Os prognósticos passaram ao lado
Nem um para amostra. Ninguém acertou nos prognósticos do Sporting-Arouca (2-2). O que não surpreende.
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Nem um para amostra. Ninguém acertou nos prognósticos do Sporting-Arouca (2-2). O que não surpreende.
Rui Borges preocupado: mais dois lesionados, outro jogador expulso e um autogolo absurdo
Foto: Rodrigo Antunes / Lusa
Há jogos candidatos a ficarem-nos na memória pelos piores motivos, mesmo quando não perdemos. Foi o caso desta recepção ao Arouca, há quatro dias. Prometia ser um desafio de baixo grau de dificuldade frente à equipa classificada em 12.º lugar na Liga 2024/2025. E podia, na verdade, ter sido assim.
Lamentavelmente, complicámos o que é simples. E proporcionámos dois golos de bandeja à turma forasteira, ainda na primeira parte. O primeiro - em lance digno dos "apanhados" - após atraso totalmente disparatado de St. Juste para Rui Silva, que se encontrava fora da baliza. O holandês, sem olhar, despachou um balão que o guarda-redes tentou dominar com os pés mas com tanta inabilidade que acabou por cometer autogolo. Digno de riso, excepto para nós.
Aos 45'+1, novo brinde. Desta vez de Morten, que parecia um jogador inexperiente, cometendo penálti claro em lance de bola parada. Chamado a converter, quatro minutos depois, Henrique Araújo não vacilou.
Assim fomos para o intervalo. A perder 1-2 em Alvalade. E com dois jogadores a menos, ambos lesionados: St. Juste aos 11', Daniel Bragança aos 13'. Ninguém lhes tocou: magoaram-se sozinhos. Infelizmente, a lesão de Daniel é grave: rotura de ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Já não volta esta época.
E no entanto até nem estivemos mal a espaços. Com Quenda muito dinâmico do lado esquerdo, criando movimentos de ruptura, e Harder a pressionar muito a saída de bola do Arouca, funcionando como primeiro defesa da equipa. Maxi também acutilante como lateral esquerdo com vocação ofensiva - bem mais do que Fresneda no lado oposto.
A melhor notícia, à partida, era o regresso de Gyökeres. Aparentemente recuperado da fadiga muscular que o afastara da titularidade três jornadas antes. Ainda longe da melhor forma, manteve-se em campo até ao fim. E foi dele a assistência para o nosso golo inicial, aos 17'. Marcador: Harder, num eficaz remate cruzado, sem hipótese para o guarda-redes.
O jovem avançado dinamarquês combinou bem com o sueco lá na frente. Demonstrando a Rui Borges que podem ambos coexistir como titulares. Nenhuma dúvida quanto a isso.
Mas Harder, neste jogo, foi superior. Ao ponto de podermos elegê-lo sem hesitar como melhor em campo. Marcou e deu a marcar - neste caso aos 74', num passe para o golo de Trincão, que fixou o empate.
Soube a pouco? Claro que sim. Resta-nos a consolação de termos visto a equipa muito combativa na meia hora final, quando já estava reduzida a dez por expulsão de Morten aos 62'. Rui Silva redimiu-se do autogolo com três grandes defesas. Maxi, Quenda e João Simões vão melhorando de jogo para jogo. E até houve oportunidade para surgir novo estreante: o médio Alexandre Brito, substituindo precisamente Simões.
Foi também óptimo ver que os adeptos estão com a equipa, o que se tornou visível (e audível) na prolongada ovação que dispensaram aos nossos futebolistas mal soou o apito final.
Prenúncio de novos tempos, cada vez mais favoráveis. É bom saber.
Breve análise dos jogadores:
Rui Silva (6) - Merecia nota zero pelo autogolo logo aos 8'. Mas redimiu-se durante o jogo com três grandes defesas aos 40', 58' e 90'+4.
Fresneda (5) - Certinho mas sem brilho nem rasgo, demasiado posicional, arriscando o mínimo em lances de desequilíbrio.
St. Juste (1) - Traiu o guarda-redes atrasando sem olhar em vez de mandar a bola fora. Saiu logo a seguir. É um eterno lesionado.
Gonçalo Inácio (4) - Muito passe transviado, muita falta de confiança. Marcou com os olhos aos 40': a bola foi à trave. Uma sombra do que já foi.
Maxi Araújo (6) - Articulou-se bem com Quenda à esquerda. Grande centro para Harder (90'+4). Ainda se agarra em excesso à bola.
Trincão (7) - Quando tudo parece quase perdido, ele salva a equipa. Voltou a acontecer marcando o segundo aos 74'. Leva 20 jogos seguidos sem parar.
Morten (3) - Irreconhecível. Comete o penálti que daria o segundo golo do Arouca (45'+5). Viu o segundo amarelo aos 62' por falta desnecessária.
João Simões (5) - Vai-se tornando mais influente, sem receio de arriscar no um-para-um. Falta-lhe melhorar a ligação com o ataque.
Quenda (7) - Muito irrequieto à esquerda: grandes centros aos 4', 19' e 36'. Quase marcou aos 42'. Pré-assistência no golo do empate.
Daniel Bragança (2). Tocou dez vezes na bola e sentou-se. Aos 12'. No minuto seguinte teve de sair, com lesão grave. Mais um.
Gyökeres (6) - Enfim, recuperado. Assistiu Harder no primeiro golo, esteve próximo de marcar ele também aos 35', 74' e 90'+2.
Debast (4) - Substituiu St. Juste (11'). Intranquilo, sem confiança, articulando mal com Gonçalo. Sem arriscar na construção com passes à distância.
Harder (8) - Substituiu Daniel (13'). O mais inconformado, em pressão constante. Marcou (17') e deu a marcar (74'). Merece ser titular.
Biel (4) - Entrou aos 85, substituindo Fresneda. Gyökeres ofereceu-lhe golo, mas ele mandou a bola para a bancada (90'+6).
Alexandre Brito (-) - Substituiu João Simões aos 85'. Em estreia na equipa A. Sem tempo para mostrar qualidades nem eventuais defeitos.
Não gostei
De perder dois pontos em casa. Contra o modesto Arouca, que segue em 12.º no campeonato nacional de futebol. E da forma como perdemos, com aspectos caricatos.
De St. Juste. Exibição calamitosa do central holandês, que parece ter ludibriado a equipa técnica garantido estar apto para a recepção ao Arouca. Não estava, como se viu mal tocou na bola. Sem capacidade física, em vez de se sentar na relva ou atirar para fora, fez um arriscadíssimo passe à retaguarda, em balão, traindo o guarda-redes, que estava adiantado. Rui Borges mandou-o sair de imediato. Dificilmente voltaremos a ver este defesa de 29 anos, com mais ano e meio de contrato, alinhar pelo Sporting. Está novamente lesionado: é quase inacreditável.
Do frango de Rui Silva. Cometeu autogolo aos 8', quando St. Juste fez aquele atraso disparatado: estava afastado dos postes, quis deter a bola com o pé mas acabou por tocar-lhe de calcanhar e ela entrou onde não devia. Um lance para os "apanhados", segundo muita gente. Mas sem ponta de graça para nós.
