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És a nossa Fé!

Bandidos à solta

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O VAR foi o que de melhor aconteceu ao futebol na última década.

Facultar aos árbitros a revisão das jogadas a ritmo lento e de várias perspectivas beneficiou largamente as suas decisões, tal como já sucedera em desportos com situações muito complexas, como o futebol americano e o rugby. 

Mas o VAR é uma ferramenta, não é um juiz. Será como um microscópio, que permitir observar o que não é possível a olho nu, cabendo ao observador interpretar aquilo que vê. E é aqui que a porca torce o rabo.

Aquando do golo do Paulinho no final da primeira parte viu-se logo que a sua camisola, o ombro, sobressaía por detrás do azul cueca do defesa. Parecia off side, como depois se verificou. As imagens foram suficientemente repetidas para não deixar grandes dúvidas.

Tudo isto aumentou as fortes suspeitas relativas ao golo do Vizela, minutos antes. À primeira vista as camisolas deles também pareciam adiantadas em relação à linha dos defesas. Estranhamente a jogada foi repetida só uma vez e sem slow motion. Só bem depois da decisão tomada é que foi vista a imagem abaixo reproduzida, aquela que supostamente confirma não haver fora-de-jogo, e de maneira muito rápida. Foi inevitável pensar que não havia vontade nenhuma de mostrar a coisa como deve ser.

As condições da jogada são as seguintes:

1) A linha da defesa move-se na direcção do movimento da bola (para pôr os adversários em fora de jogo) e a linha dos avançados ou é estacionária ou move-se contra o movimento da bola. 

2) Quer o movimento da bola quer o dos jogadores é muito rápido e dá-se numa fracção de segundo.

3) Ora na TV digital cada segundo tem 30 frames ou imagens. 

4) Isto significa que para definir o instante em que a bola sai do pé, se for escolhida a primeira imagem desse segundo, a linha defensiva está mais atrás, se for escolhida a trigésima imagem a linha defensiva está mais à frente. Ou seja, na primeira imagem os avançados podem estar off side, na trigésima podem já não estar.

Veja-se agora a imagem:

Olhe-se para o canto superior direito: a bola não está já fora do pé? A frame foi bem escolhida? Ficam sérias dúvidas, sabendo que uma ou duas frames antes os 15 cms diminuíam ou desapareciam.

Olhe-se para as linhas  azul e vermelha: há quatro camisolas claramente em fora de jogo, só a que está mais abaixo na imagem não estará. Os 3 jogadores do Vizela não estão claramente a interferir na jogada? A linha vermelha marca o ombro, mas a linha azul passa por onde? Pelo pé invisível de Quaresma? 

Em resumo: validar o golo foi uma decisão mais do que duvidosa.

O que no contexto da arbitragem desse jogo - aquele olhar de ódio ao Gyökeres que a câmara fixa durante alguns segundos… - repleta de decisões erradas, todas prejudiciais ao Sporting (o ensaio de porrada que aquele Anderson deu impunemente ao Gyökeres, os penalties clamorosos por assinalar, etc…), demonstra que André Narciso em campo e Rui Costa no VAR agiram com má-fé deliberada. Num país com um futebol civilizado seriam no mínimo suspensos, aqui o pior que lhes pode acontecer é alguém cuspir-lhes no focinho.

Regresso ao futuro

Foi realmente um magnífico fim de semana desportivo para o Sporting Clube de Portugal.

Ganhámos ao Benfica em andebol, ao Porto em futebol, andebol e basquetebol, com esses e outros resultados conquistámos a Supertaça de andebol e continuamos no topo da classificação nos campeonatos de futebol, futsal, andebol, basquetebol e hóquei em patins, em 2.º lugar no futebol feminino e no voleibol, 4.º no voleibol feminino onde perdemos pela tangente no Dragão Arena. No futebol continuamos em competição na Liga Europa, na Taça da Liga, na Taça de Portugal. No andebol, na "Liga Europa" da modalidade. No hóquei, na "Champions" da modalidade.

 

Enfim, mesmo com um ou outro percalço, dificilmente a época desportiva do Sporting poderia estar a correr melhor. Com isso, também o ambiente no estádio e no pavilhão no que respeita ao apoio às equipas pelas duas claques ainda em guerra com a Direcção é bem diferente da que foi no passado. E daquela oposição que andou em AGs a ajavardar a discussão e a impedir aprovações das contas do clube, ou nas AGs da SAD a bufar para o exterior a sua versão do que lá se passava, nem um pio.

