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És a nossa Fé!

O Villas-Boas anda chateado com o Varandas...

Se eu fosse presidente do Fc Porto, com o fantasma do Pinto da Costa a pairar nas suas costas e com muito pouco para mostrar aos sócios, também eu estava chateado. Saber destes números ainda o chateia mais:

Desempenho na época:

1. Sporting - Campeonato e taça de Portugal

2. Benfica - 2º no Campeonato e taça da Liga

3. FcPorto - 3º no Campeonato e Supertaça

 

Valores dos plantéis no TM:

1. Sporting - 511 M€

2. Benfica - 373,5 M€

3. FcPorto - 327,9 M€

 

Prémios das competições europeias 2024/2025:

1. Benfica - 71,4 M€

2. Sporting - 50,0 M€

3. FcPorto - 16,5 M€

 

Ranking das principais modalidades do estádio e do pavilhão (que aqui trago):

1. Sporting

2. Benfica 

3. Fc Porto (a larga distância)

 

Mas falta inteligência a Villas-Boas para ver o óbvio. Se o Fc Porto caiu para terceiro grande, o que tem de fazer é tentar ultrapassar o segundo. 

Mas se calhar prefere voltar ao Rei dos Leitões... 

SL

Os bicampeões nacionais

Trincão, Gyökeres e Diomande: os mais utilizados

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FRANCISCO TRINCÃO

2952 minutos (34 jogos) 

 

VIKTOR GYÖKERES

2804 minutos (33 jogos)

 

OUSMANE DIOMANDE

2524 minutos (31 jogos)

 

GEOVANY QUENDA

2255 minutos (34 jogos)

 

GONÇALO INÁCIO

2254 minutos (28 jogos)

 

MORTEN HJULMAND

2221 minutos (28 jogos)

 

ZENO DEBAST

2129 minutos (31 jogos)

 

GENY CATAMO

1911 minutos (30 jogos)

 

MAXI ARAÚJO

1777 minutos (28 jogos)

 

RUI SILVA

1530 minutos (17 jogos)

 

EDUARDO QUARESMA

1395 minutos (20 jogos)

 

MATHEUS REIS 

1317 minutos (30 jogos)

 

HIDEMASSA MORITA

1304 minutos (23 jogos)

 

DANIEL BRAGANÇA

1040 minutos (18 jogos)

 

FRANCO ISRAEL

990 minutos (11 jogos)

 

IVÁN FRESNEDA

961 minutos (18 jogos)

 

PEDRO GONÇALVES

876 minutos (14 jogos)

 

CONRAD HARDER

853 minutos (28 jogos)

 

JEREMIAH ST. JUSTE

588 minutos (14 jogos)

 

VLADAN KOVACEVIC

540 minutos (6 jogos)

 

JOÃO SIMÕES

395 minutos (9 jogos)

 

NUNO SANTOS

353 minutos (7 jogos)

 

RICARDO ESGAIO

227 minutos (9 jogos)

 

EDUARDO FELICÍSSIMO

194 minutos (6 jogos)

 

MARCUS EDWARDS

106 minutos (6 jogos)

 

ALEXANDRE BRITO

89 minutos (2 jogos)

 

MATEUS FERNANDES

25 minutos (1 jogo)

 

HENRIQUE ARREIOL

23 minutos (3 jogos)

 

DÁRIO ESSUGO

16 minutos (2 jogos)

 

BIEL TEIXEIRA

13 minutos (3 jogos)

 

JOSÉ SILVA

12 minutos (1 jogo)

 

MAURO COUTO

3 minutos (1 jogo)

 

AFONSO MOREIRA 

1 minuto (1 jogo)

 

RODRIGO RIBEIRO

1 minuto (1 jogo)

 

Fica o registo, em memória desta extraordinária época 2024/2025. Nunca a esqueceremos.

Acreditar sempre

Desde o primeiro dia, exprimi aqui a minha profunda convicção - quase uma certeza - de que o Sporting iria enfim sagrar-se bicampeão nacional de futebol, rompendo um enorme jejum que durou mais de sete décadas.

É o momento de recapitular alguns excertos do que fui escrevendo, mês após mês. Recebendo sempre reacções de cepticismo, descrédito, derrotismo militante. Não de benfiquistas ou portistas, mas de alegados sportinguistas. Os chamados "enterras": nunca faltam à chamada. Quando toca a deitar abaixo, aparecem sempre.

Gente que se viu forçada agora a meter a viola no saco. Gente que só começou a "apoiar" a equipa quando já não era necessário, quando tudo já tinha terminado, quando a taça do bicampeonato estava bem erguida na bela celebração do Marquês de Pombal. 

