Ouvi Rúben Amorim na conferência de imprensa, mais uma vez excelente, e concordo com ele que para ganhar em Faro o Sporting tem de ter muito mais bola que o adversário e não deixar nunca o jogo partir-se, concedendo contra-ataques perigosos aos adversário. O perigo, excepto agora no livre belissimamente marcado pelo jogador do Rio Ave, tem estado nas saídas a jogar pelo eixo central sem a equipa estar bem posicionada para o efeito, e nas costas dos alas que perdem a bola no momento do ataque. De resto, o trio de defesas tem estado muito forte em todos os domínios do jogo e os dois pontas de lança são os primeiros a defender bloqueando a saída de bola contrária.
Daqui a um pouco já vemos como ficaremos na tabela se ganharmos em Faro. Confio que com mais ou menos dificuldade os 3 pontos serão nossos.
PS: O TM actualizou os valores dos plantéis dos três grandes:
Benfica - De 344,5 M€ para 359,6M€
FCPorto - De 283,5M€ para 289M€
Sporting - De 241,9M€ para 280,3M€
SCBraga - De 124,7M€ para 126,2M€
Se calhar, o 2.º lugar neste ranking está agora bem perto de acontecer.
Se calhar muitos ainda não perceberam a importância da vitória na Áustria, e não falo daquela seita letal ao Sporting que enxovalha o treinador e os jogadores nas redes sociais até ao momento do golo da vitória e depois desaparece como que por encanto.
O Sporting conseguiu ganhar fora na Liga Europa rodando jogadores, "alargando" o plantel, e possibilitando que amanhã tenhamos Morita, Esgaio, Nuno Santos, Pedro Gonçalves e Edwards nas melhores condições físicas frente a um.sempre difícil Rio Ave.
Huljmand, Gyökeres e Diomande são mesmo excelentes contratações, e nesta equipa de Amorim muito irão evoluir. Arrisco-me a dizer que não me recordo de nenhum defesa do Sporting nos últimos 50 anos com a potência física de Diomande nem nenhum atacante com a de Gyökeres. Essa característica estava a faltar no Sporting nos últimos anos.
Nem tudo está bem. O talentoso Trincão parece atravessar uma crise de confiança alarmante. Para a ultrapassar precisará do apoio de todos. E os jovens de Alcochete do plantel não estão a constituir uma real mais-valia do mesmo. De Catamo ja falei, realmente estranho que Essugo esteja a passar ao lado da época, e se não conta precisávamos de mais um médio-centro. O trio que veio do Porto, agora integrado na B, ainda não demonstra o potencial que se previa.
Sendo assim, prevejo que amanhã o Sporting consiga controlar o jogo do primeiro ao último minuto, que Adán tenha muito pouco que fazer, e que não seja necessário entrar nos minutos de compensação para conquistarmos os 3 pontos.
Lotação esgotada em Alvalade para um Sporting-Famalicão que promete. Um adversário muito complicado nos últimos anos que ainda há pouco derrotou o Braga na Pedreira.
Casa quase cheia, muitos detentores de gameboxes que estiveram ausentes no último jogo pelo período de férias vão marcar presença, como eu. Ficarão apenas semi-vazias as áreas das claques pelos motivos conhecidos e com certeza haverá mais pirotecnia, como houve em Rio Maior, em zonas que deveriam ser de famílias.
Quanto ao jogo em si, o grande problema com este adversário costuma ser deixar partir o jogo e entrar num jogo corrido de área a outra, sem controlo ao nível do meio-campo.
Este ano Rúben Amorim arquitectou um híbrido 3-4-3 / 4-2-4 que carece ainda de afinação. Com um ala, no caso Nuno Santos, bem projectado no ataque, Inácio descai para a esquerda e sem pressão no meio-campo Coates fica "entregue aos bichos".
Espera-se que Hjulmand a trinco e Morita a pressionar alto resolvam o problema e libertem o trio/quarteto atacante para encostar o adversário às cordas e acabar com o jogo cedo.
Trio esse que pode variar conforme o jogo. Serão cinco jogadores para três posições, todos serão úteis. Claro que Pedro Gonçalves e Gyokeres são essenciais.
Amanhã à noite em Rio Maior o Sporting irá defrontar um Casa Pia muito bem orientado e estruturado que nos vai fazer a vida bem difícil. E eu vou lá estar, depois do raide bem sucedido à bilheteira de Alvalade.
O jogo inaugural do Sporting lembrou muito a "montanha-russa" que foi a época passada. Primeira parte demolidora mas perdulária, segunda displicente até deixar fugir a vantagem, um final de jogo de nervos, tudo ao molho e fé no Coates.