Ao contrário, no rival do Norte as nuvens negras adensam-se e o acidente de automóvel de que foi vítima o presidente - felizmente não aproveitaram para lhe roubar a carteira e o telemóvel - talvez seja um prenúncio do triste fim da sua presidência, e da corte de amigos bem nutridos da sua idade que o acompanha.

O buraco financeiro e a gestão danosa denunciados pelo candidato Villas Boas, o estádio a assobiar de cada vez que os SuperDragões cantam o nome do dono, no futebol o autocarro de flops caros que ou não jogam ou enterram a equipa, David Carmo, Fran Navarro, Nico qualquer coisa, o desespero do arruaceiro Pepe que tenta resolver ao murro aquilo que já não consegue jogando à bola, um Conceição também ele com os nervos em franja incapaz de pôr a equipa a jogar futebol, nem a queda do governo Costa e do seu secretário de Estado dragão ajuda, vão fazer com que as próximas eleições sejam dramáticas e de resultado incerto.

 

Com tudo isto o Sporting Clube de Portugal, ao contrário das comparações estúpidas com o Sporting Clube de Braga que propagandeavam os ressabiados internos, se conseguir manter esta dinâmica de vitória, e para isso pode contar com a excelência dos treinadores de que dispõe e da superior valia dos plantéis e das estruturas técnicas, e com o apoio de quase todos os sócios e adeptos, corre o risco de ultrapassar bem depressa o Futebol Clube do Porto em todos os indicadores disponíveis, resultados desportivos, valor dos plantéis, resultados financeiros, número de sócios pagantes, academias de formação, etc. Depois, correr atrás da liderança. Para isso o acesso regular à Champions é essencial.

Mas para isso acontecer, o clube não pode andar a dormir fora do campo, nem ter preconceitos de sujar as mãos na luta pelo poder das sedes de decisão. Tem de saber fazer-se ouvir juntos dos poderes desportivos e influenciar decisões, não pode assistir calado a "roubos de catedral" como os de Guimarães e de anteontem em Alvalade. Frederico Varandas falou bem sobre o primeiro, e este comunicado sobre o segundo é muito feliz também:

"O Sporting Clube de Portugal felicita a decisão hoje anunciada pela La Liga de tornar públicos os áudios das comunicações entre o VAR e as equipas de arbitragem após o final de cada dia de competição.

O Sporting CP foi e continua a ser a favor do VAR, assim como da sua necessária evolução. O Clube não altera a posição nem em virtude dos erros que o afectam, nem do resultado final desportivo. O Sporting CP defende também que o VAR tem de melhorar.

A análise crítica do Sporting CP relativamente aos critérios de arbitragem depende da necessidade urgente da definição dos mesmos e da transparência das decisões. Não faz sentido uma semana ser adoptado um critério de intervenção e na semana seguinte outro.

Nos recentes jogos contra o Vitória SC e contra o FC Porto foi por demais evidente como o VAR adoptou critérios opostos. Em ambos foi o Sporting CP que saiu prejudicado.

Recorde-se que há mais de um ano, o Sporting CP ficou sozinho quando apresentou a proposta para serem implementadas medidas que permitam a divulgação dos áudios e garantam uma maior transparência à arbitragem e integridade às próprias competições.

Há poucos dias foi também conhecido o caso da MLS que definiu medidas para a nova temporada, entre elas replicar o procedimento utilizado no rugby em que as decisões tomadas pelo VAR são anunciadas pelo juiz da partida aos espectadores em tempo real.

É urgente que, em Portugal, sejam seguidas as boas práticas de outros países, tal como preconizámos em tempo oportuno. O futebol português não pode ficar para trás.

O VAR é uma ferramenta essencial para uma maior justiça e transparência das competições. Quem não defende o VAR, não defende a busca da verdade desportiva.

O Sporting CP apela por isso a que haja urgentemente uma uniformização e entendimento do protocolo VAR por parte dos árbitros. Ganham os árbitros, ganham os clubes, ganha a verdade desportiva.

O Clube considera também que é importante que se caminhe para árbitros especialistas e exclusivos de VAR. O Sporting CP sabe que o actual número de árbitros não o permite fazer neste momento, mas desafia o Conselho de Arbitragem a que comece a preparar o futuro.

O Sporting CP reconhece o esforço do Conselho de Arbitragem em querer melhorar a arbitragem e continuará a lutar pela verdade desportiva. Essa nunca existirá sem uma arbitragem livre, independente e qualificada."

 

Concluindo, daquilo que sempre ouvi dele, não tenho dúvidas de que João Rocha ficaria muito feliz se isso acontecesse.

