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És a nossa Fé!

Adversários sim, inimigos não

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Como sempre digo, e repetirei as vezes que forem necessárias, em futebol há adversários mas não inimigos.

Daí manifestar a minha solidariedade ao treinador do FCP, Sérgio Conceição, e aos elementos da sua família que há dias viram a viatura em que seguiam danificada por um bando de covardes munidos de calhaus. 

Para não variar, na conferência de imprensa destinada a antever o Boavista-Sporting, Rúben Amorim esteve impecável ao comentar o acto de violência cometido pelos tais grunhos. 

«Quero mandar-lhe um grande abraço, e já o fiz. Não somos propriamente amigos, mas basta olhar para ele. Dá tudo pelo clube e merecia mais. Deve ser muito doloroso a família levar com pedras porque perdeu um jogo. As autoridades têm de fazer alguma coisa», declarou o treinador leonino.

Subscrevo e aplaudo.

A camisola errada no sítio errado?

Declaração de interesse: Estou-me completamente borrifando que ao meu lado na bancada esteja sentado um/uma adepto/a com a camisola do adversário vestida, ou com outro qualquer acessório identificativo, cachecol, boné, o que seja.

Posto o assunto assim, percebo que haja situações em que, como na recentemente acontecida em Famalicão, na bancada reservada exclusivamente a sócios, não sejam admitidos espectadores identificados com o adversário. Eu já assisti a jogos no antigo estádio da Luz e nas Antas, na bancada de sócios desses clubes, sem qualquer sinal que me identificasse como sportinguista e confesso que nalgumas situações tive algum receio. Vezes aconteceu em que tive que refrear o festejo de golos dos nossos. O mesmo servirá para adeptos de clubes adversários em Alvalade, calculo eu.

Num Sporting/Benfica (tenho ideia que o de má memória do falhanço de Bryan Ruiz), um dos lugares próximo do meu foi ocupado por uma jovem com a camisola do Benfica vestida e não foi agradável ouvir os comentários de que a miúda, entre os 13 e 15 anos, foi alvo. Para estar naquele local, ou era amiga ou familiar do titular do lugar, que para ali não se vendem bilhetes.

Poder-se-á argumentar que a jovem não tinha nada que ir para ali. Podia e se calhar até faz sentido, porque infelizmente a educação para a cidadania deixa muito a desejar no sistema educativo português, o que em conjunto com uma clubite aguda e com um exacerbar de maus fígados entre adeptos, aconselharia à separação de "camisolas".

Não raras vezes vemos casais, jovens principalmente, cada um com a vestimenta do clube que apoia, sentados nas bancadas a assistir aos jogos de futebol ou de outras modalidades. Esta seria a situação ideal, o desporto, a actividade desportiva e os espectáculos desportivos deveriam ser propícios ao são convívio entre as pessoas. Mas não é, na maior parte dos casos.

A propósito do caso da camisola em Famalicão, disse o presidente do Rio Ave que um jogo de futebol é um espectáculo privado e como tal com regras privadas decretadas pelo organizador do espectáculo. Terá toda a razão, mas não poderá esquecer que mesmo os espectáculos privados não estão acima da Lei, logo as regras não podem contrariar a Lei em vigor, nomeadamente sobre o acesso a espectáculos desportivos.

Esta é infelizmente a situação existente e apesar de ir contra todas as regras do fair-play que deverá ser o primado no desporto, o pai desta criança não tinha necessidade de a expor a tamanha humilhação. Às vezes manda o bom senso que um passo atrás é mais importante que dois em frente (como diria mais ou menos um político conhecido). Certamente que o episódio ficará negativamente gravado na memória da criança, esperemos que sem consequências de maior.

Já hoje tive conhecimento de uma agressão à bala por parte de um adepto do Benfica sobre um outro indivíduo, só porque um não gostou da exuberância com que o outro comemorou a vitória dos encarnados sobre a Juventus. O segundo foi atingido com 3 tiros, um deles na cabeça. Nada, muito menos o desporto, justifica agressões entre pessoas.