Adeptos da treta, sempre mais confiantes nas equipas adversárias do que na nossa própria equipa. Sportinguistas da treta, que fui aturando ao longo do campeonato. E que agora, num tempo que para mim é já de balanço, aproveito para recordar também. Confesso, neste caso, que sem saudade alguma.

 

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Agosto: "Yes, we can".

«Rumo ao bicampeonato que nos foge há 70 anos: outra possível (provável) conquista de Rúben Amorim. Yes, we can.»

Enterra:

«Tem de se criticar esta incapacidade gritante de arranjar em tempo útil um ponta-de-lança. Isto dá uma imagem tão constrangedora do Sporting.»

 

Setembro: Rumo ao bi.

«Mantemos imparável a marcha rumo ao bicampeonato que nos foge há 70 anos e que Rúben Amorim já nos prometeu. Os profetas da desgraça têm sido sempre derrotados pelo melhor treinador leonino das últimas décadas. Quatro anos e meio depois, alguns ainda não perceberam isto. Deviam meter explicador.»

Enterra:

«Paulo Bento [foi] para mim o melhor treinador dos últimos 30 ou mais anos. Considero-o melhor treinador que Amorim.»

 

Outubro: Melhor ataque, melhor defesa.

«Melhor ataque, melhor defesa, melhor marcador da Liga 2024/2025. Vinte e quatro pontos conquistados. Rumo ao bicampeonato que nos foge há mais de 70 anos. A glória aguarda esta nossa equipa, uma das melhores que já vi jogar.»

Enterra:

«Detesto os excessivos foguetes antes de terminar a festa. Já nos demos tantas vezes tão mal com isto. Mas pronto, quem os manda é que apanhará as canas se for caso disso.»

 

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Novembro: Não iremos desperdiçar.

«Ruben Amorim deixa o Sporting com onze vitórias seguidas na Liga do Bicampeonato - igualando o nosso melhor arranque de sempre na prova máxima do futebol português que só tinha acontecido uma vez, há 34 anos. (...) Um legado precioso que não iremos desperdiçar.»

Enterra:

«Este “luto” por Amorim, ainda não ultrapassado, pode colocar-nos em posição frágil, porque a invocação permanente de Amorim e do “legado" na prática o que denota é receio do que está para vir.»

 

Dezembro: Feliz Ano Novo.

«Derrotamos os encarnados pela segunda época consecutiva em nossa casa. Entramos em 2025 no topo. E com vantagem competitiva sobre os nossos dois rivais, ambos batidos em Alvalade. Pormenor a considerar, num cenário de igualdade pontual. Feliz Ano Novo.»

Enterra:

«Deixo para memória futura as palavras arrogantes, cheias de soberba e desprovidas de humildade de uma pessoa pouco digna para liderar os destinos de um clube com a dimensão do nosso: "Confesso que me rio para mim quando ouço agora é que vamos ver quanto vale esta administração sem o treinador e o director desportivo." Já agora respondo: vale pouco, mas mesmo muito pouco.»

 

Janeiro: Doze pontos de avanço.

«Vamos embalados para o título. Que não é um título qualquer: se lá chegarmos, conquistamos o nosso primeiro bicampeonato em 74 anos. Faltam quinze jornadas.»

Enterra:

«Basta ver o desfile das arbitragens nos jogos dos rivais directos para perceber que a vantagem que temos é irrisória. Desde os penáltis ás expulsões pedidas por boca, resta-nos a sorte de não estarem a jogar a ponta de uma saliência de queratina, caso contrário estamos bem tramados.»

 

Fevereiro: Rescaldo do jogo de ontem.

«Mais de 43 mil espectadores em Alvalade demonstrando a crença inabalável de que este Sporting vai conquistar o bicampeonato que nos foge há 74 anos. Só faltam 14 jornadas.»

Enterra:

«O último negócio do Viana foi a contratação do Biel ao Bahia, Bahia que pertence ao City group, curiosa transparência opaca. Também dava jeito uma auditoria aos últimos cinco anos do Sporting...»

 

Março: Só faltam sete.

«Daqui a sete jornadas concretizamos um sonho com sete décadas. O bicampeonato nacional de futebol.»

Enterra:

«Gostaria de ter o optimismo de Pedro Correia. Mas o jogo de ontem não me alimenta a crença no bicampeonato.»

 

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Abril: Depois da sarrafada, a alegria da vitória.

