O Sporting Clube de Portugal, fundado a 1 de Julho de 1906, tem as suas origens no Campo Grande Football Club, que por sua vez teve a sua origem no Bellas Football Club. Tem como desígnio, tal como o formulou José Alvalade (José Alfredo Holtreman Roquette) ser um "grande clube, tão grande como os maiores da Europa" através do "esforço, dedicação, devoção e glória" .
Assim, o Sporting nasceu no seio duma elite "endinheirada" lisboeta, não foi numa farmácia nem numa tasca, nem os seus presidentes anos a fio foram exactamente "gente do povo", nunca foi um clube popular no pior sentido do termo, de seguir o caminho da turba, de ganhar a todo o custo e em que os fins justificam os meios, de berrar contra os poderes instalados. Nunca o Sporting jogou em campo cedido pelo grande rival de Lisboa, mas o contrário até aconteceu. O grupo Stromp, formado por ex-dirigentes e/ou ex-atletas cooptados ao longo dos anos, representa bem esse Sporting dos fundadores.
Mas esse Sporting dos princípios e dos valores, traduzidos depois nas camisolas vitoriosas nas competições e nas personalidades dos grandes campeões, atraiu ao longo dos anos homens e mulheres, ricos e pobres, de todas as raças e de todos os cantos do país e fora dele, pessoas como eu que lia pelo jornal emprestado e entrava em Alvalade pela mão dum sócio adulto cooptado na porta da entrada. Ainda agora na festa do título vimos a explosão de alegria de muitos moçambicanos anónimos pelas ruas daquele país onde foi criado o Sporting de Lourenço Marques.
Passada a festa do Jamor de 74, o Sporting teve de enfrentar as consequências económicas e sociais do 25 de Abril, que impediram que João Rocha, um empresário em ascensão na primavera marcelista, levasse a cabo o seu projecto SCP de tornar o clube financeiramente sólido e resiliente aos percalços desportivos. As relações contratuais dos clubes com os jogadores e as relações de poder nas instituições que comandavam o futebol foram quebradas. O que logo foi aproveitado por Pinto da Costa para corromper a arbitragem (quem quiser perceber como basta ler o livro "Golpe de Estádio" de Marinho Neves) e pilhar o nosso clube. Os primeiros a trocar de camisola foram os campeões de 73/74 Alhinho e Dinis, muitos outros se seguiram, entre eles Futre, Inácio e Eurico.
Manuel Fernandes e Vítor Damas souberam dizer não. E foi muito pelo grande capitão Manuel Fernandes que o futebol do Sporting continuou a ganhar campeonatos sob a presidência de João Rocha.
Chegados ao 118º aniversário do clube, podemos dizer que:
1) Ao longo dos últimos 50 anos tivemos dois tipos de presidentes,
- Os que se reviam no legado dos fundadores e nos valores diferenciadores que nos deixaram.
- E os outros.
2) Ao longo dos últimos 50 anos tivemos dois tipos de presidentes,
- Os que sempre consideraram Pinto da Costa como o grande inimigo do Sporting.
- E os outros.
3) Ao longo dos últimos 50 anos tivemos dois tipos de presidentes,
- Os que ganharam campeonatos nacionais de futebol.
- E os outros.
João Rocha, José Roquette (José Alfredo Parreira Holtreman Roquette), Dias da Cunha e Frederico Varandas foram/são uns. Depois existiram os outros.
Então, à luz da história, qual será o rumo certo para o Sporting Clube de Portugal?
Ser fiel ao legado dos fundadores, ser competente na gestão do bem comum, combater todos aqueles que se queiram aproveitar do clube para as suas vaidades e projectos pessoais, recusar todas as formas de ganhar no campo ou de estar no clube por processos mafiosos (e no FC Porto percebemos bem quanto uma coisa e outra estão ligadas), privilegiar a antiguidade e a assiduidade, fazer do estádio, do pavilhão e de todo o local onde jogue o Sporting uma festa Sportinguista.
A 2 de Abril de 1888 nascia Henrique de Almeida Leite Jr. [filho do General Henrique de Almeida Leite, com o mesmo nome]. Com apenas 18 anos, foi um dos dez fundadores principais do Sporting Clube de Portugal, depois de fazer parte do grupo de dissidentes do Campo Grande Football Club.