Sem querer atacar ninguém, espero que amanhã apareça n' A Bola tal como hoje uma foto dos jogadores do Benfica sem camisola (os sonsos, como que a dizer que lá no estádio deles é diferente. NÃO É!), amanhã uma com cada um deles com um revólver na mão, ao alto. A legenda pode ser "somos todos John Wayne"...

As botas das sete réguas

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Calçado aconselhável para os jogadores que defrontarem o FC Porto.

Tem umas réguas finas em aço que protegem o peito do pé e previnem o que aconteceu ontem. Um rapaz imbuído de carácter e atitude à Porto conseguiu à "pézada" destruir uma bota de futebol e o peito do pé do bisneto do pai da evolução.

Como sabemos Neto e Tabata é que são os mauzões do futebol português, o tal Fábio Cardoso depois de quase ter partido o pé a Darwin, continuou em campo, com a atitude que os tubarões tinham,  nos documentários do Jacques Cousteau, o cheiro a sangue, abria-lhes o apetite.

 

Nota: Este conteúdo não foi patrocinado mas se me quiserem enviar um par de botas (n° 42) sem dúvida que me sentiria mais protegido no próximo passeio ao Porto. Ninguém está livre de uma pisadela, não é?

Como é diferente a lei em Portugal

No domingo em Braga um agente da ótóridade interpela Rúben Amorim por não ter máscara apesar de estar num camarote isolado no topo de uma bancada vazia. Sai logo multa.

24 horas depois, no mesmo distrito, em Moreira de Cónegos, a 33kms de Braga, um agente da ótóridade fica a olhar para um homem a ser agredido diante de várias testemunhas. Parece que o Ministério Público coisa e tal vamos ver.

É a normalidade.

Crime público

Eu era para ter ficado caladinho neste assunto do arraial de porrada aviado ao um reporter de imagem da TVI pelo Pinto da Costa (se não foi ele, pelo menos estava ao lado e não impediu, nem sequer por palavras), que outros colegas com mais veia já o fizeram.

Mas acabei de ler o comunicado do sindicato de jornalistas e a minha alma ficou parva. E pelo respeito que tenho pela missão e profissão do jornalista (sem género, para me não acusarem de discriminação sexista), os verdadeiros e isentos que os há por aí aos montes felizmente, não posso deixar de ficar inquieto.

Aquilo de ontem, como muito bem diz o sindicato dos jornalistas, é crime público. E então reclama o sindicato dos jornalistas que sendo crime público, deve o ministério da coisa pública agir em conformidade. Assim a modos que "aquele puto bateu-me, toma lá esta pedra e dá-lhe com ela nos cornos". Será que não haverá naquela direcção um jornalista especializado em legislação, justiça, tribunais, o diabo a sete? É que até a minha mãe, que ainda trata o juíz por Vossa Excelência Senhor Doutor Juíz e o conhece desde que o senhor tinha cueiros, sabe que um crime público significa que qualquer pessoa que tenha conhecimento e de preferência testemunho desse crime, pode acorrer junto de qualquer tribunal e dar dele notícia e consequente queixa.

Será que perante um acto de tamanha gravidade, o sindicato dos jornalistas vai esperar sentado pelo ministério público?

Algo vai muito podre, quando uma associação de classe, perante acto tão hediondo, se limita a um comunicadozinho da treta. Até parece que têm rabos de palha, ou devem favores a alguém.

Que diabo, até a TVI diz que vai proceder criminalmente contra os agressores, apesar do peso de gente do Porto na estrutura accionista recente na empresa que a detém.

Um dia depois das comemorações do Dia da Liberdade, o sindicato dos jornalistas, constituido outrora por gente sem medo e que inventava formas de contornar a censura e nos dar novas enfrentando o lápis azul, tem hoje medo de um clube de azul.

À atenção dos homens da profissão. Reflictam...

Letais ao Sporting

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«Aquele ontem que alegadamente levou nos cornos? Andaram vocês aqui a chorar com a indignação. Coitadinhos. Devia era ter sido factualmente e ter levado ainda mais. Ele e a filha, os Patrícios e os Williams em Alcochete, e o raio que os parta. Se era para foder o Sporting, ao menos não se ficavam a rir com os dentes todos.»

