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És a nossa Fé!

Brutal

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Depois da vitória da semana passada em casa do Füchse Berlin por 32-31, o Sporting recebeu o lider da melhor Liga Europeia, a alemã, e principal candidato à vitória na competição e ganhou por 32-28. 

Simplesmente extraordinário. Mas ainda mais extraordinário quando o treinador é português, Ricardo Costa, e a base de rematadores é portuguesa: Martim Costa, Francisco Costa e Salvador Salvador. 

 

O andebol do Sporting, tal como o futebol e o futsal, está a um nível de excelência que nos orgulha, projecta o clube por todo o mundo, entusiasma adeptos e faz de Alvalade e do João Rocha um vulcão.

Nem todos vivem a 20 kms dos locais como eu nem têm a disponibilidade que eu tenho. Mas há quem tenha e viva no ressabiamento e no desprezo pelas equipas que representam o clube agora que o presidente é outro, preferindo malhar naquelas com dificuldades do que celebrar as de excelência.

O que posso dizer é que não existe sofá nem tv que valham um décimo duma experiência ao vivo como a de hoje em Alvalade, que vou guardar na memória por muito tempo.

Brutal o desempenho da equipa, brutal o apoio das claques unidas na faixa e nos cânticos, brutal o apoio das bancadas, brutal o acolhimento à pequena comitiva alemã que teve direito a lugar premium, e tudo isso saltou para a primeira página da competição EFH.

 

O futebol (masculino) é a mola real do Sporting e dos outros dois grandes clubes portugueses, e une todos os Sportinguistas. Depois, existe um conjunto de modalidades que despertam mais ou menos interesse dos adeptos.

Posso ver mal, mas não vejo outra modalidade de pavilhão que conjugue implantação europeia e circundante, capacidade dos praticantes portugueses, e capacidade de chegar longe na Europa como o andebol. Futsal interessa a poucos países, hóquei só a três ou quatro, basquetebol vive de americanos  "globetrotters", voleibol masculino e feminino vivem de brasileiros e outros estrangeiros também.

Eu já estive esta época no João Rocha em jogos de todas as principais modalidades e tenho um carinho especial pelo voleibol feminino, mas pelas razões atrás o andebol é mesmo a minha modalidade preferida, e esta equipa de Ricardo Costa enche-me as medidas. Só tenho pena que o Frankis Carol não tenha ficado por cá mais um par de anos para a integrar também.

O Sporting fez história hoje no João Rocha. E quem não esteve, que estivesse.

SL

Leão 79

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Martim continua imparável.

O Sporting continua "sem paração".

Depois de termos vencido na Alemanha, naquela que terá sido a vitória mais importante do andebol português, o Sporting Clube de Portugal inicia esta semana com sete pontos de vantagem no campeonato nacional.

Martim Costa e os companheiros estão de parabéns.

Orgulho

Na nossa equipa de andebol que conquistou a Supertaça da modalidade em Santo Tirso, derrotando FC Porto e Benfica.

Num fim de semana em que derrotámos o FC Porto em andebol, basquetebol e futebol, e o Benfica em andebol. Perdemos e por 15-13 no 3º set no Dragão Arena em voleibol feminino. É obra. 

Mas voltando ao andebol, devemos lembrar que esta nossa equipa resulta dum contra-ataque demolidor de Frederico Varandas a um ataque ao melhor jeito mafioso do grande amigo do nosso ex-presidente,  Pinto da Costa, que seduziu o então nosso capitão Pedro Valdez e tentou Salvador Salvador, tentando repetir o tempo em que roubou o Augusto Inácio e o Eurico ao João Rocha, e antes disso o Alhinho e o Dinis. O Valdez realmente foi, mas o Salvador fez de Manuel Fernandes e disse não, e vieram Ricardo Costa e os seus dois filhos, Francisco e Martim Costa, e com eles foi possivel recuperar do desmantelamento via Covid da equipa de Anti e Frankis Carol e construir as bases duma equipa que dá tudo dentro do campo.

