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És a nossa Fé!

Depois de apitar o Sporting é tempo de pôr as pantufas

É assim que o apitador João Pinheiro parece encarar o problema, ele aparecer como árbitro ou como VAR em jogos do Sporting é sinónimo de penáltis e expulsões, levado ao colo pela APAF e sempre disposto a disparar primeiro e pensar depois quando o Sporting está envolvido.

Depois, quando confrontado com mais uma actuação lamentável com influência no resultado, mete as pantufas e vai passear o cão para o quintal.

A falta de vergonha desta gente não tem limites.

Mas é só o Pinheiro? Que dizer da dupla Narciso / Nobre, um VAR que se está a lixar para um árbitro que não quer saber do que lhe diz e tem a mania que é o melhor do mundo? Manda-o apitar sozinho, e mais uma vez quem se lixa é o Sporting.

Dizem alguns, nostálgicos daquele que berrava muito só pelo prazer de se ouvir, e que andou a promover o lampião Proença para presidente da Liga, que logo deveria o presidente vir a terreiro denunciar o roubo de Vila do Conde.

Para quê exactamente? Ficou à vista de todos, bem documentado na comunicação social. Dizer o quê?

Se o protesto (que já existiu antes dirigido ao próprio Pinheiro e incluindo uma crítica construtiva ao funcionamento do VAR e aos problemas derivados de árbitros em actividade andarem a fazer de VAR de colegas com os quais competem pelas notas e promoções) servisse para afastar de vez uma geração corrompida pelas máfias do Pinto da Costa e do Vieira, apostar nos mais novos e trazer árbitros estrangeiros para apitar na Liga portuguesa valia a pena.

Assim, mais vale estar calado.

SL

Evidenciar o evidente

Arrefecidas as emoções, dissipada a azia, se calhar é altura de evidenciar o evidente, nomeadamente:

1. Que João Pinheiro, que anda a ser levado ao colo pela APAF, juntou mais um episódio ao já vasto cadastro de roubos ao Sporting, quer como árbitro quer como VAR. A lista de roubos de que A Bola dá notícia hoje peca apenas por defeito.

2. Que Frederico Varandas, ao contrário de intervenções anteriores sobre a arbitragem onde quis dar confiança a um APAF Fontelas Gomes sempre disponível para lhe enfiar uma faca nas costas, esteve muito bem naquilo que agora disse sobre o tema. E é exactamente nesse registo que o Sporting deve continuar, sem "ladrar ao vento" sem quaisquer consequências como fazia Bruno de Carvalho, mas sem deixar de passar em claro, sem calimerices, apontando factos evidentes, a parcialidade deste CA / APAF e o ressabiamento de determinados árbitros e ex-árbitros agora VAR ou comentadores relativamente ao Sporting. Isso inclui denunciar quaisquer tentativas desta gente de montar esquemas potencialmente ainda mais mafiosos do tipo Organismo Autónomo de Arbitragem ou lá o que seja. Frederico Varandas teve o pleno do Sporting com ele, incluindo até aparentemente a JuveLeo, tenha ou não tido mais uma cena canalha e caricata de mandar tochas para a área do Adán com o Sporting a ganhar.

3. Que Rúben Amorim tem de medir muito bem o risco antes de ir atrás da vitória num jogo desfavorável em vez de segurar o empate. O campeonato é longo e todos os pontos contam, é pela segurança do controlo do jogo e não pelo risco do descontrolo que o Sporting lá irá, quem não gostar de ver o Sporting a jogar por vezes para trás e para os lados que mude de canal para o campeonato inglês. E a equipa ter isso bem presente também. Sim, mas o Sporting foi campeão a arriscar no final dos jogos e a apostar na anarquia criativa? Realmente foi mas duvido que volte a ser. Se for ao casino, arriscar e sair de lá rico, o melhor que tenho a fazer é jogar com calma na próxima vez que lá voltar.

4. Que Hugo Viana, de acordo com Amorim, precisa de reforçar o plantel no mercado de Inverno a começar pela linha média. Pretender que nesta época  St. Juste seria um Diomande, Bragança um Matheus Nunes e Essugo um Ugarte, se calhar foi mesmo sonhar acordado. Pretender que Trincão seria um novo Sarabia também. Em vez de dois altos e louros, deviam ter vindo três ou quatro. O melhor onze do Sporting continua a ser o melhor onze da 1.ª Liga. O problema é quando deixa de poder estar em campo.