SL

Arbitragem APAF

A arbitragem portuguesa tem uma triste história de parcialidade ou até mesmo de corrupção passiva às mãos de FC Porto e Benfica. O livro "Golpe de Estádio" explica bem a forma como Pinto da Costa e Reinaldo Teles minaram e conquistaram a arbitragem contando com o "trio de pintos"  como Adriano Pinto (o dos "chitos"), Sardoeira Pinto e o inefável Lourenço Pinto, exactamente aquele que agora como presidente da AG do clube assistiu impávido às intimidações e agressões a sócios do clube sem nada fazer e muito menos chamar as autoridades. Autoridades essas que do Porto fizeram como a avestruz. Assim tivemos os casos Calheiros, Apito Dourado, e depois o Benfica de Luis Filipe Vieira com os "Padres e as Missas".

A APAF, como estrutura e como comunidade de árbitros e ex-árbitros, alguns no VAR, outros comentadores e especialistas na TV e nos jornais, tem sido o refúgio dos árbitros para protecção e conforto espiritual dos piores desempenhos e para promoção de alguns para um estrelato nacional e europeu que não encontra justificação na sua capacidade e isenção. João Pinheiro é o último produto dessa fábrica corporativista de apitadores do apito.

Além disso, conseguiu a APAF ganhar protagonismo na gestão da arbitragem, através dum falso conceito de independência dos clubes, e montou com o ex-vice-presidente do FC Porto Fernando Gomes, um CA gerido por elementos da APAF. Obviamente falso, porque os ex-árbitros que lá estão, por exemplo Paulo Costa, estão conotados com clubes, no caso o FCP. Outros estarão com o Benfica.

O Sporting, algumas vezes por opção própria mas principalmente pela instabilidade a nível de presidente, perdeu desde há muito protagonismo na gestão do futebol em Portugal. Bruno de Carvalho andou na campanha por Pedro Proença e por isso está lá um seu ex-vicepresidente. Rui Caeiro, penso que também Bruno Mascarenhas desempenhou um papel de representante do Sporting de que recusou abdicar depois da queda do seu presidente. Nada fizeram que se conheça em benefício do Sporting. Na gestão da arbitragem desde há muito não temos qualquer protagonismo.

 

A introdução do VAR, à boleia das autoridades internacionais da arbitragem, veio de facto introduzir a verdade desportiva minimizando os "roubos de igreja" dos tempos anteriores. Mas mesmo esse mecanismo e o protocolo associado tem vindo a ser manipulado para uso interno para gáudio de treinadores batoteiros e se calhar com "inside information" como Sérgio Conceição. Então temos os "penáltis de contacto", as expulsões por "cara na mão", os VARs "frame-a-frame", etc... Para roubar a casa, se não se rebenta a porta, entra-se pela janela.

Esta arbitragem do Soares Dias foi mais uma "arbitragem APAF" a que o Sporting teve direito esta época, menos vergonhosa do que as de Manuel de Oliveira e António Nobre, mas que desde o primeiro minuto mostrou uma dualidade de critério completo, nas faltas marcadas e nos amarelos mostrados. Que, independentemente dos méritos duns e erros doutros, decidiu o resultado do dérbi, porque a jogar com 10 desde o início da segunda parte a derrota do Sporting seria sempre o resultado mais provável. Quando é que o Benfica ou o FC Porto ficaram reduzidos a 10 num clássico por faltinhas como as do Inácio? Quantas são precisas para o Pepe ou o Otamendi serem expulsos? Recordemo-nos também que foi o mesmo Soares Dias a tentar oferecer o campeonato ao FCP expulsando o mesmo Gonçalo Inácio com dois amarelos consecutivos no jogo de Braga quando fomos campeões.

 

Mas se "tudo isto é triste, tudo isto é fado", se isto tem sido assim e vai continuar a ser, o que pode o Sporting fazer? Denunciar a situação com voz grossa, fazer papel de calimero nas conferências de imprensa? Elogiar Fontela Gomes como mal menor?

Eu só vejo duas:

1. Lutar por uma arbitragem independente, fora do controlo da APAF e auditada externamente.

2. Capacitar treinador e jogadores da inteligência emocional nececessária para gerir arbitragens adversas, o que implica ter um especialista em arbitragem dentro da estrutura conhecedora do "sistema" e dos árbitros com que se tem de lidar. Estava Gonçalo Inácio preparado para defrontar Soares Dias? Ou Edwards ? Ou Trincão? Obviamente que não.

 

Deixo aqui a pergunta, apenas para Sportinguistas. Comentários da "sardinhada" habitual seguem directamente para o lixo:

No que respeita à arbitragem, o que pode o Sporting fazer para dar a volta a esta situação que no fundo configura uma concorrência desleal?

