Há precisamente 10 anos publicava o meu primeiro texto neste blogue. Este!
Reli-o hoje e tirando uma ou outra palavra ou frase que poderia ser substituída, a ideia que aqui me trouxe ainda prevalece. Diria mesmo que está ainda mais vincada, seja pelos êxitos recentes, seja pelas amizades que por aqui fui arregimentando, seja, por finalmente, ver o nosso clube com um rumo.
Ao tecer este último elogio à actual direcção em quem, sublinhe-se, não votei, quero mostrar também o meu apoio a todos quantos trabalham no clube e a manutenção desse espírito leonino que há mais de 100 anos enobrece os seus sócios e simpatizantes.
"Esforço, Dedicação, Devoção e Glória eis o Sporting".
Não assisti, no estádio, ao primeiro jogo, o calcanhar de Xandão, assisti ao segundo, o do chileno Matias e do holandês Ricky.
Dois dias alucinantes, quarta-feira trabalhei, horário normal, avião para Londres, noite dormida em casa de um amigo, excelente recepção, quinta-feira, viagem num TGV inglês (da Virgin) Londres - Manchester.
Em Manchester deu para sentir o ambiente, para nos misturarmos nos "pubs" a emborcar "pints".
Os mancunianos, falantes do "manc", dialecto de Manchester, que só eles percebem, olhavam, condescendentes para nós, coitados dos portugueses, serão esmagados.
O serão foi diferente do que tinham pensado.
Lembro-me de estar, quase à meia-noite, a aguardar o autocarro para regressar a Londres, a petiscar qualquer coisa, a falar no meu inglês de praia, com um vendedor vindo algures do império britânico, que me dizia, qualquer coisa, como: "Manchester, bad football, good football, Liverpool"; isto em 2012.
Bem, foram dois/três excelentes dias, comprei um cachecol alusivo ao jogo em Manchester, para oferecer ao meu pai que não sabia da minha aventura, voltei a Portugal feliz, fui dar aulas, em regime de voluntariado, nessa sexta-feira, quando, finalmente, ia entregar ao meu pai esse cachecol, tive a notícia que o irmão mais velho dele, o meu tio Luís (sportinguista, também) morrera.
O cachecol continua guardado, à espera de uma oportunidade, talvez depois deste segundo jogo.
Voltando à notícia do Record, Adán, 34 anos em 2011/2012, o Matusalém da baliza, estará, agora, perto dos 50 anos, deixá-lo estar, mesmo assim, é o melhor guarda-redes do campeonato português.
Apareceu cá hoje, acompanhado da calça respectiva em preto, oferta do Eugénio Oliveira, o "maior" do Golball. Os dois robalos (oops! robalos, já ouvi falar nisso nalgum lado) ainda que grandes e gordos não pagam nada disto. Nem os caracóis no clube naval da Ericeira, que se seguiram. Que maravilha de presente!