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És a nossa Fé!

Uivos letais

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Enquanto se desenrolava o Arsenal-Sporting, na noite de quinta-feira, a turma dos letais, no sítio do costume, ia desbobinando bojardas visando os jogadores leoninos e o próprio treinador Rúben Amorim.

Passo a reproduzir alguns destes uivos, omitindo os mais grosseiros e escatológicos.

Todos anónimos, claro. As hienas são mesmo assim.

 

«Medo!!! O melhor treinador do universo e da Europa também continua na sua desvaira táctica!»

«Obrigado esgalho de merda.»

«Maior merda que este jogador é quem o mete a jogar.»

«Cultura Neo Sporting: natural losers.»

«É rezar pra não levarem um cabaz.»

«Esgaio não é nem nunca será jogador de futebol. Ponto.»

«Quando entramos com menos 3…. Milagres nem em Fátima…»

«Não ha meio campo. Zero.»

«Temos 11 mas só no número.»

«Aos 30 min Pote, Trincão, Paulinho e Esgaio já não correm… Andam a trote.»

«O pote parece um Sub16 a jogar contra seniores. Surreal a diferença de andamento.»

«Eles não tem é agressividade nenhuma. Só correm com bola.»

«Nenhuma equipa com o Esgaio a titular pode almejar ir onde quer que seja.»

«Cada vez me convenço que o Amorinho escala a equipa para perder! Não há outra explicação!!!»

«Esta merda é tão triste…»

«O Sporting é das melhores equipas do mundo a f***r jogadas de perigo.»

«Não temos jogadores para sair a jogar desde o guarda redes, a começar pelo guarda redes, mas depois também não temos ninguém no meio campo ou na frente para apanhar despejos de bola do guarda-redes. Que plantel, senhores.»

«O Edwards hoje entrou em modo mete nojo.»

«Epah tirem o merdas do Trincão….que nojo de jogador.»

«Mete o Fatawu, c*****o, Amorinho!»

«Só me dá para rir este nojinho…»

«Os jogadores que vieram do braga são mesmo uma merda.»

«Uma bela MERDA !!!!! Paga a peso de ouro!!!!!»

«Esgaio, pote, trincao, Paulinho… mas alguém consegue ser competitivo assim?!?»

«Rescindir com Esgaio agora ao intervalo.»

«Três jogadores de brincar, nos rivais nem no banco sentavam.»

«Os gajos estão a fazer um treino.»

«Esperar que o Ugarte segure um meio campo sozinho contra este Arsenal? De louco.»

«Trincão, Zerinho e Esgaio deviam pagar bem para jogarem no Sporting Clube de Portugal! Pote mete nojo, uma vedeta de pés de barro!»

«Epa, alguém que tire o Edwards do campo.»

«O Edwards só tem feito trampa.»

«Zerinho ridículo.»

«O trincao em campo é um perigo. O meio campo sofre.»

«Merda. Recuperam e ficam paradinhos.»

«Edwards vai pó c*****o jogador de PlayStation da merda!»

«Este filho da p**a deste Arthur f***u esta merda toda. Monte de merda que só faz merda.»

«Só erros… O Fatawu tinha ganho esta merda…»

«Não mete o fatawu para meter este merda.»

«Mete o Fatawu, mete o Fatawu!»

«Burrice do melhor.»

«Amorim não mexe na equipa. F***-*e impressionante. É um gajo borrado.»

«Eu percebo, é um merdoso de treinador!»

«É que é mesmo.»

«O Amorim esteve mal nas substituições. Sempre a mesma merda.»

«Em vez de tirar o chermiti dos penaltys…. Tira o Edwards clap clap clap.»

«O problema é não ter plantel. Quando mexe é para pior. E ele sabe disso.»

«Sérgio Conceição ganhava a estes merdas.»

Quente & frio: especial Arsenal

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Ramsdale voa sem sucesso, minuto 62: Pedro Gonçalves marcava ao Arsenal num disparo de 48 metros

Foto: Vince Mignott / EPA

 

Quente

A nossa brilhante prestação em Londres, contra o Arsenal. Seguimos em frente, rumo aos quartos-de-final da Liga Europa. Num emocionante desempate por penáltis, com 1-1 após o tempo regulamentar, seguido de meia hora alucinante que manteve o resultado dos 90 minutos. Na sequência, por sua vez, do empate 2-2 em Alvalade. E beneficando das novas regras da UEFA, em que os golos marcados fora de casa deixam de valer a dobrar. Houve estrelinha? Sim. Mas, acima de tudo, houve muito mérito.

