O melhor jogador português de todos os tempos fixa sempre dois ou três defesas perto dele, em policiamento permanente. Seja o adversário quem for.
Ronaldo abandonou o rectângulo de jogo visivelmente contrariado. Parecia prever o que aconteceu depois.
Resta acrescentar: André Silva, que o substituiu aos 64', foi uma nulidade. E Rafael Leão, também em campo desde o minuto 64, rendendo Matheus Nunes, voltou a demonstrar uma indigência total pelo segundo jogo consecutivo.
Valerá a pena pôr qualquer deles como titular no lugar do Cristiano na decisiva partida de amanhã contra a Suíça?
Leio na imprensa desportiva que o treinador do Milan comparou André Silva a Van Basten. Hoje vejo um vídeo com os melhores momentos de André Silva no jogo de ontem (entrou aos 71’). Não marcou golo, não assistiu. Leio que o Juve vai buscar Cancelo para o lugar de Dani Alves. Que Mourinho quer André Gomes. Que há 100 clubes atrás de Renato Sanches, alguns dos quais em planetas fora do sistema solar. Que a Juve quer William. Que o Tottenham quer Adrien. Que o PSG pode chegar aos 30 milhões por Patrício. Mas os nossos jornalistas dos desportivos são doidos? Não seria mais honesto, com os leitores, jogadores, agentes, dirigentes, escrever preto no branco que a) por mais talento que tenha, o jogador português jovem não tem pedal imediato para ligas mais fortes ponto final e b) com excepção de Ronaldo ou Pepe, os outros lusitanos fora da pátria – por melhores que sejam como Bernardo Silva é - não são jogadores de primeira linha nas suas equipas? O exemplo do pobre Renato Sanches, um jogador que é excitante, mas que tem zero cultura táctica e pouca maturidade, e que no ano passado nos jornais mais parecia a reencarnação do filho que Maradona e Pelé nunca tiveram, não chegou?