Uma equipa em que quem não joga no momento, como o pivot Vag, faz de tudo no banco para apoiar aqueles que lá dentro suam a camisola, a marcar golos e a evitá-los.

Uma equipa de andebol de ADN Sporting como a do futebol de Amorim. E como as que Pedro Nuno Monteiro, Mariana Cabral, Rui Pedro Costa, Alejandro Domínguez e João Coelho estão a procurar construir nas modalidades respectivas.

SL

Grande vitória do andebol do Sporting

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Grande noite de andebol num pavilhão João Rocha não lotado mas muito bem preenchido e desta vez com as claques a terem um comportamento magnífico, a apoiar a equipa do primeiro ao último minuto.

Depois da derrota em Irun com o Bidisoara por 3 golos de diferença, a equipa soube arrancar forte e chegar aos 3 de avanço e depois andar quase sempre na zona de passagem da eliminatória para no final dar a estocada final e ganhar por seis.

Uma grande equipa de andebol talentosa e solidária, esta centrada em Ricardo Costa e os seus dois filhos Martim e Francisco Costa. Com o pilar Leo Maciel na baliza, um central espanhol Nathan que está na senda do Ruesga e que ontem foi o melhor em campo, a mística vibrante do Salvador Salvador, um pivot norueguês "robocop", o Wag, e todos os outros também.

Uma equipa que, como todas as outras do Sporting actual, está esticadinha ao máximo. As duas lesões graves que ocorreram e a saída do alemão Schöngarth também não ajudaram, talvez precise de um ou outro reforço para aguentar a luta pelo título nacional e acesso à Champions da modalidade, onde segue em primeiro, e pela taça europeia EFH. 

Mas para isso seria necessário aumentar o orçamento. E aumentar o orçamento implicaria mais sócios pagantes e/ou quotas de maior valor direccionadas às modalidades, ou então diminuir o número de modalidades apostando naquelas de maior prestígio e competitividade, e que possam ter fontes de receita próprias via desempenho desportivo. Uma coisa é certa. Quem quotas não paga e ainda fala no desinvestimento actual do clube nas modalidades não tem vergonha na cara.

Segue-se o Montpellier nos quartos de final da EFH. A não perder, no João Rocha e pela TV.

SL

Leões de raça

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Enquanto o futebol do Sporting está num momento bem intenso da época, as modalidades de pavilhão ainda andam em pré-época e primeiros compromissos.

O Sporting Clube de Portugal não é nem nunca foi um clube de e para o futebol, o ecletismo é a sua imagem de marca, mas é o futebol pela atracção que proporciona e pelas verbas que movimenta que constitui a mola real do clube. E quando o futebol se constipa, todo o clube adoece.

Não havendo ecletismo sem futebol, nem futebol sem ecletismo, são extremamente importantes as iniciativas de aproximar estádio e pavilhão, quer no que respeita aos sócios a partir da Gamebox única, quer no que respeita a treinadores e atletas. É bom ver no estádio treinadores e jogadores das modalidades e no pavilhão os do futebol como vi muitos, alguns dos quais, como Acuna e Mathieu, já cá não estão.

Cada um de nós tem a sua modalidade de pavilhão preferida, a minha é mesmo o andebol, mas já vi no pavilhão todas as mais importantes e há uma a que francamente não ligava nenhuma e que a cores e ao vivo primeiro estranhei e a que depois comecei a aderir, muito devido à nossa equipa feminina. Depois veio a masculina, que deixava muito a desejar na altura, um ou outro atleta começou a interessar-me e a fazer também que voltasse.