Esta sensação de orgulho. Derrubámos o Arsenal, hoje a melhor equipa do melhor campeonato do mundo. Uma equipa com mais de mil milhões de euros no seu orçamento para o futebol, que lidera a Premier League e está cheia de estrelas: Oregaard, Trossard, Jorginho, Gabriel Jesus, Martinelli, Xhaka, Ben White, Zinchenko, Saka, Gabriel Magalhães e o ex-portista Fábio Vieira. Sem nunca tremermos perante os pergaminhos dos gunners.

Os penáltis. Quem diz que os nossos vacilam nos momentos culminantes? Caramba, jamais poderão repetir tal frase após a impecável ronda dos penáltis - a que alguns chamam "lotaria", mas que eu insisto em chamar competência - com todos os jogadores leoninos a converterem, cumprindo a ascensão à glória no estádio Emirates. Aqui ficam os nomes deles, pela ordem de marcação: St. Juste, Esgaio, Gonçalo Inácio, Arthur e Nuno Santos. Quando o nosso ala esquerdo a meteu lá dentro, houve uma explosão de alegria: milhões de nós, em todo o mundo, celebrámos nesse omento. 5-3 nos pontapés de penálti.

Adán. Gigante na baliza. Fez aquilo que para muitos seria tarefa impossível: várias defesas monstruosas, impedindo a vitória do Arsenal. Destaco as suas intervenções aos 30' (Gabriel Jesus), 79' (Fábio Vieira), 90'+7 (Trossard, num desvio para o poste) e 117' (Gabriel Magalhães). Mesmo no golo sofrido de recarga por Xhaka, aos 19', faz inicialmente uma defesa enorme. E é ele o autor de uma quase-assistência, num passe vertical a partir da baliza, no lance do nosso golo. Cereja em cima do bolo: defendeu um dos quatro penáltis finais, travando o remate de Martinelli. Um herói.

Pedro Gonçalves. Aconteceu com ele frente aos gunners o que tantas vezes lhe sucede: parecia alheado do jogo, algo escondido, pouco interventivo. Não lhe peçam para correr atrás da bola: ele funciona sobretudo com ela no pé. Aconteceu aos 62': pegou nela logo após a linha do meio-campo, ainda dentro do círculo central, e quase sem balanço, a 48 metros de distância, desferiu um remate mortal para as redes anfitriãs, num magnífico chapéu ao guarda-redes Ramsdale. Golaço de fazer abrir a boca, conforme as imagens documentam, e até valeu aplausos de alguns adeptos adversários. Um golo que disparou a quotação do nosso melhor artilheiro e o projecta como sério candidato a ingressar nas fileiras da Premier League a partir da próxima temporada. Desde já o mais belo golo do ano. Obra-prima do futebol.

Ugarte. Baluarte nas recuperações. Foram em série: aos 28', 52', 53'', 58', 81' (duas), 99'. Mesmo sem ter por perto o seu parceiro Morita, ausente por castigo. Há quem lhe chame o novo Palhinha, há até já quem o considere superior a Palhinha. Uma coisa é certa: com a mesma idade, Palhinha não fazia ainda o que ele hoje faz. Médio defensivo com superior qualidade técnica e insuperável entrega ao jogo.

Defesa. Enfim, solucionados os problemas no nosso reduto defensivo. Com dois jogadores destros que puseram fim ao domínio de canhotos: St. Juste e Diomande. Magníficos desempenhos no estádio londrino, ambos grandes obreiros deste empate transformado em vitória. O holandês, veloz nas movimentações e muito útil nos cortes e recuperações - além de ter sido o primeiro a converter a decisiva série de penáltis finais. O marfinense, muito seguro e com inacreditável maturidade do alto do seu 1,92m, fez de Coates sem tremer e salvou um golo aos 118' já com Adán batido. Caloroso aplauso para ambos.