 

PS : Comentários de papagaios azuis, assumidos ou travestidos de sportinguistas ou tasqueiros, seguem directamente para a ETAR.

SL

Arbitragem APAF

A arbitragem portuguesa tem uma triste história de parcialidade ou até mesmo de corrupção passiva às mãos de FC Porto e Benfica. O livro "Golpe de Estádio" explica bem a forma como Pinto da Costa e Reinaldo Teles minaram e conquistaram a arbitragem contando com o "trio de pintos"  como Adriano Pinto (o dos "chitos"), Sardoeira Pinto e o inefável Lourenço Pinto, exactamente aquele que agora como presidente da AG do clube assistiu impávido às intimidações e agressões a sócios do clube sem nada fazer e muito menos chamar as autoridades. Autoridades essas que do Porto fizeram como a avestruz. Assim tivemos os casos Calheiros, Apito Dourado, e depois o Benfica de Luis Filipe Vieira com os "Padres e as Missas".

A APAF, como estrutura e como comunidade de árbitros e ex-árbitros, alguns no VAR, outros comentadores e especialistas na TV e nos jornais, tem sido o refúgio dos árbitros para protecção e conforto espiritual dos piores desempenhos e para promoção de alguns para um estrelato nacional e europeu que não encontra justificação na sua capacidade e isenção. João Pinheiro é o último produto dessa fábrica corporativista de apitadores do apito.

Além disso, conseguiu a APAF ganhar protagonismo na gestão da arbitragem, através dum falso conceito de independência dos clubes, e montou com o ex-vice-presidente do FC Porto Fernando Gomes, um CA gerido por elementos da APAF. Obviamente falso, porque os ex-árbitros que lá estão, por exemplo Paulo Costa, estão conotados com clubes, no caso o FCP. Outros estarão com o Benfica.

O Sporting, algumas vezes por opção própria mas principalmente pela instabilidade a nível de presidente, perdeu desde há muito protagonismo na gestão do futebol em Portugal. Bruno de Carvalho andou na campanha por Pedro Proença e por isso está lá um seu ex-vicepresidente. Rui Caeiro, penso que também Bruno Mascarenhas desempenhou um papel de representante do Sporting de que recusou abdicar depois da queda do seu presidente. Nada fizeram que se conheça em benefício do Sporting. Na gestão da arbitragem desde há muito não temos qualquer protagonismo.

 

A introdução do VAR, à boleia das autoridades internacionais da arbitragem, veio de facto introduzir a verdade desportiva minimizando os "roubos de igreja" dos tempos anteriores. Mas mesmo esse mecanismo e o protocolo associado tem vindo a ser manipulado para uso interno para gáudio de treinadores batoteiros e se calhar com "inside information" como Sérgio Conceição. Então temos os "penáltis de contacto", as expulsões por "cara na mão", os VARs "frame-a-frame", etc... Para roubar a casa, se não se rebenta a porta, entra-se pela janela.

Esta arbitragem do Soares Dias foi mais uma "arbitragem APAF" a que o Sporting teve direito esta época, menos vergonhosa do que as de Manuel de Oliveira e António Nobre, mas que desde o primeiro minuto mostrou uma dualidade de critério completo, nas faltas marcadas e nos amarelos mostrados. Que, independentemente dos méritos duns e erros doutros, decidiu o resultado do dérbi, porque a jogar com 10 desde o início da segunda parte a derrota do Sporting seria sempre o resultado mais provável. Quando é que o Benfica ou o FC Porto ficaram reduzidos a 10 num clássico por faltinhas como as do Inácio? Quantas são precisas para o Pepe ou o Otamendi serem expulsos? Recordemo-nos também que foi o mesmo Soares Dias a tentar oferecer o campeonato ao FCP expulsando o mesmo Gonçalo Inácio com dois amarelos consecutivos no jogo de Braga quando fomos campeões.