«Rui Borges mantém-se invicto no campeonato. Faltam sete rondas, que serão sete finais. Jogo a jogo, sem queimar etapas. Desfrutando os desafios. Sem necessidade de sofrer.»

Enterra:

«Actualmente, como não há a "mentalidade lamurienta", vamos ganhar este campeonato e outros. Lamento informá-lo que não. Aliás o Sr Pinheiro e o Sr Godinho irão tratar do assunto. Quanto à liga é vergonhoso o Sr Varandas apoiar este indivíduo. Está-se a preparar a hegemonia do carnide nos bastidores. Viu aqui em primeira mão.»

 

Maio: Está quase.

«Continuamos no topo. Assim será até ao fim. Já falta pouco para a festa leonina, tão justa quanto merecida. O rugido do Leão vai soar em Portugal e em todas as parcelas do globo onde existem portugueses.»

Enterra:

«Guimarães será bem mais difícil que Benfica porque um empate ou vitória garante um prémio avultado ao clube e aos seus jogadores.»

Felicidade a dobrar

Que maravilha de tempos estes. Que imenso orgulho leonino. Nunca será excessivo dizer o óbvio. Podemos mesmo e devemos, até, repetir vezes e mais vezes e mais vezes: Somos campeões, bicampeões, detentores da Taça de Portugal no ano de novo título de campeão, a última dessas saborosas proezas conquistada 23 depois da anterior dobradinha ganha por nós.

O Sporting está no lugar cimeiro do futebol português com todo o mérito e com toda a justiça. Temos a melhor equipa, o melhor onze, o melhor treinador, o melhor avançado, o melhor meio-campo, os melhores centrais, o melhor ataque e a melhor defesa. E temos a melhor Direcção.

Frederico Varandas é agora o Presidente mais titulado da história do Sporting. Conquistou nove títulos. E vale a pena elencá-los aqui: três  campeonatos nacionais, duas Taças de Portugal, 3 Taças da Liga, uma Supertaça. É obra!!

Além da competência da gestão, da humildade que teve em emendar o erro João Pereira, de novo arrojo na contratação de um treinador que tinha ainda que provar aos olhos de todos da capacidade que Varandas lhe viu; o nosso presidente tem acertado na palavra. O discurso na Câmara de Lisboa pela ocasião da celebração do título de campeão nacional de futebol é disso bom exemplo. Palavras que encarnaram os valores do Sporting. Equilibrado, construtivo, sem tibieza e com ambição, Frederico Varandas falou muito bem para dentro e para fora do clube. O elogio que fez a Rui Borges foi um grande e notável momento que comprova que o sucesso, seja ele qual for, tem de passar pelo reconhecimento do valor dos que fazem uma equipa. É isso um líder.

Na mesma linha do que aqui escrevo, a dos valores leoninos, gostava que o clube apertasse Matheus Reis e que disso soubéssemos publicamente. As declarações que por aí circulam num vídeo registado na festa de ontem mancham o nosso emblema. A não expulsão de Matheus Reis foi um grosseiro erro de arbitragem, como tantos outros que ao longo de décadas nos prejudicaram. Se os criticámos, e com razão, não podemos nem devemos ser complacentes com este. Menos ainda com as declarações de Matheus Reis que se vangloria de um acto anti-desportivo e que ao fazê-lo confirma que foi anti-desportivo. O Sporting não é isso.

Dito isto, venha o tricampeonato. Temos tudo para voltarmos ao Marquês no ano que vem.

No grande Sporting Clube de Portugal, cuja a grandeza foi definitivamente restaurada, acredito sempre. A diferença é que, hoje, acredito mais que nunca!  

 

Nunca duvidei

 

Andei meses a escrever neste blogue que o Sporting iria conquistar o bicampeonato - primeiro em mais de 70 anos. 

Assim foi.

Andei meses a escrever neste blogue que o Sporting iria conquistar a dobradinha - primeira em 23 anos.

Assim é.

Acabamos de vencer a Taça de Portugal, derrotando o Benfica por 3-1 na final do Jamor. Festa leonina a dobrar. 

 

O melhor Sporting de que me lembro desde sempre.

O que ruge bem alto. Superior. Ninguém o controla, ninguém o detém.