SL

O borrão

Voltando só mais uma vez ao lance do segundo golo do Benfica, validado por 4 centímetros, atente-se no frame que foi usado para a validação deste lance.

Reparem como a bola não é mais que um borrão, estando completamente desfocada, em que não se percebe a sua verdadeira posição nem se tem uma ideia sobre se a mesma ainda está em contacto com o pé do jogador do Benfica ou não.

Já tenho advogado a existência de uma margem de tolerância nestes foras-de-jogo de VAR, nunca inferior a 10cm, e mantendo a minha coerência este lance até poderia ser válido à luz dessa margem, mas o que pergunto é como é que se fazem medições com tanta precisão, no caso 4cm, tendo por base uma imagem tão tosca, tão desfocada, com tão baixa resolução?

Num mundo cheio de sensores de todo o género que se podem colocar nos jogadores, nos seus equipamentos ou na bola, de drones, de câmaras de foto e de vídeo de todos os tipos e feitios que se podem colocar em mais zonas do campo, num desporto que envolve milhares de milhões de euros por ano, estamos ainda a recorrer a uma imagem parada do vídeo de uma transmissão televisiva, e com ela fazer medições de 4cm. É como querer ir à lua de avioneta.

 

P:S.- A cereja no topo do bolo é a marca de água da imagem, "BTV". O Benfica enviou esta imagem para a cidade do futebol, para que o VAR decidisse se foi golo do Benfica.

 

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O juiz decide.

Gostemos ou não, o derby será muito provavelmente decidido pela arbitragem. 

O objetivo do Sporting, quanto a mim, deve ser chegar empatado com onze jogadores aos 70 minutos do jogo, o que duvido que suceda. Se o conseguir, pode chegar a um bom resultado.

A natureza do "jogo português", feito de fitas e simulações, o estilo de jogo de Rafa e Di María, a pressão no estádio em cima do árbitro, devem levar a uns amarelos no princípio da partida e talvez a outros no princípio da segunda parte.   

Posso ser só eu, claro, mas é pena que os grandes jogos da nossa Liga sejam tão sensíveis à arbitragem. O SLB tem demasiado a perder, até financeiramente (caso despeçam o treinador), para que o SCP termine com 11. As expulsões através da acumulação de amarelos são os novos "golos mal validados", como sabemos. Aguardemos.

Já agora, por mero acaso, li uns quantos 'especialistas' sobre o penalti em Chaves e o não penalti do Estrela sobre o Bragança. A meu ver, e obviamente, nenhum deveria ser -  o jogo é para homens e não meninos, mas teve graça ver as doses cavalares de ambiguidade que os ex-árbitros conseguem meter em cima das situações. 

Como param as modas

O João Mário que caiu agarrado à perna direita depois de ser vagamente tocado no pé esquerdo, e com isso beneficiando de um penalty, sendo mais maduro, não se pôs a gabar da marosca como este papalvo. Estão bem uns para os outros.

Mas o problema sem dúvida que é a bota branca do Paulinho há uma semana e os braços de Gyökeres agora.

Preparemo-nos para o pior em Braga.

https://fb.watch/mJOsgfPgkU/

Como é diferente a arbitragem em Portugal

João Palhinha já se notabilizou como o "rei dos desarmes" na Premier League. Em recentes declarações disse: "Aqui podes disputar a bola com maior intensidade, algo que sentia não ser possível em Portugal. Por vezes era extremamente difícil, pois ao mínimo toque vias cartão amarelo. Aqui é completamente diferentes."

À atenção dos bandalhos da arbitragem lusitana, como o parvalhão de ontem.

Do excelente ao péssimo

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Os jogadores portugueses estão cada vez mais bem cotados no mercado futebolístico internacional. Para um país da dimensão do nosso, é um bem inestimável. E uma publicidade permanente a Portugal em qualquer recanto do planeta.

Os treinadores portugueses também nunca foram tão apreciados além-fronteiras como agora. Até no Brasil, que durante décadas alimentou fobias e preconceitos em relação aos nossos técnicos e ao nosso futebol. Esse tempo terminou. Temos hoje compatriotas a orientar clubes nas principais Ligas europeias e até nos mais destacados emblemas brasileiros.

O próprio dirigismo clubístico melhorou um pouco, em termos gerais. Sobretudo se o compararmos com as décadas de 80, 90 e a primeira do século XXI. Não temos Pimentas nem Valentins nem Fiúzas nem outros que tais.