 

«Está visto que os pontapés foram poucos. Entraremos numa nova fase.»

 

«Não aprenderam com Al Cochete que as coisas só se resolvem e mudam na “porrada”?»

 

«Isto não se faz com tribunal nem com passeatas! Faz-se com paulada nos cornos!»

 

«Também já estou nessa. Ia fartar-me de rir se alguém lhe “arrancar a cabeça”. Que filho da puta que nos foi calhar.»

 

«Esta gente é para ser caçada e exterminada.»

 

«Boicote ao futebol profissional é para ontem!»

 

«Os cabrões têm que cair já, estão a lixar o clube a todo o dia que lá continuam.»

 

«O Varandas mais tarde ou mais cedo vai ter o fim que merece e se levar nos cornos à séria cá estarei para aplaudir de pé!»

 

«Não sei se quero estes porcos corridos a pontapé ou que continuem lá e depois sejam pontapeados.»

 

«Venha o corona. Não está aqui nada que valha ser salvo.»

 

«Não vejo possível o regresso ao Sporting e como tal, mais valia não existir…»

 

«Quero um clube novo, rescindi com este.»

 

«Siga para a fundação do Lions of the World (com o equipamento Stromp como principal é a listada como secundário) com sede em Ansião ou Espinho.»

 

«Preferia um nome mais clássico, Sporting 1906 de Portugal. Sede sem dúvida no Norte com certeza, chega de mansos lisboetas!!!»

 

«Eu propunha Grémio Leonino, ou simplesmente Leões. E também alinhava com o equipamento Stromp, sem secundário nem terciário nem o caralho. Eles que fiquem com as riscas. E que se fodam todos.»

 

 

Desabafos de "pacíficos opositores" a Varandas, anteontem, num blogue que adoram frequentar.

(Eliminei as expressões mais injuriosas e emendei erros ortográficos)

O Sporting somos nós

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Sou do tempo em que o Sporting eram aqueles que nos estádios, nos pavilhões e nas pistas conduziam a camisola do clube às conquistas e aos triunfos. Os Yazaldes, Damas, Agostinhos, Lopes, e muitos outros. Os nosso ídolos. Tudo o resto era acessório.

Os tempos são outros, mas em todo o caso é completamente inadmissível e uma vergonha para o Sporting o número de dirigentes, treinadores e jogadores que foram agredidos fisicamente nas instalações do clube nos últimos tempos, com ovos, murros, pontapés, tochas, cintos, e garrafões de água. Foram mais de uma dúzia entre dirigentes, treinadores e jogadores, entre eles capitães de equipa.

Hoje no tribunal de Monsanto, um rapaz de 29 anos que participou no assalto à academia do próprio clube e que trocou mensagens onde manifestou a intenção de "ir bater" veio dizer que "Queria ir lá dar uma espécie de 'aperto', mas nunca foi minha intenção agredir, era mais pedir justificações. A minha intenção nunca seria ir lá agredir jogadores, a minha intenção era assustá-los e fazer com que eles percebessem que deviam ter dado mais no campo, deviam ter ganhado". Pois.

Diz ele também que "É tudo condenável, não me revejo nisto, não sei o que me passou pela cabeça na altura. Percebo que isto chocou o país. Isto, se calhar, era um vício que eu tinha, o Sporting e as claques". Pois.

Mas o que impressiona ainda mais é a quase indiferença de alguns Sportinguistas perante este estado de coisas. Se calhar é um pouco como a violência doméstica. Se eles apanharam, então é porque mereciam. E se a filha menor dum deles foi insultada e cuspida, paciência.

A pergunta que deixo é como é que o Sporting poderá atrair os melhores dirigentes, treinadores, capitães e jogadores, quando o que lhes pode muito bem acontecer é serem agredidos nalgum canto escuro por quem se julga dono do clube. 