 

Mas se "tudo isto é triste, tudo isto é fado", se isto tem sido assim e vai continuar a ser, o que pode o Sporting fazer? Denunciar a situação com voz grossa, fazer papel de calimero nas conferências de imprensa? Elogiar Fontela Gomes como mal menor?

Eu só vejo duas:

1. Lutar por uma arbitragem independente, fora do controlo da APAF e auditada externamente.

2. Capacitar treinador e jogadores da inteligência emocional nececessária para gerir arbitragens adversas, o que implica ter um especialista em arbitragem dentro da estrutura conhecedora do "sistema" e dos árbitros com que se tem de lidar. Estava Gonçalo Inácio preparado para defrontar Soares Dias? Ou Edwards ? Ou Trincão? Obviamente que não.

 

Deixo aqui a pergunta, apenas para Sportinguistas. Comentários da "sardinhada" habitual seguem directamente para o lixo:

No que respeita à arbitragem, o que pode o Sporting fazer para dar a volta a esta situação que no fundo configura uma concorrência desleal?

SL

A APAF

Há no futebol luso uma Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, mais conhecida como APAF. Esta entidade tem por obrigação essencial “promover e defender os árbitros portugueses, como refere no primeiro dos seus sete pontos dos estatutos.

Sempre pensei que este tipo de agremiação, quase sindical, teria algum cuidado e atenção para com os seus associados quando muitos deles são ampla e publicamente acusados de não serem isentos.

A verdade é que nenhum dos actuais árbitros intervenientes no nosso futebol de 11 foi convocado para o próximo Mundial que se realizará no fim deste ano no Catar.

Pior que esta já normal e esperada ausência da fase final do Mundial, é a APAF não vir publicamente dizer alguma coisa, pedir explicações e acima de tudo provar que defende os seus associados.

Sintomático de que as entidades europeias de superintendem o futebol percebem que em Portugal os árbitros não são juízes competentes, mas tão-somente meros monges ao serviço de um qualquer Papa futebolístico!

Nota de rodapé: tivesse o Sporting vetado um árbitro para uma qualquer partida, como fez noutros tempos, e provavelmente a APAF já saberia dizer alguma coisa!

A triste arbitragem que temos

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Para um pequeno país periférico como Portugal, temos no futebol profissional um dos principais expoentes da nossa capacidade e talvez o maior motivo de orgulho dos portugueses espalhados pelo mundo. Temos alguns dos melhores futebolistas da actualidade, alguns dos melhores treinadores, mesmo alguns dirigentes muito bem conceituados internacionalmente, temos até (dizem) o melhor empresário do mundo. 

Então para alguém que não conheça o burgo é dificil perceber porque é que não existe um árbitro português reconhecido internacionalmente e, para quem conheça, porque é que a arbitragem portuguesa é tão medíocre.

 

Antes do mais, em que consiste uma boa arbitragem? Assim de repente diria o seguinte:

1. Na interpretação correcta, uniforme e com base no bom senso das leis do jogo, procurando sempre valorizar o espectáculo desportivo.

2. Num estilo sóbrio mas assertivo de apitar que garanta o respeito dos jogadores e corte pela raiz eventuais excessos.

3. Na imparcialidade durante o jogo e durante a época, apitando de igual forma lances idênticos com diferentes jogadores e clubes envolvidos.

4. Na capacidade de deixar jogar no limite permitido pelas leis do jogo, sabendo identificar claramente as situações que ultrapassaram esses limites e tomar as decisões daí decorrentes.

 

Vemos aqueles que alguns dizem ser os melhores árbitros do momento, um Soares Dias, um Fábio Veríssimo, um Tiago Martins, um Luís Godinho, e nada disto são capazes de fazer. São uns artistas que apitam como querem e lhes apetece, que querem controlar o jogo à maneira deles, comprometidos com uns e outros, e com as costas quentes por um CA controlado pela APAF, ou seja, por eles mesmo.

A introdução do VAR foi uma conquista importante para impedir que algumas decisões claramente erradas fossem em frente, mas não serve para fazer de maus árbitros bons árbitros e, mal utilizado, pode servir para que maus árbitros se tornem ainda piores (vide Sporting-Porto e Famalicão-Sporting).

 

Como é que chegámos a este ponto?