Um deles foi o nosso central de 2,10m Tiago Barth, um bloco de gelo na "quadra", com quem tive o prazer de cumprimentar e de conversar um pouco num evento Sporting. Excelente pessoa me pareceu, tímido e reservado. O outro foi o colega dele das selecções jovens do Brasil, o distribuidor Thiago Gelinski. Todos originários do sul do Brasil, gente calma e sossegada, boa gente.

Nessa conversa com o Tiago Barth ele manifestou-se confiante no plantel deste ano, segundo ele mais equilibrado do que no ano passado, e é com expectativa que aguardo os primeiros encontros da época.

Fica aqui a sugestão para verem os dois atletas, bem como o treinador, no programa ADN de Leão e para os verem também ao vivo no pavilhão João Rocha um dia destes. Vale a pena.

SL

"No andebol, nem com um golo fantasma"...

   

A «prova rainha de andebol teve um golo atribuído pela mesa aos dragões que não existiu. Os leões acabaram por levantar o troféu, mas Ricardo Costa denunciou esse momento».

Recordo que golos-fantasma são especialidade desse clube, não nos podemos esquecer daquele que houve também na Taça de Portugal, mas no futebol.

 

Recordo o episódio, contado no Record:

«A 18 de outubro de 1975 (…), dragões e leões encontraram-se para o campeonato no Estádio das Antas. Venceram os de Lisboa por 3-2, apesar de o adversário ter contado com um goleador único: o apanha-bolas.

Os relatos da época falam num forte nevoeiro, uma informação confirmada a Record por Manuel Fernandes, antigo avançado do Sporting que esteve nesse jogo. “Eu estava ali perto da área, mas nem precisava: toda a gente viu que a bola não entrou. Menos o árbitro”, recorda o segundo melhor marcador da história dos leões. “O Gomes rematou, a bola bateu atrás da baliza e ficou embrulhada na rede pelo lado de fora. O árbitro assinalou o golo por ilusão de ótica e depois o apanha-bolas meteu-a lá dentro”, acrescenta

Alder Dante, antigo juiz internacional de Santarém, manteve-se firme e deu o 2-2 aos dragões, que assim recuperavam de uma desvantagem de 0-2. Perguntou a dois jogadores do FC Porto e eles juraram que tinha sido golo. Após o jogo, apercebeu-se que tinha errado, escreveu uma carta à Comissão Central de Árbitros e acabou por levar uma repreensão por escrito. “Ele, ao ver a nossa reação e forma pouco exuberante como os jogadores do FC Porto festejaram, sentiu que a razão estava do nosso lado. Alguns de nós até nos ajoelhámos”, refere Manuel Fernandes, recordando que o colega Valter foi mesmo expulso. “Eu também estava de cabeça perdida e pedi ao Juca, que era o treinador, para me substituir. Entrou o Baltasar, que fez o golo da nossa vitória. Estávamos com menos um e ganhámos. Escreveu-se direito por linhas tortas...”, conclui.

Dois dias mais tarde, o Sporting viajou para Budapeste, para defrontar o Vasas, em jogo da Taça UEFA. No mesmo avião seguiu... Alder Dante, também ele a caminho de um jogo europeu. “Aproveitámos e mandámos-lhe umas bocas valentes...”, conclui Manuel Fernandes.»

 

Permitam-me que sublinhe esta frase, pois assim se vê o sentimento de honra válido para os jogadores do “Clube Que Não Sabe Quando Nasceu”:  «Perguntou a dois jogadores do FC Porto e eles juraram que tinha sido golo.»

ADN do Sporting

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Parece que foi ontem, mas já passaram mais de três anos desde o dia em que vi a equipa de andebol do Sporting liderada pelo Hugo Canela a ganhar ao FC Porto no João Rocha, e a demonstrar todo um conjunto de qualidades na altura ausentes da equipa de futebol do clube.

Mal sabia eu que essa equipa de andebol bicampeã nacional, depois duma campanha brilhante na Champions, iria fracassar na recta final da temporada, e que depois a saída de Anti com o Covid a levaria a atravessar um deserto que apenas agora, graças à família Costa, se está a ultrapassar.

