Os sócios do Sporting votaram ontem de forma esmagadora a favor dos dois pontos em questão. Os tempos da javardice organizada pertencem ao passado, mas com isso ficou um dia inteiro de pavilhão, seguranças, staff alocados a muito pouco, quase todos a entrar, votar e sair.
Penso que importa repensar todo este esquema de assembleias gerais e voltar a um debate civilizado e esclarecedor das questões, com tempo pré-definido para debate e um tempo também pré-definido para votação. Talvez com transmissão na TV do Sporting, com voto delegado ou votação remota, não sei. Assim é muito pouco, seja de quem for a responsabilidade. Eu e quase todos entrámos como saímos.
Quanto aos pontos em discussão, aliar contas positivas a alto desempenho desportivo é óptimo, ganhar e não perder património é óptimo também.
Mas, naquilo que está a ser a transformação daquela zona do estádio e do pavilhão, decorrente do projecto do Metro/Campo Grande e do empreendimento Campo Novo, não pegar agora naquele centro comercial decadente e transformá-lo num centro Sporting alinhado estetica e funcionalmente com os outros dois espaços desportivos seria um enorme erro.
Muito mais do que uma grande vitória desta Direcção, foi uma grande vitória do Sporting Clube de Portugal ontem no magnífico pavilhão João Rocha.
Como sabem decorreu no último domingo a AG do Sporting Clube de Portugal em que os dois documentos apresentados pela Direcção foram aprovados por cerca de 95% dos votos.
Estive lá no início da tarde, como estive em todas as AGs dos últimos 8 ou 10 anos, e a verdade é que, da guerra entre os órgãos sociais eleitos e a tropa ressabiada e muitas vezes arruaceira onde pontificavam Nuno Sousa e o advogado de Bruno de Carvalho, que levou ao chumbo dum orçamento e a muitos votos contra o nome de Manuel Fernandes numa das portas, resultaram assembleias gerais num pavilhão João Rocha cada vez mais "às moscas" e um passar por lá e votar resignado e por obrigação por parte dos sócios mais empenhados.
Quase apetece dizer: acabem lá com isso que assim não interessa. A mesa abriu da parte da tarde às 15h30m para se ouvirem duas intervenções e breves respostas. Uma que não havia dinheiro para shuttles para Alcochete. Ok. Sendo assim...
Soluções existirão, algumas com certeza que permitam pontos de situação sectoriais, questionamento e discussão, participação e votação à distância.
Veio agora no Leonino o mesmo Nuno Sousa indignar-se contra este estado de coisas. É como se o incendiário viesse depois protestar contra a falta de frescura que a mata dava.
Hoje é dia de AG, e é o dia também de perceber a diferença entre sócio e adepto.
Eu vou lá estar para votar nas questões em causa e assim contribuir para o melhor futuro do clube.
Outros sócios não poderão estar presentes, pelas mais variadas razões, a começar pela distância entre o local onde vivem e o Pavilhão João Rocha.
O futuro do clube passa por aí: alargar a base de sócios que decidem, impedir que o clube fique refém de minorias divorciadas dos princípios e da história do clube, por muito ruidosas e arruaceiras que sejam.
Hoje é dia dos sócios do Sporting Clube de Portugal.
Na prática mantém-se, até ver, Sporting Clube de Lisboa em vez de Sporting Clube de Portugal. Mudança bloqueada por uma minoria absoluta - de lisboetas. Três mil e poucos a introduzir um papel na urna bastam para porem e disporem. Querem o clube só para eles. Imunes à tecnologia só aqui, quando usam a tecnologia em quase tudo - da gestão da conta bancária às compras mais diversas.
Fui contra isto, mantenho-me contra isto. Estarei sempre do outro lado. Quero um Sporting verdadeiramente representativo do país inteiro - e não de uns quantos bairros da periferia alfacinha. Quero um Sporting do século XXI. Não quero um clube refém dum mundo analógico que já deixou de existir.
ADENDA: Convém ter a noção das proporções: o bloqueio ao voto electrónico à distância foi corporizado nas urnas por 630 sócios.
Na AG de ontem uma grande maioria de sportinguistas, eu incluído, votaram favoravelmente os quatro pontos em discussão, sem contudo chegar à percentagem necessária em termos de votantes e de votos para viabilizar o voto electrónico universal.