Em primeiro lugar, se estamos mal agora ainda estivemos pior no passado, quando o Porto controlava a arbitragem e se roubava à descarada. O livro Golpe de Estádio conta como Reinaldo Teles e Pinto da Costa montaram o "sistema" que durou muitos anos, com prendas, quinhentinhos, prostitutas, árbitro novinho era árbitro seduzido e corrompido. Quem queria subir e chegar longe tinha que alinhar. Quem desalinhava tinhar azar na vida, como aconteceu com Francisco Silva.

Depois o Benfica foi atrás e vieram os padres e as missas, as ordenações de novos padres, no fundo a mesma sedução e corrupção mas feita doutra forma. E estamos na situação em que estamos: maus árbitros, árbitros apadrinhados, árbitros que estão no bolso duns ou doutros. E os novos têm outra vez que alinhar, uma das melhores arbitragens desta época do Sporting foi dum jovem árbitro em Alvalade, teria de procurar o nome que já não me recordo, e na altura quando fui ver a avaliação do "comentador de arbitragem", tinha sido negativa. A mensagem foi clara: assim não te safas, amigo.

 

Agora até os maus árbitros de há alguns anos se tornaram comentadores de arbitragem, para branquear a situação e iludir o pagode. O caso mais mediático é o de Duarte Gomes, o tal "comentador de arbitragem" de que eu falava e que o Pedro Oliveira costuma aqui trazer, que prima pelo malabarismo corporativista e pelo ressabiamento no que diz respeito ao Sporting.

Como mudar isto? Como impedir que um Fábio Veríssimo qualquer mostre o primeiro amarelo dum jogo ao Palhinha aos 70 minutos dum jogo num lance que nem falta era, para depois Soares Dias não mostrar o segundo ao Gilberto numa patada por trás ao Nuno Mendes que o deixa na enfermaria, e a seguir o mesmo Fábio deixar fazer tudo e um par de botas no Belenenses-Porto?

Outra coisa, no que respeita à uniformidade de critérios. Como é que se explica que o lance de Nanu não seja falta e o de Adán no mesmo Jamor seja falta e penálti? Nos dois casos não houve um choque entre dois jogadores a correr em direcções opostas para disputar a bola? O avançado é protegido no choque e o guarda-redes não? Desde quando? E se fosse o guarda-redes a ir para o hospital e o avançado do Porto continuasse em jogo?

Enfim, logo à noite temos um árbitro que no meio desta seita me merece respeito porque já o vi fazer boas arbitragens: Hugo Miguel. Confio que tenha um bom desempenho, que seja competente e imparcial. Porque é só isso que o Sporting Clube de Portugal pretende e exige.

 

PS: Vem agora a APAF, com muito jeitinho para não chatear ninguém, publicar este comunicado a dizer que dará todo o apoio a Fábio Veríssimo para o que se calhar vai ser coisa nenhuma, que a consciência é pesada:


«A linguagem dos agentes do futebol tem infuência directa na nossa sociedade. Quanto maior é o clube, maior é a visibilidade e, consequentemente, maior a responsabilidade nas palavras escolhidas. 
Ontem, vimos Sérgio Conceição, treinador do Futebol Clube do Porto, após o seu jogo, proferir ofensas graves à integridade humana e moral do árbitro Fábio Veríssimo e da sua equipa. É inadmissível que continuemos a aceitar este tipo de palavras e comportamentos em público como "normal no futebol". É urgente começar a medir as consequências das palavras proferidas.
A intenção foi clara, ferir o trabalho da arbitragem. No entanto, o resultado das palavras está à vista de todos e não foi a apologia uma discussão de decisões desportivas. Gerou-se o ódio e a irresponsabilidade, principalmente através da comunicação social e redes sociais.
Este não é o caminho certo, este é um caminho de retrocesso e irresponsabilidade.
O futebol também não é palco para ofensas, condenamos este comportamento e encaminhamos a queixa para todos os órgãos competentes. A Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol dará todo o apoio jurídico ao árbitro Fábio Veríssimo e espera que este seja mais um mau exemplo que veremos condenado à luz da justiça dos órgãos competentes.
Por fim, deixamos uma palavra de solidariedade e desejo de rápidas melhoras ao atleta Eulânio Ângelo Chipela Gomes (Nanú), pois não existe resultado desportivo que esteja acima da vida humana.»