Da lesão de Daniel Bragança. Magoou-se sozinho, logo aos 12'. Forçado a sair, amparado. Coisa grave, garante-lhe paragem por vários meses: rotura de ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Que mais nos irá acontecer?
De Morten. Noite infeliz do capitão. Nada lhe saiu bem. Cometeu um penálti aos 45'+1, permitindo o segundo golo arouquense - outro oferecido de bandeja no mesmo jogo: Henrique Araújo, emprestado pelo Benfica, converteu o castigo quatro minutos depois. Amarelado nesse lance, o médio dinamarquês fez falta absolutamente desnecessária que lhe valeu o segundo cartão e consequente expulsão, aos 62'. Passámos a jogar só com dez e não contaremos com ele na próxima partida.
Da ausência de Diomande, castigado. Fez falta. Sem ele ao comando, a nossa linha defensiva ressente-se. St. Juste foi um desastre. Debast, que o substituiu, esteve muito nervoso e sem confiança. Gonçalo Inácio, central à esquerda, acumulou passes falhados (5', 15', 24') e limitou-se a marcar com os olhos numa jogada em que a turma forasteira fez a bola embater na trave.
De ver Chico Lamba jogar contra nós. Excelente exibição do lateral direito do Arouca, produto da formação leonina. Esteve onze épocas no Sporting, foi internacional júnior e capitão da equipa B, mas acabou transferido por falta de utilização na equipa A, onde apenas calçou uma vez. Saiu cedo de mais. Tem apenas 21 anos e qualidade para integrar o plantel leonino.
Do nosso segundo empate seguido. Na ronda anterior tínhamos empatado no Dragão com o FC Porto (1-1), agora aconteceu o mesmo na recepção ao Arouca (2-2). Aproveitou o Benfica para encurtar distâncias: está só a dois pontos.
Gostei
De Harder. Melhor em campo. Ao contrário de vários outros, aparenta excelente forma física. Lutador incansável, fez tudo para conseguirmos os três pontos. Marcou o nosso primeiro golo, num bom remate cruzado aos 17', assistiu no segundo e esteve quase a oferecer o terceiro a Gyökeres aos 90'+2. Deixou bem claro este recado em campo ao treinador: merece ser titular.
De Trincão. É o nosso jogador mais utilizado: Rui Borges continua a contar com ele. E é recompensado: depois de ter marcado golos cruciais ao Nacional e ao V. Guimarães, o avançado minhoto voltou a ser muito útil, numa fase do jogo em que muitos adeptos já não acreditavam que fosse possível conseguirmos o empate. Fixou o resultado aos 74', num pontapé forte e cheio de pontaria. Mais um ponto que fica a seu crédito.
De Quenda. Muito boa exibição do jovem extremo, o elemento mais desequilibrador do nosso plantel, capaz de criar movimentos de ruptura junto à linha, sobretudo do lado esquerdo. Inicia o segundo golo num desses movimentos e esteve ele próprio quase a marcar, aos 42', num disparo que o guardião do Arouca defendeu com dificuldade.
De Gyökeres. Enfim, recuperado. Sem o fulgor que já lhe vimos, mas sem virar cara à luta nem perder de vista a baliza adversária. Foi dele o passe para o golo de Harder. Viu o guarda-redes negar-lhe dois golos com boas defesas aos 35' e aos 74'. Pena ter falhado a emenda à boca da baliza, já no tempo extra: teria sido o 3-2.
Da estreia de Alexandre Brito. Médio defensivo, com apenas 19 anos, teve agora oportunidade de se mostrar na equipa principal: entrou aos 85', substituindo João Simões - ainda mais jovem do que ele. Esperemos que não fique por aqui.
Das palmas no fim do jogo. Impressionante manifestação de confiança dos adeptos na equipa, apesar de dois pontos terem ficado pelo caminho. Apoio é isto.
De continuarmos no comando. Temos o Benfica dois pontos atrás de nós e o FC Porto com menos oito. Faltam 12 jornadas para o fim.
Na primeira imagem temos o jogador do Arouca, penso que Tiago Esgaio , a fazer um passe de cabeça para uma zona onde há dois jogadores numa evidente posição de fora-de-jogo:
Na segunda imagem temos Gonçalo Inácio a cortar a bola, para impedir que a mesma vá para um dos jogadores que estavam em fora-de-jogo, que foi tentar disputar o lance com o nosso central.
Neste momento já Hjulmand e o jogador da Arouca estão abraçados. Não interessa o que sucede entre estes dois, embora existam imagens gravadas atrás da baliza de Rui Silva que mostram o quão forçada foi a queda do jogador adversário, já que antes disso o lance teria de ser anulado por fora-de-jogo.
Era assim que brincava com os meus filhos com objectos escondidos pela casa, eu e milhões de pessoas pelo Mundo inteiro, nada de inédito portanto por aqui.
E se o joguinho não é inédito, o fado do adepto do Sporting também não.
Seria lá uma época normal se não acontecessem coisas que não lembram ao Diabo, ele próprio, ao Sporting?
Ontem, à falta de melhor, arranjou-se um golo dos apanhados, daqueles que vai virar "même" e viralizar.
E calhou-nos outro artista do folclore arbitral, o que configura uma tendência que se tornará habitual, tal a predominância dos apitadeiros de serviço no nóvel elenco federativo. Que acumulam com benfiquismo militante, já agora, o que é duplamente preocupante.
Mais quanto ao resto, corremos o risco de um destes dias não termos homens para fazer um onze de jeito, mas isso tem um responsável, que certamente se assumirá. Lembro que as equipas de topo têm um conjunto de 20 a 25 jogadores e algumas até ultrapassam os 30, devido aos calendários demasiado preenchidos e ao número exagerado de jogos, o que leva a demasiadas lesões, musculares e outras. Se se opta por grupos pequenos, como é o nosso caso, há que manter o departamento médico precavido para o que possa vir a acontecer. Lembro que o verbo precaver é sinónimo de antecipar. Não preciso explicar, creio.
Voltando ao malfadado jogo de ontem, chamem-lhe premonição ou o que quiserem, mas assim que o APAF apitou para o início e vi como Inácio abordou alguns lances e o próprio "traidor" St. Juste, que me cheirou a esturro. E como o senhor Peter afirmou, tudo o que poderia ter corrido mal, correu e por ironia, mais uma, das desgraças que acontecem só ao Sporting, o guarda-redes que tivemos de contratar por ausência de um titular decente, deu uma casa do tamanho da Ponte Vasco da Gama e mais um bocado das salinas do Samouco. A casa teve ainda mais uma assoalhada, porque se o rapaz não tem tocado na bola aquele "passe açucarado" do Ste Juste daria um pontapé de canto e assim deu golo para o adversário.
A malapata continua. Sinceramente nem sei como isto vai acabar, quero que acabe bem, tenho esperança de que acabe bem, mas pelo andar da carruagem, sei não.
Por aqui, em Aarburg, está frio, muito frio.
Esperava eu que os rapazes me aquecessem um pouco a noite de ontem, mas o hábito das noites frias está a começar a ser preocupante.
Vale-me estar com o filho sportinguista. E a beleza da neve. E a cerveja a ficar gelada na varanda.