Não era coisa que em conversas com outros sócios se pensasse que não pudesse acontecer, digamos que houve mais uma vez um deficit de comunicação e de debate interno que ajudou a dar motivos a quem os queria ter para votar contra. A quem formado nisto ou naquilo ou até com relevância política revela uma ignorância tão grande do estado das TI que faz supor que anda permanentemente com um maço de notas na carteira, ou a quem dizia que era completamente favorável mas que assim era completamente contra, o que faz o sentido que faz.
O que interessa salientar é que o Sporting é dos sócios, e são eles que têm razão e não os presidentes do momento, muito menos os aprendizes de ditadores.
Se 75% dos sócios que votaram / votos qualificados não estão confortáveis com o voto electrónico universal, é porque ele para já não tem condições para ser uma ferramenta consensual e de confiança para decidir o futuro do Sporting.
E eu entendo isso sem qualquer problema, é talvez mesmo uma oportunidade para debater a questão com calma, em condições e sem sofismas. Vamos a isso? O Sporting Clube de Portugal agradece.
O presidente Frederico Varandas anunciou na passada sexta-feira que iria apresentar à Mesa da Assembleia-Geral (MAG) uma proposta para alterar estatutos e permitir voto universal para os sócios com esta argumentação: "Enquanto existir um sócio a quem não permitimos votar, estaremos a afastar-nos do ADN que em 1906 nos criou um clube de Portugal com a ambição de ser um cidadão do mundo... Não somos um clube de Lisboa. Temos sócios espalhados por Portugal e pelo mundo inteiro que não conseguem participar. Outros com dificuldades de mobilidade. Alguns que trabalham ou têm algum impedimento nos dias de Assembleia Geral. Somos muitos, todos apaixonados pelo clube. Todos querem participar e gozar dos seus direitos na totalidade. Eles nunca se esquecem de nós, não podemos esquecer-nos deles."
Não há dúvida de que se trata duma proposta arrojada que inevitavelmente irá gerar controvérsia mas que pode ser um instrumento importante para fazer evoluir um dos grandes clubes nacionais e libertá-lo de práticas obsoletas e de situações vergonhosas. Como aquelas que se registaram no primeiro mandato de Frederico Varandas, quando um grupo organizado e liderado por gente próxima do ex-presidente criou um clima de insulto e de intimidação nas assembleias gerais do clube que impediu o debate aberto e o esclarecimento de questões.
Convém esclarecer que existem dois tipos de assembleias gerais: a eleitoral, onde o objectivo é o voto e são proibidas as campanhas no local de voto, e as restantes, onde se coloca à discussão as questões e onde também se vota.
Ainda com Bruno de Carvalho e depois com Frederico Varandas, o voto desenrola-se num horário pré-fixado e antes de encerrada a discussão, o que permite a participação de muitos sócios com disponibilidade limitada e que impede que um grupo organizado prolongue até querer a discussão e faça desmobilizar a maioria dos sócios. Estes têm todo o direito de ser esclarecidos para votar, mas o grau desse esclarecimento é definido por cada um e não imposto por nenhuma minoria que exija que a oiçam.
Por outro lado, a descentralização controlada do local da assembleia geral, por exemplo utilizando os núcleos, levanta logo, além dos problemas organizativos, uma questão de igualdade. Que núcleos seriam contemplados e quais ficariam de fora? Aqueles que contam com presidentes "amigos"?
Quando se fala em voto universal, fala-se em i-voting, votar através da internet através dum pc ou dum telemóvel de qualquer ponto do mundo, usando credenciais tecnológicas distribuidas previamente. E descentralizar o debate também pode ser assegurado por plataformas tecnógicas de video-conferência e "room chat" moderado. Aliás é isso mesmo que tem feito a oposição, promovendo podcasts e permitindo o diálogo com apoiantes de todo o lado do mundo.
A grande questão é a confiança, que uns têm e outros não, nos actuais órgãos sociais para implementarem o voto universal. Todos se recordarão das teorias de conspiração associadas ao código de barras dos boletins de voto, e se alguns desconfiam de coisas tão simples e óbvias nunca irão aceitar um sistema baseado em plataformas tecnológicas algures.
Fica aqui aberta a discussão sobre o tema, reservada apenas para quem tiver opinião formada sobre o assunto.