 

Na arbitragem, pelo contrário, tem-se andado para trás. Apesar de nunca ter havido tanto investimento em formação, em condições de trabalho, em financiamento de todo o género, em acções de esclarecimento e reciclagem de conhecimentos, em intercâmbio com organismos internacionais.

É lamentável. E com efeitos óbvios nesta segunda ausência de árbitros portugueses do palco de um Mundial.

O último foi Pedro Proença, em 2014.

 

Antes tivemos Joaquim Campos (1958 e 1966), Saldanha Ribeiro (1970), António Garrido (1978 e 1982), Carlos Valente (1986 e 1990), Vítor Pereira (1998 e 2002) e Olegário Benquerença (2010).

Ou seja: desde a década de 50 (1950 e 1954) que não estávamos há dois Mundiais seguidos sem um representante da arbitragem portuguesa.

Coincidência? Nem pensar.

É incompetência mesmo.

A arbitragem que temos

Muito se  fala da arbitragem. Talvez com alguma razão. A prova como as coisas não andam bem é o facto de nenhum árbitro ser convocado para o Mundial. Somos fracos, dependentes de uma estrutura que se movimenta como um polvo, onde uma cadeia de favores se vai consolidando desde os Conselhos Regionais de Arbitragem, passando pelos observadores, que também pertencem a um Conselho  Regional, indicados por esses mesmos Conselhos, até que chegam ao patamar mais alto e passam para observadores da Liga. Muitos desses observadores, senão praticamente todos, foram ex árbitros, muitos não passaram dos escalões mais baixos e são muito fraquinhos. São eles que nas ações de formação e de reciclagem trabalham com os árbitros. Se ao nível da elite da arbitragem nenhum árbitro é escolhido é porque os " professores" que os ensinam, que os emendam, e que os classificam não sabem para eles, quanto mais para ensinar e avaliar os árbitros. A estrutura está toda mal. Enquanto não tirarem a arbitragem aos ex-árbitros, os erros vão continuar e a desconfiança continuará a manter-se. 

O mestre de pastelaria

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Era uma vez um tipo que tinha uma pastelaria.

Acumulava com uma função arbitral e até havia quem o chamasse de "o melhor".

Um dia, numa reunião com os seus pares, enquanto davam conta do preparo do físico para o exercício da função, saíram-lhe ao caminho um bando de dragões, vomitando fogo.

O tipo, com receio de que tanto calor estragasse as regueifas e como quem tem cu tem medo e como tem morada fiscal na Invicta, por via das dúvidas toca de se acorrentar a um dos bichos e tem andado alegremente a fazer de pagem do dragão.

Ontem lá arranjou mais uns cordeirinhos para dar de comer ao animal.

E a arrogância com que ele enfrenta as vítimas? O Porro e o Adán que o digam, que se aqueles olhos matassem...

Bom, o que interessa é que a montra da pastelaria lá continua intacta e os dragões continuam a encher o papo.

A bem da nação.

 

Nota: Na imagem acima Soares Dias transforma uma agressão a Porro, num penalti contra o Sporting. Um nojo.

Para os negacionistas, parem o vídeo aos 7'' (sete segundos) e vejam quem bate primeiro em quem:

https://www.facebook.com/groups/sportingcp.contratudo.e.todos/posts/508864460662620/

A triste arbitragem que temos (Parte 2)

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Ainda há poucas semanas resmungava aqui sobre este tema, claramente sem grandes ilusões e expectativas de mudança. Um CA enfeudado aos dois rivais, minado pela APAF, árbitros medíocres, alguns como Luís Godinho promovidos a martelo a internacionais, completamente incapazes de perceber o jogo. E um Sporting que domina os jogos e os adversários, campeão nos amarelos e nas expulsões do sossegado Amorim, nas antípodas do mal educado e arruaceiro Conceição.

Depois tivemos algumas jornadas em que os rivais não conseguiram ganhar, perderam terreno na classificação e choraram baba e ranho com as decisões arbitrais. Coisa estranha e muito pouco vista. Duarte Gomes e os medíocres colegas comentadeiros sempre a fustigar os árbitros, sempre a  dizer que sim senhora são bestiais, montes de qualidades, a nata da arbitragem mundial e tal, mas tinham tido uma péssima noite, Mas que se passou entretanto afinal?

Bom, parece que chegou um ex-árbitro inglês internacional David Elleray, Director Técnico da influente IFBA ( International Football Association Board), a entidade guardiã das leis do jogo e onde a FIFA tem assento, o "pai do VAR",  para explicar aos árbitros portugueses o que é isso do futebol, um desporto inventado nas ilhas britânicas, com uma bola, duas balizas e onze jogadores para cada lado, e qual o papel do árbitro e do VAR no assunto. Parece que houve umas sessões de formação e indicações claras para alinharem pelos padrões internacionais, aqueles que vemos na Champions e noutras competições.