Enquanto isso, no futebol, Marcel Keizer conseguiria ganhar na garra a Taça de Portugal ao FC Porto, e mais tarde Rúben Amorim traria consigo os valores bem distintivos do ADN do Sporting (esforço, dedicação, devoção, jogo limpo, decência competitiva) potenciados por uma mistura bem conseguida entre jogadores formados localmente, jogadores que deram provas nas competições internas e estrangeiros diferenciados que rapidamente se transformam em ídolos dos adeptos. 

Ricardo Costa soube muito bem reconstruir uma equipa de andebol que orgulha o clube. Os seus dois filhos tiveram um crescimento desportivo incrível durante a temporada, mas Salvador Salvador, Manuel Gaspar e o grupo da formação, o alemão e o esloveno mais latinos de sempre que por aqui passaram e que puxaram pelo dinamarquês e pelo georgiano, a troupe espanhola com muita garra do Ruesga, mais aquele rapaz tunisino intuitivo na baliza que quando engata é um caso sério, todos eles integram uma equipa honesta e que vale muito mais do que o conjunto de jogadores que a integram.

 

Neste último jogo da temporada, num pavilhão do grande Porto, contra a actual melhor equipa portuguesa que contava com muitos quilos e centímetros a mais, dominado pelos Superdragões e pelo público afecto ao adversário, presidente incluído, com algumas decisões pelo menos infelizes da arbitragem nos momentos mais decisivos dos prolongamentos, muito em particular daquele senhor "fiscal" que inventou uma exclusão de 2 minutos ao Francisco Costa, a equipa do Sporting soube aguentar-se em campo. Mesmo a perder por 5, quase conseguia ganhar o jogo nos últimos instantes, ter o jogo praticamente perdido no 1.º prolongamento, para entrar no 2.º a dominar e conquistar brilhantemente a Taça. 

 

Foi uma jornada épica do andebol do Sporting CP. Quem não viu que tente ver. Poderá ser o início duma nova fase de triunfos, se calhar ajudado pela reentrada na Champions através dum "joker", decisão que vai ser tomada brevemente pela federação europeia da modalidade.

Muitos parabéns a todos, Ricardo Costa e Salvador Salvador à cabeça. Mas esta vitória muito se deve a Miguel Afonso e a Carlos Carneiro que conseguiram segurar quase todos os melhores do plantel do assédio do FC Porto e responder à saída do então capitão Pedro Valdez com a vinda dos irmãos Costa.

SL

Mais uma noite de glória a vários níveis

O Futebol e o Andebol do Sporting tinham ontem enormes desafios e, cada um à sua maneira, superaram-nos de forma épica.

É sabido que entrámos na Liga dos Campeões com o pé errado mas é importante realçar que a equipa tem melhorado e ontem Coates (2), Sarabia e Paulinho selaram a maior goleada fora, na UCL, da História do Sporting Clube de Portugal.

A noite começou bem e terminou ainda melhor. Num jogo de andebol, empatado a poucos segundos do fim, Mamadou Gassama interceptou uma bola e marcou o incrível golo da vitória.

 

 

O trabalho que tem sido realizado para tornar as várias modalidades competitivas tem compensado. O que mais se pode pedir numa noite de terça-feira?

No rumo certo

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Para mim, que tenho o cubano Frankis Carol como um ídolo que não vou esquecer jamais do andebol, ao nível do argentino (que nunca esqueci também) Hector "Chirola" Yazalde, do futebol, e ainda mais porque tive a oportunidade de visitar Cuba e perceber alguma coisa da enorme qualidade humana daquele povo, independentemente de muita coisa que não cabe aqui referir, é com enorme prazer e um grande aplauso ao nosso coordenador da modalidade e ex-capitão Carlos Carneiro que leio esta notícia, ficando de água na boca para futuros desenvolvimentos da mesma:

https://www.sporting.pt/pt/noticias/modalidades/andebol/2021-10-12/sporting-cp-assina-protocolo-com-federacao-cubana-de-andebol

 

#OndeVaiUmVãoTodos

SL

Eu odiava este gajo

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Sigo esporadicamente o andebol do Sporting, mas não perco um clássico.