Mesmo depois duma época desportiva que muito deixou a desejar, a Assembleia Geral de sábado demonstrou que mais de 70% dos sócios estão com a Direcção eleita, e que existe uma paz e estabilidade no clube bem superior relativamente à que existia dois anos atrás. A derrota colossal de Nuno Sousa nas eleições fez desmobilizar muita gente que acreditava no legado de Bruno de Carvalho e queria ajustar contas com o passado. E na AG lá esteve ele, mais o Augusto Inácio, a dar a cara pela oposição, no caso dele a questionar a Direcção. De outros ex-candidatos nada se soube.
Uns dias antes o mesmo Nuno Sousa tinha estado num podcast com os líderes da Juveleo, o Mustafá e o António Cebola, e a convergência de pontos de vista foi evidente. Basicamente o Varandas é o pior presidente de sempre, não tem vergonha na cara e tem de sair a bem ou a mal. Em caso de derrota no futsal teria havido confusão, mas com o título conquistado no salão de festas da Luz também a Juveleo terá dado por finda a época e ido a banhos, ignorando a AG. Fizeram bem porque estavam quase 40º em Lisboa.
Do que se disse na referida AG retive três coisas:
1. O clube tem contas equilibradas dentro duma política de controlo de custos nas modalidades de competição e de formação paga pelos próprios (ginástica, natação e... voleibol à cabeça).
2. O estádio de Alvalade vai ser intervencionado e melhorado, o que já não era sem tempo, mas vai ser bem difícil fazer daquela "Taveirada" com fosso e tudo um estádio que orgulhe o clube como o magnífico pavilhão João Rocha.
3. As modalidades mantêm-se com o mesmo nível de orçamentos, com o hóquei em patins feminino a dar lugar ao basquetebol, que tem outra capacidade em termos de formação.
O que não ouvi foi que o Sporting ia investir para ganhar em todas as modalidades, e que tudo o que não fosse conquistar títulos seria uma derrota. Isso ouvi relativamente a outra AG, doutro clube.
Sendo assim conviria que existisse uma oposição estruturada e liberta da "canga" brunista, que neste momento apenas significa radicalismo e derrota. Uma oposição que apresentasse uma visão diferente para o clube e para a SAD. Talvez com mais ambição, com outra atitude, com mais investimento, com mais vitórias, com mais muita coisa para conseguir dar luta sem tréguas ao rival do outro lado da 2.ª circular. Ou então com menos, ainda mais apostada na formação no futebol e nas modalidades, querendo comprar só jogadores baratos e preferencialmente sem empresários nem comissões, não mais negócios com o Jorge Mendes, pobrezinhos mas honradinhos.
Onde é que pára essa oposição? Que tem para propor de diferente? Que esperam para se chegarem à frente?
A continuarmos assim, daqui a nada só mesmo se ele não quiser é que não é reeleito.
A AG de sábado, a que com muita pena eu e alguns outros Sportinguistas a 920km de Alcochete não pudemos comparecer para com as nossas dezenas de votos tornarmos a vitória ainda mais esmagadora, marcou, se calhar duma forma definitiva, o ocaso do Brunismo no Sporting.
Bruno de Carvalho foi reeleito em 04/03/2017 com quase 90% dos votos, entre o qual o meu e de muitos outros como eu, que não gostando particularmente da sua forma de ser e estar como presidente do Sporting, soubemos ser gratos pelo muito de bom que ele conseguiu para o Sporting, incluindo o pavilhão João Rocha, e fazer por esquecer muito do resto.
Nessa altura não deu para perceber qual seria a percentagem de Sportinguistas verdadeiramente alinhados com o pensamento dele e a verdade é que nem ele mesmo o sabia, e a prova é que passou os meses seguintes com a questão dos estatutos a tentar separar Sportinguistas de Sportingados, o que só contribuiu para o seu progressivo desnorte. É dessa altura o célebre desabafo que se sentia ameaçado e que se os Sportinguistas não o defendessem iriam dar cabo dele.
Mas quem deu cabo dele foi ele mesmo. A questão mal resolvida das "pazes" de Jesus com o Vieira conduziu-o a uma guerrilha estúpida com o plantel, a principal claque, também ela em guerra interna, meteu-se no assunto e ocorreu a invasão de Alcochete. O ex-líder da claque acabou de se apresentar na prisão para cumprir a pena a que foi condenado.
