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És a nossa Fé!

O homem da ONU

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André Geraldes, ex-director geral do futebol do Sporting, o outro ex-funcionário e o próprio clube foram ilibados por falta de provas de toda e qualquer questão no âmbito do processo Cashball, concluiu a investigação conduzida pela Polícia Judiciária. Uma óptima notícia para o Sporting e para todos os Sportinguistas.

Por outro lado, a investigação policial decorrente do processo veio trazer a lume as largas quantidades de dinheiro vivo que circulavam pelo clube, controladas da mesma forma que as mercearias noutros tempos, à mercê de qualquer um mais necessitado, com contas para pagar ou dívidas para liquidar.

Voltando ao André Geraldes, trata-se de alguém, adepto do clube e com passagem pela bancada das claques (não sei se chegou mesmo a integrar a Juveleo), que entrou no Sporting pela mão de Bruno de Carvalho e que o acompanhou durante a sua presidência, primeiro como OLA e depois como Director Geral do Futebol Profissional. O André estudou Gestão de Desporto na Lusófona, teve uma carreira profissional maioritariamente ligada à coordenação comercial de unidades de negócio do tipo "call center" e foi pontualmente técnico de futebol. Depois de se ter desligado do Sporting na sequência daquele processo, foi gerir a SAD do Farense e está agora como CEO do novo Estrela da Amadora. Ou seja, foi alguém que não se afundou no sofá ou na depressão, nem foi parar ao hospital intoxicado no dia das eleições, nem anda a vender a raiva ao metro, mas antes, depois de ser falsamente acusado daquilo que não fez, e ver-se em todos os noticiários do país na pior situação possível, cerrou os dentes e partiu para a luta.

Nas funções atrás referidas, a ideia que me deixou a mim e a quase todos os Sportinguistas, é a de alguém competente, focado, discreto e trabalhador, amigo de consensos, que chegou e depressa conquistou a amizade de Octávio Machado e de Jorge Jesus (o que não deve ser nada fácil mas para alguém não fica nada bem), uma pessoa que foi apanhada no meio duma guerra estúpida desencadeada pela mão de quem tinha entrado no clube.

O próprio retrata a sua experiência nesses tempos, diz que parecia o homem da ONU que tentava apaziguar a situação e por as duas partes em diálogo. Depois de tudo acabar em desastre, levou ainda com a raiva dos leais ao dito cujo, incluindo a oferta duma pizza (com os sicilianos era um peixe, mas por aqui pelos vistos a coisa é mais napolitana) endereçada por um tal alguém com o nome do dito. O ex-presidente, naquele seu jeito característico de tratar abaixo de cão quem o teve de aturar durante algum tempo e depois disse basta, veio agora dizer que se tratava "duma personalidade sinistra", um verdadeiro Maquiavel.

Junto aqui algumas entrevistas que documentam a postura do André Geraldes e o que pensa dele Bruno de Carvalho. Talvez um dia, quando muito deste pó tiver assentado e se calhar noutras funções, ele possa ter uma nova oportunidade para regressar ao Sporting e logo se verá o que poderá fazer num ambiente menos tóxico. Até lá que seja feliz, mas que o Sporting B fique em primeiro do grupo.

19/11/2018 : "A partir de Janeiro as coisas começaram a não sair tão bem a Bruno de Carvalho"

22/09/2019 : André Geraldes trabalhou com Bruno de Carvalho no Sporting durante cinco anos. Agora, os dois não mantêm contacto.

26/11/2019 : Da pizza suspeita à chamada anónima intimidatória

16/11/2020 : «Que alguns abutres não tenham medo da justiça, porque ela funciona»

19/11/2020 : «Uma pessoa sinistra»

SL

 

Cashball

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Em Março de 2018, Paulo Silva denunciou ao Ministério Publico que tinha sido mandatado, através de intermediários, para corromper árbitros de andebol e jogadores de futebol para favorecer o Sporting Clube de Portugal.

Com isto, André Geraldes e Gonçalo Rodrigues assistiram à devassa da sua vida pessoal e profissional. Por outro lado, o Sporting Clube de Portugal viu o seu bom nome “arrastado para a lama” e tentaram comparar-nos a todos os outros. Queriam fazer de nós “toupeiras” ou “fruteiras”. Só nós sabemos o que isto nos custou.

Durante esta semana ficámos a saber que nenhum dos supramencionados vai ser responsabilizado. Face ao exposto, exijo que a direção do Sporting Clube de Portugal tome as necessárias diligências para que isto jamais aconteça. Devem ser extraídas certidões, avançar com queixas-crime e pedidos de indemnização civil contra todos os que contribuíram para este ruido.

A foto é ilustrativa dos abusos de que fomos alvo. Temos de exercer de forma pedagógica o nosso direito.