O grande problema do momento do Sporting é o meio-campo, quer pelas características dos jogadores que compõem a dupla, quer pela sua falta de articulação com alas e interiores no momento de recuperação defensiva, quer pela sua incapacidade física de aguentar 90 e tal minutos em bom desempenho. Espera-se que com a vinda de Hjulmand para a posição 6, Rúben Amorim defina duma vez por todas quem é o titular da posição 8, Pedro Gonçalves, Morita ou (improvável) Daniel Bragança.
Outro problema é a forma como Trincão e Edwards estão a começar a época, desligados, individualistas, desarticulados do resto da equipa. Outro ainda é a falta de adaptação de Catamo e Afonso Moreira à posição de ala, falhos de recuperação defensiva e alérgicos à linha lateral no momento de ataque. Nesse aspecto, Esgaio e Matheus Reis dão outra capacidade nas alas. Se vier Zanoli e Nuno Santos estiver em condições ficamos com as alas bem preenchidas.
Fora isso, Adán e a linha defensiva a 3 garantem solidez defensiva quando tem a bola de frente. Se apanham com bolas perigosas nas costas é porque o meio-campo falha nas coberturas e compensações. O ataque com Pedro Gonçalves, Gyökeres e Paulinho faz mossa a qualquer equipa. Com Trincão ou Edwards isso depende da fase da lua.
De todos os jovens que Amorim levou para a pré-época, Catamo, Jovane e Quaresma incluídos, aquele que melhor aproveitou foi Afonso Moreira. Está ali um novo Nuno Santos, talvez para melhor, assim corrija alguns posicionamentos e decisões. Aparentemente Essugo e Mateus Fernandes perderam o comboio algures. Um não foi ao banco, o outro lá ficou sem entrar para substituir Bragança.
Então o que espero do Casa Pia - Sporting amanhã em Rio Maior? Um Sporting dominador, pressionante, a querer e conseguir marcar cedo e sem levantar o pé do acelerador até ter o jogo resolvido. Oxalá assim aconteça.
Começou já a nova época futebolística, a quarta que Rúben Amorim inicia como treinador do Sporting. Daquilo que vou lendo e vendo, parece que fez uma reflexão sobre aquilo que correu mal, especialmente na primeira metade da época passada, e aposta numa ideia diferente de jogo para esta temporada fora da Champions, mais físico, mais intenso, mais vertical. O ataque móvel dos três baixinhos foi colocado na gaveta e por mim é lá mesmo o lugar dele. O Guardiola é na Premier League.
Logo no arranque da época passada falei aqui em plantel curto e desequilibrado com falta de peso e altura no eixo central. Com as entradas em jogo de Chermiti, Diomande e Tanlongo ainda na época passada e agora com Gyokeres e José Angel, com as saídas de Ugarte, Rochinha e Arthur Gomes, com mais uma outra entrada ou saída, vamos ficar com um plantel bem mais forte fisicamente.
Com Pedro Gonçalves, Trincão, Edwards, Gyokeres, Paulinho e Chermiti, mais Fatawu a "joker", ficamos finalmente com um ataque que dá opções a Amorim para entrar em campo ou mudar o rumo do jogo.
Com Diomande, St.Juste, Coates, Neto, Inácio, Matheus Reis, mais Muniz às sobras, também na defesa a coisa está bem resolvida. E bem resolvida está também em termos de guarda-redes, com Adán, Israel e Callai.
Nas alas, Esgaio, José Angel, Afonso Moreira, Nuno Santos e mais o Matheus Reis quando necessário também cumprem os requisitos.
O problema está apenas por resolver no meio-campo, continuando a faltar o legítimo sucessor de Matheus Nunes, que muito bem poderia ter sido Sotiris mas não conseguiu adaptar-se. Mateus Fernandes e Daniel Bragança continuam a parecer-me cartas fora do baralho neste 3-4-3, Tanlongo e Essugo têm ainda de aprender a passar ao lados dos cartões, fica apenas mais um baixinho, Morita, que não aguenta mais de 60 minutos em bom ritmo. Continuo a não entender porque é que o Diogo Abreu e até o Marco Cruz não têm outras oportunidades, como as tiveram e desaproveitaram Chico Lamba, Nazinho, Mateus Fernandes e Rodrigo Ribeiro na época passada.
Alguns dizem que Amorim não aposta na formação. Parece-me que aposta até demais. Os formados em Alcochete estão a ter mais oportunidades que os jovens contratados, aos que já referi podia ainda acrescentar Alcantar e Marsà, e a verdade é que apenas Chermiti justificou.