A honra perdida do senhor Godinho

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Já não bastava um turbo-comunicado veiculado por um putativo porta-voz do Conselho de Arbitragem, minutos após o fim do Famalicão-Sporting, ter assegurado ao País - via agência Lusa - que o miserável desempenho do apitador Luís Godinho atingira nível de excelência.

É a primeira vez que algo semelhante ocorre: em escassos minutos, um órgão colectivo reúne, analisa, delibera e difunde a deliberação, esquecendo-se apenas de tirar a máscara ao anónimo porta-voz. Parece uma rábula do Ricardo Araújo Pereira, mas aconteceu mesmo, na noite de sábado, com a depressão Dora ainda à solta.

 

Na mesma linha deste corporativismo saloio, saindo em defesa do indefensável, surge agora a inefável Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol em apoio incondicional a Godinho, urrando contra «a linguagem utilizada por diversos agentes com responsabilidades acrescidas no futebol português». Num ridículo comunicado bilingue - redigido igualmente em inglês, talvez na esperança de que venha a ser alvo de análise na ONU - a APAF considera «inaceitável» a lesão da «honra e do bom-nome» de Luís Godinho (nome omitido no comunicado). Esquecendo um facto fundamental: quem insiste em ferir a honra do senhor Godinho, reiteradamente, é o próprio senhor Godinho.

E logo parte do suspiro lacrimejante de virgem ofendida para a ameaça façanhuda, revelando ter «encaminhado para o Conselho de Disciplina as declarações proferidas após os jogos do fim-de-semana e remetido queixas para outros órgãos judiciais e associativos no sentido de apurar responsabilidades».

 

De caminho, insulta. Qualificando de «total irresponsabilidade» o atrevimento daqueles que ousaram contestar o péssimo trabalho de Luís Godinho exercendo o direito à livre expressão garantido na Constituição da República Portuguesa. Quer impor a lei da rolha, como desabafa sem rodeios: o que se pretende é «banir, de uma vez por todas, este tipo de discursos [isto é, as críticas] no futebol em Portugal».

Rolha, portanto, mas só para os outros. Como ironizava Millôr Fernandes, «toda regra tem exceção. E se toda regra tem exceção, então, esta regra também tem exceção e deve haver, perdida por aí, uma regra absolutamente sem exceção». Perguntem à APAF.

Ladrão que rouba a ladrão... tem 100 anos de perdão

É realmente comovedor ouvir o Sérgio Conceição, mais a corte de comentadeiros e paineleiros afectos, lamentar-se de tudo e mais alguma coisa, da qualidade do árbitro, da protecção aos poderosos, ao fim e ao cabo dum resultado falseado. Na terminologia introduzida pelo saudoso José Maria Pedroto, dum roubo de igreja.

Também ele, Conceição, se queixa agora da pressão do Pepe Guardiola e do banco do Manchester City sobre a arbitragem.

Se calhar o Sérgio expressou-se mal... o que ele queria era exprimir a sua indignação pelo Godinho não ter sido o árbitro e o Tiago Martins o VAR. Não entende porque é que o Fontela Gomes e a APAF não mandam na UEFA. 

Realmente, não se compreende...

SL

Hoje giro eu - APAF de apito mudo ou Liga de ouvido surdo?

Ponto de partida: a Comunicação Social tem vindo a citar fontes da arbitragem que mostram o desconforto sentido pelo sector pelo facto de a Liga portuguesa há muito não melhorar as condições salariais dos árbitros.

Analisando os dados disponíveis na internet sobre esta matéria, obtive a seguinte informação:

1) um árbitro internacional (existem 9) recebe um valor fixo mensal de 2500 euros/mês;

2) por cada jogo da 1ª Liga, um árbitro recebe 1342 euros/mês, valores pagos em recibos verdes;

3) por cada jogo da 2ª Liga, um árbitro recebe 939 euros/mês, valores pagos em recibos verdes;

4) um árbitro internacional que apite por mês 2 jogos da 1ª Liga e 2 jogos da 2ª Liga tem um vencimento de 7062 euros;

5) por cada jogo da Champions ou da Liga Europa, um árbitro recebe 4800 euros, 5800 euros a partir dos quartos-de-final.