Aos fundadores principais foi dado o direito de participação na Direcção e de veto na entrada de novos sócios. Nesse sentido, Henrique de Almeida Leite Jr. exerceu as funções de 2° Secretário [equivalente a Vice-Presidente nos dias de hoje] da primeira Direção do Clube [que tinha apenas três dirigentes, o Presidente e mais dois] e foi ainda um dos signatários dos primeiros Estatutos do Sporting Clube de Portugal.
Para além de dirigente e fundador, Henrique de Almeida Leite Jr. foi também um atleta do Sporting C.P. O fundador participou simultaneamente nas equipas de futebol (segundo grupo) e de cricket, entre 1908 e 1909.
Na imagem, uma fotografia, datada de maio de 1908, da equipa de cricket do Sporting C.P. De pé, da esquerda para a direita: José Stromp e Henrique de Almeida Leite Jr. Sentados, da esquerda para a direita: Eduardo Quintela de Mendoça, José Alvalade [o Presidente], Charles Etur e António Stromp.
* Fotografia e texto do Museu do Sporting Clube de Portugal
És a Nossa Fénasceu há precisamentedoze anos. Recebemos de então para cá mais de 4,8 milhões de visitantes e acima de 10,7 milhões de visualizações.
Publicámos 25.960 postais, registámos 387.465 comentários. Incluindoo textomais comentado de 2023de todos os blogues sportinguistas inscritos na plataforma SAPO.
Passado este tempo, há cada vez mais motivos para continuarmos aqui. Em apoio declarado ao nosso clube de sempre.
É o que faremos.
Nas boas horas, como nas más. Em todos os momentos.
Enquanto outros desertam, nós ficamos. Somos diferentes também por isto.
Agora que passou o 1 de julho pode saber-se a razão pela qual a Sporting TV não deu em direto o o último "ADN de Leão" realizado no Coliseu, apesar de estar esgotado, e ser no mesmo dia da fundação do Sporting Clube de Portugal?
Seria uma forma de, por "equiparação", cumprirem os estatutos do clube dizendo que tinha o valor da Gala Honoris Sporting, estatutariamente prevista no n.3 do art.º 25.º:
Artigo 25° (Prémios e Galardões Honoris Sporting) 1 - Os Prémios e Galardões Honoris Sporting destinam-se a reconhecer anualmente o mérito dos atletas, individualmente, e de equipas e ainda pessoas ou entidades, que pela sua contribuição para a difusão e prestígio do Sporting Clube de Portugal, mereçam ser, publicamente, distinguidos. 2 - A concessão dos “Prémios Honoris Sporting” é anual sendo efectuada pelo Conselho Directivo e por votação dos associados, nas condições que o Regulamento elaborado pelo Conselho Directivo define. 3 - A entrega dos Prémios e Galardões “Honoris Sporting” é efectuada, anualmente, no decurso da realização da “Gala Honoris Sporting”, a ter lugar preferencialmente no dia do aniversário do Clube, a 1 de Julho, de cada ano.
Não vislumbro qualquer razão para que tal omissão tenha acontecido, nem mesmo o facto de quase à mesma hora decorrer no Pavilhão João Rocha a 2ª sessão do Sarau Anual de Ginástica 2023, e que mereceu um direto da nossa TV. Quem marca 2 acontecimentos destes quase em simultâneo? (Um às 21, outro às 21:30 horas). Propositado, incúria ou nem uma coisa nem outra?
Parabéns a todos os fundadores do Sporting Clube de Portugal, a todos os que contribuíram para o seu desenvolvimento e a todos os que estiveram na gestão financeira e desportiva ao longo dos anos.
A História do SCP é longa e não acaba aqui. Coisas muito boas estão para vir e os sportinguistas estarão sempre ao lado do seu clube. Obrigado, Sporting!
O mesmo clube de sempre, desde o dia da fundação até hoje, que não precisou de inventar a data da fundação: 1 de julho de 1906, nasce o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!
E pelo teu brilhante currículo, motivo de orgulho para todos nós.
Doze épocas no Sporting, dois títulos de campeão nacional, duas Taça de Portugal conquistadas: 433 jogos oficiais, 257 golos. És ainda hoje o jogador com mais presenças no campeonato português.
Sabendo que passas por um delicado momento de saúde, venho desejar-te rápidas melhoras. Creio poder falar em nome dos restantes membros deste blogue: todos aqui desejamos o mesmo.
Forte abraço leonino. Precisamos de ti novamente em grande forma.
A 1 de Janeiro de 2012, dávamosaquio pontapé de saída deste blogue.
Não imaginávamos que 2012 seria tão difícil. Mas estivemos cá, acompanhando tudo. Como estivemos em 2018, outro ano de pesadelo. Como estivemos em 2021, na época tão feliz de reconquista do título de campeão nacional de futebol.