Não acompanho as contratações e movimentos de jogadores no Sporting e noutros clubes.

"Em verdade vos digo" que nem sequer conheço todos os jogadores de andebol do Sporting e se calhar até me fica mal dizê-lo aqui, em público, mas no início da década passada, dava-me cá uns nervos, de cada vez que defrontávamos o Porto... Os gajos apresentaram um redes alto e esguio que fazia defesas impossíveis e aqueles remates que a gente gritava "golooooo", o gajo ia lá buscar a bola como que por artes mágicas. E se perdemos jogos só pelas defesas daquele mulato, caramba!

E eu durante uma hora chamava-lhe tudo, mas cá com uma inveja de ele não ser dos nossos...

O que é certo é que passados uns anos passou a ser mesmo dos nossos, de Portugal, e passeou classe por esses pavilhões onde a nossa selecção convenceu, mesmo às vezes não vencendo.

Eu odiava aquele gajo durante o tempo de jogo em que nos defrontava. Mas o gajo era mesmo bom. Consta que como pessoa era também um rapaz bom, ou não fosse cubano (desculpem-me, mas tenho muitos amigos cubanos e a bondade e a simpatia são uma qualidade associada).

E assim, sem mais nem menos, partiu. De forma estúpida, sem sentido, quando tinha a vida pela frente. Tem(tinha) a idade do meu filho mais novo.

Morreu numa idade em que deveria ser proibido morrer.

Que descanse em paz, com toda a minha admiração e a revolta da enorme injustiça que é privar-nos da sua magia em campo.

A minha enorme vénia e pesar, Alfredo Eduardo Quintana Bravo.

ADN de Campeão (3.ª parte)

Dizia eu em 03/03/2019:

"Já dizia Jorge Jesus que esta coisa do ADN de Campeão não surge do nada, constrói-se, é preciso muito tempo e muito esforço para ele surgir e demonstrar o que vale. Já dizia também alguém que construir demora muito, destruir quase nada, e o destituido encarregou-se do assunto no que ao futebol diz respeito a partir do sofá.

Vem isto a propósito de ter ido ao Pavilhão João Rocha ver a nossa brilhante equipa de andebol estar quase todo o tempo a perder e acabar a ganhar ao concorrente directo ao título, o Porto, e chegar a casa e ver o mesmo Porto a ganhar a 3 minutos do fim ao Roma e ganhar quase tantos milhões quantos nós vamos ter com um fundo qualquer, é a triste situação em que nos deixou o dito cujo. E nessa magnífica jornada de andebol até estava um jogador de futebol na bancada, o Acuña, lá com o seu chazinho de mate e acompanhado daquela senhora que indispôs a mana do tal destituído, suspenso e em breve expulso.

E fiquei a pensar se haveria algum ponto comum ou semelhança entre esta nossa brilhante/fantástica, o que quiserem, equipa de andebol, a equipa do Porto que conseguiu a passagem à eliminatória seguinte no prolongamento e a nossa actual tristonha e deprimente equipa de futebol profissional. 

Se calhar existe. Renan, Coates, Mathieu, Acuña, Bruno Fernandes, Bas Dost e o lesionado Battaglia têm aquela coisa que falta para dar "a extra mile" e conquistar. Já o demonstraram. Outros havia, mas o destituído correu com eles. Adrien e Patrício à cabeça. 

Por muito que aposte na formação, olho para todas as promessas actuais e parece que lhes falta muita coisa. Um tal Mama Baldé é a excepção.