6) o Presidente da República recebe cerca de 6700 euros/mês.

 

Agora, os Leitores tirem as suas conclusões...

 

O árbitro não é o protagonista do jogo. As vedetas são os jogadores e ainda há pouco tempo vi na imprensa noticias que davam conta de salários de cerca de 2000 euros/mês pagos por clubes da segunda metade da tabela em termos de orçamento.

Ponderando estes dados e tendo em conta o valor relativo dos vencimentos, conclui-se que os árbitros são bem pagos.

 

Vem tudo isto a propósito das recentes declarações do presidente da APAF, senhor Luciano Gonçalves, anunciando que os árbitros iriam pedir dispensa dos jogos da Taça da Liga a serem disputados em Novembro e Dezembro, algo que a imprensa conotou com um braço-de-ferro entre a classe e Pedro Proença relacionado com a ausência de aumentos dos vencimentos dos árbitros nos últimos anos.

Luciano Gonçalves, no entanto, apenas referiu as declarações de dirigentes e comentadores sobre a arbitragem, bem como perseguições a que os árbitros estariam a ser sujeitos por parte de desconhecidos, tais como telefonemas anónimos para as suas residências, visitas às escolas dos filhos e aos empregos das mulheres, e outro tipo de pressões.

É evidente que estes factos são simplesmente abomináveis e que qualquer cidadão responsável deve repudiá-los e deles demarcar-se. As forças policiais têm a obrigação de proteger as pessoas e as familias deste tipo de acontecimentos e devem agir com prontidão. 

Por outro lado, é público e notório que a emotividade enerente às declarações dos dirigentes diminuiu bastante nos últimos tempos pelo que o timing desta escusa em apitar jogos surpreende. Esta é apenas uma face da moeda. A outra metade, onde não se nota evolução ao longo dos tempos, é que os dirigentes associativos do sector continuam a não entender o essencial. Para acabar a suspeição, é fundamental separar o trigo do joio. Nem todos os árbitros serão competentes, nem todos os árbitros saberão afastar as pressões e desempenhar o seu papel com equidade. Um árbitro pode dar mau nome a todos os outros se não houver a capacidade de o expurgar, algo aliás transversal a todos os sectores de actividade do país. Não compreender isto é de um corporativismo bacoco.

O próprio presidente da APAF já deu mostras de alguma falta de bom senso quando alegadamente pediu bilhetes baratos para um jogo do Benfica, em nome de uma instituição de beneficiência da qual é membro da Assembleia Geral, salvo erro. E isso foi notório porque não é possível a quem é líder associativo da arbitragem despir essa qualidade em qualquer momento, mais a mais atendendo o clima que se vive. Também porque, a serem verdadeiros os emails, logo o Benfica viu uma oportunidade no pedido, relacionando a oferta dos bilhetes com um processo onde Luciano Gonçalves seria testemunha de interesse.

Há uma investigação do Ministério Público e da Policia Judiciária em curso. Os alegados emails mostram uma clara preferência por determinados árbitros por parte de indivíduos que as autoridades deverão escrutinar que tipo de relação têm (ou não) com um determinado clube. O momento deveria exigir contenção, é o tempo da Justiça, e os bons árbitros deveriam compreender isso. Há que criar condições para que não haja pressões sobre a arbitragem, mas só vejo a classe indignar-se com o que é feito a jusante, as declarações de descontentamento dos dirigentes, nem tanto com toda a construção que permite que os árbitros possam ser condicionados (ou se auto-condicionarem) a montante, antes de o jogo principiar, algo visível nos alegados emails, onde se podem vislumbrar pedidos de ajuda a dirigentes com suposto poder, figurinhas tipo empresário do árbitro, etc.

Se não tiver estado suficientemente alerta que me desculpem, mas não vejo o presidente da APAF indignar-se com uma suposta lista com informações sobre a vida amorosa dos árbitros, um pedido de esclarecimento sobre o papel de ex-árbitros e sua relação com os clubes e os actuais árbitros, o papel de um ex-nomeador dos árbitros ou as avarias do VAR que prejudicaram a imagem de Nuno Almeida. Também não o vejo indignar-se com a UEFA ou a FIFA, por não termos tido árbitros portugueses nas fases finais das últimas grandes competições internacionais por selecções...