Aposta na juventude. Nunca fomos tão longe com jogadores tão jovens. Eis a prova, olhando para os 16 que participaram nesta partida épica: Diomande (19 anos), Gonçalo Inácio (21), Ugarte (21), Chermiti (18), Dário (18) e Tanlongo (19). Além de outros que estão longe de ser veteranos, como Trincão (23 anos), Pedro Gonçalves (24), Edwards (24), Arthur (24) e St. Juste (26). Lugar aos novos neste Sporting 2022/2023.

Aposta na formação. É mito? De forma alguma. Voltou a comprovar-se neste enorme desafio de anteontem, quinta-feira. Terminámos com quatro elementos formados na Academia leonina: Gonçalo Inácio, Esgaio, Dário e Chermiti. Venham mais.

Árbitro. Boa actuação do juiz da partida, o espanhol Mateu Lahoz. Devia servir de exemplo aos apitadores portugueses: deixou jogar, não interrompeu o tempo todo, não tentou ser ele o protagonista, ignora as fitas de quem adora mergulhar para a relva simulando falta, percebe que o futebol é desporto de intenso contacto físico. Valorizou o espectáculo.

Adeptos. Excelente "moldura humana" nas bancadas do Arsenal: quase 60 mil pessoas. Com natural destaque para cerca de quatro mil adeptos do Sporting, que souberam puxar pela equipa o tempo todo, incluindo nos 43 minutos (entre os 19' e os 62') em que estivemos a perder. 

Gratidão. Pedro Porro passou de manhã pelo hotel onde a nossa equipa esteve alojada, distribuindo abraços e palavras de incentivo. João Palhinha e Cédric Soares assistiram à partida nas bancadas. Não esquecem o clube que os projectou e valorizou. A gratidão é uma das maiores virtudes.

Rúben Amorim. O nosso treinador merece especial realce. Por estar a formar uma equipa em crescendo, que vem superando obstáculos após um período menos feliz. Por estar a indicar reforços que merecem mesmo receber este rótulo. Por ter introduzido alterações pontuais ao seu sistema táctico de raiz que foram muito bem-sucedidas nos 210' de futebol jogado contra o Arsenal. Por confiar no seu onze ao ponto de só ter feito agora a primeira substituição (troca de Paulinho por Chermiti) ao minuto 89, quando o técnico dos gunners já fizera as cinco alterações regulamentares. E pela sua inegável competência, que o põe no mapa europeu dos futuros técnicos da Premier League após quatro partidas sem derrotas contra clubes ingleses nesta temporada: uma vitória (Tottenham) e três empates (Tottenham e dois frente ao Arsenal). Merece este destaque. É o melhor técnico leonino em muitas décadas.

 

Morno

Esgaio. Esteve no pior, ao perder a bola e colocando em jogo Martinelli no lance do golo que sofremos, mas redimiu-se depois disso com um passe fabuloso para Edwards, aos 62', autêntica assistência para golo, infelizmente falhado. E sobretudo ao assumir protagonismo nos penáltis finais: converteu o segundo, de modo irrepreensível. E cerrou o punho, com determinação. Também obreiro desta passagem aos quartos da Liga Europa.

Trincão. Boa primeira parte: é dele a primeira oportunidade de golo do encontro, aos 13', num remate cruzado ao poste direito de Ramsdale. Sacou um amarelo a Xhaka (45'+2). Apagou-se durante o quarto de hora inicial da segunda parte, mas tem intervenção no golo. Balanço: pode e deve fazer melhor. Continua intermitente.

Edwards. Noite de desperdício para o avançado inglês, que regressou ao futebol da cidade onde nasceu e se formou para o desporto mais apaixonante do planeta. Estava escrito, porém, que esta não seria a sua noite de glória. Esteve quase a acontecer, mas Edwards, isolado por Esgaio aos 72', conseguiu acertar na cara do guarda-redes, como se a baliza tivesse subitamente encolhido. Convém referir, no entanto, que trabalhou e batalhou muito.

Dário. O mais jovem em campo. Ter-se-á deslumbrado quando entrou, aos 94', para substituir um exausto Pedro Gonçalves? É bem possível. Três minutos depois, foi protagonista pela negativa, entregando a bola em zona proibida - o que só por centímetros não proporcionou golo a Trossard. Único deslize seu digno de nota naquele electrizante prolongamento, mas esteve quase a ser-nos fatal.

Dinheiro da UEFA. A SAD leonina recebe 1,8 milhões de euros nesta passagem à fase seguinte da Liga Europa. Melhor que nada, obviamente. Mas a uma distância enorme dos valores que se praticam na Liga dos Campeões.