Tudo - o bom e o mau - vem registado no imenso arquivo do És a Nossa Fé, documento vivo de onze anos de história do Sporting Clube de Portugal.
Vamos às estatísticas: em 2022 registámos mais de meio milhão de visitas e temos hoje acima de três mil visualizações diárias.
Publicámos até ontem 24.189 postais e registámos 353.009 comentários.
Há mais de três anos que textos nossos figuram, dia após dia, entre os dez mais comentados na plataforma SAPO, nossa anfritriã. E somos, de longe, o blogue mais comentado em toda esta vasta rede.
Temos agora umplantelde 28 autores, incluindo seis meninas.
Pensamos de maneira muito diferente, como é patente: nada mais salutar. Mas todos somos sportinguistas. E todos partilhamos a convicção de que não existem sportinguistas de primeira e de segunda.
Vimos nascer e crescer algumas vedetas, assistimos à partida ou ao irremediável ocaso de outras. Enquanto adeptos apaixonados, tivemos alguns sonhos, muitos dissabores, demasiados pesadelos.
Vamos seguir em frente, continuando a defender as nossas cores com ímpeto leonino. Nunca confundindo o aplauso ou a crítica a responsáveis ocasionais com a defesa dos interesses permanentes do Sporting.
Obrigado aos 19 fundadores do nosso Sporting Clube de Portugal e, em especial, a Henrique de Almeida Leite Jr. (membro da primeira direção do clube, ao lado de Alfredo das Neves Holtreman, José Alvalade, Frederico Gomes Ferreira e José Gavazzo) por estes 116 anos maravilhosos.
Cristiano Ronaldo, o melhor futebolista português de todos os tempos, celebra hoje o 37.º aniversário. Continua a merecer todos os elogios. E já avisou: quer jogar mais quatro ou cinco anos.
No Sporting, ainda sonhamos voltar a vê-lo de verde e branco. Faz sentido, para que possa terminar onde começou.
O mister Amorim, revolucionário do nosso futebol e intensificador da nossa fé, faz hoje 37 anos (os mesmos que eu fiz em abril passado, sem ter nunca vencido nada pelo meu Sporting). Muitos parabéns. Que tenha vida longa e de preferência, emprestando mais uns anos ao Sporting antes de se mudar para uma inevitável carreira internacional, à la Mourinho, casta de 2004 a 2017. Como presente, que se ofereça a Taça da Liga, no sábado. Não enche a barriga do leão, mas é uma entradita. E Rúben, sabe o caminho. A jogar de vermelho, entre Carnide e Bom Jesus, foram seis. Já como mister, foram duas, em duas tentativas. Venha a terceira. E muitos anos de vida.
Este blogue assinala hoje uma década de vida. Nascemos a 1 de Janeiro de 2012, num período conturbado da história do nosso clube, mas nem por isso deixámos de acreditar sempre no Sporting.
Passámos já por cinco presidentes (Godinho Lopes, Bruno de Carvalho, Torres Pereira, Sousa Cintra e Frederico Varandas), 14 treinadores só no futebol principal (Domingos Paciência, Ricardo Sá Pinto, Oceano Cruz, Franky Vercauteren, Jesualdo Ferreira, Leonardo Jardim, Marco Silva, Jorge Jesus, José Peseiro, Tiago Fernandes, Marcel Keizer, Leonel Pontes, Silas e Rúben Amorim), muitos jogadores, bastantes vitórias (menos do que desejaríamos), algumas derrotas (mais do que gostaríamos), inesquecíveis conquistas e diversos percalços que foram sendo registados neste espaço leonino que servirá um dia também de rascunho para alguém escrever a história do nosso clube, sem dúvida um dos maiores da Europa em troféus, número de sócios e de praticantes.
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Somos exigentes: só nos contentamos com o melhor para o Sporting. E o melhor é vencer, em todas as frentes, em todas as competições, em todos os escalões etários. Estamos vocacionados para a vitória, seguindo os passos dos nossos maiores - um Fernando Peyroteo, um José Travassos, um Joaquim Agostinho, um António Livramento, um Carlos Lopes, um Manuel Fernandes.
Queremos que o Sporting mantenha as virtudes que o tornaram campeão da formação e do ecletismo.
Inspirados pela nossa história, não vivemos a contemplar as glórias do passado. As partidas que mais nos interessam são as do futuro, alicerçadas na excelência da nossa formação. Não por acaso, de Alvalade partiram grandes estrelas do futebol europeu e mundial, como Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo.