SL

Terra Queimada (2º Capítulo)

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Ontem em Alvalade, mais uma vez (em 11/09/2020 já me tinha referido ao assunto), a coligação comandada pela claque que assaltou Alcochete e que se viu desprovida das suas fontes de rendimento conseguidas à custa do clube conseguiu transformar um dia e um fim de semana que foi de sucesso em todas frentes - com vitórias nas quatro modalidades de pavilhão e a reconquista do terceiro posto na Liga de Futebol - numa jornada de protesto nas ruas, de desprezo pelo sucesso desportivo do clube e pelos jogadores que o representam no estádio e até duma reportada agressão cobarde a dirigentes e uma filha menor à porta dum elevador.

O caricato é que, camuflados pelo discurso da indignação relativa à incompetência e falta de união provocada pelos dirigentes legitimamente eleitos pelos sócios, aparentemente conseguiram mesmo agredir aquele dirigente que tem o pelouro das tais modalidades que muito ganharam no ano passado e estão a ganhar de novo, que estão no primeiro ou nos primeiros lugares dos respectivos campeonatos e com passagens a fases seguintes nas competições europeias, isso imediatamente a seguir duma vitória retumbante no futsal perante o rival de sempre, o Benfica.

Ficou assim mais uma vez demonstrado que o que os move é apenas e só a guerra para voltarem a tomar conta do Sporting, incapazes de aceitar o julgamento de Alcochete, incapazes de aceitar a perda de regalias, incapazes de aceitar a destituição e expulsão do ex-presidente, incapazes de aceitar a decisão do processo eleitoral, incapazes de aceitar as derrotas em todas as AGs realizadas desde então, incapazes de se mostrarem dignos do Sporting.

Gritam "O Sporting somos nós". O que estão a fazer é tentar destruir o clube, para que das cinzas nasça algum clube controlado por eles, e à custa de todos os outros.

 

O Sporting é dos sócios, não deste presidente, não do outro, não das claques, não desta ou daquela seita. De todos os Sócios, cujas decisões maioritárias têm de ser respeitadas. Ontem mais uma vez, no estádio, a grande maioria dos sócios presentes assobiou e vaiou aqueles que em vez de estarem a apoiar a equipa se entretinham a insultar o presidente. Aqueles que cada vez são menos e cada vez se ouvem menos na curva Sul.

Os candidatos a presidente, aqueles que foram derrotados nas últimas eleições e aqueles que têm ambições a lá chegar, deviam reflectir um pouco e pensar qual é o clube que quererão receber, em termos de governabilidade, urbanidade, tranquilidade para a realização de objectivos e autoridade perante seitas internas e inimigos externos. Ou que Sporting quererão para levar os seus filhos e netos ao estádio e pavilhão e fazer deles novos Sportinguistas. E vir a público condenar vivamente e sem reservas o que se passou. 

Amanhã vamos saber se vamos ter ou não uma AG. A existir (não tenho formação jurídica nem conheço a fundo os estatutos, limito-me a achar que alegada incompetência não é motivo para destituição) será mais uma jornada em que uma minoria ruidosa e arruaceira vai tentar intimidar, insultar, perseguir e agredir quem se atrever a defender a não destituição destes orgãos sociais. Mas a existir temos de lá ir todos, mais uma vez surdos e mudos, mais uma vez para derrotar esta seita.

Falando em arruaceiros, também existem os arruaceiros das redes sociais, os "stalkers", os "bullys", temos também aqui de sofrer com a sua presença, mas não contribuir para lhes dar a importância que não têm e estragarem este espaço de pluralidade e amor Sportinguista.

No meu caso assim farei.

SL

A trampa “estalinista” de ontem…

que voltou a escrever mais uma página negra no nosso clube, não vencerá!

Os tristes acontecimentos que ontem ocorreram, lembraram-me o amor que esta imensa massa adepta, independentemente da inabilidade e incompetência da Direcção e dos grupos terroristas - travestidos de claques - que querem aprisionar o Sporting, continua a ter por este clube.