 

Frio

Sem Ugarte nos quartos-de-final. Não poderemos contar com o talentoso médio uruguaio no próximo confronto, já em Abril, frente à Juventus. Expulso por acumulação de amarelos mesmo no fim da partida, aos 118', num lance em que até arriscou o vermelho directo. Será uma baixa relevante: nada fácil de substituir.

Tochas. Voltaram a marcar presença, lamentavelmente. Momentos antes do apito inicial e logo após o nosso golo do empate. Por mais que se repitam os sérios avisos da UEFA, por mais que se renovem os apelos da Direcção leonina, por mais que vão pesando as multas, estes energúmenos continuam apostados em associar o Sporting à imagem de um clube desordeiro, incapaz de respeitar as normas. Nada a ver com os valores leoninos.

Letais. Passaram toda a semana a mandar farpas envenenadas ao treinador nas redes ditas sociais, nos seus blogues de estimação e até em algumas caixas de comentários do És a Nossa Fé. Zurzindo Rúben Amorim por causa de Fatawu, reforço do Sporting nesta temporada 2022/2023 que não chegou a ser utilizado no desafio da primeira mão frente ao Arsenal. Eles estão-se marimbando para o miúdo ganês. Só fazem questão em inventar motivos para cumprirem o seu lema: Letais ao Sporting.

Obrigado

Amorim, Martínez os “Puskas”

A Rúben Amorim e aos jogadores da nossa equipa por um dos melhores jogos do Sporting que vi na vida. Ontem, diante do Arsenal, houve esforço dedicação, devoção e glória. O caminho é este.


Obrigado também ao novo selecionador nacional por ter convocado Gonçalo Inácio. Já merecia e espero que seja para jogar. Mas ter deixado de fora Nuno Santos e Pedro Gonçalves (Pote) vem demonstrar realmente ao que vem: é mais do mesmo. Todos os sinais que dá são errados, desde a permanência de Pepe (com 40 anos) à insistência em jogadores que teimam em não mostrar nas quinas o que vão fazendo nos clubes.


Roberto Martínez deixa de fora os jogadores do momento, ambos candidatos ao prémio Puskas e ambos com lugar nesta convocatória, mesmo que tenham concorrência muito apertada nos lugares que ocupam. É injusto e eles não mereciam. Mas também não vão desistir e serão cada vez melhores. Aquele clube "reservado" tem outras lógicas e só a realidade os fará ver a evidência. Foi assim com Bruno Fernandes, no início, e com Palhinha, mais recentemente.

Mais um dia no escritório

Era assim que os gunners pensavam que iria correr o jogo de ontem. De tal forma que o treinador dos gajos até fez uma pequena gestão do plantel, deixando de fora dois ou três dos habituais titulares.

A coisa correu-lhes mal desde o início do jogo e nos primeiros 15 minutos apenas cheiraram a bola, tal o domínio dos nossos rapazes.

A partir daí conseguiram equilibrar até ao intervalo, tendo aproveitado um (co)lapso de Esgaio, mais um, para marcar um golo que nada fizeram por merecer. Logo ali me ocorreu que a coisa se resolveria nos penaltis, vá-se lá saber porquê. Também me poderia ter ocorrido os números do Euromilhões, mas saiu-me por assim dizer a terminação, o que dado o resultado, não deixou de ser uma premonição de luxo.

A segunda parte foi uma lição de como jogar bem à bola contra um adversário que já tinha acordado e já se tinha apercebido que pela frente tinha um conjunto coeso, disciplinado tacticamente e muito motivado.

Depois o meu homónimo decidiu criar um conflito com o colega Nuno Santos e roubou-lhe a possibilidade de vencer o prémio Puskas, assinando um quadro a óleo sobre tela, com assinatura reconhecida, digno de figurar no Tate Britain. Um golaço de meio-campo mesmo na gaveta, o golo de uma vida.

A segunda parte foi toda do Sporting, que não resolveu o jogo por manifesta falta de jeito de Edwards e também de competência do redes contrário, que lhe roubou o golo com uma (pega) defesa de cara(s).