Este não é o momento de reivindicações. Este é o momento para limpar definitivamente o sector, criando um conjunto de regras e procedimentos - o tal Código de Ética do agente desportivo - que permita aos árbitros estarem tranquilos, poder decidir em consciência e prestigiarem-se perante a opinião pública. Que se proíbam todas as situações de conflito de interesses - especialmente que se esteja atento ao papel de observadores e delegados ou ex-delegados da Liga - e que quem as infrinja seja severamente punido, seja quem fôr, seja de que clube fôr. Mas, sobre isto, Luciano Gonçalves nada diz... 

 

Fontes:http://www.maisfutebol.iol.pt/liga-afinal-quanto-ganham-os-arbitros

http://apitonacional.com.br/noticias/salario-arbitros-europa.html

https://tvgolos.pt/quanto-ganha-um-arbitro-futebol-portugal/

Ética - APAF

Esperar que o presidente da APAF, senhor Luciano Gonçalves, protagonize importantes reformas na arbitragem portuguesa é um pensamento extremamente ingénuo. Em primeiro lugar, porque o senhor é eleito pelos próprios arbitros, depende destes para a sua eleição e estes não parecem capazes de se despir de "modus-operandi" antigos e de um corporativismo vetusto (embora acredite que os mais categorizados não se revejam nesta situação), surgindo agora, alegadamente, a figura do empresário de arbitros, a meter cunhas. Assim, em vez de garantirem a sua independência, os arbitros criam as suas próprias dependências, num processo pouco claro e que levanta suspeição sobre a meritocracia das classificações (vidé declarações de Marco Ferreira). Em segundo lugar, porque o senhor já demonstrou não fazer bom juízo das situações e de não ter o mais elementar bom senso, quando julgou ser possível despir-se do seu cargo para, em nome de uma associação sem fins lucrativos, pedir "bilhetes baratos" a um clube de futebol. A alegada troca de correspondência interna nesse clube demonstra o pecado original da coisa, tipo "testemunha em processo do nosso interesse". Alguém imagina o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pedir uma benesse para a Associação de Banhistas da Praia da Conceição, a título individual, dissociando-se do seu cargo de mais alto magistrado da nação?

O Zé Manel é cego

Há neste Mundo muitas pessoas invisuais que felizmente conseguiram e conseguem superar a falta deste tão importante sentido e se destacam nas mais variadas profissões e cargos, demonstrando uma enorme capacidade de adaptação e vontade de vencer (n)a vida e o infortúnio. Há até um membro do actual governo, Ana Sofia Antunes, que é invisual, por curiosa coincidência e consta que está a fazer um excelente trabalho.

Não é o caso do Zé Manel, que tem dois olhos funcionais. Contudo parece só ver com um deles e como agravante é ainda zarolho, só olha para um lado.

Mostraram-lhe um mapa onde está a localidade de Alcanadas.

Aguardamos todos aqui, pacientemente, que ele vire a cabeça para cima e com o canto daquele globo funcional, se aperceba de alguma marosca.

Eu, por mim, continuo com aquele sofá confortável que já comprei há algum tempo, para situações similares.

As caras dos protagonistas

Do sítio da APAF na internet, público portanto.

Após consulta do quadro de nomeações no sítio da FPF, público portanto.

É este o senhor que atribuiu a Jorge Sousa uma classificação excelente (8,6 salvo erro), no jogo Benfica-Sporting, onde ficaram por marcar duas claras grandes penalidades a favor do Sporting.

Caso para dizer que basta um Coelho. 

E nem vislumbre de cajadada. Salvo seja.

 

Carlos Coelho.jpg

 

A quem aproveita isto?

Títulos de primeira página - repito: de primeira página - da imprensa desportiva deste domingo:

O Jogo - "Carro do árbitro apedrejado à saída de Alvalade"

Record - "Carro do árbitro apedrejado"

A Bola - "Carro do árbitro Manuel Oliveira apedrejado à saída de Alvalade"

 

Horas depois, em directo num canal televisivo, o presidente da APAF, José Gomes, desmentia cabalmente estas pseudo-notícias. E o próprio árbitro Manuel Oliveira acabou por declarar também que não houve apedrejamento algum nem se apercebeu de qualquer atitude hostil fora do estádio.

