entrou aos 78' do Sporting-Casa Pia, em noite muito chuvosa que terminou com aplausos nas bancadas. Vencemos 3-1. O caloiro deu sorte à equipa. Foi justo prémio pelo seu meritório trabalho ao serviço da equipa B.

Quatro dias depois, outro marco relevante nesta carreira em construção: a estreia internacional. Logo em Londres, frente ao Tottenham. Em partida de boa memória para nós: fomos lá empatar 1-1. O miúdo algarvio enfrentou em campo uma equipa onde se destacam Harry Kane, Son, Perisic, Romero, Ben Davies e o antigo "leãozinho" Eric Dier.

Finalmente, a 30 de Novembro, outro facto digno de registo: a estreia de Mateus Fernandes a marcar. Aconteceu num desafio da Taça da Liga: goleada em casa frente ao Farense por 6-0. Um dos remates certeiros foi dele - de penálti, sem vacilar. Grande penalidade que conquistara ao ser derrubado em engenhosa incursão na área.

Estavam decorridos 83': foi um momento que jamais esquecerá. É assim que as grandes caminhadas começam a ser construídas: com pequenas etapas. Sem nunca querer dar o passo maior que a perna. Lição do futebol que também serve para a vida.

 

Promessa do ano em 2012: Eric Dier

Promessa do ano em 2013: William Carvalho

Promessa do ano em 2014: Carlos Mané

Promessa do ano em 2015: Gelson Martins

Promessa do ano em 2016: Francisco Geraldes

Promessa do ano em 2017: Rafael Leão

Promessa do ano em 2018: Jovane

Promessa do ano em 2019: Rafael Camacho

Promessa do ano em 2020: Tiago Tomás

Promessa do ano em 2021: Gonçalo Esteves

2022 em balanço (2)

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TREINADOR DO ANO: NUNO DIAS

Nuno Sérgio dos Santos Dias regressa aos 50 anos, por mérito próprio, a esta galeria anual do És a Nossa Fé. Já tinha passado por cá em 2018, numa época traumática para a nação leonina, quando o futsal nos resgatou e compensou de muitas tristezas. Volta agora, novamente pela porta grande, no final de um ano em que esta modalidade com um número crescente de praticantes e adeptos nos encheu uma vez mais de alegria.

O que havia para ganhar a nível interno, ganhámos. Pela segunda época consecutiva.

Em Fevereiro, levantámos bem alta a Taça da Liga ao derrotarmos sem apelo nem contemplações o Benfica por 5-2. Um troféu que foi nosso pela quarta vez.

Em Maio, a Taça de Portugal veio para Alvalade pelo quarto ano seguido. Com triunfo épico por 4-3, na final contra os encarnados - numa das melhores partidas a que já assistimos desta modalidade.

Em Junho, reconquistámos o título de campeões nacionais de futsal. Reconquista consumada em Junho com outra vitória memorável ao Benfica, nosso histórico rival, no Pavilhão João Rocha. Proeza notável: sexto campeonato ganho em sete épocas.

Em Setembro, vencemos a Supertaça da modalidade. Contra o rival de sempre, desta vez com recurso aos pontapés de penálti - em novo jogo empolgante que funcionou como excelente cartaz de promoção da modalidade, no pavilhão de Matosinhos.

Não admira que estes nossos campeões sejam ídolos da jovem massa adepta: Guitta, Alex Merlim, Cardinal, Diego Cavinato, Erick Mendonça, Zicky, Pany Varela, Pauleta, Esteban, Tomás Paçó. Com destaque especial para o nosso capitão João Matos, que em Outubro cumpriu uma bonita marca: o seu 70.º jogo na Liga dos Campeões.

Esforço, dedicação, devoção e glória. É mesmo a palavra glória que associamos ao percurso de Nuno Dias nesta 11.ª época como treinador leonino. Eis o seu palmarés: duas conquistas da Liga dos Campeões, sete campeonatos nacionais, seis Taças de Portugal, sete Supertaças, quatro Taças da Liga e quatro Taças de Honra da AFL.

Em 2022 só nos faltou a Liga dos Campeões: caímos na final, contra o Barcelona, o que nos impediu de reeditar os títulos de 2019 e 2021. Mas não impediu o Sporting de ser proclamado pela primeira vez, logo em Janeiro, o melhor clube de futsal do mundo. Com Guitta melhor guarda-redes, Zicky melhor jogador jovem e - claro - Nuno Dias - melhor treinador da actualidade. O que também aconteceu pela primeira vez a nível planetário, após o segundo lugar alcançado em 2019.

Distinção bem merecida. Para orgulho dele. E de todos nós.

 

Treinador do ano em 2012: Domingos Paciência

Treinador do ano em 2013: Leonardo Jardim

Treinador do ano em 2014: Marco Silva

Treinador do ano em 2015: Jorge Jesus

Treinador  do ano em 2016: Fernando Santos

Treinador do ano em 2017: Jorge Jesus

Treinador do ano em 2018: Nuno Dias

Treinador do ano em 2019: Paulo Freitas

Treinador do ano em 2020: Rúben Amorim

Treinador do ano em 2021: Rúben Amorim

2022 em balanço (1)

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JOGADOR DO ANO: MATHEUS NUNES

A importância dos jogadores também se mede por isto: alguns tornam-se quase imprescindíveis numa equipa. Aconteceu no Verão passado, quando Matheus Luiz Nunes disse adeus ao Sporting, causando um abalo sísmico na equipa, onde era titular indiscutível.