Shostakovich, Concerto para Piano n.º 2, Segundo Andamento

 

«Em 1957 o colosso da música russa, Dmitri Shostakovich, compôs o seu segundo concerto para piano para comemorar o aniversário do filho. Talvez por causa da pessoa para que foi escrito, revelou-se uma pausa no seu habitual estilo sardónico, abespinhado e opressivo (ouça a sua quinta e maior sinfonia para um exemplo inequívoco do que acabei de dizer). Ao contrário de quase todos os seus contemporâneos, Shostakovich permaneceu toda a sua vida na Rússia, apesar da agitação e da loucura estalinista que forçaram a saída de Prokofiev, Rachmaninov e outros. Shostakivich ficou e lutou através da música, utilizando ocasionalmente as suas composições para retratar paródias musicais de um país depauperado.

Era voluntarioso, político, destemido e revolucionário, tendo proferido as belíssimas palavras: «Um artista criativo trabalha na sua próxima composição porque não está satisfeito com a anterior.»

Este lento andamento, com reminiscências do Concerto do Imperador de Beethoven, surge como uma das mais românticas e belas composições, principalmente se pensarmos nos horrores que estavam a acontecer à sua volta quando a compôs.»

 

In. RHODES, James - Instrumental. 1ª ed. [S.l.] : Alfaguara, 2017. p. 119

O Zé Carlos perdoar-me-ia, certamente

Que se passa? Então isto não é uma ameaça?

Ali andou mãozinha de reaça.

Deixaram fugir mais oitenta e nove…

Que se passa? Então isto não é uma ameaça?

Ali andou mãozinha de reaça.

Deixaram fugir mais oitenta e nove…

 

Os pides desceram pela corda alegremente.

Os guardas andavam passeando em Alcoentre.

E a esquerda levou com mais um corno pela frente.

Esta maldade não se faz à gente.

Que merda!

 

As grades foram todas serradas a preceito.

A fuga aproveitou-se do que era imperfeito.

E a esquerda, por causa da vergonha deste feito,

pode apanhar uma bala no peito…

Que merda!

 

Quem foram os que de fora das grades ajudaram?

Quem foram os que dentro das grades os armaram?

A esquerda não esquece tubarões que a torturaram.

Não pode perdoar se a enganaram.

Que merda!

 

Agora, a vigilância é tudo o que nos resta.

Pr’ós pides, a vida na prisão… era uma festa.

E a esquerda tem mais do que razão quando protesta,

pois pode apanhar um tiro na testa…

 

Que merda!

 

Adaptem como quiserem, substituam os protagonistas por quem quiserem. No fim a "esquerda" (o Sporting) perde sempre.

 

Nota: "Fado de Alcoentre" letra de José Carlos Ary dos Santos musicada por Fernando Tordo.

A "escola" de Alcochete

Uma claque que tem como missão apoiar o clube insulta, agride, cospe, esmurra, pontapeia. À rédea solta, em obediência ao presidiário que a lidera.

Essa claque já não poupa sequer menores indefesas, como hoje sucedeu com a filha adolescente de Miguel Afonso, vogal do Conselho Directivo com o pelouro das modalidades. O que revela bem a cobardia destes energúmenos, incapazes de conter os instintos predadores perante uma miúda de 16 anos.

É a "escola" de Alcochete. A mesma que foi responsável pela página mais negra da história do Sporting ao invadir e destruir o nosso centro de estágio e formação. Com efeitos reputacionais para o clube que demorarão anos a dissipar-se.

Haverá adeptos que apoiam e até aplaudem isto. Tenham paciência, mas eu estou na margem oposta.

O que se julga em Monsanto

Texto de Sol Carvalho

Tenho lido inúmero comentários sobre o julgamento. Dum lado, o aumento e o detalhe das provas de um ato de violência gratuita e a clarificação, no mínimo, da existência de um clima que o permitiu. Do outro, já que a defesa do ato em si é muita fraca, a linha da defesa de que BC não foi o organizador do mesmo.


Ora, precisamente essa dicotomia me parece estranha e desfasada do essencial. Há um julgamento em curso. Do ponto de vista judicial, pode haver interesse em saber se o presidente foi mandante ou não, mas eu acho que esse rumo é precisamente o que serve os interesses de quem quer fugir às responsabilidades. Nenhum presidente (ia a dizer “no seu perfeito juízo” mas de repente apercebi-me da ironia da coisa) daria uma ordem direta para um ataque. Dou de barato esperteza suficiente a BC para não o fazer. Ou seja, a culpa material será, no mínimo, muitíssimo difícil de obter. E isso abre espaço para o contra-ataque de BC e seus acólitos e empregados a que temos assistido.