E na AG do Pavilhão Atlântico de 23/06/2018 finalmente encontrou o que procurava. As águas foram separadas, quem se revia na linha seguida foi lá defendê-lo e ficou a saber que o Brunismo estava reduzido a 30% dos votos. Essa percentagem manteve-se ainda nas AGs que o suspenderam e expulsaram de sócio. Mas pouco mais de três anos depois, nesta última AG,, a 23/10/2021, o processo de rejeição às contas liderado por Miguel Fonseca / Nuno Sousa conseguiu apenas cerca de metade, 15%.
O peso eleitoral do Brunismo no Sporting pode ter passado em quatro anos duma boa parte de 90% para 15%. Verdade seja dita, existem dois grandes responsáveis por isto:
- Por um lado, Frederico Varandas, que teve a oportunidade de o conhecer muito bem no melhor e no pior, soube entender o que o Sporting precisava, ganhou as eleições, construiu uma equipa que acertou mais que falhou, acertou no vice-presidente das modalidades (só quem não põe um pé no pavilhão não se apercebe do trabalho notável realizado por Miguel Afonso nas modalidades, do magnífico conjunto de técnicos e atletas que conseguiu manter ou recrutar em tempos completamente conturbados e sob o assédio do rival do norte), depois duns passos em falso acertou no treinador principal do futebol, Rúben Amorim, que conseguiu dar coerência e efectividade a todo o projecto baseado na formação, conquistou grandes títulos no futebol e nas modalidades, e ainda se impôs às claques, que agora voltaram aos seus lugares de Alvalade para apoiar a equipa.
E cujos vários e notórios defeitos têm o condão de confundir o Brunismo: num dia era banana no outro ditador, num dia "gayola" noutro rambo; nunca conseguiram perceber bem com quem estão a lidar. Ele é o único presidente do Sporting que disse Não à claque histórica do clube e afirmou em público sobre Pinto da Costa o que João Rocha e Dias da Cunha (que, muito débil pela idade, não deixou de ir à AG) muitas vezes terão dito em privado, mas souberam o que era a personagem.
- Por outro, o próprio Bruno de Carvalho. Este, uma vez legítima mas porventura ingratamente expulso de sócio mas ilibado em tribunal pelo assalto a Alcochete, em vez de fazer como Napoleão Bonaparte e ir para a sua ilha de Elba esperando o melhor momento para o regresso triunfal, resolveu entrincheirar-se nas redes sociais e nas suas esferas de influência, recontar a história a seu jeito e metralhar sem piedade o presidente em exercício. Ao mesmo tempo, foi destruindo qualquer hipótese duma nova personagem credível e com carisma emergir da sua área, a começar por Carlos Vieira e os restantes colegas retratados acima. E assim os seus "compagnons de route" foram-no abandonando um a seguir ao outro, como o já tinha abandonado Bruno Mascarenhas antes daquele evento. O Brunismo "Leal" ficou cada vez mais reduzido ao seu representante para todo o serviço, Miguel Fonseca, e a uns tantos de fidelidade canina ao seu mestre espiritual.
A festa Sportinguista vivida um pouco por todo o lado na conquista do título da época passada, pelo que se percebe, foi o "tiro na testa" do Bruno de Carvalho comentador/doutrinador. Aparentemente dedicou-se a gozar a vida e faz muito bem.
Depois há o Brunismo... "Desleal", aquele de "o gajo tinha tudo para ser o rei do Sporting mas passou-se da cabeça, temos pena mas é assim", que anda às voltas como uma galinha sem cabeça a tentar encontrar alguém que tenha as virtudes do Bruno sem os defeitos, e consiga resistir ao teste do algodão: "Mas então para si o fundamental no Sporting é a reintegração como sócio do Bruno de Carvalho, não é ???"
Obviamente, com esta vitória esmagadora e salvo qualquer catástrofe que surja até Março, Frederico Varandas ficou com a reeleição mais que assegurada, quaisquer sejam as voltas que queiram dar ao assunto. Basta passar os olhos nos sítios conhecidos: os Brunistas "Leais" e "Desleais" percorrem mais uma vez as etapas do ciclo do luto, o choque, a negação, a raiva, a negociação consigo mesmos, a depressão, ainda longe da aceitação do facto de que o "O Sporting é nosso" foi bom enquanto durou e que agora o Sporting de Clube de Portugal segue no rumo certo.