Podia ter sido uma vitória heróica ao cair do pano. Harder, Gyökeres e Biel falharam oportunidades claras de golo, mas não deixou de ser um empate heróico na vontade e do querer dar a volta ao infortúnio e à inclinação do campo pela arbitragem APAF.
Começar um jogo contra uma equipa confiante, a atravessar o seu melhor momento na Liga, e ter dois jogadores lesionados, um deles na origem dum "peru" de todo o tamanho do guarda-redes recentemente contratado, não lembra ao diabo.
Mas foi o que aconteceu ontem em Alvalade. Harder entrou e logo empatou o jogo, mas todo o planeamento de Rui Borges tinha já ido por água abaixo. A equipa foi tentando reencontrar-se em pleno jogo, e quando o intervalo estava a chegar para proceder aos ajustamentos necessário, o VAR APAF inventou um penálti a partir do sacudir de um agarrão do Hulmand, em que o adversário emprestado pelo Benfica nem sequer estava a disputar a bola. Isto uma semana depois do agarrão de Gyökeres numa situação de 1x1 na área do Porto que não foi marcado com o pretexto do agarrão mútuo. Pedro Proença foi eleito, a comitiva APAF foi atrás com cargos para todos os gostos. O Apito Dourado foi há anos, agora temos outra coisa qualquer, se calhar o Apafito Avariado.
Na 2.ª parte entrámos com tudo. As oportunidades foram acontecendo, mas também a equipa foi ficando mais vulnerável atrás. Hjulmand cometeu uma falta que teve tanto de evitável como de duvidosa para amostragem de amarelo.
E assim ficámos reduzidos a 10, em desvantagem no marcador, a meio da 2.ª parte, contra um adversário confortável a jogar no campo todo e com um capitão ex-Benfica.
Uma equipa qualquer tinha deitado a toalha ao chão, mas o Sporting foi para cima do adversário, pela esquerda com Maxi e Quenda, pela direita com Fresneda e Trincão, Harder e Gyökeres a bascularem à vez, veio o golo do empate numa bela jogada colectiva Quenda-Harder-Trincão. E vieram três lances de golo iminente.
Pelo meio claro que também o Arouca teve ocasiões em contra-ataque para sentenciar a partida, mas Rui Silva redimiu-se daquele golo "dos apanhados".
Isto realmente está complicado. Nos jogos dos rivais é raro que os adversários terminem com 11, há sempre um deles que resolve optar pelo "suicídio assistido" algures na 2.ª parte. Nos nossos, somos nós que não terminamos depois de encenações canalhas dos adversários.
Além disso obviamente que entrar em campo com jogadores que se lesionam na primeira vez que disputam uma bola não ajuda nada. Não sou Inácio para saber das razões, mas suspeito que tudo tem a ver com o planeamento da temporada, um plantel demasiado curto para as necessidades da época, e a contar que jogadores com histórico de lesões aguentassem sem recaídas. Não é agora nem foi no mercado de inverno que isso tenha ou tivesse fácil solução, a verdade é que ninguém pode prever quem se vai magoar a seguir.
Gostei imenso da atitude de todos, da dupla atacante Harder-Gyökeres e do flanco esquerdo Maxi-Quenda que deixou a pele em campo. Trincão continua a correr muitos kms por jogo, marcou um bom golo, temos de perdoar-lhe uma ou outra rotunda. Biel tem de pôr os olhos em Maxi, não é no ritmo de Itapuã que lá vai.
Melhor em campo? Harder. Um golo, uma assistência, que pena aquela bola enrolada que resolveu não entrar.
Arbitragem? Este também vai ser dirigente um dia destes, o comentadeiro APAF da Sport TV esvaiu-se em elogios. Já o João Simões deve estar com os tornozelos bem marcados em faltas não assinaladas. Gelo recomenda-se.
E agora? Nós só queremos o Sporting campeão. A eliminatória da Champions infelizmente está resolvida. O jogo na Alemanha deverá servir para alargar o plantel, dando mais minutos aos que entraram hoje no final, e não para castigar os mais desgastados neste momento.
PS: Grande jogo do "nosso" Chico Lamba, estreado contra o Casa Pia em Alvalade há dois anos ppr Rúben Amorim. Já o tinha feito em Arouca, estava lá e vi, tal como estive ontem em Alvalade. Grande evolução do nosso ex-capitão da equipa B.
SL
Falhanços inacreditáveis na defesa. Um autogolo caricato. Dois jogadores lesionando-se sozinhos antes do quarto de hora inicial. Expulsão absolutamente desnecessária do capitão da equipa. Um a menos durante mais de meia hora.
Assim não.
Consequência: dois pontos perdidos esta noite em Alvalade frente ao Arouca.
Segundo empate consecutivo na Liga: reduzimos para dois pontos a vantagem sobre o Benfica.
A partir de agora é proibido repetir os erros cometidos.
Faltam 12 jornadas: estamos na luta. Vejam lá se atinam, rapazes. Dá-lhes nas orelhas, Rui.
Não queremos outro empate. Muito menos uma derrota.
Vamos à 22.ª jornada. Recebemos amanhã o Arouca, a partir das 20.30. Enquanto líderes do campeonato.
Na primeira volta fomos lá vencer: 3-0, com golos de Pedro Gonçalves, Gyökeres e Trincão.
No campeonato anterior ganhámos em casa por 2-1. Marcaram Gyökeres e Morita.
Desta vez como será?
Venham daí os vossos prognósticos. Desta vez até hienas e crocodilos podem participar.
Trincão e Pedro Gonçalves celebram em nova noite festiva para o Sporting, líder do campeonato
Foto: Paulo Novais / Lusa
Era sexta-feira, 13. Mas, em Arouca, o azar andou bem longe. Pelo menos para nós. Saímos de lá com os mesmos números da época passada: vitória por três golos sem resposta, com as nossas redes imaculadas pelo terceiro desafio consecutivo. Com uma diferença substancial: no campeonato anterior, aos 90', vencíamos apenas por 1-0. Desta vez o resultado foi construído antes de chegar o tempo extra.
Jogámos longe, mas até parecia estarmos em casa, tanta foi a maré verde exibida nas bancadas arouquenses nesta partida em que o nosso ex-jogador Chico Lamba se estreava no bloco defensivo da turma adversária.
Tínhamos uma vantagem em comparação com o confronto de 2023/2024: desta vez o embate em Arouca ocorreu no Verão, com tempo seco, em contraste absoluto com a enlameada partida registada há largos meses, imprópria para um bom espectáculo de futebol.
Mas algo poderia favorecer a turma da casa: vários dos nossos jogadores vinham de viagens longas, ao serviço das respectivas selecções, e mal tiveram tempo para retomar fôlego no regresso ao canto mais ocidental da Europa. Aconteceu, por exemplo, com Morita e Geny, que actuaram pelo Japão e por Moçambique, Compreendeu-se, por isso, que estivessem fora do onze inicial. Tal como Eduardo Quaresma, titular da selecção sub-21.