Não será possível manter estes, pagando o que for preciso, ir buscar mais uns iguais a estes, já temos outros que não são estes mas que fazem umas flores de vez em quando, e ter um treinador que consiga extrair o melhor de todos eles, e fazer do todo uma coisa maior do que a soma das partes, como consegue um tal Canela no andebol ?

E mandar embora os emplastros que abundam no plantel? E não trazer mais porque sim?

Ou é pedir muito?

E ainda há quem fique incomodado com 1,6M€ para o Bruno Fernandes ficar? Ou o que custou a permanência de Acuña e Battaglia? Comparado com o que custaram Viviano e B. Gaspar, dois emplastros de todo o tamanho?"

 

Como as coisas mudaram em dois anos... No futebol e no andebol.

No futebol uma nova geração de talentos brotou de Alcochete, e com mais alguns jovens entretanto contratados criaram uma almofada de raça e atrevimento no plantel principal. Encontrou-se um verdadeiro líder, o tal que faz do todo maior que a soma das partes e que, com um enorme capitão e alguns veteranos de muitas guerras, transformou radicamente a situação. Encontrámos enfim o ADN de Campeão que nos orgulha e nos faz felizes.

No andebol, a equipa bicampeã nacional em 2016/2017 e 2017/2018, vice-campeã em 2018/2019, em 2019/2020 comandada por um grande Thierry Anti, seguia no 2.º lugar, atrás do Porto, com o Sporting-Porto por disputar que nos poderia dar o título, quando a epidemia pôs ponto final na época. Perdemos o acesso à Champions do andebol, perdemos Thierry Anti, perdemos Luís Frade, perdemos Ghionea, vamos agora perder o melhor jogador e grande capitão, Frankis Carol. Conseguimos, isso sim, criar também a tal almofada que mencionei atrás: com Salvador Salvador, Manuel Gaspar, Francisco Tavares, temos um ou outro bulldozer, como Pedro Valdez, mas falta o resto. Seguimos na vice-liderança, mas o tal ADN... foi-se. Vamos ter de penar muito até ser reposto.

 

Já agora e antes que me esqueça. O desporto faz-se de ídolos, e se fiquei sempre em dívida para com Héctor Yazalde no caso do futebol, devo muito a Frankis Carol a minha paixão actual pelo andebol. Antes seguia a modalidade, via aqui ou ali, vibrava com os êxitos via TV, mas desde que entrei no magnífico pavilhão João Rocha e vi ao vivo Frankis & cia, fiquei viciado. O cubano de Guantánamo com nacionalidade do Catar deve ter sido o melhor andebolista que passou desde sempre pelo Sporting. Foram dez anos a defender as nossas cores, um bloco de gelo que sofria as maiores porradas sem um esgar ou queixume, uma técnica assombrosa, um mágico em campo com números de arrasar. Agora mesmo, com 33 anos foi o melhor marcador do Mundial do Egipto pelo Catar. Vai regressar ao seu país de adopção. Que tenha toda a felicidade do mundo e que volte sempre.

 

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#OndeVaiUmVaiTodos

SL

Merci et bon voyage, Anti

Em tempo de "desconfinamento" acelerado no Sporting, foi agora a vez de Thierry Anti anunciar que vai embora. Alegando "questões familiares"

O francês, que chegara há menos de um ano, oriundo do Nantes, foi um dos treinadores com melhor currículo que passaram em tempos recentes pelas modalidades leoninas. Vai fazer muita falta ao nosso andebol, que deixou em lugar de disputa pelo título quando o campeonato foi suspenso em definitivo, à 26.ª jornada.

Lamento muito que parta. E lamento ainda mais este clima de desagregação que parece estar a ocorrer em Alvalade - com demissões, abandonos e saídas em fluxo contínuo.

Já vi este filme noutras ocasiões. Posso avisar, portanto, que o desfecho não será feliz.