Se calhar porque muitos deles chegaram ontem ou anteontem e nunca perceberam bem o que é este clube e o pensamento do seu fundador, José de Alvalade. Um clube que não foi criado na farmácia ou na tasca, um clube que não entra em cafés com leite nem em adoçantes, um clube que atrai e fideliza muito mais pelos valores que defende do que pelas vitórias que consegue, um clube que idolatra treinadores e atletas que o conduziram à glória, glória essa que muitas vezes constitui o bálsamo que cura as feridas causadas por muitas jornadas de desilusão, onde o muito "esforço, dedicação e devoção" não chegou para triunfar.
Aspecto da assembleia geral de sábado, quando fui votar ao Pavilhão João Rocha
Se há coisa em que os encarniçados opositores de Frederico Varandas não primam é pela inteligência. Radicalizam tanto o discurso que ficam sozinhos a clamar no deserto. Divorciados da esmagadora maioria da massa adepta.
Isto ficou bem evidente na mobilização dos sócios leoninos, que compareceram em força no Pavilhão João Rocha, neste sábado, para viabilizarem por larguíssima maioria as contas do clube referentes a 2019 e 2020. Nunca tantos tínhamos acorrido de forma tão expressiva a uma votação semelhante: fomos mais de sete mil.
Esta demonstração de vitalidade associativa confirmou que os alucinados radicais nada riscam hoje no Sporting. Gravitam num universo paralelo, enchem as redes sociais de perfis falsos e acabam por confundir essa ficção com a realidade.
Acabam de receber um duche de água gelada. Esta votação indica que em três anos encolheram para metade: em Junho de 2018, eram 29% dos sócios; agora não representam mais de 15%. Foram-se isolando em fases sucessivas, cada vez mais alheios à evidência dos factos.
Com Varandas ao leme, o Sporting pôs fim ao nosso mais longo jejum de sempre no título máximo do futebol português, conquistando o campeonato nacional - além de uma Taça de Portugal, duas Taças da Liga e uma Supertaça. Somos também campeões de futsal, basquetebol e hóquei em patins, detentores da Taça de Portugal de voleibol e básquete. E campeões europeus de futsal e hóquei.
É obra: uma das melhores épocas alguma vez registadas no prestigiado historial leonino. Mesmo com o Sporting gerido por duodécimos por ter sido irresponsavelmente chumbado o orçamento já com o País devastado pela pandemia. Quem assim procedeu, movido pelo ódio vesgo a Varandas, marimbou-se por completo para os nossos atletas, os nossos técnicos, a nossa reputação desportiva e financeira.
O tiro saiu-lhes agora pela culatra. Graças à maioria silenciosa de sportinguistas que não andam aos gritos nas redes sociais, insultando tudo e todos.
Entre os que votaram sim às contas no sábado, incluem-se figuras que estiveram com Bruno de Carvalho.
Os letais, cada vez em menor número, foram derrotados em toda a linha. Pela arma mais poderosa em qualquer democracia: o boletim de voto. O que confirma a força indestrutível do Sporting Clube de Portugal.
Sabemos que vivemos tempos de tremendo extremismo quando, a cinco meses das eleições, um grupo de pessoas ligadas ao ex-presidente tenta levar a Assembleia Geral um pedido de destituição dos actuais órgãos sociais.
O Sporting acaba de conquistar a sua primeira vitória na Liga dos Campeões. No campeonato está um ponto do primeiro lugar e já jogou contra Porto e Braga. Já para não dizer que começou a época vencendo a SuperTaça. E, para os mais distraídos, só se apura para jogar a SuperTaça quem vence a taça ou é campeão! No caso do Sporting, jogou na qualidade de campeão. Título que não conseguia vencer há 19 (DEZANOVE) anos. Pelo meio também venceu uma Taça da Liga. Fê-lo com jogadores como Nuno Mendes, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Palhinha, Matheus Nunes, Tiago Tomás e Jovane Cabral. Contratações cirúrgicas e formação. Um modelo sustentável.
Nas modalidades, Portugal sagrou-se campeão mundial de Futsal com um plantel maioritariamente composto por jogadores do Sporting Clube de Portugal. Jogadores que também foram campeões nacionais e europeus (bi!). Jogadores como Zicky Té, Erick Mendonça e os irmãos Paçó. Jogadores que apareceram graças ao "desinvestimento" de que se acusou esta direção. Não foi desinvestimento, foi precisamente seguir o caminho sustentável da formação e que tão rapidamente deu frutos.