Outro regressado de viagem - e estreante pelo Sporting na temporada em curso - foi o guarda-redes Franco Israel, forçado a calçar face à ausência de Vladan por lesão que deverá retê-lo durante cerca de três semanas. O jovem internacional uruguaio deu boa conta do recado. Tal como o seu compatriota Maxi Araújo, caloiro leonino que entrou já na fase final da partida. Estreia absoluta que mereceu aplausos.
O jogo pode resumir-se a esta frase; domínio absoluto do Sporting. Em transições pelos corredores laterais, entregues à esquerda a Nuno Santos (também estreante nesta época, enquanto titular) e à direita a Quenda. E com a bola sempre controlada, com Daniel Bragança a pautar o jogo ofensivo no corredor central e Morten uns metros atrás, de sentinela às operações de recuperação, aliás escassas.
O Arouca optou por estacionar o autocarro à retaguarda, velho expediente das equipas sob o espectro permanente da despromoção quando enfrentam conjuntos superiores. Foi o caso: chegaram a ter dez homens atrás da linha da bola, confinados a um espaço de 30 metros defensivos.
O objectivo essencial, para o Sporting, era furar aquela barreira. Tarefa concluída ao fim de 24 minutos graças ao saca-rolhas Francisco Trincão, que serpentou pela grande área, na meia-direita, e centrou com perfeição geométrica para Pedro Gonçalves finalizar, num raro golo de cabeça e sem sequer sentir necessidade de tirar os pés do chão.
Chegou-se ao intervalo com 1-0. Faltava fazer o resto. Aconteceu na conversão dum penálti, aos 71', por controversa decisão partilhada pelo árbitro João Pinheiro e pelo VAR João Gonçalves. Após rápida infiltração de Pedro Gonçalves no reduto arouquense e a bola a bater à queima-roupa no braço de Fukui. Um dos tais lances que, se tivesse sido contra nós, levantaria ondas de indignação com o típico grito calimérico «Somos sempre roubados!»
Chamado a bater a grande penalidade, Gyökeres cumpriu a função com o brilho habitual. Daí liderar, sem surpresa, a lista dos melhores marcadores do campeonato: são já oito golos em cinco jornadas.
Estava para vir o melhor da noite. O último, apontado por Trincão - homem do jogo - noutra exuberante manifestação de técnica futebolística em que sentou três defesas adversários e disparou de longe, num remate muito bem colocado. Caía o pano aos 80': tempo suficiente para Rúben Amorim, já descansado, rodar ainda alguns jogadores, já a pensar no desafio europeu de amanhã.
Nota muito positiva, uma vez mais. Olha-se para a classificação e percebe-se como é justificada a euforia entre os adeptos leoninos: cinco jogos cumpridos, cinco triunfos averbados. Liderança isolada, com 15 pontos. FC Porto três pontos atrás, Benfica cinco pontos mais abaixo.
Breve análise dos jogadores:
Israel - Aproveitou bem a oportunidade, nesta estreia na baliza leonina em 2024/2025. Cumpriu com defesas aos 39' e aos 50'. Parece mais seguro entre os postes do que Vladan.
Debast - Estreante como titular no campeonato, fez boa exibição como central à direita. Destacou-se sobretudo no capítulo do passe ofensivo aos 4', 11', 17' e 90'+7. Irradia confiança.
Gonçalo Inácio - Desta vez como central ao meio, tentou golo de cabeça após canto aos 45'+2: faltou-lhe afinar um pouco a pontaria. Grande passe longo para Nuno Santos aos 62'.
Matheus Reis - De regresso a titular, pareceu algo incómodo como central à esquerda. Logo no primeiro minuto deixou Jason fugir: podia ter dado golo ao Arouca.
Quenda - O n.º 57, agora com vínculo renovado ao Sporting, conquistou a posição como ala direito. Deu início ao primeiro golo ao descobrir Trincão entre a muralha arouquense.
Morten - A lesão já ficou para trás, vai voltando à boa forma anterior. Mesmo assim, esteve mais retraído do que nos habituou, permitindo libertar o colega do meio-campo.
Daniel Bragança - Grande exibição na "casa das máquinas" do onze leonino, como médio criativo, a distribuir jogo. Quase marcou num tiro aos 43'. E assistiu Trincão no terceiro.
Nuno Santos - Em noite de estreia a titular na Liga 24/25, andou longe do melhor. Destaque para um centro aos 62': deu autogolo, mas foi anulado por deslocação (18 cm, disse o VAR).
Trincão - Deu espectáculo em Arouca. Primeiro como estreante em assistências no campeonato: trabalhou muito bem para o golo inicial. E selou o resultado com o melhor golo da noite.
Pedro Gonçalves - Continua a facturar - desta vez até de cabeça. Imperou como interior na meia-esquerda. Sacou penálti aos 67', Balanço até agora: quatro golos, três assistências.
Gyökeres - Quando apenas marca um golo, já nos parece pouco. Foi o caso: desta vez só a meteu lá dentro de penálti, aos 71'. Mas trabalhou muito para a equipa, levando todos atrás.
Geny - Substituiu Nuno Santos aos 74'. Aos 78', transitou para o corredor direito, onde está mais à vontade. Rematou ao lado (86').
Diomande - Rendeu Matheus Reis aos 74', mantendo a solidez do nosso bloco defensivo. Sem nada de especial a destacar.
Maxi Araújo - Foi a estreia da noite, vindo do Uruguai. Substituiu Quenda aos 78' e sobressaiu logo na primeira jogada, num ataque como ala esquerdo: quase assistiu Pedro Gonçalves.
Morita - Entrou aos 78', substituindo Morten. Grande trabalho na meia-direita aos 90'+4, servindo Pedro Gonçalves. Poderia ter gerado golo.
Edwards - Em campo desde o minuto 83, rendendo Trincão. Desta vez sem sobressair.
Vencemos em Arouca por 3-0 e no campeonato dos prognósticos aqui do blogue pontificou igualmente o número três, tantos foram os vencedores: Carlos Silva, Edmundo Gonçalves e Leão 79. Vaticinaram não apenas o resultado mas o trio de artilheiros leoninos: Pedro Gonçalves, Gyökeres e Trincão (por esta ordem).
Menções honrosas para um quarteto de leitores: Leão de Lordemão, Leão do Xangai, Manuel Parreira e Maximilien Robespierre. Acertaram no desfecho e em dois dos marcadores. Faltou-lhes muito pouco para se juntarem ao trio da frente.
Grande exibição do Sporting ontem em Arouca, mesmo com seis alterações nas posições relativamente ao clássico, e mesmo depois dos compromissos das selecções.
Realmente para quem, como eu, pôde estar em Arouca nos últimos três anos, é impressionante a evolução desta equipa de Rúben Amorim, agora transformada numa máquina oleada que não dá hipóteses ao adversário. Bom, ontem deu uma, é verdade, aos 20 segundos do jogo.
A saída lenta a jogar de antes, que deixava o adversário a ver jogar "de cadeirinha", deu origem a um jogo de xadrez onde as peças vão trocando a bola ocupando o terreno e colocando o adversário a correr dum lado para outro em contínuo desgaste.
Depois o "trote" da construção depressa dá lugar ao "galope" em zonas mais avançadas no ataque à defesa adversária entretanto desposicionada.