No prolongamento a coisa pendeu mais para o lado dos ingleses, mas na baliza esteve um Adán enorme que defendeu tudo e quando ela, a bola, lhe passou ao lado, contou com a prestimosa ajuda de um puto que há pouco mais de um mês estava a jogar aqui ao lado em Mafra, na segunda liga e que foi um esteio no centro da defesa.

Nos penaltis, sem os habituais marcadores em campo, os cinco que foram chamados, Ste Juste, Esgaio (que não se deixou influenciar pelo lapso do golo do Arsenal e acabou fazendo um belo jogo), Inácio, Arthur e Nuno Santos, foram irrepreensíveis e Adán redimiu-se de algumas exibições menos conseguidas e deu-lhe para agarrar o quarto remate dos ingleses.

Se há coisas perfeitas, ontem a exibição do Sporting chegou lá, numa noite de sonho.

Os destaques individuais vão para Pedro Gonçalves e Adán, o primeiro pelo golo marcado e o segundo pela exibição conseguida. Todos os restantes estiveram a grande nível. Raios, que assim dá gosto ver o Sporting jogar à bola.

Nas bocas do mundo

Algumas manchetes da imprensa:

«Arsenal afastado pelo Sporting da Liga Europa após dramáticos penáltis» - Mirror

«Gunners foram eliminados da Liga Europa nos penáltis, após Pedro Gonçalves ter marcado um golo quase do meio-campo» - Daily Mail

«Arsenal fora da Liga Europa após perder nos penáltis para o Sporting» - Sky Sports

«Arsenal derrotado nos penáltis após golo espantoso do Sporting» - BBC

«Gunners são eliminados da Liga Europa e Martinelli falha penálti crucial» - The Sun

«Sporting surpreende Arsenal após golo sensacional de Gonçalves» - The Guardian

«Gabriel Martinelli falha penálti decisivo e gunners são eliminados da Liga Europa» - Goal

«Adán expulsa Arsenal do paraíso europeu» - Sport

«’Super Adán’ trava Arsenal e coloca o Sporting nos quartos de final da Liga Europa» - Marca

«Sporting elimina o Arsenal nos oitavos de final da Liga Europa» - L' Équipe

«Sporting elimina Arsenal nos penáltis» - Mundo Deportivo

«Adán trava Arsenal» - AS

«Martinelli falha penálti e Sporting elimina o Arsenal nos oitavos da Liga Europa» - Globoesporte

 

Fonte: A Bola

O dia seguinte

Foi mesmo uma grande noite do Sporting em Londres, que deixou pelo caminho mais do que justamente o lider da Premier League. E se havia alguém que merecia isso, chama-se Rúben Amorim. O melhor treinador do Sporting desde há muitos, muitos, muitos anos.

Com Diomande a fazer excelentemente o papel de Coates, com um 3-4-3 muito bem equilibrado defensiva e ofensivamente, o Sporting foi superior ao Arsenal durante os 90 minutos. Recuperámos a desvantagem criada por um lance infeliz de Esgaio num lance genial de Pote (um daqueles que marcam a carreira dum jogador, quando for velhinho ainda vai ter toda a gente a lembrá-lo daquele golo que marcou em Londres contra o Arsenal), e apenas a noite muito infeliz de Edwards fez com que a eliminatória não ficasse resolvida. Depois veio o prolongamento, o cansaço começou a imperar, os que entraram não fizeram esquecer os titulares, e foi mesmo preciso um grande Adán para nos levar aos penáltis.

E nos penáltis foi o mesmo Adán que defendeu um enquanto St. Juste, Esgaio, Inácio, Arthur e Nuno Santos não falharam.

 

Hoje estiveram em campo St. Juste, Diomande, Trincão, Chermiti, Arthur e Tanlongo, todos novidades de Amorim para esta época. Foram eles, com os outros "mais antigos" na A, que construíram esta grande vitória. E se alguns foram muitas vezes menosprezados internamente, hoje todos temos de perceber que existe um scouting que selecciona, um Amorim que escolhe, e um presidente que "banca" as escolhas e não se arma em iluminado. Só assim existem decisões difíceis que se revelam fantásticas. Como fantástica foi a contratação do próprio Amorim.

Quando falo em aquisições fantásticas falo em St. Juste e Diomande. O holandês é um defesa assombroso, extremamente veloz e muito efectivo quando sobe no terreno, pena só ter podido chutar com o pé que tinha mais à mão. Diomande é um colosso no centro da defesa. De repente com esses dois, Inácio, Coates e Matheus Reis, ficámos com uma super-defesa. Quem diria pelo que foi o a primeira metade da temporada...