E ainda há quem acredite

Adivinhem quem vai ser acusado no célebre caso Cashball. Pois, o gajo que denunciou o "caso". A PJ, que normalmente não dorme, concluiu que todas as provas foram forjadas e decidiu acusar Paulo Silva dos crimes, mais coisa menos coisa, de que este acusava André Geraldes, João Gonçalves e Gonçalo Rodrigues.

Sabendo a data em que esta acusação foi feita e o cargo que ocupava Geraldes, ainda há quem ache que isto foi tudo uma coincidência.

Pois eu não acho e penso que foi o início da golpada!

André Geraldes: um caso para reflectir

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A errática política de contratações do Sporting explica, em grande parte, o gigantesco passivo que se foi acumulando nas contas da SAD leonina e que em Junho perfazia 288,7 milhões de euros - já após a redução de 26,2 milhões alcançada no exercício da época desportiva 2019/2020, segundo números ontem comunicados à CMVM.

Olhemos para um exemplo concreto: o de André Geraldes, lateral-direito, hoje com 29 anos. Foi contratado pelo Sporting em Junho de 2014, ao Istambul BB, e nunca actuou na Liga portuguesa vestido de verde-e-branco. Ao longo destas seis temporadas, cumpriu apenas quatro jogos pela nossa equipa principal - todos referentes à Taça da Liga, em 2014/2015, quando Marco Silva era o treinador principal do clube.

Depois foi relegado à equipa B e andou incessantemente a transitar entre clubes portugueses do meio da tabela e emblemas estrangeiros, num verdadeiro carrossel de empréstimos que em nada beneficiaram o jogador e valeram zero ao Sporting: Belenenses, V. Setúbal, Gijón e Maccabi Telavive.

Sai agora, em definitivo, para o Apoel do Chipre, por sinal um clube que deixou um marco na história leonina. Mas sai sem prestígio nem proveito, quase a entrar na recta final da sua carreira, praticamente oferecido, a dois anos de terminar o vínculo que ainda o ligava a Alvalade: a ridícula cláusula de rescisão de 45 milhões que lhe foi fixada no momento de celebrar contrato valia coisa nenhuma. E o facto de ser representado pela Gestifute, de Jorge Mendes, não favoreceu qualquer das partes.

Esta história sem desfecho feliz constitui a demonstração viva dos numerosos erros que temos cometido, época após época, na contratação de bateladas de jogadores que nunca chegaram a ter qualquer utilidade. Pelo menos para nós. Resta saber se algum intermediário lucrou com isto.

Parabéns, André Geraldes

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Dezoito meses depois, eis o resultado do bom trabalho desenvolvido no Algarve: ex-responsável operacional pelo futebol do Sporting no mandato de Bruno de Carvalho, com quem viria a incompatibilizar-se, André Geraldes transitou em Novembro de 2018 para o Sporting Clube Farense, onde desempenha idênticas funções. Ei-lo agora a festejar a subida dos "leões" algarvios ao primeiro escalão do futebol nacional. Comprovando em Faro a mesma competência que já havia revelado em Alvalade. 

Não custa vaticinar que um dia regressará ao Sporting Clube de Portugal pela porta grande. Aguardemos.

André Geraldes em discurso directo

 

«O clube estava virado de pernas para o ar.»

 

«Era notória a instabilidade dos jogadores. Isso é um facto incontornável.»

 

«Por esses dias tinha o treinador despedido... nem sabia se estava despedido... tinha os jogadores a querer falar com a direcção e a direcção a não conseguir comparecer nos dias em que os jogadores queriam...»

 

«Estava, um bocadinho, a fazer o papel da ONU.»

 

«Ao nível da comunicação, [Bruno de Carvalho] não fez o melhor percurso e esse percurso fez com que chegasse o fim.»

 

«Pelo estilo de comunicação que [o ex-presidente] tinha, o clima [no Sporting] não foi o melhor.»

 

Excertos de uma entrevista do ex-director do futebol leonino, esta noite, à CMTV

Felizmente ainda há bom senso

 

O meu elogio a André Geraldes e Jorge Jesus.

Limitaram-se ambos, nestas últimas 48 horas, a sublinhar o óbvio, deitando água na fervura. Mas por vezes é necessário haver quem faça isso. Sobretudo quando o bom senso parece desaparecido algures, com paradeiro incerto.

Eles agiram internamente com verdadeiro espírito leonino - sem procurarem protagonismo mediático, sem exporem estados de alma nas redes sociais, poupando o Sporting a novos e ainda mais penosos episódios tragicómicos.

Estou-lhes grato por isso.

 

É bom para todos

Hoje foi noticiado que a promessa escocesa Ryan Gauld e o lateral André Geraldes começaram a treinar com o Vitória de Setúbal, clube cujo plantel vão integrar esta época.

Parece-me uma excelente decisão, uma vez que permite ao Vitória contar com opções de maior qualidade, ao Sporting colocar jogadores que não contam para o treinador Jorge Jesus e aos jogadores em questão que poderão ganhar um maior ritmo competitivo, face ao que provavelmente aconteceria na equipa B.