Por falar em títulos europeus e em modalidades, o Hóquei em Patins foi também campeão europeu! A nível nacional, este ano, vencemos também campeonatos de Hóquei e Basket. Taças da Liga de Futal. Taças de Portugal de Basket e Vólei. E, já esta época, vencemos as SuperTaças de Futebol Feminino, Futsal, Basket, Ténis de Mesa e Goalball.
Vivemos o período mais vitorioso e com mais saúde da nossa centenária História. E, ainda assim, há gente que, movida a ódio e ressentimento, não se inibe de tentar criar mais uma crise. Talvez para que se volte àquele tempo de gritos e urros.
Tal como na vida, devemos ser intolerantes com os intolerantes. Que amanhã, dia 23 de Outubro, todos os sócios do Sporting passem pela Assembleia Geral e deixem bem claro se querem continuar a viver este período de grandeza ou se preferem voltar àquela altura de olhos raiados de sangue aos berros com tudo e com todos e que terminou como todos vimos.
Para mim, é claro, este caminho de prosperidade e sustentabilidade é a única possibilidade de termos um futuro.
Inevitável, estamos a caminhar para a cristalização de 2 lados no Sporting, cada um reclamando para si um "a favor ou contra nós".
Esta bipolarização interessa a muita gente, mas duvido que o clube ganhe alguma coisa com isto. Assembleias Gerais que mais parecem arenas romanas e/ou eleições antecipadas, tornam-se um absurdo para a generalidade dos associados cujo pensamento está unicamente no Sporting e nas suas vitórias. Detesto sentir-me "encostado" nas minhas livres escolhas. Se é verdade que não se deve regressar ao passado, por não fazer sentido nem ser caminho, também tem de haver cuidado para não tornar o futuro num regresso a uma espécie de passado que não se quer.
Qualquer que seja o resultado no dia 23, não se iluda quem tiver a maioria dos votos pois estes não expressarão um sentir profundo dos sócios do clube, os quais entendem mal a guerrilha permanente interna, por quem a faz e por quem a provoca.
O meu apelo é à participação e a que haja tino. Temos um longo campeonato pela frente e as nossas equipas têm de sentir o massivo apoio dos Sportinguistas, permanente e em cada pogo, e não os estilhaços provocados por balas perdidas de snipers da companhia ou de atiradores furtivos.
E muito mais importante é, às 20:30 h, o jogo com o Moreirense. Afinal, joga o campeão de Portugal!
Mais um fim de semana chegou ao fim, com as diferentes equipas do Sporting em competição no futebol profissional e nas modalidades, que muitos Sportinguistas como eu acompanharam ao vivo nos estádios e pavilhões respectivos ou pela TV. Foi mais uma oportunidade para reforçar a ideia que tenho, as diferentes equipas respiram saúde, têm um comportamento em campo impecável, e estão entregues a técnicos não apenas competentes mas também com uma postura que honra o clube e nos enche de orgulho.
Os resultados têm traduzido isso. Tivemos no ano passado uma das melhores épocas desportivas de sempre e começámos esta época sob o signo da conquista de troféus e de triunfos sobre os rivais.
Obviamente que os resultados podiam ainda ser melhores se o Sporting pudesse ter orçamentos parecidos com um desses rivais ou apostar selectivamente em determinadas modalidades como faz o outro, que nem Academia tem, rival esse que veio aliciar e nalguns casos levar alguns bons jogadores que muito falta nos fazem.
Com todas as consequências da pandemia, é completamente descabido desfrutar do sucesso desportivo e depois vir atacar a competência dos responsáveis máximos e os suportes formais para esse mesmo sucesso.
Mas se isso é completamente descabido numa AG do clube, mas facilmente entendível pela mobilização dum pequeno grupo ressabiado e órfão do seu expulso líder, ainda mais é numa AG da SAD onde alguns investidores "de trocos" foram indignar-se com o saldo negativo das contas, o custo que atribuem ao Paulinho, o prémio de renovação de Matheus Nunes, e depois disso tudo, com o facto de os seus votos não contarem para muito, dado que o Sporting é maioritário na SAD (!!!). Isto depois dum ano em que o Sporting foi Campeão Nacional depois de quase 20 anos, vencedor da Taça da Liga e já neste ano da Supertaça.