O luso-brasileiro, que fomos buscar ao Estoril em Janeiro de 2020, subiu a pulso em Alvalade. Campeão nacional na época seguinte, em que alternava no meio-campo com João Mário, conquistou lugar cativo no onze após a partida do campeão europeu, tornando-se num dos mais influentes do grupo de trabalho comandado por Rúben Amorim.

Influente na capacidade técnica, na visão de jogo, no dom de saber colocar a bola em passes longos, no remate de meia-distância, na mestria em acelerar o ritmo da equipa, na destreza como ligava o meio-campo à linha ofensiva.

Atributos que foi desenvolvendo sob a batuta do treinador, que o potenciou da melhor forma. A tal ponto que, em Agosto, Matheus acabou por protagonizar a segunda mais bem paga transferência de que há registo na história do futebol leonino ao sair para o Wolverhampton por 45 milhões de euros, mais 5 milhões por objectivos. Só a saída de Bruno Fernandes para o Manchester United, dois anos e meio antes, nos rendeu mais.

Boa notícia para as finanças do clube, má notícia para a nossa prestação desportiva. Sem Matheus, a equipa caiu muito - até porque esta saída fora antecedida pela partida de Palhinha e Tabata, além de coincidir com a grave lesão de Daniel Bragança. Seguiram-se três meses de fraco desempenho que só agora começa a ser superado.

Ainda foi o melhor em campo no desafio de abertura da Liga 2022/2023, frente ao Braga. E marcou o último golo de verde e branco na jornada seguinte, contribuindo para a nossa vitória em Alvalade (3-0) frente ao Rio Ave. Na hora da partida, mostrou-se grato: «O Sporting deu-me tudo quando eu não era nada.»

Havia participado em 33 das 34 partidas do campeonato anterior, com dois golos e três assistências. Teve papel crucial, em Janeiro, na conquista da Taça da Liga. No final da temporada, os treinadores elegeram-no para o onze ideal do campeonato. E escutou um rasgado elogio de Pep Guardiola, em Fevereiro, quando o Sporting recebeu o Manchester City para a Liga dos Campeões em jogo de má memória para nós. «É um dos melhores jogadores do mundo», disse o conceituado técnico catalão. Na linha do que escrevi aqui há um ano, ao eleger Matheus como Confirmação de 2021: «Tem fibra de campeão: isso é o que mais importa.»

Guardiola, com aquelas palavras, antecipava de algum modo a saída de Matheus Nunes para a Premier League, onde o luso-brasileiro - agora com 24 anos - foi ganhar um salário cinco vezes superior ao que auferia em Alvalade. Infelizmente, não tem demonstrado por lá o mesmo rendimento desportivo. Também passou discreto pelo Mundial do Catar.

No Sporting era muito mais influente. E sou até capaz de apostar que talvez fosse mais feliz.

 

Jogador do ano em 2012: Rui Patrício

Jogador do ano em 2013: Montero

Jogador do ano em 2014: Nani

Jogador do ano em 2015Slimani

Jogador do ano em 2016: Adrien

Jogador do ano em 2017: Bas Dost

Jogador do ano em 2018: Bas Dost

Jogador do ano em 2019: Bruno Fernandes

Jogador do ano em 2020: Pedro Gonçalves

Jogador do ano em 2021: Pedro Gonçalves

 

Balanço. Ou balancé...

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Os balanços fazem-se no fim.

Queria eu que viesse aqui fazê-lo de hoje a oito dias, mas por obra e (des)graça dos marroquinos, cá estou hoje a fazer o balanço da participação do conjunto de jogadores portugueses que um empresário prestador de serviços, a contas com a justiça fiscal (mau agoiro desde logo) entendeu chamar para uma voltinha ali ao Catar.

Partimos para o emirado com o objectivo de vencer, nas palavras do timoneiro; Portanto quaisquer desculpas de "ah e tal, só tínhamos ido aos quartos duas vezes", não colhem. A missão foi um redundante falhanço.

E não foi um redundante falhanço apenas porque caímos nos quartos de final, mas foi um ainda maior falhanço ao nível exibicional, com excepção, que por norma faz a regra, do jogo com a Suíça, onde começámos com uma pontinha de sorte e terminámos em grande. Talvez o único jogo em que o senhor da santa deu liberdade aos seus jogadores de fazerem aquilo que tão bem sabem: Jogar à bola!

O jogo da desgraça, já antevisto no terceiro jogo da fase de grupos, com a Coreia do Sul e de certa forma no primeiro jogo com o Gana, foi o espelho onde estava reflectida a imagem de um homem que hoje não tem condições para gerir uma geração de extraordinários jogadores, que correm o risco de nada ganharem se o contrato com a empresa de prestação de serviços de aconselhamento, escolha e treino de jogadores, continuar até à data prevista para o seu final. Nestas coisas costuma-se viver por ciclos e com esta prestação desastrosa, não só ao nível desportivo mas ao nível relacional (a canalhice que fez a Cristiano Ronaldo deveria por si ser motivo para rescisão contratual), será o final do caminho para esta colaboração que até deu frutos sumarentos. Não esquecer o Euro/16 e a Taça das Nações, ou Confederações, ou lá como se chama mais uma competição que a FIFA inventou para facturar mais um punhado de dólares.