A segunda questão do julgamento acho que tem a ver com as responsabilidades específicas e com o tamanho de cinturadas e socos que cada um cometeu o que é valido para considerar atenuantes e tempo de pena.
Mas o que julgo essencial e, para mim, esse é o verdadeiro julgamento, é o segundo apuramento das responsabilidades morais e políticas dos intervenientes. Ou se quiserem, a confirmação da responsabilidade moral que já teve decisão e pena na Assembleia Geral do Sporting.


Não vejo os jogadores todos por igual (Bata e Acuña eram alvos e ficaram, Rafael Leão até foi saudado e “pirou-se”) não considero “santos” os seus conselheiros e agentes. Não vejo as claques também todas por igual, embora no caso, a claque em causa (ou pelo menos parte dela) assumiu publicamente a cumplicidade do ato e se a instituição não estava de acordo, só teria de expulsar os prevaricadores (ou na Juve Leo não havia estatutos?).
Resta o topo da pirâmide e referimo-me a BC e à sua direção. O que já ouvi e li neste julgamento me dá o direito e a liberdade de fazer desde já de confirmar um julgamento moral e político. E se Varandas tem de assumir responsabilidades “pelo que fez à equipe de futebol” (e acho que tem mesmo de o fazer) também BC tem de assumir responsabilidades “pelo que fez à equipe de futebol” (afinal não têm de comer todos por igual?).


Ora, a deslocação para a tecnicidade de ter sido o mandante ou não, pode ser muito importante para a justiça mas para mim enquanto Sportinguista é secundária. E estamos a repetir um truque antigo: PC falou e fez corrupção mas como as escutas eram ilegais, ele deixou de ser corrupto... Deixou? A sério?
Eu acho que o julgamento moral e o que nos interessa essencialmente já foi efectivado. E a pena já executada. Este julgamento não é, pois, para julgar a culpabilidade moral mas eventualmente a culpabilidade material do evento. Mas para o Sportinguista, a culpabilidade moral deveria ser, e foi, mais do que suficiente. Agora não passa de uma confirmação que se torna evidente em cada depoimento novo que aparece. Deixem então de nos atirar poeira aos olhos!

Nunca esqueceremos

 

Estavam decorridos 20 segundos de jogo num Sporting-Benfica quando, da zona do estádio onde se concentravam os ultras da Juventude Leonina, começaram a chover tochas incendiárias dirigidas a Rui Patrício.

Uma cena miserável e canalha, decorrida quando ainda quase todos cantávamos O Mundo Sabe Que com entusiasmo nas bancadas.

Nunca a esqueceremos: aconteceu a 5 de Maio de 2018 e foi um dos momentos mais vergonhosos de que me recordo como adepto e sócio do Sporting. Hei-de lembrá-lo sempre que alguém se atrever a branquear e desculpar o comportamento incendiário de tais meninos.

Indignação?

Aquele grupo organizado de adeptos travestido de claque, ou aquela claque travestida de grupo organizado de adeptos, nunca percebi bem, voltou a fazer merda. Desta vez o visado foi o autocarro do Sporting, como já outras vezes o alvo foram instalações do clube ou gente conhecida ou anónima, que pelas mais tristes circunstâncias se tornou conhecida. Dois deles pós-mortem.

E desta vez, como em outras anteriormente, quem tem responsabilidades nisto assobia para o lado. O secretário de estado, que faz o frete ao ministro e que se está cagando para o Sporting; O ministro que se está cagando para o Sporting e que faz o frete ao lampião do primeiro-ministro, que por sua vez caga no Sporting e nos seus adeptos e sócios e no seu património. E as polícias, todas! E o ministério público e os juízes, com muitos poucos exemplos que contrariem este clima de ditadura lampiónica.