Mas afinal qual foi o motivo que os levou a comprar acções duma Sociedade Desportiva, se estão completamente alheados do seu sucesso desportivo? Ganhar dinheiro e enriquecer com os dividendos? Bater palmas com o assalto a Alcochete que delapidou a SAD em muitos milhões? Aparecerem e serem vistos? Trampolim para presidentes? Estes "investidores" servem para quê exactamente?
Já agora quanto é que eu tenho de investir para ir à próxima AG da SAD dizer umas coisas também e passá-las em directo para as redes sociais? 100€ chega? Mais algum? Gostava de saber...
Mas voltando à AG do clube no próximo sábado, tenho estado em todas ultimamente, a começar por aquela que o ex-presidente de forma caricata deu por finda, mas desta vez - com muita pena minha - não poderei estar presente. Eu e alguns amigos, incluindo Sportinguistas com tantos ou mais votos do que eu, já tinhamos uma viagem marcada e paga e infelizmente não será ainda possível poder votar no Núcleo da zona.
Mas tenho a certeza de que os Sportinguistas vão acorrer em massa à AG de sábado, aguentar as javardices do costume e com o seu voto transmitir a mensagem de estabilidade e confiança que dirigentes, treinadores e atletas necessitam para conseguirem o sucesso desportivo da época.
À medida que Sábado se aproxima, vamos assistindo ao aumento das fake news relacionadas com elementos da actual direção do Sporting. Estas fake news são obviamente concertadas e lançadas por um conjunto de perfis nas redes sociais e depois ampliadas pelos demais membros da congregação.
Já vi insultos a núcleos, onde dizem que cada núcleo vai receber cinco mil euros para aprovar as contas, aos clássicos "autocarros cheios de velhos".
É muito triste que os radicais da congregação tenham um ódio assim tão grande dentro de si. Mas, em certa medida, até é compreensível. Nota-se a azia que o Varandas causa por ter conseguido fazer aquilo que outros não conseguiram. É normal que se odeie quem consegue o que não conseguimos… mostra-nos que não somos tão competentes como achávamos ser e ninguém quer ser confrontado com essa realidade.
Sábado votem. A favor ou contra, votem. E votem sobretudo com consciência e não com azia.
Já aqui defendi por várias vezes a demissão de F. Varandas e a antecipação de eleições. Face à situação que o país atravessou, durante o curso da época 2020/2021, tal pedido deixou de fazer sentido e agora, com eleições estatutariamente agendadas para 2022, faz sentido que o Presidente termine o mandato.
Se na altura, pedi clarificação e sempre desafiei que F. Varandas se apresentasse a votos, com a aposta bem sucedida em Rúben Amorim, que classifiquei de “All In”, o actual Presidente viu até exponencialmente aumentadas as hipóteses de reeleição, algo que na época de 2019/2020, muitos, entre os quais eu próprio, considerariam altamente improvável.
Não quero desenvolver por agora o assunto eleições, porque a seu tempo saberemos quem serão os candidatos, as propostas, que serão apresentadas aos sócios, para que possamos escolher o caminho que desejamos para o clube.
Não votei na última AG, que chumbou o Orçamento. Não me dei ao trabalho de ir até Alvalade, uma vez que a AG foi marcada para um dia de semana, ao final da tarde. À falta de interesse na participação dos sócios, respondi com desinteresse, não comparecendo.
Mas se por um lado continuo crítico da actual Direcção, por outro sei muito bem o que não quero para o meu clube. Com elevação, fazendo ouvir a voz do SCP, sem cair no insulto ou arruaça, foi possível intervir em momentos importantes, quando nos tentaram prejudicar. E somos campeões!
Foi possível vencer ser recurso à arruaça ou comportamento troglodita. Também não precisámos de práticas piro-javardas nas bancadas, orientadas por gangs encabeçados por cadastrados, para motivar os nossos jogadores a praticarem bom futebol.
Recebi nas últimas semanas vários insultos nas redes sociais que, vindos de onde vêm, só posso considerar elogios. Porque continuam a existir duas ideias antagónicas de Sporting C.P., dia 23 vamos votar. Mais que votar favoravelmente o Orçamento, irei com os meus votos contribuir para derrotar uma seita minoritária que pretende instalar no clube uma postura belicista, em permanente conflito com inimigos externos e até internos. Ora, se algo não acredito de todo é na existência de inimigos em desporto e sim de rivalidades. E, até ver, o Sporting Clube de Portugal é um clube desportivo.