Andebol: grande vitória na Champions League

Grande vitória do SPORTING na 1ª jornada da Champions sobre os Macedónios do HC Eurofarm Rabotnik, por 30-29. Para começar, não está mal.

Sábado, dia 21, há mais às 18:30h no Pavilhão João Rocha- 2.ª jornada do Grupo C VELUX EHF Champions League: 

SPORTING CP X HT Tatran Prešov
 

Quem quiser mais informação das modalidades do Sporting vá ao blogue do @tigas68, em https://modalidadesscp.site123.me/ e pormenores do nosso grupo da Champions Andebol em https://modalidadesscp.site123.me/artigos/ehf-velux-champions-league-2019-2020

 

Obrigado e até já!

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Não percebo a saída de Hugo Canela do comando técnico do Sporting.

OK que a fase final do campeonato deixou muito a desejar, mas, ainda assim, isso não apaga o percurso dos últimos 2 anos: bi-campeonato e melhor prestação europeia de sempre na Champions (do clube e de um clube português no actual formato da prova). 

Acresce, a isso tudo, o sportinguismo do Hugo Canela. É um desportista que respira Sporting por todos os poros, campeão como jogador e treinador, alguém que sabe estar dentro e fora do campo (várias vezes o ouvi elogiar o adversário que nos tinha acabado de levar de vencida, ao invés de se refugiar em desculpas). 

Confesso que via Hugo Canela para o andebol do Sporting como Alex Ferguson esteve para o Manchester United.

Infelizmente, alguém no Estado-Maior leonino entendeu que não, que o melhor mesmo era terminar a ligação por aqui.

Até pode ser que o próximo treinador venha a revelar-se uma aposta ganha, mas atendendo ao historial de Hugo Canela no Sporting e, sobretudo, à sua jovem carreira, com muito ainda para crescer, não duvido que um dia voltará ao seu (nosso) Clube de sempre para ser campeão de novo!

Enquanto a noite cai

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Hoje foi o futsal, bem auxiliado pela arbitragem, que engendrou a expulsão de Léo Jaguará e o livre directo do quinto golo do adversário, e a disputa do tetracampeonato fica a depender de duas vitórias no Pavilhão João Rocha, sem poder contar com Guitta (bem expulso por defender com a mão em cima da linha de meio-campo, após uma incursão ofensiva infeliz) e Léo.

Ontem foram o hóquei em patins e o andebol a entregarem de vez o título ao FC Porto, com duas derrotas tangenciais em deslocações teoricamente acessíveis. 

Tratando-se de duas equipas campeãs europeias e de uma terceira que não andou demasiado longe disso (e caminhava para o tricampeonato nacional), este fim-de-semana negro nas modalidades não deve servir para atirar o bebé com a água do banho, claro está. Mas convém reflectir e aumentar níveis de exigência que já viram melhores dias.

ADN de Campeão

Já dizia Jorge Jesus que esta coisa do ADN de Campeão não surge do nada, constrói-se, é preciso muito tempo e muito esforço para ele surgir e demostrar o que vale. Já dizia também alguém que construir demora muito, destruir quase nada, e o destituido encarregou-se do assunto no que ao futebol diz respeito a partir do sofá.

Vem isto a propósito de ter ido ao Pavilhão João Rocha ver a nossa brilhante equipa de andebol estar quase todo o tempo a perder e acabar a ganhar ao concorrente directo ao título, o Porto, e chegar a casa e ver o mesmo Porto a ganhar a 3 minutos do fim ao Roma e ganhar quase tantos milhões quantos nós vamos ter com um fundo qualquer, é a triste situação em que nos deixou o dito cujo. E nessa magnífica jornada de andebol até estava um jogador de futebol na bancada, o Acuña, lá com o seu chazinho de mate e acompanhado daquela senhora que indispôs a mana do tal destituído, suspenso e em breve expulso.