 

Dos outros destaco Esgaio, que depois dum lance infeliz que custou o golo contrário, soube reencontrar-se e fazer um resto de jogo em grande, penálti incluido; Ugarte, que mais uma vez foi um leão indomável em campo; e o genial Pote, mais uma vez fora da sua posição, numa missão de grande sacrifício e que mesmo assim marcou o golo da sua vida. Também Adán, que merecia uma noite assim.

Grande vitória de Rúben Amorim, que continua a pôr os olhos no chão e a não olhar para os penáltis. Onde estão hoje aqueles exigentes da treta que andaram a acenar os lenços em Alvalade? 

E agora? Há festejar, depois treinar, pois há que ganhar ao Santa Clara e ao Gil Vicente, quando o campeonato recomeçar. E logo se vê o resto.

Sporting, Sporting, Sporting !!!!

Esforço, Dedicação, Devoção e Glória !!!

Isto é o Sporting Clube de Portugal !!!

SL

Noite épica, noite de festa

Vitória épica em Londres: derrubámos a melhor equipa do melhor campeonato do mundo. Primeira vitória leonina de sempre na capital inglesa: o Arsenal foi ao tapete. Caiu nos oitavos da Liga Europa.

Nós seguimos em frente, com todo o mérito. Três golos marcados nas duas mãos desta eliminatória. Sem derrotas, melhores nos penáltis. Com cinco artilheiros que não falharam: St. Juste, Esgaio, Gonçalo Inácio, Arthur e Nuno Santos.

Pedro Gonçalves: um golo extraordinário, que vai ser visto e aplaudido a partir de agora em todo o mundo.

Adán - com uma exibição fantástica no estádio Emirates, perante quase 60 mil espectadores - defendeu uma grande penalidade.

Noite perfeita. Noite de festa. Nossa.

O dia seguinte

O Sporting empatou ontem com o lider destacado da Premier League num jogo digno da Champions, mesmo com uma arbitragem que não se mostrou ao nível das equipas em campo.

Sem Ugarte como tampão da defesa, o Sporting entrou bem e esteve muito competente a defender a sua baliza da posse de bola contrária e a lançar contra-ataques perigosos. Logo a abrir Pedro Gonçalves tem uma oportunidade clara de golo desperdiçada por visar o lado errado da baliza. Dum canto bem marcado por Fábio Vieira, com Adán obstruído com contacto e Matheus Reis agarrado, resulta o golo do Arsenal, o que o colocou mais confortável no jogo, mas o Sporting não se desorientou e empatou noutro canto. 

Na segunda parte o Arsenal carregou no acelerador e o jogo partiu-se com oportunidades para ambas as equipas. Foi o Sporting o primeiro a marcar por Paulinho num belo lance colectivo e poucos minutos depois tivemos a sequência fatal para o Sporting: Paulinho falha isolado tentando o mais difícil, e logo a seguir Pedro Gonçalves sofre falta não assinalada e do remate inofensivo surge o desvio involuntário de Morita para golo.

Depois vêm uns minutos complicados que poderiam ter dado golo ao Arsenal, mas a equipa soube-se reencontrar-se com as substituições e o empate final acaba por ser justo face às oportunidades de um e doutro lado.

Vendo jogar o Sporting contra Man.City, Tottenham e Arsenal, para já com 1V, 3E, 1D nos jogos disputados, não é difícil antecipar que um dia destes Rúben Amorim esteja a treinar um grande inglês, com muitos princípios de jogo em comum e competência para explorar os pontos mais fracos dos adversários. Espero é que fique mais uns tempos, porque é o melhor treinador do Sporting desde há muitos, muitos anos.

Melhor em campo? O recuperado St.Juste, o que só prova que é preciso dar tempo aos jogadores que chegam ao Sporting. Chegar, ver e vencer é apenas para alguns especiais. Depois dele, Adán, Inácio e Pedro Gonçalves, este no melhor desempenho a médio que lhe vi fazer.

E agora? Ganhar em Londres, nem que seja nas grandes penalidades. Mesmo sem Coates e Morita.