Face ao exposto, no próximo dia 23, o meu voto será SIM ao Orçamento. E naturalmente não permanecerei no Pavilhão João Rocha, um segundo a mais que o estritamente necessário para exercer o meu direito estatutário e colocar os meus 9 votos em urna. Indiferente a insultos, urros e pateadas, irei chegar, entrar, votar e sair, seguindo para o Estádio, para assistir a mais um jogo da nossa equipa de futebol.
No final, os votos serão contados, com a certeza que será mais uma vitória assinalável do nosso clube.
Com a participação baixíssima que houve na AG não admira que os militantes anti-actuais dirigentes do clube tivessem feito vingar algumas das suas posições. Num contexto mais largo e de maior representatividade contam pouco ou nada.
A lista de nomes foi aprovada. Apesar da minoria de participantes, houve uma maioria que aprovou a ideia e a mesma passou.
Apesar de tudo houve alguma separação de assuntos que não tinham por que ser misturados. Sendo o actual estádio convertido exclusivamente ao futebol, é uma boa lista de nomes. (...) Custa-me perceber, entretanto e como já li, como é que há sócios que votariam contra a lista de nomes aprovada, pela presença do nome de Jordão, um dos maiores futebolistas portugueses de todos os tempos, sportinguista desde menino, desde sempre e para sempre.
Só mesmo a ignorância sobre a personalidade, o passado, a história pessoal de Jordão justificam uma posição negativa relativamente à inclusão do seu nome numa das portas do nosso estádio.
Se Eusébio foi o King, Jordão foi um verdadeiro Príncipe do futebol português e do Sporting. Enfim.
Tenho pena que hoje o estádio José Alvalade só tenha portas para o futebol e já não tenha portas da maratona por não haver pista de atletismo, ou de ciclismo, onde pudéssemos honrar da mesma maneira um Carlos Lopes ou um Joaquim Agostinho.
No Sporting não faltam nomes para honrar, faltam portas para tantos atletas (m/f) grandes e merecedores da admiração dos Sportinguistas.
Para os alarves que insultam dirigentes e consócios em AG e que ainda tentam impedir a normal vivência democrática do clube é que só há uma porta onde merecem estar. A porta da rua - e é do lado de fora.
Texto do leitor João Gil, publicado originalmente aqui.
Quase metade dos escassos sócios presentes na última assembleia geral do Sporting votou contra a atribuição dos nomes das portas do nosso estádio a glórias do Clube. Estes nomes, em concreto: Damas, Hilário, Stromp, Jordão, Cinco Violinos, Yazalde e Manuel Fernandes.
Uma medida que devia ter sido aprovada por unanimidade e aclamação acabou por passar à tangente no conclave leonino. Com 44,6% votos contra.
Questiono-me quais os nomes eleitos por estes que se insurgiram contra ídolos históricos do Sporting.
Talvez preferissem que as portas passassem a chamar-se assim:
Porta 1 - Bruno
Porta 2 - Miguel
Porta 3 - Azevedo
Porta 4 - Gaspar
Porta 5 - De
Porta 6 - Carvalho
Já os imagino, eufóricos, batendo palminhas e dando pulinhos de satisfação perante tal cenário.
Frederico Varandas faz agora aquilo que devia ter feito antes da assembleia geral de quinta-feira, corrigindo o erro. Vale mais tarde que nunca.
Vai solicitar uma nova reunião magna dos sportinguistas. A realizar na tarde do próximo dia 23, um sábado, antes do jogo Sporting-Moreirense. Para ouvir um número alargado de sócios e não apenas a habitual «minoria de bloqueio» que mais não pretende do que paralisar o processo de decisão no clube.
No entender do Conselho Directivo, o clube «não pode ficar refém» de minoria alguma, como a que se impôs na quinta-feira aproveitando a ausência da esmagadora maioria, impossibilitada de comparecer ou nem sequer mobilizada para o efeito. «Os sócios são os donos do clube, mas os sócios também não se devem demitir das decisões do clube», sublinhou o presidente, em implícita mea culpa.
Estou convicto de que a assembleia geral do dia 23 será muito mais concorrida. E que os resultados serão diferentes.