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Fomos de algum modo precursores ao adoptarmos, para nome do nosso blogue, uma frase leonina hoje inscrita como lema do clube. Um lema que entoamos em uníssono, sempre com entusiasmo: És a Nossa Fé. Saudável lema leonino que desde então se tem generalizado entre a massa adepta - aquela que, como nós, frequenta o estádio e gosta de ver os desafios da bancada, que nunca trocaria por tribuna ou camarote.
Ao longo destes 3652 dias, vimos nascer e crescer várias vedetas, assistimos à partida ou ao irremediável ocaso de outras. Enquanto adeptos apaixonados, tivemos abundantes sonhos, uns quantos dissabores e alguns pesadelos reflectidos neste espaço, que se tornou referência da blogosfera leonina. Pensamos de maneira diferente uns dos outros, como é público e notório: nada mais salutar. Mas todos somos sportinguistas. E todos partilhamos a convicção de que não existem adeptos de primeira e de segunda.
Outros permaneceram, muitos chegaram entretanto. Este plantel vai-se reforçando época após época.
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Seguiremos em frente, continuando a defender as nossas cores com ímpeto leonino. Nunca confundindo o aplauso ou a crítica a responsáveis ocasionais com a defesa dos interesses permanentes doSporting Clube de Portugal.
valeu a pena vir ao mundo e ter nascido com lealdade vou responder, mas primeiro consultei meu travesseiro sobre a verdade tive porém, que lembrar o meu passado horas boas do meu fado e as más também
Valeu a pena ter vivido o que vivi valeu a pena ter sofrido o que sofri valeu a pena ter amado quem amei ter beijado quem beijei valeu a pena
Valeu a pena ter sonhado o que sonhei valeu a pena ter passado o que passei valeu a pena conhecer quem conheci ter sentido o que senti valeu a pena valeu a pena ter cantado o que cantei ter chorado o que chorei valeu a pena
Valeu a pena ter amado quem amei ter beijado quem beijei valeu a pena valeu a pena ter cantado o que cantei ter chorado o que chorei valeu a pena»
Faz hoje nove anos, nascia o És a Nossa Fé. Adoptando como nome um saudável lema leonino que desde então se tem generalizado entre a massa adepta - aquela que, como nós, frequenta o estádio e gosta de ver os desafios da bancada, que nunca trocaria por tribuna ou camarote.
Somos exigentes: só nos contentamos com o melhor para o nosso clube. E o melhor é vencer, em todas as frentes, em todas as competições, em todos os escalões etários. Estamos vocacionados para a vitória, seguindo os passos dos nossos maiores - um Fernando Peyroteo, um José Travassos, um Joaquim Agostinho, um António Livramento, um Carlos Lopes, um Manuel Fernandes.
Orgulhosos da nossa história, não vivemos a contemplar as glórias do passado. As partidas que mais nos interessam são as do futuro, inspiradas pela excelência da nossa formação. Não por acaso, de Alvalade partiram grandes estrelas do futebol europeu e mundial, como Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo.
Queremos que o Sporting mantenha as virtudes que o tornaram campeão da formação e do ecletismo.
Queremos também que corrija alguns erros estruturais, com a rapidez que se impõe, para retomar sem falhas o rumo do êxito na mais emblemática das modalidades, o futebol.
Queremos sobretudo que se desperdicem cada vez menos energias em refregas contra adversários internos, imaginários ou reais. Para que possamos gastá-las no combate leal aos nossos históricos rivais, estejam mais a norte ou mais a sul.
Somos hoje 38, neste plantel que se tornou uma referência da blogosfera leonina. Pensamos de maneira diferente uns dos outros, como é público e notório: nada mais salutar. Mas todos somos sportinguistas. E todos partilhamos a convicção de que não existem sportinguistas de primeira e de segunda.
Ao longo destes nove anos, vimos nascer e crescer algumas vedetas, assistimos à partida ou ao irremediável ocaso de outras. Enquanto adeptos apaixonados, tivemos alguns sonhos, muitos dissabores, uns quantos pesadelos.
Vamos seguir em frente, continuando a defender as nossas cores com ímpeto leonino. Nunca confundindo o aplauso ou a crítica a responsáveis ocasionais com a defesa dos interesses permanentes do Sporting.
Para essa mobilização estaremos cá sempre. Com esperança e fé.
De verde e branco.
{ Blogue fundado em 2012. }
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