E fiquei a pensar se haveria algum ponto comum ou semelhança entre esta nossa brilhante/fantástica, o que quiserem, equipa de andebol, a equipa do Porto que conseguiu a passagem à eliminatória seguinte no prolongamento e a nossa actual tristonha e deprimente equipa de futebol profissional. 

Se calhar existe. Renan, Coates, Mathieu, Acuña, Bruno Fernandes, Bas Dost e o lesionado Battaglia têm aquela coisa que falta para dar "a extra mile" e conquistar. Já o demonstraram. Outros havia, mas o destituído correu com eles. Adrien e Patrício à cabeça. 

Por muito que aposte na formação, olho para todas as promessas actuais e parece que lhes falta muita coisa. Um tal Mama Baldé é a excepção.

Não será possível manter estes, pagando o que for preciso, ir buscar mais uns iguais a estes, já temos outros que não são estes mas que fazem umas flores de vez em quando, e ter um treinador que consiga extrair o melhor de todos eles, e fazer do todo uma coisa maior do que a soma das partes, como consegue um tal Canela no andebol ?

E mandar embora os emplastros que abundam no plantel? E não trazer mais porque sim?

Ou é pedir muito?

E ainda há quem fique incomodado com 1,6M€ para o Bruno Fernandes ficar? Ou o que custou a permanência de Acuña e Battaglia? Comparado com o que custaram Viviano e B. Gaspar, dois emplastros de todo o tamanho?

SL

Tudo ao molho e Fé em Deus - Ecletismo

Este fim-de-semana mostrou que não só o Sporting é um clube eclético como as modalidades são ecléticas entre si. Inclusivamente, com jogadores merecedores de (forte) nota artística, à semelhança do que é prática comum na Ginástica Desportiva ou Rítmica, nos Saltos para a Água e na Patinagem Artística (quem não se lembra daquele momento "fünf komma sechs"???). Assim, o andebolista Carlos Ruesga executou um afundanço ("slam dunk") digno de fazer corar de inveja a futura equipa profissional de basquetebol, enquanto o hoquista Ferran Font marcou um golo com aquele movimento em concha típico da Pelota Basca, como se tivesse na ponta do stick uma cesta de vime. É caso para dizer que, cestos ou cestas, e sendo certo que até ao lavar dos cestos é vindima, nas modalidades quem se atravessa no nosso caminho leva um cabaz.

 

Ruesga "SLAM DUNK"

 

Hoje giro eu - Levantar a cabeça

Num jogo feito de garra, rigor, perseverança e competência, o Sporting deslocou-se à Eslováquia para bater o até aí líder do grupo C da Liga dos Campeões de andebol, o Tatran Presov, por 30-27, com Frankis Carol (10 golos) em grande plano. Depois da derrota na Maia, frente ao modesto ISMAI, isto sim deu significado à expressão "levantar a cabeça".

 

No mesmo dia, Peseiro, em entrevista a "A Bola", diz que perdemos em Portimão por termos querido praticar um "futebol exuberante, ofensivamente avassalador". A isto chama-se não aprender nada com as derrotas. Também alega que Wendel tem imenso potencial, mas perde bolas em "zonas proibidas" (creio que se estaria a referir ao camarote dos jogadores). Por isso, o brasileiro (custou 8,7 milhões de euros) vai continuando a aprender nos treinos, enquanto em competição, o macedónio Ristovski, com bem menos cartel, vai (des)aprendendo a não fechar o espaço interior e a não compensar o central. Faz sentido! Finalmente, afirma que Coates tem "estrutura, estatuto para ser capitão, mas que prefere um português". Tudo bem, entende-se, embora Javier Zanetti - 15 anos como capitão do Inter de Milão - se possa estar a rebolar a rir, mas então por que raio é que Palhinha foi preterido a Petrovic e Geraldes teve de emigrar? Será que a condição de luso só terá relevância na questão da braçadeira, mesmo que depois o balneário seja uma babilónia de nações?

 

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