Não é por acaso que a equipa não sofre golos há três jogos seguidos. É porque os adversários conseguem poucas ou nenhumas oportunidades de golo, tão focados estão em defender. Isto dando-se Amorim ao luxo de rodar os defesas. Cinco deles já alinharam como titulares.
Ontem a equipa valeu como um todo. O sueco estava em noite não, Nuno Santos não acertou um centro e até Trincão alternou o melhor com o pior. O melhor esteve no miolo com Hjulmand, depois Morita, e Bragança em grande nível. Cá atrás Debast fez um grande jogo ao lado de Inácio. Max entrou e no primeiro lance em que interveio fez uma assistência para golo falhado. Israel com presença de guarda-redes de equipa grande.
A única coisa de que não gostei foi o desperdício de contra-ataques rápidos em igualdade numérica. Sempre más decisões no último passe. Aquilo treina-se, como fazia o Waseige.
Melhor em campo? Bragança, que evolução.
Arbitragem? Mais do mesmo. No momento certo espeta o punhal.
E agora? O Lille, terça-feira em Alvalade. Jogo a jogo, é gerir o melhor possível o (curto) plantel.
SL
Este APAF Duarte Gomes é mesmo uma vergonha como comentador de arbitragem, porque não disfarça nem o amiguismo nem o ódio de estimação ao Sporting.
Os exemplos são constantes, este é apenas mais um.
Aos 41 minutos, com o resultado do Arouca-Sporting em 1-0, Trincão é carregado primeiro fora da área, depois já em desequilíbrio dentro dela. Penálti claro por marcar por João Pinheiro, aquele árbitro que tem um largo cadastro de erros em prejuízo do Sporting.
Como é que um erro daqueles não tem impacto directo no jogo? O possível 2-0 a favor do Sporting ao intervalo tornaria bem mais fácil do que foi a 2.ª parte. O jogo quase terminava ali do ponto de vista da conquista dos 3 pontos.
Como é que um árbitro internacional que querem fazer o melhor nacional comete um erro destes?
Realmente não sei se o fantasma do Rui Patrício não o deixa dormir à noite, mas a falta de vergonha é total.
Quanto ao Pinheiro foi apenas mais um. Nada de novo.
Como disse o nosso presidente, pelos jogos do Sporting já devia ter sido despromovido há muito.
SL
Gostei
Da nossa vitória em Arouca. Repetimos a marca do campeonato anterior: triunfo indiscutível por 3-0 num campo difícil e que em período invernoso costuma estar quase impraticável. Ainda bem que lá fomos ainda no Verão. Desta vez com uma diferença digna de registo face ao anterior desafio que lá disputámos: todos os golos foram no período regulamentar. Em 2023/2024 o segundo e o terceiro ocorreram já em tempo extra.
De Trincão. Está em grande forma, confirmando como foi acertada a decisão do seleccionador Roberto Martínez em convocá-lo para os dois mais recentes desafios da equipa das quinas e como foi um disparate tê-lo mantido no banco, impedindo-o de calçar. Homem do jogo, melhor em campo. Marcou o último golo (o melhor dos três), aos 80' - golaço que finalizou da melhor maneira uma brilhante jogada individual em que foi deixando quase toda a defesa arouquesa pelo caminho. Foi também ele a construir o primeiro golo, em lance de insistência, colocando-a à mercê de Pedro Gonçalves, que finalizou. Está em excelente forma.
De Pedro Gonçalves. Outro desempenho muito bom do nosso n.º 8, que voltou a confirmar os dotes como goleador (já marcou quatro). As 24' foi dele o primeiro, um raro golo de cabeça, sem necessidade de tirar os pés do chão, encaminhando-a bem ao seu jeito para o fundo das redes. É também ele a intervir, pelo Sporting, no lance em que foi assinalado penálti contra o Arouca, aos 67'. Fez bem Roberto Martínez em poupá-lo ao serviço da selecção: assim permite-lhe brilhar ainda mais no Sporting.
De Gyökeres. Voltou a facturar. Desta vez só marcou uma vez - o que já nos parece caso raro. E de penálti, o que começa a tornar-se frequente. Na marca da grande penalidade, não dá hipótese aos guardiões contrários. Voltou a acontecer, desta vez aos 73': foi o seu oitavo golo à quinta jornada. No momento em que escrevo estas linhas tem mais golos marcados, sozinho, do que qualquer outra equipa da Liga 2024/2025 excepto a do Sporting. Implacavelmente vigiado por dois "polícias" adversários, só à conta dele foram amarelados dois deles, Fontán (aos 60') e Loum (aos 90'+7).
De Daniel Bragança. Outra grande partida do nosso subcapitão, titular em vez de Morita, recém-regressado de uma viagem ao seu continente de origem por imperativo da selecção nipónica. Actuando como médio de construção ofensiva, sempre com notável precisão de passe e inegável inteligência na leitura do jogo, infiltrando-se entre linhas, é dos pés dele que sai a abertura para Trincão fixar o resultado. Esteve prestes a marcar, num forte remate rasteiro aos 43', que o guarda-redes Mantl desviou a custo para canto.
De Debast. Depois da desastrada estreia na Supertaça, tem vindo a exibir bons apontamentos, num crescendo de forma que justifica aplauso. Como central titular à direita, destacou-se na qualidade do passe, esticando o jogo e suscitando o ataque à profundidade. Aconteceu aos 4', 11', 17' e 90'+7: não pode ser coincidência. Tentou ele próprio o golo, aos 36'. Está confiante, o que se reflecte na exibição colectiva.
Da estreia de Maxi Araújo. Recém-chegado do Uruguai, o novo reforço leonino entrou só aos 78', substituindo Quenda, embora actuando na ala esquerda, movimentando-se de fora para dentro com bons apontamentos técnicos. Só precisa de se adaptar às subtilezas do futebol português, menos propício ao intenso contacto físico que é banal no seu país de origem.
Do regresso de Israel. Com Vladan lesionado, pelo menos durante três semanas, recuperou a titularidade entre os postes em estreia de Leão ao peito nesta época. Esteve atento e respondeu bem quando foi necessário, nomeadamente com duas defesas apertadas, aos 39' e aos 50'. O Sporting não perde consistência defensiva quando é ele, agora suposto número dois na hierarquia dos guarda-redes, a tomar conta da baliza.
Da importância deste triunfo. Graças à vitória em Arouca, reforçamos o comando isolado da Liga: continuamos invictos, à quinta jornada. De momento com mais seis pontos do que o FCP e mais oito do que o Benfica, que esta noite estreia novo treinador (tipo filme de reprise, contratando quem antes havia despedido). Continuamos a evidenciar jogo colectivo próximo da perfeição. Com o pensamento fixo no bicampeonato que nos foge há 70 anos.
Da arbitragem. Nota positiva para João Pinheiro: não foi o papão que alguns temiam, deixou jogar com critério, penalizou com amarelos três do Arouca quando passaram das marcas e quebraram as regras e demonstrou que quando quer sabe mesmo arbitrar um jogo. Ficam dúvidas no lance do penálti, avalizado pelo vídeo-árbitro João Gonçalves: as imagens foram visualizadas durante cerca de três minutos, com opiniões divididas no estádio e fora dele, visto a bola ter ido ao braço de Fukui muito à queima-roupa. Mas merece, no mínimo, o benefício da dúvida. Embora, se tivesse sido contra nós, não faltassem vozes a gritar «fomos roubados».