Não deixa de ser curioso que da única vez que a equipa jogou o que os seus jogadores sabem, "espetou" seis à Suíça, o que quer dizer, na minha modesta opinião, que se utilizasse sempre os melhores, nos lugares onde rendem e os deixasse ser eles próprios, sem aferrolhoar o jogo, até podiam perder, que no futebol há três resultados possíveis, mas estariam sempre mais perto de ganhar. O empresário saiu-se bem em 2016 tendo sido campeão com apenas uma vitória na final e convenhamos por obra e graça da santinha e então vai daí e toca a utilizar sempre a mesma táctica, "bem fechadinhos cá atrás" e esperar que Ronaldo resolva. Curiosamente foi resolvendo, até na caminhada bem sucedida para o Catar, que o senhor engenheiro empresário pouco fez por merecer.

Ao longo dos anos que por aqui vou escrevendo, sempre coloquei a honorabilidade do senhor empresário acima de qualquer suspeita, está no histórico, não encontrarão outra opinião. Confesso no entanto que vou estranhando algumas das suas opções, nomeadamente a troca de Rui Patrício por Diogo Costa, a troca de William por Ruben Neves, a titularidade absoluta a João Félix (que contrariamente ao que esperava, esteve uns furos acima da minha previsão) e a cereja no topo do bolo, esquecer que tem na equipa só o melhor jogador do Mundo e não "armar" a equipa em função desse jogador. Revejam o jogo com a Coreia do Sul e vejam quantos centros (não) foram feitos para um tipo que se eleva em pulo a 2,95cm (dois metros e noventa e cinco centímetros). Eu contei dois.

A forma como escolheu os titulares, esquecendo por exemplo o melhor jogador do campeonato italiano, leva-me a pensar nalguma "joint venture" com o senhor empresário que manda no futebol mundial. A sério que já meti mais as mãos no lume pelo homem.

A federação portuguesa de futebol deve ao empresário com quem acordou um contrato de prestação de serviços, dois títulos internacionais, inéditos. Mas deve a um jogador, à sua fibra, à sua liderança, ao seu exemplo, tudo o que aquele parceiro de negócios conseguiu.

Sem Cristiano Ronaldo, o empresário absentista não existiria, esse é que é o ponto.

E agora que é hora de balanço, ele que não permaneça no balancé. Que desça e para o lado certo. É hora de sangue novo no banco e isso não é compatível com a renovação do contrato de prestação de serviços.

Não me parece que haja vontade de uma varridela profunda, mas seria uma bela oportunidade para se aproveitar e correr com aquela cangalhada toda que por ali anda a gravitar à volta dos tipos que suam em campo e se andam a encher, pouco contribuindo para o avanço do futebol luso. Essa será matéria para outra oportunidade.

Um balanço de meia temporada (3) - O ataque móvel

Nesta quarta temporada sob o comando de Rúben Amorim, o Sporting passou duma equipa que defendia melhor que atacava e perdia muito poucos jogos, para uma que ataca melhor do que defende, e que perde mais jogos. 

Isso fica claro quando analisamos os números desta temporada. O Sporting segue com um score 10V, 2E, 8D e 34-25 em golos nos 20 jogos oficiais já disputados para as 3 competições, Liga, Champions e Taça, pelo que as médias de golos marcados e sofridos são de 1,7 e 1,25 respectivamente. Só não marcou em 5 dos 20 jogos, e só não sofreu em 6. Na Liga segue no 4.º lugar com 26-15 golos, o quarto melhor ataque e a nona melhor defesa. No 1.º lugar segue o Benfica com 37-7 , em 2.º o Porto com 31-9.

 

Quem observa estes números e não acompanha a equipa dirá que a problema está no trio defensivo. E em parte está. As lesões de St.Juste, Neto e Coates obrigaram Amorim a andar com Gonçalo Inácio dum lado para outro, e quando Esgaio foi chamado à posição a coisa correu mesmo mal. Também não ter a "6" um jogador tipo Palhinha complica muito a tarefa do trio, especialmente no jogo aéreo. As bolas paradas adversárias tornaram-se problemáticas, porque nas duas pontas da linha defensiva ficam obrigatoriamente jogadores fracos no jogo aéreo.

Mas hoje em dia ataca-se com todos e defende-se com todos também. Para mim o problema está no "ataque móvel" que Amorim perspectivou para esta temporada muito tendo em conta as necessidades específicas da Champions. Foi isso que levou à contratação de jogadores como Edwards, Trincão, Rochinha e Morita para se juntarem a Pedro Gonçalves, todos eles levezinhos, todos eles habilidosos, todos eles a gostar de receber a bola no pé, fintar para dentro e tentar o remate frontal, todos eles com dificuldade em recuperar a bola sem falta. Paulinho encaixa-se mal nesse ataque móvel, porque tem sempre muita gente a invadir a zona frontal em vez de irem à linha e lhe darem espaço para trabalhar e oportunidades de golo para tentar marcar.

 

Quem é que impõe o físico e acelera o jogo no Sporting, passando longo ou de primeira, que quebra linhas em velocidade e força os amarelos contrários? E logo sprinta para trás na recuperação? Quem é que vai à linha e centra atrasado? Quem é que joga mais para os outros do que para si, abrindo o jogo de primeira, desmarcando-se a dar linha de passe, dando velocidade ao jogo colectivo? Quem é que marca golos de cabeça saltando mais alto que os defensores contrários? Nenhum dos levezinhos faz nada disto particularmente bem ou não faz de todo.