As claques estiveram muitíssimo bem, o que não é de admirar, sempre a apoiar a equipa sem pirotecnia nem petardos. Os chefes querem ir passear a Londres também, e já se esqueceram das aldrabices proferidas sobre os incidentes na Dinamarca e do "Sporting Comunicados de Portugal". Mas a porcaria segue dentro de momentos, se calhar já na recepção ao Boavista.

SL

Quente & frio

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Gonçalo Inácio foi um dos heróis da noite ao marcar o primeiro ao Arsenal em casa

Foto: António Cotrim / Lusa

 

Gostei muito da nossa exibição ontem, em Alvalade, contra o Arsenal, com 36 mil espectadores no estádio e apoio entusiástico das bancadas. Antes deste desafio frente ao líder isolado da Liga inglesa, muitos pensariam que um empate seria o melhor resultado possível face ao desequilíbrio entre os dois conjuntos - desde logo por se tratar da equipa mais difícil que nos poderia ter calhado no sorteio e contra a qual nunca havíamos sequer marcado um golo. Depois do jogo, que empatámos 2-2, este resultado acabou por saber a pouco. Ficou a sensação de que podíamos ter ganho. E a verdade é que tivemos o triunfo na mão quando vencíamos por 2-1 e Paulinho, só com o guarda-redes Turner pela frente, atirou para a bancada, desperdiçando um golo que Pedro Gonçalves lhe ofereceu de bandeja. O nosso n.º 28 interveio também no segundo golo, aos 55', num remate em posição frontal que, mal defendido, permitiu a recarga bem-sucedida do mesmo Paulinho. Aos 62' num lance de enorme infelicidade para nós - aliás precedido de falta, ainda sobre o buliçoso Pedro Gonçalves, que o árbitro não quis assinalar - a turma inglesa empatou. Mas o resultado mantém em aberto as nossas possibilidades nestes oitavos-de-final da Liga Europa - agora transferidas para o encontro da segunda mão, em Londres.

 

Gostei das exibições de vários jogadores nossos neste Sporting-Arsenal - que chegou ao intervalo empatado 1-1. Desde logo Gonçalo Inácio, que foi lá à frente marcar o nosso primeiro golo, construído em dois tempos. Primeiro com forte disparo de meia-distância, que Turner defendeu para canto; depois, na conversão deste lance de "bola parada", elevando-se sem marcação e desviando-a para o fundo das redes - confirmando aqui, aos 34', que não é só útil a defender: é também bom executante nos lances ofensivos. Além dele, destaco Edwards: é dele o passe para golo no primeiro, somando já 11 assistências nesta temporada e destacando-se como o nosso maior desequilibrador lá na frente, sempre de olhos na baliza, que alvejou num remate fortíssimo aos 39' (Turner defendeu também). Destaco igualmente St. Juste, com uma exibição impecável tanto como central como ala direito após a saída de Esgaio: salvou um golo arsenalista com um corte espectacular aos 38'. E ainda Adán: intervenções preciosas aos 27' (amortecendo tiro de Zinchenko) e aos 48' (tirando o golo a Martinelli).

 

Gostei pouco do nosso meio-campo muito remendado. Sem Ugarte, ausente por castigo, Rúben Amorim viu-se forçado a apostar em dois jogadores fora das respectivas posições naturais. Morita fez de Ugarte e Pedro Gonçalves fez de Morita, actuando grande parte do tempo como médio de contenção em vez de actuar em zonas de criação, onde pode exibir os seus melhores recursos técnicos. A linha média é, de longe, o nosso maior problema após a defesa se ter reforçado com a recuperação de St. Juste e a vinda de Diomande (grande contratação), e a promoção de Chermiti à equipa principal ter atenuado parte das nossas dificuldades em zonas mais dianteiras. 

 

Não gostei do amarelo que Coates viu, logo aos 23', sem qualquer necessidade - o que impede o treinador de contar com ele no desafio da segunda mão, no próximo dia 16. A esta ausência irá somar-se a de Morita, igualmente amarelado ontem (58'). Também não deveremos contar com o prometedor Bellerín, que ficou fora da convocatória, horas antes da realização do jogo, devido a um inesperado traumatismo no joelho esquerdo. 