O "outro" era maluco. Fez "tilt", queimou os fusíveis, o que quiserem, mas porra, enquanto lá esteve era o primeiro, de dentes arreganhados, na defesa do Sporting e exigindo medidas a todos e a mais alguns. Há uma enorme diferença entre um post no facebook, goste-se ou não, barafustando contra os "bois" e dando-lhe nomes e um comunicado a dizer, de mansinho, de forma polida para não sujar os colarinhos que "nós já tratamos dos nossos arruaceiros, os outros que tratem dos deles também". Como se os outros fossem algum grupo que se pautasse pelo cumprimento básico da Lei, ou como se os que agora foram ilegalizados não se venham a comportar como travestis de claques, tal como os outros. Tanto amadorismo, tanta desgraça, tanta incompetência. Tanta falta de tomates!

Conceição fora do Jamor

As últimas imagens não deixam margem para quaisquer dúvidas: Sérgio Conceição não só tentou como conseguiu agredir Renan. Como tal, aguarda-se a apresentação de uma exposição por parte do SCP ao Conselho de Disciplina da FPF. Conceição não sabe estar, não é a primeira vez e não será certamente a última que participa em cenas deploráveis.

 

Nós já tivemos o presidente-adepto, de má memória, parece que o FCP agora tem um treinador-adepto que merece ser alvo de sanção e ficar fora da final da Taça de Portugal. A bem do futebol e da urbanidade.

Em que ficamos?

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Já foi publicado por aí nos jornais e na blogosfera leonina, não será necessário estar com muitos rodriguinhos: O Sporting foi ao FCPorto jogar na modalidade de hoquei em patins. Dirigentes do FCPorto ameaçaram durante os dias que antecederam o jogo, que os dirigentes do Sporting iriam ser "apertados". Durante o jogo uns filhos da puta invadiram o espaço destinado à comitiva do Sporting e um deles deu um murro no olho da mulher de Miguel Albuquerque, há fotos a circular. 

É certo que no fim de semana estive um pouco a "leste", mas só hoje um comentário a um post do Pedro Correia me despertou a curiosidade para o caso.

Entretanto ainda não vi nenhuma posição pública (não se exige peixeirada, só que se marque uma posição) do clube sobre o assunto, antes uma comunicação de Miguel Albuquerque, que me parece a título pessoal. 

Independentemente de o caso, grave, ter que merecer a atenção da federação respectiva e os portistas terem que ser severamente punidos, onde anda o tipo que assina por secretário de estado do desporto? E onde andam aquelas medidas xpto que o governo tomou aqui há meses?

E onde está uma posição clara deste Conselho Directivo contra estas atitudes anti-desportivas? Diabo, diz-se que o calado morreu de velho, mas não consta que tivesse ganho nada com isso e já é muita trampa a circular e os nossos dirigentes sem reacção.

O que os jagunços disseram

 

«Malta o melhor é academia!!! Chegar, carregar no treino e acabou... Invadimos aquilo.»

 

«Levem o esticador. Eu levo o canhão. Nunca mais se levantam.»

 

«Quem tiver tochas traga-me.»

 

«Aquilo são 2/3 seguranças na porta não nos conseguem travar... Quando a polícia chegar já nos fomos embora.»

 

«Eu quero bater neles e no Jesus também, parecia que 'tava na praia deitado.»

 

«William, essa... já nem tenho palavras para esse gajo, só me apetece espancá-lo.»

 

«Comecem já a ver com quem ficam... O JJ é meu, Mini capo com o Podence... Mathieu é para o Guerra, Bruno César é para o Paulo... Moita é o Rúben Ribeiro.»

 

«... então bate a sério no William por favor, a sério!»

 

«Levam todos, até o Paulinho. Para bater no Paulinho é preciso quantos?»

 

«F***** e quem é que fica com o Coates? E o Bas Dost?»

 

Excertos de mensagens de WhatsApp dos agressores de Alcochete interceptadas pela Polícia Judiciária e reproduzidas nos mandados de detenção. Deixando evidente a organização e premeditação do ataque que motivou nove rescisões de jogadores alegando justa causa

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