Depois da formação houve a necessária avaliação no terreno, através de relatório sobre os lances polémicos. Então esse senhor analisou alguns desses lances que deram baba e ranho, e não é que chegou à conclusão que, excepto a expulsão do Luis Diaz, tinham sido todos bem analisados? Ellery distingue com clareza causa e efeito, contacto provocado de acidental, intervenção do VAR por "claro e óbvio erro" e palpite a partir do Jamor. 

Sobre o tal lance de Coates que para Duarte Gomes foi penalti claro, diz até que "as imagens mostram também que no lance na área de penálti o atacante caiu no terreno de jogo porque tropeçou nele próprio". 

Ou seja, e do que se sabe, este senhor Ellery terá dito:

1. Lance de Nanú - Não houve penalti. 

2. Lance de Luis Diaz - Não devia ter sido expulso.

3. Lande de Vertonghen - Não houve penalti.

4. Lance de Weigl - Não houve penalti.

5. Lance de Coates - Não houve penalti.

6. Lance de Nuno Mendes - Não houve penalti.

Pois se é este o entendimento de alguém influente na arbitragem ao mais alto nível, com o qual aliás concordo integralmente, só resta aos árbitros portugueses arrepiarem caminho, e aos comentadores como Duarte Gomes arranjarem trabalho digno, deviam ter mesmo vergonha do que andam a fazer.

Os meus parabéns a seja quem for que tenha mandado vir este senhor. Claro que a arbitragem portuguesa é como o meu quintal, cheio de erva daninha: limpa-se hoje, põe-se herbicida, mas o que está lá por baixo tem muita força e passado um tempo volta a confusão. Aproveitemos enquanto durar.

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

 

A lei do faroeste

Quinta-feira, dia 4 de Fevereiro o guarda-redes do Bcoiso choca violentamente com Nanu do FC Porto na disputa de uma bola. Este cai no chão inanimado e sofre uma grave lesão. Entra a ambulância em campo e atrás dela vem Conceição espumejante a exigir ao árbitro um penálti, que a ser marcado exigiria em coerência cartão vermelho ao guarda-redes. Na subsequente flash interview o dito Conceição filosofa sobre a causalidade das intenções humanas e diz que anda a ser roubado. 

Menos de uma semana depois, terça-feira dia 10, Luís Diaz desfere um remate e ao poisar o pé no chão esmaga involuntariamente o artelho de David Carmo que entretanto se pusera debaixo, causando-lhe grave lesão. De novo entra a ambulância em campo e Conceição atrás dela, não menos espumejante do que da outra vez, indignadíssimo por o árbitro ter mostrado cartão vermelho a Diaz. Na subsequente conferência de imprensa D. Corleone da Costa exclama "Basta!", talvez porque se gritasse "Chega!" ainda o acusariam de benfiquista, e atira-se como gato a bofe ao governo, vá lá que deixando incólume o Tribunal de Haia.

Estas cenas escabrosas provam que a arbitragem portuguesa é ignóbil e pauta-se por uma aberrante dualidade de critérios. Ultraje que qualquer sportinguista tem provado há mais de 30 anos. Mostram também que essa dualidade não é só dos ditos árbitros, mas também de quem os julgava ter no bolso e afinal estão noutro.

A triste arbitragem que temos

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Para um pequeno país periférico como Portugal, temos no futebol profissional um dos principais expoentes da nossa capacidade e talvez o maior motivo de orgulho dos portugueses espalhados pelo mundo. Temos alguns dos melhores futebolistas da actualidade, alguns dos melhores treinadores, mesmo alguns dirigentes muito bem conceituados internacionalmente, temos até (dizem) o melhor empresário do mundo. 

Então para alguém que não conheça o burgo é dificil perceber porque é que não existe um árbitro português reconhecido internacionalmente e, para quem conheça, porque é que a arbitragem portuguesa é tão medíocre.

 

Antes do mais, em que consiste uma boa arbitragem? Assim de repente diria o seguinte:

1. Na interpretação correcta, uniforme e com base no bom senso das leis do jogo, procurando sempre valorizar o espectáculo desportivo.

2. Num estilo sóbrio mas assertivo de apitar que garanta o respeito dos jogadores e corte pela raiz eventuais excessos.

3. Na imparcialidade durante o jogo e durante a época, apitando de igual forma lances idênticos com diferentes jogadores e clubes envolvidos.