É o tal gap que muitos teimam em não entender, como não entendem que ganhar títulos na formação só por si não é garantia de coisa nenhuma. Muitos campeões nacionais de iniciados, juvenis e juniores dos anos de 2016 a 2018 devem andar agora a "servir cafés" algures. Pelo menos o Rafael Leão finalmente pagou parte do que deve e ficou Daniel Bragança como amostra. Gostei muito de o ouvir na última entrevista, merece todo o apoio que o Sporting lhe deu no momento difícil que atravessou.
Vamos lá então avaliar o vosso estado de espírito. Como se sentem perante o jogo desta noite em Camp Nou? Acham que o Sporting tem hipóteses? São favas contadas para o Barcelona? É preferível a nossa equipa transitar para a mais acessível Liga Europa?
Nenhum grande clube português aproveita tão bem os jogadores da formação como o nosso Sporting. Só para mencionar os titulares actuais, encontramos Rui Patrício, Rúben Semedo, William Carvalho, Adrien, João Mário e Gelson Martins.
Seis.
Nos últimos anos não tem havido nenhuma época sem utilização maciça de jogadores oriundos da nossa Academia. Foi assim com Jesualdo Ferreira, Leonardo Jardim, Marco Silva e agora Jorge Jesus. Há um ano, Jesus incorporou mais três na equipa principal: Rúben, Gelson e Matheus Pereira.
Nesta pré-temporada testou Podence, Palhinha e Iuri. Se nenhum deles entrar no plantel principal isso não se deverá certamente a falta de oportunidade.
Tobias Figueiredo - com boas prestações nos Jogos Olímpicos do Rio, primeiro frente à Argentina e ontem contra as Honduras - e Carlos Mané, entre outros, também já tiveram boas oportunidades.
Uns sabem aproveitá-las, outros nem por isso.
Quem não souber, vai rodar noutros clubes para ganhar embalagem - acontecerá na Liga 2016/17 com Tobias. Que pode regressar mais forte e mais capaz. Como voltaram Adrien, Cédric, William, João Mário, Rúben Semedo.
Não pode é haver lugar para todos. Nem para os medianos.
Esta vai ser a pior época de sempre. A razão é simples: estamos muito mais fortes e horrivelmente ambiciosos. Isto implica, então, que o atrito provocado pelo Sporting seja maior, logo, que a inércia contra nós se torne mais rígida. Para contrariar o Sporting, o sistema não precisa de se mexer, pelo contrário, precisa de não mexer nada, nem em nada.
Os resultados são ilusórios, ou melhor, proporcionam a ilusão de que basta ser melhor – cada vez melhor – em campo para chegar à vitória. Mas é ver os três últimos jogos oficiais do Sporting para perceber que nos estão guardadas patifarias iguais às dos anos passados, mas a dobrar ou triplicar, consoante as necessidades.
Na final da Taça o árbitro cedeu ao calor e permitiu que o Sporting empatasse um jogo em que, até aí, ele colaborara activamente, expulsando um defesa num lance em que poderia não marcar penalti e fazendo vista grossa ao espancamento de Nani. Resultado: Marco Ferreira está hoje a contemplar nostalgicamente o oceano, carimbando cheques no Funchal. Na final da Supertaça o irremediável Sousa – injustamente acusado de ser o melhor árbitro português, já que há outros tão maus como ele – ainda tentou conter o fluxo do Sporting anulando um golo limpinho, limpinho. Em Tarouca, só por inépcia da estreante defesa da casa o desfecho não foi arrumado com um empate à mão.
Os seis ou sete primeiros jogos do campeonato são absolutamente decisivos. Basta fazer as contas e ver o histórico. Por isso vamos ser brindados com as decisões mais velhacas e arbitrárias – deve vir daí o nome de “árbitro” – dos últimos tempos. A curiosidade está apenas em saber qual será o nível de grosseria e de desvergonha admitido; por ele se medirá o grau de animosidade contra o Sporting.
Há uma velha tradição de os desafios contra o Paços de Ferreira serem enfeitados com apitadores amigos do burlesco e da burla. Sábado veremos.
Assim vos digo: esta vai ser a pior época de sempre, talvez a mais irritante e lastimável – apertem os cintos.
Insisto: gostava que Nani marcasse no jogo de amanhã em Alvalade (esteve para acontecer duas vezes contra o Moreirense).
Ele merece.
Gostava também que o Sporting entrasse em campo com a mesma atitude guerreira revelada na passada segunda-feira em Moreira de Cónegos. A atitude que é atributo dos verdadeiros Leões.
É certo que William Carvalho, por acumulação de cartões, não jogará. Mas prefiro que não falhe a final da Taça verdadeira - a de Portugal. Agora já sabemos que vamos defrontar o Sp. Braga, protagonista de um esforçado empate no desafio de ontem em Vila do Conde.
Contra o Nacional, o jovem Rosell dará boa conta do recado.
Venha o jogo. E venham os golos.
{ Blogue fundado em 2012. }
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