Da "invasão verde" em Arouca. Havia muito mais adeptos do Sporting do que da equipa local, o que não surpreende. A puxarem pelas nossa cores do princípio ao fim.
Do nosso impressionante registo ofensivo. Dezanove golos marcados à quinta jornada - melhor só há 72 anos, no campeonato 1952/1953. Diferença brutal em relação às restantes equipas. No momento em que escrevo estas linhas, a segunda mais concretizadora é o Santa Clara, com apenas oito.
Do nosso terceiro jogo consecutivo sem sofrer golos. Depois do Farense-Sporting (0-5) e do Sporting-FC Porto (2-0). Vale a pena registar. Por ser um dos aspectos que à partida suscitavam mais dúvidas quanto ao desempenho deste Sporting 2024/2025. A incógnita já foi desfeita: nada a temer neste domínio.
De ver o Sporting marcar há 47 jogos seguidos. Sem falhar um, para desafios do campeonato, desde Abril de 2023, perante o Gil Vicente (0-0). Números impressionantes, próprios de um campeão em toda a linha.
De termos disputado 26 desafios em sequência sem perder na Liga. Marca extraordinária: a nossa última derrota (1-2) aconteceu na distante jornada 13 do campeonato anterior, em Guimarães, a 9 de Dezembro. E vamos com 15 triunfos nas últimas 16 partidas disputadas para a maior competição do futebol português.
Desta sexta-feira, 13. Deu-nos sorte.
Não gostei
Do resultado ao intervalo. Vitória escassa, por 1-0, traduzindo mal o intenso domínio leonino em praticamente apenas 45 metros de relvado, correspondentes ao meio-campo do Arouca.
Daquele "autocarro" estacionado à nossa frente. Cada treinador adapta-se aos obstáculos que tem pela frente em função do plantel de que dispõe. Mas chega a ser confrangedor ver uma equipa do primeiro escalão do futebol profissional português remeter-se quase um jogo inteiro a formar muralha defensiva, com seis e às vezes até sete elementos, mantendo-se inofensiva no plano atacante.
De ver Chico Lamba jogar contra nós. Acontece quase em todos os jogos, defrontarmos profissionais formados na Academia de Alcochete: não há lugar para cada um deles no Sporting. Neste caso merece destaque porque Chico Lamba vestiu durante dez anos de verde e branco, foi presença regular na nossa equipa B, onde ostentou braçadeira de capitão, e chegou a actuar na equipa principal, convocado por Rúben Amorim. Teve ontem um desempenho esforçado, em estreia pelo Arouca. Que seja feliz por lá.
Já perdi a conta aos jogos do Sporting que fui ver a Arouca. Amanhã vai ser mais um. E já vi de tudo, do melhor e do pior, inclusivamente com Rúben Amorim ao comando.
Na época passada o Sporting conseguiu uma exibição extremamente competente e levou de vencida uma equipa muito entrosada com dois avançados muito perigosos. Cristo e Mujica entretanto sairam, o treinador mudou também, agora é um espanhol em estreia no campeonato português.
Esta época o Sporting está um patamar acima desse tempo, com um ritmo de jogo que não tem dado qualquer hipótese aos adversários menores.
Assim, o problema maior do Sporting não será o Arouca, mas o estado físico em que chegarão os seleccionados pelos seus países, uns pelo desgaste dos jogos ou falta dele, outros pelas deslocações para países distantes, especialmente Morita e Diomande. Foram duas semanas de perda de ritmo de treino e focalização.
Israel estará de retorno à baliza, talvez para lá continuar muito tempo. A defesa está estabilizada com Quaresma, Diomande e Inácio. Nas alas Catamo e Quenda dão garantias, no ataque a mesma coisa, a dúvida maior será entre Morita e Bragança. Tudo vai depender de como chegar o japonês do outro lado do mundo.
E depois temos... o Pinheiro. Aquele apitador que quase sempre consegue ter erros graves em prejuízo do Sporting. No ano passado devemos-lhe a derrota em Guimarães, já neste a derrota na Supertaça, mais atrás a expulsão de Coates no Dragão que nos fez passar ao lado da vitória, digamos que deve ser fetiche ou trauma de infância. Ou então... Como disse o nosso presidente, se fosse pelos jogos do Sporting já teria sido despromovido há muito.
E é assim. Em Arouca vamos mais uma vez jogar em casa no que aos adeptos diz respeito. O relvado já não deve ser o batatal do ano passado decorrente das fortes chuvadas de então. Temos tudo para conquistar os três pontos e seguir na liderança da Liga. Mesmo com o Pinheiro.
SL
É já amanhã, pelas 20.15. Iremos jogar a Arouca, no comando isolado do campeonato. Vai disputar-se a quinta jornada e permanecemos invictos. Talvez por isso, os bilhetes já estão esgotados.
Na Liga 2023/2024 fomos lá vencer por margem concludente: 3-0. Num relvado transformado em lamaçal, no mesmo estádio onde menos de um mês antes o FC Porto de Sérgio Conceição havia sofrido uma amarga derrota.
Golos de Gyökeres, Geny e Morten - os dois últimos marcados no tempo extra da segunda parte. Com o internacional dinamarquês a destacar-se como melhor em campo.
Como será desta vez? Espero os vossos prognósticos.
Parabéns ao nosso leitor Luís Ferreira: só ele acertou no resultado do Arouca-Sporting (0-3). Tendo mencionado também Gyökeres como autor de um dos golos.
Está de parabéns.
Geny festeja o golo acabado de marcar - o segundo do Sporting, acalmando e alegrando adeptos
Foto: Manuel Fernando Araújo / Lusa
Os profetas da desgraça, que nunca faltam no Sporting, já tinham avisado: este iria ser um jogo muito complicado, dificilmente sairíamos incólumes de Arouca.
Havia razões para isso: a equipa local havia vencido seis dos sete desafios anteriores, incluindo a recepção ao FC Porto, concluída com categórico triunfo por 3-2. Não por acaso, encontra-se em sétimo lugar no campeonato.
Confirmou-se: o jogo foi mesmo difícil. Mas sobretudo pelas péssimas condições do terreno: parecia muito mais um pântano do que um relvado de futebol. É inacreditável como a Liga permite que espectáculos desportivos de âmbito profissional decorram em cenários destes. Estamos no Inverno, sim. Tem chovido bastante, ninguém duvida. Nada disto torna mais tolerável que um desafio do campeonato português ocorra em condições semelhantes, pouco propícias a "notas artísticas", muito propícias a lesões.
Por caprichos do calendário, esta partida foi ensanduichada entre dois os dois jogos do nosso embate com a Atalanta, dos oitavos da Liga Europa. São momentos da temporada em que os jogadores actuam com precauções redobradas, por vezes entram desconcentrados - já a pensar no desafio seguinte ou ainda deslumbrados ou entristecidos com o desafio anterior. Há que trabalhar com eles, portanto, também no plano psicológico.