Às voltas com as insuficiências do ataque móvel perante adversários mais fracos e que se fecham lá atrás, Amorim tem tomado algumas decisões tácticas que se têm revelado desastrosas, como o recuo de Pedro Gonçalves para o meio-campo que na prática quase equivale a retirar do campo o goleador da equipa e o avanço de Coates em fase de tentar tudo em busca do milagre, transformando por completo no momento a forma de atacar da equipa e abrindo uma cratera na defesa.

Dizia o António Tadeia referindo-se ao último jogo da selecção: "Isto é dos livros e extremamente fácil de entender: quanto mais uma equipa se desorganiza no ataque para criar desequilíbrios, mais desorganizada se apresentará no momento da perda da bola. Logo, mais dificuldades terá para impedir o adversário de progredir."

E é muito isto que se passa com o Sporting desta temporada. Ugarte que o diga. Quase nunca chega ao intervalo sem levar amarelo e depois fica a vê-los passar.

SL

Um balanço de meia temporada (2) - Retaguarda de jovens

Para que seja viável um plantel curto na equipa principal é indispensável dispor duma retaguarda de jovens de grande potencial, capazes de substituir com sucesso os mais velhos em momentos de aperto e explodir de rendimento durante a temporada.

Ora, se na época passada essa retaguarda deixava muito a desejar. Bastava olhar para a falta de qualidade da equipa B. Esta época, com a dispensa de muitos, a promoção dos melhores juvenis e juniores e a contratação de alguns estrangeiros de grande qualidade, tudo é diferente. 

Mas a verdade é que nesta meia temporada nenhum dos jovens que entrou em campo na equipa principal, e estamos a falar de jogadores que se treinam regularmente nessa equipa embora jogando muitas vezes pela B, se fixou na mesma, antes foram aparições esporádicas e muitas vezes mal conseguidas.

 

Então como explicar isso?

Em primeiro lugar gostava de saber se os lançamentos na equipa A têm alguma coisa a ver com recompensas pela assinatura do contrato "de adulto", resistindo a promover quem ainda não o assinou por não ter a idade necessária ou resistir à assinatura. Porque é que o Chico Lamba, que nem é opção na B, foi lançado contra o Casa Pia ou o Mateus Fernandes contra o Tottenham?

Em segundo, não consigo entender porque é que a B joga num sistema táctico diferente da A. Só conseguiria entender se Amorim estivesse de saída do Sporting ou estiver nos seus planos voltar aos quatro defesas. 

 

O onze habitual da equipa B, que tem feito boa campanha na complicada 3.ª Liga e é a base da equipa que ficou em primeiro lugar no seu grupo na Youth League e também da selecção portuguesa de sub20, é o seguinte:

Callai; Travassos, Marsà (Gilberto), Alcantar (Veiga) e Nazinho (Marsà); Essugo (Veiga), Diogo Abreu e Mateus Fernandes; Fatawu, Rodrigo Ribeiro e A. Moreira (D. Cabral).

Então é fácil ver que nenhum dos jovens da B foi lançado na A na posição em que joga habitualmente. Então os casos de Marsà e Mateus Fernandes são flagrantes.

 

Falando de Mateus Fernandes, para mim é outro que, tal como Daniel Bragança, nunca será titular neste sistema táctico de Amorim. Se a equipa B jogasse nesse sistema, o onze titular teria provavelmente Essugo e Diogo Abreu no meio-campo, os mais parecidos que existem com Ugarte e Morita. E ainda lá está o Marco Cruz nos sub23. Claro que em 4-3-3 ou 3-5-2 já existe espaço para um médio ofensivo "levezinho" como os dois que referi.

Ainda sobre esta questão do 4-3-3 vs 3-4-3, as duas últimas contratações, Tanlongo e Sotiris, parecem "clones" do Palhinha e do Matheus Nunes, ajustam-se ao 3-4-3 que Amorim tem utilizado.

 

O caso de Fatawu também é curioso. Na pré-temporada foi testado a ala esquerdo e para mim estava ali de caras o titular. Mas não, voltou a jogar como extremo direito de pé trocado. Aí concorre com Trincão e Edwards pela titularidade, ou seja, não tem grandes hipóteses. Isso deveu-se a Amorim não lhe querer quebrar as rotinas da selecção para ele poder render o máximo no Catar?

Concluindo, por uma razão ou por outra a verdade é que a tal retaguarda de jovens não tem funcionado nada bem nesta meia-temporada, fico a aguardar a próxima Taça da Liga para rever este meu pensamento.

SL

Balanço desta meia temporada (1)

Concluída que foi com sucesso a visita a Famalicão, inicio aqui um conjunto de posts de balanço duma meia temporada que não está a correr da melhor forma, não no sentido de assacar culpas a ninguém mas de ajudar a perceber as causas que conduziram à actual situação e lançar o debate sobre as melhores formas de a ultrapassar.

Neste momento seguimos na Liga a 4 pontos do 2.º lugar, na Liga Europa temos uma eliminatória para disputar depois de 2V e 1E na Champions que nos deram o 3.º lugar no grupo, fomos eliminados na Taça de Portugal e temos a Taça da Liga para disputar. Podíamos de facto estar bem melhor, mas ainda há muito para conquistar.