4. Na capacidade de deixar jogar no limite permitido pelas leis do jogo, sabendo identificar claramente as situações que ultrapassaram esses limites e tomar as decisões daí decorrentes.

 

Vemos aqueles que alguns dizem ser os melhores árbitros do momento, um Soares Dias, um Fábio Veríssimo, um Tiago Martins, um Luís Godinho, e nada disto são capazes de fazer. São uns artistas que apitam como querem e lhes apetece, que querem controlar o jogo à maneira deles, comprometidos com uns e outros, e com as costas quentes por um CA controlado pela APAF, ou seja, por eles mesmo.

A introdução do VAR foi uma conquista importante para impedir que algumas decisões claramente erradas fossem em frente, mas não serve para fazer de maus árbitros bons árbitros e, mal utilizado, pode servir para que maus árbitros se tornem ainda piores (vide Sporting-Porto e Famalicão-Sporting).

 

Como é que chegámos a este ponto?

Em primeiro lugar, se estamos mal agora ainda estivemos pior no passado, quando o Porto controlava a arbitragem e se roubava à descarada. O livro Golpe de Estádio conta como Reinaldo Teles e Pinto da Costa montaram o "sistema" que durou muitos anos, com prendas, quinhentinhos, prostitutas, árbitro novinho era árbitro seduzido e corrompido. Quem queria subir e chegar longe tinha que alinhar. Quem desalinhava tinhar azar na vida, como aconteceu com Francisco Silva.

Depois o Benfica foi atrás e vieram os padres e as missas, as ordenações de novos padres, no fundo a mesma sedução e corrupção mas feita doutra forma. E estamos na situação em que estamos: maus árbitros, árbitros apadrinhados, árbitros que estão no bolso duns ou doutros. E os novos têm outra vez que alinhar, uma das melhores arbitragens desta época do Sporting foi dum jovem árbitro em Alvalade, teria de procurar o nome que já não me recordo, e na altura quando fui ver a avaliação do "comentador de arbitragem", tinha sido negativa. A mensagem foi clara: assim não te safas, amigo.

 

Agora até os maus árbitros de há alguns anos se tornaram comentadores de arbitragem, para branquear a situação e iludir o pagode. O caso mais mediático é o de Duarte Gomes, o tal "comentador de arbitragem" de que eu falava e que o Pedro Oliveira costuma aqui trazer, que prima pelo malabarismo corporativista e pelo ressabiamento no que diz respeito ao Sporting.

Como mudar isto? Como impedir que um Fábio Veríssimo qualquer mostre o primeiro amarelo dum jogo ao Palhinha aos 70 minutos dum jogo num lance que nem falta era, para depois Soares Dias não mostrar o segundo ao Gilberto numa patada por trás ao Nuno Mendes que o deixa na enfermaria, e a seguir o mesmo Fábio deixar fazer tudo e um par de botas no Belenenses-Porto?

Outra coisa, no que respeita à uniformidade de critérios. Como é que se explica que o lance de Nanu não seja falta e o de Adán no mesmo Jamor seja falta e penálti? Nos dois casos não houve um choque entre dois jogadores a correr em direcções opostas para disputar a bola? O avançado é protegido no choque e o guarda-redes não? Desde quando? E se fosse o guarda-redes a ir para o hospital e o avançado do Porto continuasse em jogo?

Enfim, logo à noite temos um árbitro que no meio desta seita me merece respeito porque já o vi fazer boas arbitragens: Hugo Miguel. Confio que tenha um bom desempenho, que seja competente e imparcial. Porque é só isso que o Sporting Clube de Portugal pretende e exige.

 

PS: Vem agora a APAF, com muito jeitinho para não chatear ninguém, publicar este comunicado a dizer que dará todo o apoio a Fábio Veríssimo para o que se calhar vai ser coisa nenhuma, que a consciência é pesada:


«A linguagem dos agentes do futebol tem infuência directa na nossa sociedade. Quanto maior é o clube, maior é a visibilidade e, consequentemente, maior a responsabilidade nas palavras escolhidas. 
Ontem, vimos Sérgio Conceição, treinador do Futebol Clube do Porto, após o seu jogo, proferir ofensas graves à integridade humana e moral do árbitro Fábio Veríssimo e da sua equipa. É inadmissível que continuemos a aceitar este tipo de palavras e comportamentos em público como "normal no futebol". É urgente começar a medir as consequências das palavras proferidas.
A intenção foi clara, ferir o trabalho da arbitragem. No entanto, o resultado das palavras está à vista de todos e não foi a apologia uma discussão de decisões desportivas. Gerou-se o ódio e a irresponsabilidade, principalmente através da comunicação social e redes sociais.
Este não é o caminho certo, este é um caminho de retrocesso e irresponsabilidade.
O futebol também não é palco para ofensas, condenamos este comportamento e encaminhamos a queixa para todos os órgãos competentes. A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol dará todo o apoio jurídico ao árbitro Fábio Veríssimo e espera que este seja mais um mau exemplo que veremos condenado à luz da justiça dos órgãos competentes.
Por fim, deixamos uma palavra de solidariedade e desejo de rápidas melhoras ao atleta Eulânio Ângelo Chipela Gomes (Nanú), pois não existe resultado desportivo que esteja acima da vida humana.»