 

Não gostei nada de Trincão. Depois do brilharete há oito dias, quando marcou um golaço, voltou às exibições pálidas e sem chama, abusando dos dribles inconsequentes, como se estivesse a jogar sozinho. Só um remate (aos 47') para ficar como registo desta partida frente ao mais sério candidato ao título de campeão inglês. Manifestamente pouco. É um jogador que tarda em encontrar-se com as grandes exibições que prometia ao ser contratado pelo Sporting.

Tudo em aberto

Recebemos o Arsenal e empatámos 2-2. Num jogo em que o segundo golo deles é claramente precedido de falta (não assinalada) e resulta de uma infeliz tabela da bola em Morita que trai Adán. No minuto anterior, Paulinho tinha falhado o 3-1 frente ao guarda-redes dos gunners após ter sido isolado por Pedro Gonçalves.

Exibição muito positiva do Sporting, que nunca tinha marcado ao Arsenal. Vai ser difícil, mas não impossível, ultrapassar o líder da Premier League nesta ronda da Liga Europa. 

Tudo em aberto, portanto. É a melhor notícia do dia.

Resultado (St.) Juste

36.000 e mais uns pozinhos viram um bom jogo do Sporting. Um número razoável para a hora do jogo e para o preço dos bilhetes.

Nota positiva para St. Juste, que terá feito o seu melhor jogo pelo Sporting; para Adán, que hoje esteve irrepreensível, e para Inácio e Paulinho pelos golos que marcaram.

Nota menos boa para Paulinho (esteve no melhor e no pior) e Pedro Gonçalves, que definitivamente não rende no lugar onde o treinador o coloca.

Nota negativa para árbitro e VAR que permitiram que ambos os golos do Arsenal fossem validados depois de terem sido precedidos de falta. A primeira sobre Matheus Reis e a segunda sobre Pedro Gonçalves.

Apesar de tudo, aceita-se o resultado, ainda que se tivesse passado de um possível 3-1 com um falhanço incrível de Paulinho, para um 2-2 com azar de Morita, que marcou na nossa baliza.

Para a semana há mais e, como a esperança é a última a morrer, vamos acreditar que vamos ganhar a "Braga".

Sporting e Arsenal: uma história de vida!

Há uns anos escrevi neste mesmo espaço que em Espanha só sigo a Real Sociedad, porque gosto do clube. Porém há outra equipa que aprecio e tento seguir as suas caminhadas. Chama-se Arsenal e este gosto tem uma estória de vida por detrás, vindo dos meus tempos de garoto e que se conta rapidamente:

- o meu pai foi militar e serviu a Marinha de Guerra Portuguesa por mais de 40 anos;

- sempre que era destacado para um navio, este encontrava-se normalmente atracado na Base Naval de Lisboa que se situa ainda no Alfeite, numa curva do Tejo, ali paredes meias com a antiga Lisnave;

- na tal Base Naval havia e há uma empresa metalúrgica que dava e dá suporte aos vasos militares como reparações e limpezas de cascos;

- essa entidade chama-se Arsenal do Alfeite ou comummente apenas Arsenal;

- desde muito cedo que ouvi a palavra arsenal em casa e já era meio espigadote quando deescobri que o arsenal que o meu pai falava não era o mesmo do futebol;

- todavia o nome Arsenal manteve-se neste meu Pasespírito, de tal forma que quando fui a Londres não pude deixar de trazer um cachecol arsenalista.

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Passando esta estória para segundo plano amanhã será sempre dia do Sporting ganhar!

A propósito de "posse de bola"

Ultimamente os comentadores de futebol desataram a fazer balanços dos jogos com base em dados estatísticos. Ainda não perceberam que esse comportamento, a prazo, os condenará ao desemprego: se debitar estatísticas é quanto basta para "lermos" um confronto entre duas equipas num estádio, qualquer computador nos prestará tal serviço.

Vem isto a propósito do recente Arsenal-Sporting, em que os ingleses - como seria de esperar - tiveram muito mais "posse de bola", como agora se diz. É um facto incontestável, mas que necessita de uma explicação: esse domínio foi muito consentido pela nossa equipa, de acordo com o plano estratégico que levámos para Londres. Não fazia o menor sentido jogarmos taco a taco com a turma anfitriã: isso seria cair na armadilha dela.

Objectivo alcançado. Renan praticamente não fez uma defesa e o Arsenal limitou-se a dois remates enquadrados que foi incapaz de aproveitar.

Viemos de lá com mais um ponto. Esta é a estatística que mais interessa.

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