Contingências à parte, por muito complicado que seja por exemplo perspectivar a queda na Champions sem pensar nas lesões de alguns e nos erros grosseiros de outros, chegámos a esta situação na dificuldade de conjugar duas perspectivas legítimas, qualquer uma delas penso que consensual no universo Sporting:

- A de Frederico Varandas, que entendeu uma vez reeleito que este seria o ano do "arrumar de casa" (1), libertando e pagando por isso mais de 30 jogadores sem futuro no clube, insistindo na formação, reforçando-a com jovens de elevado potencial recrutados em diferentes mercados, e na qualidade das estruturas técnicas como elementos fundamentais para o futuro sustentado da SAD, sempre com o objectivo de montar equipas competitivas suportadas financeiramente via desempenho na Champions e venda controlada dos jogadores em destaque.

- A de Rúben Amorim, que fazendo o balanço da época passada e muito especialmente da carreira na Champions, entendeu transformar o modelo de jogo da equipa para o de uma "equipa grande" (2), projectada no ataque e dominadora dos adversários, tentando fazer figura na Champions e tendo como referência talvez um Manchester City.

Ora se estas duas perspectivas se alinham perfeitamente no médio prazo, no momento actual convivem mal, porque é complicado fazer um upgrade do modelo de jogo quando alguns dos pilares da equipa têm de sair por questões financeiras. E não havendo capacidade para contratar "Sarabias" que cheguem e façam a diferença, se vão buscar "Trincões" em crescimento e se vão juntar aos "Inácios" e aos "Ugartes" já existentes, também eles no mesmo estádio de evolução na carreira, então temos problemas. Não apenas em termos do jogar à bola, mas também da capacidade de liderança no terreno de jogo e fora dele.

Por outro lado, também é muito complicado montar uma equipa grande com um plantel dominado por muitos jogadores pequenos, sem recursos físicos para defender bem nem capacidade no jogo aéreo. 

Curiosamente nos tais jovens reforços, como Fatawu (18 anos), Marco Cruz (18), Alcantar (19), Tanlongo (19), Diogo Abreu (19) e Sotiris (20), ou em jogadores da academia como Essugo (17), já vemos um perfil de jogador diferente, necessário a uma equipa grande, que se quer intensa nos duelos físicos, forte no remate de meia distância e no jogo aéreo.

O problema é... o futuro imediato, em particular o resto desta temporada. 

 

(1) Recompra das VMOCS

(2) Rúben Amorim, "Estamos a falhar no que é ser equipa grande"

 

SL

O que deve ser alterado?

As críticas ao desempenho da nossa equipa principal de futebol são cada vez mais frequentes e consistentes. 

Seguimos em quinto lugar à nona jornada, com menos nove pontos que o Benfica, e vemos até o Casa Pia à nossa frente. Já acumulámos tantas derrotas como em todo o campeonato anterior e ultrapassámos metade dos golos sofridos nessa Liga 2021/2022.

Quando perdemos em casa contra o Chaves, por 0-2, escrevi aqui um postal intitulado "abalo sísmico". Admitindo que essa derrota, na pior exibição da era Amorim para o campeonato nacional de futebol, marcaria uma linha fracturante. 

Passadas seis semanas, não estamos melhor. Persistem deficiências estruturais que tardam em ser eliminadas. É cada vez mais evidente que o sonho do título se tornou miragem e nem o segundo lugar parece hoje provável.

Impossível não será. Mas esperar resultados diferentes sem nada mudar é pura utopia. Daí perguntar-vos o que deve ser alterado sem mais demora.

O Sporting voltou, mas não é isto

Perder 2-0 com o Chaves em casa, depois de 3-0 com o FCP há uma semana, é muito mau. Um desastre. Imagine-se o que poderá acontecer na Champions, com este plantel e os 11 que temos visto, completamente desequilibrados e desajustados à realidade de um clube como o SCP. Há que repensar tudo: a estrutura do futebol, ir buscar os jogadores de que necessitamos e dar segurança a Amorim. Isto é o que tem que fazer Frederico Varandas e a direção, porque ele não estará sozinho nisto.

Ao contrário do que aconteceu no passado, não é tempo para pedir a cabeça do treinador, do presidente ou dos vários membros da direção do SCP. É tempo de união, de reflexão e de nos sentarmos todos à mesma mesa a pensar em soluções. O clube está mais forte, é solvente (ao contrário de outros da nossa liga), continua a ganhar títulos em várias modalidades e é respeitado nacional e internacionalmente. Isso é muito importante e é quase tudo. Falta o quase. É preciso rasgo, ambição, vontade de fazer cada vez melhor. Em vez disso, temos visto muito comodismo, falta de paixão e de querer.

Estamos à beira do início da fase de grupos da Champions e não é com aquela defesa, aquele meio campo e aquele ataque que vamos a algum lado. Sim, o problema não está apenas e só no facto inaudito de jogarmos sem ponta de lança (e de não termos nenhum no banco), está também na evidência de que esta defesa está a meter água por todos os lados e que a venda dos nossos dois melhores médios está a fazer estragos difíceis de reparar. O planeamento, como assumiu Amorim, foi mal feito. Saíram Palhinha, Matheus e Tabata em poucos dias, mas não entrou ninguém. Vai assinar o grego Sotiris Alexandropoulos? Muito bem. Mas é curto. 

Faltam-nos laterais de qualidade, falta mais um central, mais um médio típico 8 e faltam pontas de lança. Os jogos ganham-se com golos. Por muito que Pote tenha sido o nosso salvador em tantos jogos, a verdade é que não marca sempre, a jogar mais recuado muito menos.