Expulsões atrás de expulsões

Texto de JMA

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Infelizmente esta praga arbitral estende-se a todos os escalões seniores de futebol do Clube, senão vejamos: na quinta-feira, Nicolai Skoglund nos sub-23 foi expulso; no sábado, na final da Taça da Liga, Pedro Gonçalves foi expulso; e no domingo, na equipa B, João Silva aos 58' e Edu Pinheiro aos 90+1 minutos foram expulsos (duas expulsões nos B).

Se houvesse jogos todos os dias tínhamos expulsões todos os dias da semana...

Curiosamente, tanto a principal equipa como a equipa B estão à frente da classificação dos seus respectivos campeonatos. É uma excentricidade digna do Guinness Book of Records que equipas que lideram os campeonatos sejam as mais caceteiras. Só [acontece] em Portugal e só acontece ao Sporting.

Isto é apenas o espelho da não-escolha de qualquer árbitro português para o maior evento futebolístico mundial, o Campeonato do Mundo na Rússia, alegadamente por falta de qualidade suficiente para lá estarem. Mas, sendo assim, por que razão a praga só recai sobre o Sporting?

Resposta que dá como prémio um curso de árbitro do Inatel, patrocinado pelos do costume.

 

Texto do leitor JMA, publicado originalmente aqui.

O campo cada vez mais inclinado

 

À 14.ª jornada do campeonato nacional de futebol:

 

Sporting - sancionado com 223 faltas de que resultaram 40 cartões amarelos (um cartão a cada 5,5 faltas).

FC Porto - sancionado com 221 faltas de que resultaram 24 cartões amarelos (um cartão a cada 9,2 faltas).

Benfica - sancionado com 207 faltas de que resultaram 29 cartões amarelos (um cartão a cada 7,1 faltas).

 

Caramba, o campo está cada vez mais inclinado.

Além de todos os outros obstáculos, Rúben Amorim e os nossos jogadores ainda têm de enfrentar mais este: os apitadores que distribuem cartões pelo Sporting como se o nosso emblema fosse um perigo público.

 

É altura de a Sporting TV dedicar um programa semanal a isto. Sem rodriguinhos, sem punhos de renda, sem conversa de chacha.

É chegado o momento de a Sporting TV estabelecer um ranking de árbitros anti-Sporting. 

Apresentando factos e números, suportados por imagens. E destacando os casos de comprovada reincidência na militância arbitral contra as nossas cores.

Incompetência ou má-fé

Texto de Luís Barros

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Como podemos classificar a atitude peregrina do Conselho de Arbitragem, uma hora depois do fim do jogo [Famalicão-Sporting]? E o comunicado da APAF? Qual o resultado efectivo do Apito Dourado? E o processo E-toupeira com a história das missas, padres e classificações? E os vouchers na Catedral da Cerveja?

Se começarmos a escrever um livro sobre todas as situações escandalosas na arbitragem em Portugal, Os Lusíadas iriam parecer um volume da colecção Vampiro.

Nas últimas semanas, assistimos a erros clamorosos em vários campos, mas só um elemento da arbitragem foi para a "jarra", curiosamente, aquele que "errou escandalosamente" no golo do Pedro Gonçalves. Onde estava a APAF para defender o seu associado?

Só assistimos a estas atitudes deploráveis por parte dos elementos destas instituições, com determinados clubes. Isso demonstra incompetência ou má-fé.

Não quero que o Sporting seja beneficiado, mas também não admito que seja prejudicado. Tal como não pretendo que outros, poucos, sejam constantemente beneficiados em prol de outros, muitos, inúmeras vezes espoliados.

Uma vez por todas, quem está na arbitragem deve assumir equidistância e justiça e exigir competência e qualidade a quem a exerce. Só assim poderão sair do ambiente lodoso onde estão enterrados.

Não nos esqueçamos que a justiça portuguesa pode tardar, mas funciona.

 

Texto do leitor Luís Barros, publicado originalmente aqui.

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