Pois a prova foi superada - e até com distinção, por muito que isso custe àquela minúscula falange, cada vez mais diminuta, dos putativos sportinguistas que torcem pelo insucesso da equipa movidos apenas pelo ódio visceral a Frederico Varandas e Rúben Amorim.
A esmagadora maioria dos adeptos não nega apoio nem aplauso aos jogadores, chova ou faça sol. Foi o que aconteceu neste domingo (também eleitoral) em Arouca, onde não faltaram vozes de incentivo ao onze leonino do princípio ao fim do encontro. Conscientes, como estamos todos, de que aquele obstáculo tinha mesmo de ser superado. Para consolidarmos a liderança isolada do campeonato e reduzirmos a distância que nos separa do título mais ambicionado do futebol português.
Com Pedro Gonçalves de regresso ao onze e Gonçalo Inácio já de novo sentado no banco, começámos cedo a construir esta vitória. Aconteceu num lance exemplar de futebol colectivo - prova inequívoca da robustez anímica da equipa. Três protagonistas desenharam linhas de geometria perfeita no maltratado tapete do Arouca: Trincão domou a bola para a deixar bem colocada em Matheus Reis, este lançou-a com precisão para Gyökeres e o craque sueco encarregou-se do resto, como só ele sabe.
Primeiro golo, estavam decorridos 19 minutos.
O Sporting concedeu iniciativa à turma anfitriã sem se desligar do objectivo em mente nem abdicar do controlo territorial, cortando linhas de passe ao adversário. Com a dupla Morten-Morita sempre em alta rotação e o corredor esquerdo blindado. Apenas o direito foi registando sobressaltos - pela incapacidade de Geny, muito adiantado, fechar lá na frente e pelo insólito nervosismo de Eduardo Quaresma, anteontem em dia não. De tal maneira que o treinador decidiu substituí-lo ao intervalo, trocando-o por Gonçalo. Fez bem.
O jogo foi decorrendo nesta toada, não isenta de incerteza: a qualquer momento um dos três talentosos espanhóis do Arouca podia metê-la lá dentro num lance fortuito, ameaçando bloquear um triunfo que se esboçava mas estava ainda longe de garantido. Isso só aconteceu já no período suplementar, quando Geny a meteu lá dentro num golpe de génio, bem ao seu jeito: inflectiu da linha para o corredor central, deixou dois adversários para trás e disparou uma bomba sem defesa possível.
Houve explosão de entusiasmo entre os sportinguistas naquele minuto 91. E maior ainda foi o júbilo aos 90'+6, quando Morten ampliou a vantagem no último suspiro do encontro. Golo oferecido com mérito por Gyökeres ao médio, melhor em campo. Afinal fora o dinamarquês a iniciar a jogada com espectacular recuperação de bola lá mais atrás. Como já fizera no início da construção do segundo golo.
Foi muito saboroso, este triunfo debaixo de chuva no lamaçal de Arouca. E precioso na rota que trilhamos rumo ao título. Jogo a jogo, seguindo um dos mandamentos de mister Amorim. Ele sabe muito bem que esta é uma das fórmulas para motivar e blindar um balneário.
Ninguém mais do que ele mereceu estes três pontos no seu 200.º desafio de leão ao peito. Só podemos desejar que venham muitos mais.
Breve análise dos jogadores:
Israel - Quarto jogo seguido a titular. Vai consolidando a presença entre os postes, com alternativa viável ao lesionado Adán. Duas intervenções importantes, com segurança. Manteve as redes intactas.
Eduardo Quaresma - Muito intranquilo, foi acumulando erros como lateral direito, tentando compensar o adiantamento de Geny. Perdeu a bola, perdeu duelos, sofreu um túnel. Acabou por não regressar do intervalo.
Coates - O péssimo estado do terreno era pouco recomendável ao capitão, que tem um joelho "em obras". Cumpriu a missão, como referência do nosso jogo aéreo. Mas saiu aos 67', com queixas físicas.
Diomande - O melhor da defesa leonina: recuperou a excelente forma anterior à participação no campeonato africano. Fez três posições (esquerda, direita, meio) sempre em alto nivel, Secou Mújica, goleador do Arouca.
Geny - Tinha ordens para actuar como extremo, sem descer na ala. O entrosamento com Quaresma não funcionou. Muito melhor no segundo tempo. Aos 90'+1 marcou o golo da tranquilidade. Espectacular.
Morten - Melhor em campo. Crucial no domínio do meio-campo, tanto na recuperação como no passe de ruptura. Foi ele a iniciar o segundo e o terceiro golos, roubando a bola. Foi ainda ele a marcar o terceiro golo.
Morita - Violinista e carregador de piano em simultâneo: concilia as melhores características dum médio. Objectivo, sem complicar, vai unindo as pontas soltas. Forma parceria perfeita com Morten.
Matheus Reis - Grande partida do ala esquerdo: superou os duelos, ninguém passou por ele. Momento culminante desta bela exibição: a assistência para o golo inicial, desbloqueando a partida.
Trincão - Atravessa bom momento, como se comprovou na sua pré-assistência no lance do primeiro golo: combinação perfeita com Matheus. Mas aquele lamaçal era pouco propício ao seu futebol artístico.
Pedro Gonçalves - Regressou de lesão pouco inspirado. O péssimo estado do terreno em nada o ajudou a exibir o seu habitual talento futebolístico, nomeadamente na criação de lances de ruptura.
Gyökeres - Já faltam adjectivos para o elogiar. Desta vez bastaram 19 minutos para a meter lá dentro. Aos 90'+6 ofereceu o terceiro a Morten. Galovic tentou travá-lo, mas muito a custo: o sueco é imparável.
Gonçalo Inácio - Fez toda a segunda parte, vindo de lesão. Como central à esquerda, sua posição natural. Deu ao bloco defensivo a consistência que lhe faltou com o intranquilo Quaresma em campo.
St. Juste - Substituiu Coates aos 67', remetido também à sua posição natural: central à direita. Cumpriu com zelo, fazendo uso da velocidade, sua principal arma. Até ver, desta vez vai resistindo.
Paulinho - Entrou para o lugar de Trincão no minuto 67. Mais entroncado do que o colega, como as circunstâncias exigiam. Destacou-se numa entrega perfeita para Geny: era o inicio do segundo golo.
Daniel Bragança - Saltou do banco para render Morita aos 67'. Manteve, no essencial, a nossa superioridade no meio-campo. Notável, a sua regularidade exibicional.
Nuno Santos - Entrou aos 90', substituindo Pedro Gonçalves. Ainda a tempo de ver marcar dois golos do Sporting, embora sem participar em nenhum.
Gostei
Da inequívoca e clara vitória do Sporting em Arouca. No mesmo estádio onde o FC Porto há menos de um mês foi derrotado também para o campeonato, fomos ganhar 3-0. Num jogo que dominámos sempre, demonstrámos maturidade e muito entrosamento colectivo, apesar das condições atmosféricas adversas e do péssimo estado do terreno. Outro obstáculo contornado, outro objectivo cumprido.