A época não está perdida, apesar de já estar irremediavelmente afectada. O grupo está menos coeso, está pouco crente e, como sublinhou Adán, o balneário não está bem. Isso sente-se.
Amorim é um homem confiante, parece ter sempre resposta para tudo. Mesmo nas derrotas quer sair por cima. É a sua natureza. Mas sozinho não vai lá. O apoio ou vem de cima e com capacidade transformadora ou vamos ser tremendamente infelizes esta época. Ainda vamos a tempo. Mas é um tempo para decisões e não para tremideiras.

Balanço dos prognósticos 2021/2022

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2022/2023, relembro os prognósticos sobre a prestação do Sporting em cada jornada da Liga anterior feitos no És a Nossa Fé.

É um teste à vossa perspicácia que aqui recomeçará, pelo décimo ano consecutivo, mal soe o apito de saída da próxima Liga.

 

6 de Agosto (Sporting, 3 - Vizela, 0): Leão 79

14 de Agosto (Braga, 1 - Sporting, 2): Carlos Estanislau Alves e Paulo José Ramos

21 de Agosto (Sporting, 2 - B-SAD, 0): Manuel Parreira

28 de Agosto (Famalicão, 1 - Sporting, 1):  Ninguém acertou

11 de Setembro (Sporting, 1 - FC Porto, 1): Maria Sporting

19 de Setembro (Estoril, 0 - Sporting, 1):  Cristina Torrão e José da Xã

24 de Setembro (Sporting, 1 - Marítimo, 0): RASR

2 de Outubro (Arouca, 1 - Sporting, 2):  Luís Ferreira e Luís Lisboa

23 de Outubro (Sporting, 1 - Moreirense, 0): Ninguém acertou

30 de Outubro (Sporting, 1 - V. Guimarães, 0): Leão do Algarve e Luís Barros

7 de Novembro (Paços de Ferreira, 0 - Sporting, 2): AHR, Edmundo Gonçalves, Leoa 6000, Luís Barros, Luís Lisboa, Madalena Dine, Ricardo Roque, Verde Protector

28 de Novembro (Sporting, 2 - Tondela, 0): Fernando, Paulo Batista

3 de Dezembro (Benfica, 1 - Sporting, 3): João Grácio

11 de Dezembro (Sporting, 2 - Boavista, 0): Fernando, João Galhardo, Leão 79, Luís Lisboa, Manuel Parreira, Maria Sporting, Pedro Batista, Scorpion 71, Verde Protector

18 de Dezembro (Gil Vicente, 0 - Sporting, 3): Leão 79

29 de Dezembro (Sporting, 3 - Portimonense, 2):  Ninguém acertou

7 de Janeiro (Santa Clara, 3 - Sporting, 2): Ninguém acertou

16 de Janeiro (Vizela, 0 - Sporting, 2): Cristina Torrão, João Luís, Jorge Luís, Leoa 6000

22 de Janeiro (Sporting, 1 - Braga, 2): Ninguém acertou

2 de Fevereiro (B-SAD, 1 - Sporting, 4): Luís Lisboa

6 de Fevereiro (Sporting, 2 - Famalicão, 0):  Fernando e Luís Ferreira

11 de Fevereiro (FC Porto, 2 - Sporting, 2): Ninguém acertou

20 de Fevereiro (Sporting, 3 - Estoril, 0): Madalena Dine, Orlando Santos e Paulo Batista

26 de Fevereiro (Marítimo, 1 - Sporting, 1):  Ninguém acertou

5 de Março (Sporting, 2 - Arouca, 0): João Gil e Manuel Oliveira

14 de Março (Moreirense, 0 - Sporting, 2): Madalena Dine

19 de Março (V. Guimarães, 1 - Sporting, 3): Leão de Queluz

3 de Abril (Sporting, 2 - Paços de Ferreia, 0): Leão 79 e Madalena Dine

9 de Abril (Tondela, 1 - Sporting, 3): Leão do Fundão, Leão do Xangai, Ulisses Oliveira

17 de Abril (Sporting, 0 - Benfica, 2): Ninguém acertou

25 de Abril (Boavista, 0 - Sporting, 3): Paulo Batista

1 de Maio (Sporting, 4 - Gil Vicente, 1): Ulisses Oliveira

7 de Maio (Portimonense, 2 - Sporting, 3): Ninguém acertou

19 de Maio (Sporting, 4 - Santa Clara, 0): Allfacinha

 

CONCLUSÃO:

A vitória, nesta temporada, coube a um trio de felizes vaticinadores que aproveito para cumprimentar agora: a minha colega de blogue Madalena Dine, o meu colega de blogue Luís Lisboa e o leitor Leão 79. Cada um com quatro palpites certos.

Todos estreantes, como triunfadores, nesta Liga dos Prognósticos.

Seguiram-se, com três previsões correctas, os leitores Fernando e Paulo Batista.

 

Foi pena ninguém ter acertado em nove dos 34 jogos. Incluindo em três partidas que o Sporting venceu. 

Esperemos que a pontaria se revele ainda mais afinada na Liga 2022/2023. Não apenas a nossa, por cá, mas sobretudo a dos jogadores leoninos em campo.

 

Aproveito para recordar que na Liga 2013/2014 houve por cá  sete vencedores:  Bruno Cardoso, Edmundo Gonçalves, João Paulo Palha, João Torres, José da Xã, Lina Martins e Octávio.