Pergunto: a quem aproveita tudo isto?

O maior espectáculo do mundo

Ontem, entre jantar e fazer horas para coisas sérias (o FCP-SCP em andebol: bom jogo, apesar da derrota literalmente no último segundo), ainda assisti à primeira parte de mais um espectáculo circense da parelha SLB-APAF. Gostei. Os artistas são bons, há muito espalhafato, muito apito. Parece-me é que os números estão a ficar um bocadinho estafados. A história é quase sempre a mesma: há uns tipos de t-shirt vermelha com uma roda de bicicleta pendurada ao peito que fazem de palhaços ricos e que saem sempre por cima com a ajuda de um sujeito que anda por lá a soprar num assobio; e depois há uns tipos que vestem t-shirts de cores variadas e que fazem de palhaços pobres e saem sempre por baixo por causa do tal sujeito do assobio. Parece que estes que estiveram lá ontem regressam no fim-de-semana. Se fosse a eles, deixava a carteira em casa.

Aliados contra o Sporting

 

Cabelo do Aimar: «Ver representantes televisivos do FCP e do SLB, alguns com responsabilidades oficiais nos seus clubes, aliados contra o Sporting Clube de Portugal, no que é obviamente um enorme erro arbitral que custou 2 pontos e a liderança isolada, explica muito do que é o futebol nacional neste momento. (...) Também foi interessante verificar o pedido da APAF no sentido da liga penalizar de forma exemplar o discurso do presidente leonino quando se sentiu, muito justamente diga-se, injustiçado pela actuação do Mota em Alvalade... É que essa reacção contrasta conspicuamente com o silêncio quando foram os presidentes rivais a vir a terreiro por outros jogos onde se sentiram, justamente ou não, injustiçados.»

Incompetentes

Depois da nota negativa a Duarte Gomes, o senhor de apito a quem o Sporting deve a prematura eliminação da Taça de Portugal pela sua vergonhosa actuação no estádio da Luz, a história repete-se agora com Manuel Mota: segundo noticia o Record, o cavalheiro de Braga que anulou um golo limpo à nossa equipa foi avaliado também com nota negativa pelo observador da arbitragem que assistiu ao Sporting-Nacional. De nada lhe serviu ter como testemunha abonatória míster Manuel Machado, único indivíduo capaz de descortinar uma falta inexistente a 70 metros do respectivo bigode.

 

Contra estes incompetentes, que arrastam o futebol português pela lama, é que eu gostaria de ver enérgicas tomadas de posição da APAF.

Ainda o Capela

O presidente da APAF José Gomes afirma que as críticas ao desempenho de João Capela no pré-fabricado se justificam pelo facto do Sporting não ter conseguido com os seus jogadores a vitória, passando a sua frustração da derrota para o árbitro. Só duas ou três coisinhas, Sr. João Gomes:

 

Foi precisamente pela incompetência de João Capela que o Sporting perdeu o jogo. Ou acha que a não marcação de várias penalidades e a consequente acção disciplinar sobre os jogadores adversários não tem qualquer influência no desfecho do jogo?

 

A APAF devia ser a primeira a defender os árbitros e neste caso, se reconhecesse os erros do seu associado, estava a defendê-lo de possíveis ataques quanto à sua idoneidade como homem do apito. Ao preferir uma reacção corporativista, indo ao cúmulo de considerar a arbitragem de domingo como boa, abre a porta a que se aventem diversas considerações para uma actuação tão vergonhosa como aquela, a incompetência foi aqui posta de lado por José Gomes. Ora se não foi incompetência foi o quê? Por vezes pensar um pouco, tentar ver mais além do que o mediático instantâneo, antes de falar é preferível e aconselhável.

 

Para este ou outro qualquer caso de más arbitragens é indiferente vir para a praça pública afirmar que o árbitro está de consciência tranquila, aliás só piora a imagem deste. Alguém que tem uma actuação como a de domingo no pré-fabricado e está de consciência tranquila diz tudo sobre essa pessoa.

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