Razões para pessimismo: o Plano C
Já todos percebemos como joga o Sporting: o Plano A é o tal 4X3X3 com pressão alta e muita posse de bola, uma espécie de tiki-taka-upon-Tagus. Não me quero repetir, mas repito: isso é tudo muito bonito só que também muito cansativo. Dito claramente: a pressão alta e o tiki-taka não são para quem quer, são para quem pode. O Sporting pode? Pergunto sinceramente, porque só eles lá dentro é que sabem. Mas o que a gente vê cá fora é que para cada grande jogo (Schalke) há um ou dois horríveis - ou um e meio (Guimarães e Paços). Isto a acrescer aos golos absurdos que entram. O Leonardo, no ano passado, também jogava em 4X3X3, mas de tracção às rodas de trás. Às vezes era chato? Então não era. Mas era mais seguro.
O Plano B é o 4X4X2, também todo puxado para a frente e com a tal pressão alta, assim um bocado "à Jesus". Lá está: tudo muito bonito, mas cansativo. Repare-se: o Jesus do Benfica milionário só ganhou dois campeonatos em cinco. O primeiro só na última jornada contra o Braga, a jogar na Luz; o segundo, quando foi possível ter três equipas de qualidade idêntica rodando conforme a competição. Em todas as épocas, excepto a última, a certa altura rebentavam. O Plano B do Sporting é, por isso, tão cansativo como o A.
Não daria para arranjar um Plano C, um bocado mais descansado, para gerir a equipa depois de jogos muito intensos? Digamos, uma forma de organizar o cansaço, em vez daquela nulidade da primeira parte de ontem. Tipo o 4X3X3 do Leonardo, chato mas sólido. Evitava-se tanto golo e não era preciso tanta lufa-lufa para tentar ganhar os jogos.
Enfim, não liguem: talvez seja só a ignorância a falar.