No campeonato 2014/2015, apenas umLeão do Fundão.

Em 2015/2016, triunfou o Grande Artista Goleador.

Em 2016/2017, o vencedor foi novamente o José da Xã.

Em 2017/2018, venceu o leitor J. Ramos.

Em 2018/2019, destacou-se o leitor Luís Ferreira.

Em 2019/2020, a vitória isolada foi feminina pela primeira vez, sorrindo à Cristina Torrão.

Em 2020/2021, emergiu um quarteto vencedor: CAL, Carlos Correia, Pedro Batista e Ricardo Roque.

 

Já falta pouco para começar a próxima ronda de palpites. Aberta, como as anteriores, a todos quantos fazem e lêem este blogue.

Pódio: Sarabia, Porro, Nuno Santos

Em jeito de balanço, aqui fica a lista dos jogadores que receberam a menção de melhores em campo no último campeonato, em resultado da soma das classificações atribuídas pelos diários desportivos após cada jornada. Num total de 102 votos.

 

Sarabia foi o futebolista mais em destaque na temporada 2021/2022. Mas teve forte concorrência do seu compatriota Pedro Porro. De notar que o consagrado internacional espanhol, que esteve em Alvalade por empréstimo do PSG, só recebe a primeira menção à oitava jornada (Arouca-Sporting, 2 de Outubro). E nos destaques do Record só se estreia muito mais tarde, à jornada 12 (Sporting-Tondela, 28 de Novembro).

Porro confirma nesta tabela a sua progressão desde a época anterior, quase quadruplicando o número de destaques como melhor em campo - dos 4 então recebidos para os 15 desta temporada, saltando do oitavo para o segundo lugar.

Em sentido inverso, Pedro Gonçalves. "Campeão" indiscutível em 2020/2021, com 31 nomeações, baixa drasticamente: apenas mereceu 5. Foi a maior queda, em termos percentuais e absolutos. Em baixa também Palhinha (de 10 para 5), ao contrário de Nuno Santos (mais que duplica, subindo de 5 para 12), Matheus Nunes (de 4 para 9) e Paulinho (de 4 para 7). 

Matheus Reis, ausente há um ano, tem desta vez 6 votos. Enquanto Tabata, Feddal e Tiago Tomás foram agora excluídos. Enquanto Neto, mencionado duas épocas atrás e excluído na anterior, volta a merecer um destaque.

Em posições similares, confirmando a sua regularidade, estão Coates (antes 9, agora 8) e Adán (desliza ligeiramente de 6 para 5).

 

Uma curiosidade: só no jornal O Jogo a liderança de Sarabia é clara. No Record e n'A Bola, empata com Porro.

Apenas o mais antigo jornal desportivo menciona Jovane e Neto, com votos isolados. Mas esquece Daniel Bragança, que recebe dois destaques no Record e um n' O Jogo

No Record, ao contrário dos dois outros jornais, Porro comandava no final da primeira volta. E O Jogo é o único a distinguir duas vezes Slimani neste seu fugaz e malogrado regresso ao Sporting, entre Fevereiro e Abril. Também só o diário com sede no Porto vota em Gonçalo Inácio e Ugarte. Comprovando que não há visões unívocas para quem vê jogos de futebol.

 

Sarabia: 19

Porro: 15

Nuno Santos: 12

Matheus Nunes: 9

Coates: 8

Paulinho: 7

Matheus Reis: 6

Pedro Gonçalves: 5

Palhinha: 5

Adán: 5

Slimani: 4

Daniel Bragança: 3

Jovane: 1

Gonçalo Inácio: 1

Ugarte: 1

Edwards: 1

 

A BOLA: Porro (7), Sarabia (7), Nuno Santos (5), Matheus Nunes (3), Palhinha (2), Coates (2), Paulinho (2), Matheus Reis (2), Pedro Gonçalves, Adán, Jovane, Slimani.

RECORD: Porro (5), Sarabia (5), Nuno Santos (4), Matheus Nunes (3), Coates (3), Matheus Reis (3), Pedro Gonçalves (2), Palhinha (2), Daniel Bragança (2), Paulinho (2), Adán, Slimani, Edwards.

O JOGO: Sarabia (7), Adán (3), Nuno Santos (3), Porro (3), Coates (3), Matheus Nunes (3), Paulinho (3), Pedro Gonçalves (2), Slimani (2), Palhinha, Gonçalo Inácio, Daniel Bragança, Matheus Reis, Ugarte.

 

Há um ano foi assim: Pedro Gonçalves, Palhinha e Coates

Há dois anos  foi assim: Bruno Fernandes, Jovane, Vietto

Há três anos foi assim: Bruno Fernandes, Raphinha, Nani.

Há quatro anos foi assim: Bruno Fernandes, Bas Dost, Gelson Martins.

Há cinco anos foi assim: Bas Dost, Gelson Martins, Bruno César. 

Há seis anos foi assim: Slimani, João Mário, Gelson Martins.