De Morten. O melhor em campo. Excelente partida do internacional dinamarquês, que parece estar em todo o lado: apoia lá atrás, constrói no miolo, nunca perde os olhos da meta máxima, que é a baliza. E parece estar em excelente forma física, apesar do intenso calendário de desafios do Sporting, que anda a fazer dois jogos por semana. Essencial na recuperação que deu origem ao nosso segundo golo, repetiu a proeza no terceiro - iniciando e concluindo o lance da melhor maneira. Golo mais do que merecido, mesmo no fim da partida, aos 90'+6.
De Gyökeres. Parece ter lugar cativo nestas notas positivas. Mas é mais do que justificado. Voltou a ser determinante neste novo triunfo leonino, abrindo o marcador com um golo surgido cedo, logo aos 19', dando a melhor sequência a um cruzamento de Matheus Reis muito bem calibrado. E ainda ofereceu dois a Pedro Gonçalves, que o nosso n.º 8, vindo de lesão, desperdiçou. Os números são espantosos: o craque sueco já leva 19 golos marcados na Liga e 33 no conjunto da temporada.
De Israel. Neste seu quarto jogo consecutivo como guardião titular, cumpriu da melhor maneira. Mantendo a baliza inviolável com duas grandes defesas. Destaque para uma oportuna saída da área a pontapé, aos 31', controlando muito bem a profundidade, como as circunstâncias exigiam. Vai-se afirmando como dono das nossas redes.
De Geny. Após uma primeira parte de relativo apagamento, em que perdeu vários confrontos individuais, cresceu no segundo tempo e foi o protagonista da melhor jogada desta tarde chuvosa em Arouca. Desfazendo todas as incertezas que persistiam ao marcar o segundo golo, aos 90'+1. Foi um golaço, obra-prima bem ao seu jeito de evoluir da ala direita para o centro, afinar a pontaria e disparar com o pé esquerdo. Com tal potência que a bola embateu na barra e entrou, indefensável. Provocando uma explosão de alegria nas bancadas, onde não faltaram apoiantes do Sporting a incentivar a equipa do princípio ao fim. Brilhante.
Do regresso de Gonçalo Inácio. Recuperado da lesão, voltou em forma. Fez toda a segunda parte e cumpriu bem o seu papel, não apenas na missão defensiva (grande corte aos 56') mas também no apoio à construção de lances ofensivos. Eis um "reforço" inquestionável.
De Rúben Amorim. Outra vitória no seu currículo. Conquistada com suor, esforço, muito talento, muito trabalho. O treinador merece destaque: este Arouca-Sporting foi o seu jogo n.º 200 à frente do Sporting. Que venham mais, muitos mais.
De Nuno Almeida. Justifica elogio porque adoptou um critério largo, como mandam os bons padrões do melhor futebol europeu, indiferente às sucessivas quedas de jogadores que pretendiam ver o jogo interrompido a todo o momento. Repito o que tantas vezes já escrevi: faltam mais arbitragens como esta nos estádios portugueses.
De ver o Sporting marcar há 33 jornadas consecutivas. Sempre a fazer golos, consecutivamente, desde o campeonato anterior. Sem eles não há vitórias. E sem vitórias não se conquistam títulos e troféus.
De mantermos a liderança isolada da Liga 2023/2024. Agora com 62 pontos, reforçamos a liderança isolada. Mesmo mantendo um jogo em atraso - que, caso seja vencido, deixará o principal rival quatro pontos abaixo de nós. Prossegue a contagem decrescente para a conquista do troféu máximo do futebol português, aspiração suprema de (quase) todos nós.
Não gostei
Do relvado transformado em lamaçal. Péssimo terreno, fustigado pela chuva incessante dos últimos dias. Impossibilitou o futebol artístico, apoiado, a que o Sporting habituou os adeptos. Mas nem isso diminuiu a eficácia da nossa equipa.
Da escassa vantagem ao intervalo. Vencíamos apenas por 1-0. Sabia a pouco. E só viria a ampliar-se já no tempo extra do segundo tempo, quando marcámos dois golos em cinco minutos. Assim desfizeram-se as dúvidas e tudo acabou em beleza.
De Eduardo Quaresma. Tem feito boas exibições pelo Sporting, dignas de aplauso. Não foi o caso desta, antes pelo contrário. Abusou de lances "criativos", desguarneceu o seu flanco, perdeu algumas vezes a bola, foi alvo de um túnel aos 39' que podia ter dado golo do Arouca. Saiu ao intervalo e compreende-se porquê: não estava nos seus dias.
Da saída imprevista de Coates. O capitão estava bem no seu posto, comandando a defesa com o brio habitual, quando saiu, cedendo lugar a St. Juste. Aos 67'. Pareceu acusar excesso de desgaste físico, talvez queixas musculares, aliás compreensíveis. Oxalá recupere para o jogo contra a Atalanta, da Liga Europa, a disputar na próxima quinta-feira.
Exibição muito competente do Sporting em Arouca, num relvado muito castigado pelas fortes chuvadas que ocorreram na zona.
Em Arouca, onde o Porto ainda há pouco tinha perdido, o resultado final de 3-0 acaba por reflectir a diferença de oportunidades de golo entre as duas equipas.
No entanto o excesso de jogos e as pequenas lesões continuam a fazer mossa nos jogadores. Meia equipa esteve muito aquém do que pode e sabe. Quaresma, Trincão e Pedro Goncalves os piores. Mesmo Gyökeres, que marcou um, falhou mais dois ou três.
Na primeira parte, o lado direito naquele 3-4-3 assimétrico com Catamo mais avançado do que Matheus Reis na ala oposta, esteve completamente desastrado, ineficaz a atacar e permitindo ataques perigosos do Arouca. Num deles valeu Israel. O lado esquerdo esteve bem melhor: duma arrancada de Matheus Reis, seguida dum bom centro, veio o golo do sueco.
Na segunda parte a troca de Quaresma por Inácio mudando Diomande estabilizou a defesa. Defendendo melhor, o Sporting também atacou mais e melhor, as oportunidades foram sucedendo e sendo desaproveitadas até ao belo remate do Catamo sentenciar a partida.
Entretanto foi tempo de gerir: St. Juste, Bragança e Paulinho tiveram minutos, pena apenas que Coates se tenha ressentido de alguma coisa.
Melhor em campo? Hjulmand, depois Israel e não so pela grande defesa que fez.
E agora? Ir ganhar a Bérgamo, mas sem correr o risco de dar cabo da equipa para a recepção ao Boavista.
Arbitragem? Deixou jogar, não inventou, tudo bem.
SL
Jogo difícil, amanhã à tarde, dia de eleições legislativas: deslocação do Sporting a Arouca. Campo sempre difícil, ainda mais em época de chuva intensa. E este, como sabemos, tem sido um Inverno bem molhado.
No desafio da primeira mão, desfizemos o nó em Alvalade com vitória tangencial: 2-1. Golos de Gyökeres e Morita. Diomande foi alvo de uma expulsão manifestamente injusta, que pesa no cadastro do árbitro António Nobre.
Na época passada, tropeçámos duas vezes frente à mesma equipa. Incapazes de a vencer (derrota lá por 0-1; empate em Alvalade, 1-1).
Veremos o que sucede domingo, a partir das 18 horas. Aguardo os vossos prognósticos.
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