É esperar que estes empréstimos tragam tão bons resultados como os últimos 2 que ocorreram entre Sporting e Vitória de Setúbal, o de João Mário e Rúben Semedo, 2 jogadores imprescindiveis do atual plantel.

Seis notas sobre o jogo desta noite

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1. Entrando em campo sem a menor perspectiva de vitória, a avaliar pelo que diziam os comentadores apostados em incensar a turma anfitriã como a "equipa sensação" do campeonato, o onze leonino - sem nenhum dos habituais titulares - bateu-se com garra e venceu a partida contra o V. Guimarães para a Taça da Liga por dois golos sem resposta, confirmando que temos mais alternativas de qualidade do que os tais comentadores admitiam até agora.

 

2. Esta foi a vitória da competência de uma equipa onde se registaram quatro estreias absolutas em competições oficiais no nosso onze titular: Geraldes, Gauld, Slavchev e Tobias Figueiredo. A vitória de uma equipa muito disciplinada tacticamente, muito bem posicionada no terreno, com linhas compactas, e que revelou um notável espírito de entreajuda do primeiro ao último minuto. Pôr o factor colectivo acima de qualquer individualismo foi a palavra de ordem. Que resultou.

 

3. Esta característica ficou patente logo no primeiro golo, aos 5', com Heldon a rematar cruzado à entrada da área, culminando uma jogada colectiva que também teve Daniel Podence e Ricardo Esgaio como protagonistas. O passe de Esgaio, que desenhou uma linha diagonal a lançar Heldon com sucesso, revela muito mais do que inspiração: é também resultado de muita transpiração nos treinos.

 

4. Não é possível iludir a questão: há mesmo potenciais reforços na equipa B. Esta partida da Taça da Liga tornou isso ainda mais evidente. Desde logo no bloco defensivo, com óptimas exibições de Tobias Figueiredo, no lugar habitualmente ocupado por Maurício, e do surpreendente André Geraldes, para mim o melhor sportinguista neste jogo. Sabemos que sofreu um apagão na pré-temporada mas esta noite fez uma partida de alto nível em Guimarães, na posição onde têm alternado Jefferson e Jonathan Silva, batendo-se como um leão contra Hernâni, o mais perigoso elemento da equipa adversária. André e Tobias têm potencial para voos mais altos.

 

5. Também merecem destaque outras exibições: Ryan Gauld (com muito trabalho defensivo e três excelentes assistências - uma delas de 40 metros - aos 35', 57' e 61'); Podence (dotado de boa técnica e capacidade de se superiorizar nos confrontos individuais) e Wallyson (que dinamizou o nosso meio-campo com os seus passes longos, um dos quais originou o segundo golo, marcado pelo recém-entrado Dramé aos 90'+4). Apetece apostar neles como mais-valias do Sporting num futuro próximo.

 

6. Realço ainda as exibições de Marcelo Boeck, desta vez muito seguro (ao contrário do que sucedera contra o Vizela na Taça de Portugal), Esgaio (mesmo arriscando muito menos incursões ofensivas pelo seu flanco do que é costume) e Tanaka (com um disparo aos 63', na marcação de um livre directo, proporcionando ao guardião vimaranense Douglas a defesa da noite). Conclusão: todos eles merecem mais oportunidades. Outra conclusão: ao contrário do que muitos parlapatões juravam, vários reforços leoninos são isso mesmo - reforços.

Com este jogo, de alguma forma, o Sporting cresceu.

Um erro de casting?

Paulo Fonseca, no alto da sua confiança cega, disse não ter dúvidas de que André Geraldes será o futuro lateral-direito da Selecção.

No entanto, a avaliar pelos jogos da pré-época e das análises que imprensa e adeptos têm feito às prestações de André Geraldes, poucos sportinguistas porão uma moeda no vaticínio do antigo treinador do Porto.

Ricardo Esgaio, miúdo da formação, com provas mais do que dadas na 2ª Liga, era, no final da época passada, o candidato natural a disputar o posto de lateral-direito no 11 com Cédric. A contratação de André Geraldes acabou, no entanto, por relegar o jovem nazareno para 3ª opção daquela posição. Escrevem, aliás, os jornais que Esgaio já terá pedido para ser emprestado a uma equipa da 1ª Liga para ganhar ritmo, ao invés de continuar a dar um ar da sua graça pela 2ª Liga.

Marco Silva, no alto da sua experiência de ex-futebolista, diretor desportivo e agora treinador, saberá, melhor do que ninguém, com o que pode contar de André Geraldes e Esgaio. O que não pode nem deve fazer é dar, sob o pretexto de se tratar de um reforço, uma tolerância extra a um jogador cujas claras dificuldades de adaptação indiciam, com segurança, que nunca conseguirá vir a ser uma alternativa útil a Cédric, desperdiçando, com isso, outro elemento mais válido para o plantel.

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