Os melhores jogadores da época passada

Balanço dos jogadores do Sporting que mais se destacaram em cada desafio do campeonato 2021/2022:

 

Sarabia: 9 (Sporting-Tondela; Sporting-Boavista; Santa Clara-Sporting; B-SAD-Sporting; Sporting-Estoril; Sporting-Paços de Ferreira, Tondela-Sporting; Sporting-Benfica; Portimonense-Sporting)

Adán: 3 (Braga-Sporting; Famalicão-Sporting; Sporting-Famalicão)

Coates: 3 (Sporting-Moreirense; Sporting-V. Guimarães; Boavista-Sporting)

Nuno Santos: 3 (Arouca-Sporting; Gil Vicente-Sporting; Sporting-Gil Vicente)

Porro: 3 (Sporting-FC Porto; Sporting-Marítimo; Sporting-Santa Clara)

Pedro Gonçalves: 2 (Sporting-Vizela; Sporting-Braga)

Palhinha: 2 (Sporting-B-SAD; Estoril-Sporting)

Matheus Reis 2: (FC Porto-Sporting; Marítimo-Sporting)

Slimani: 2 (Sporting-Arouca; Moreirense-Sporting)

Paulinho: 2 (Sporting-Portimonense; V. Guimarães-Sporting)

Esgaio: 1 (Paços de Ferreira-Sporting)

Matheus Nunes: 1 (Benfica-Sporting)

Daniel Bragança: 1 (Vizela-Sporting) 

 

Na época 2014/15, os melhores jogadores foram Nani, William Carvalho e Montero.

Na época 2015/16, os melhores jogadores foram Slimani, Adrien e João Mário.

Na época 2016/17, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bas Dost e Adrien.

Na época 2017/18, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bruno Fernandes e Rui Patrício.

Na época 2018/19, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Raphinha e Nani.

Na época 2019/20, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Jovane e Coates.

Na época 2020/21, os melhores jogadores foram Pedro Gonçalves, Coates e Palhinha.

Balanço (35)

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Rúben Amorim despede-se de Sarabia no Sporting-Santa Clara (14 de Maio)

 

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2022/2023, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a última de quatro partes.

 

14 de Março (Moreirense, 0 - Sporting, 2): SLIMANI

«Pela primeira vez, Amorim desenhou uma equipa titular contando com um triângulo ofensivo composto por Edwards, Paulinho e Slimani - com o argelino em zona mais central. Teste superado com distinção: acertou à primeira. Quem dizia que estes jogadores poderiam não combinar se actuassem juntos estava a ver o filme errado.»

 

19 de Março (V. Guimarães, 1 - Sporting, 3): PAULINHO

«Estivemos a perder desde o minuto 23, na única falha colectiva da nossa equipa no plano defensivo, mas fomos capazes de dar a volta. Chegando ao empate mesmo à beira do intervalo e fazendo dois excelentes golos no segundo tempo. Há 13 anos que não conseguíamos virar o resultado neste estádio, sempre difícil para as equipas forasteiras.»

 

3 de Abril (Sporting, 2 - Paços de Ferreira, 0): SARABIA

«Outro jogo termina com as redes leoninas imaculadas. Em 28 jogos da Liga 2021/2022, este foi o 16.º em que não sofremos golos. Reforçamos a nossa posição como equipa mais intransponível. Elogio para o trio de centrais desta recepção ao Paços: Gonçalo Inácio, Coates e Matheus Reis. Além de Adán, claro.»

 

9 de Abril (Tondela, 1 - Sporting, 3): SARABIA

«Exibição de classe da nossa equipa, com domínio absoluto no terreno bem reflectido nas estatísticas dos remates: nove do Sporting, nem um para amostra do Tondela. Sem ponta-de-lança, com três avançados em constante mobilidade (Edwards, Sarabia e Pedro Gonçalves) a baralhar as marcações adversárias, e o nosso trio defensivo muito subido, actuando perto da linha do meio-campo, sufocámos o Tondela, incapaz de sair do seu reduto nos 45 minutos iniciais.»

 

17 de Abril (Sporting, 0 - Benfica, 2): SARABIA

«Mais de 40 mil adeptos compareceram em Alvalade em noite de domingo de Páscoa para ver aquele que foi o nosso pior jogo desta época em competições internas. O jogo em que entregámos de bandeja o título ao FC Porto e reabrimos a discussão para o segundo lugar na Liga, permitindo a aproximação do Benfica - agora com menos seis pontos.»

 

25 de Abril (Boavista, 0 - Sporting, 3): COATES

«Falta-nos apenas um ponto, nestas três rondas finais, para garantirmos o acesso directo à Liga dos Campeões. E aos largos milhões de euros que esta qualificação nos proporciona.»

 

1 de Maio (Sporting, 4 - Gil Vicente, 1): NUNO SANTOS

«Dominámos todo o desafio - desde os minutos iniciais, em que entrámos de pé no acelerador. Tivemos posse de bola com qualidade, fazendo-a rolar rumo à baliza adversária, sem a desperdiçar com trocas inconsequentes e estéreis no nosso reduto. No final da primeira parte já tínhamos 12 remates, sete dos quais enquadrados.»

 

7 de Maio (Portimonense, 2 - Sporting, 3): SARABIA

«Estivemos a perder entre os minutos 30 e 76. Soubemos virar o resultado contra um Portimonense bem apetrechado e que deu muita luta - nada a ver com a miserável prestação de há dias, no amigável frente ao FC Porto em que entrou em campo já resignado à derrota, com o consentimento expresso do treinador Paulo Sérgio.»

 

14 de Maio (Sporting, 4 - Santa Clara, 0): PORRO

«Não bastava vencer: era preciso convencer. E foi isso que fizemos em campo. Após um período algo titubeante, em que andámos a mastigar jogo e sofremos pelo menos um calafrio, impusemos o nosso domínio e os golos foram saindo de rajada.»

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