Análise do percurso do Sporting campeão

Liga 2024/2025 examinada por António Tadeia

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ÓRFÃOS DE AMORIM

«O Sporting de 2025 foi campeão depois de superar o sentimento de orfandade motivado pelo abandono do pai da ideia - e também do tio Viana, já agora - e o arrojo irresponsável do seu primeiro substituto, um João Pereira que quis à força impor a marca original da sua liderança. Como disse o capitão da equipa: "Campeão com três treinadores? Só nós." Ganhou a Liga no meio de uma onda de lesões sem precedentes, muito à conta da capacidade que os jogadores revelaram para se agarrarem uns aos outros - o já tão falado "poder da amizade" - e para se mostrarem competitivos, batendo no peito e no escudo de campeão que lá ostentavam desde a vitória de 2024.»

 

82 PONTOS

«Os 82 pontos feitos pelo Sporting nas 34 jornadas do campeonato (80% do total) ficam bem abaixo dos 90 que esta mesma equipa somara na época passada, é verdade, mas são os mesmos que fez o FC Porto de 2020 ou o Benfica de 2017.»

 

PLANTEL VALE 487,5 MILHÕES

«O plantel actual do Sporting está avaliado pelo Transfermarkt em 487,5 milhões de euros. Há um ano, o mesmo Sporting era avaliado por aquele portal especializado em transferências em 384,2 milhões.»

 

GYÖKERES E QUENDA

«Gyökeres vale agora no mercado 75 milhões de euros - há um ano, antes da conquista da Liga, valia 55 milhões. Hjulmand está avaliado em 45 milhões - no final da Liga anterior estava nos 30 milhões. Gonçalo Inácio também está nos 45 milhões, quando há um ano estava nos 40 milhões. E Quenda, o outro jogador do plantel leonino creditado a mais de 40 milhões de euros, há um ano nem sequer tinha avaliação, porque tinha acabado de fazer 17 anos e ainda não se estreara pela equipa principal.»

 

INVESTIMENTOS

«O Sporting investiu no mercado. Logo no Verão, pagou 19 milhões por Harder. (...) Deu 15,5 milhões por Debast e mais 13 milhões por Maxi Araújo. Entre os reforços de Verão, só o guarda-redes Kovacevic (4,8 milhões) não vingou. (...) Gastaram cerca de 53 milhões de euros em reforços, pagos com mais-valias de jogadores que não lhes faziam assim tanta falta. Fatawu rendeu 16,2 milhões, Mateus Fernandes outros 15 milhões, Paulinho contribuiu com mais 7,7 milhões. O saldo era, no entanto, desfavorável. E como em Janeiro foi preciso ir buscar um guarda-redes que desse alguma estabilidade atrás - e veio Rui Silva, emprestado, com obrigação de compra a 5,5 milhões - os leões venderam antecipadamente Quenda e Essugo (...) num total de 74 milhões e já pagaram a época em curso, da mesma forma que a saída de Gyökeres, por si só, mesmo que seja feita abaixo da cláusula, já pagará a próxima.»

 

PLANTEL CURTO

«O tal plantel curto é a maior garantia de espaço ascensional para quem vem da base - e de um crescimento que, depois, vai pagar a estabilidade das primeiras figuras. Com um plantel mais apetrechado, teria o Sporting lançado Nuno Mendes, Inácio, Quenda, Quaresma e Matheus Nunes? Ou até Tiago Tomás, Chermiti, Mateus Fernandes, Essugo e Fatawu?»

 

RUI BORGES

«O sucesso de Rui Borges passou muito pela sua capacidade para gerir. Geriu um grupo forte, onde a cumplicidade entre alguns elementos - Harder e Debast, Morita e St. Juste, Trincão e Israel - transpira cá para fora de uma maneira evidente, e parece tê-lo feito com uma atitude diametralmente oposta à de João Pereira. (...) As repetidas declarações de Borges, lembrando que veio de Mirandela, que não estudou e não foi um grande jogador, podem soar a falso e serão mesmo curtas muito em breve, (...) mas foram fundamentais no reequilíbrio do grupo depois do profundo desabamento emocional pelo qual esteve acabara de passar. Quando Rui Borges ganhou o grupo, começou a ganhar o campeonato.»

 

SEM DERROTAS

«Rui Borges fechou a época sem derrotas na Liga com as cores do Sportig, em 19 jogos, mas com seis empates que podiam ter-lhe custado caro e que muitos atribuíram à incapacidade de ver mais longe em termos ofensivos. Mas poderia ele ter feito as coisas de maneira diferente, quando chegou a ter a equipa tão debilitada como de facto teve? Poderia ele pensar grande com um meio-campo formado por Debast e Brito? Ou por Debast e Felicíssimo?»

 

SOLIDEZ DEFENSIVA

«Nos últimos quatro jogos da Liga - Boavista e Benfica fora, Gil Vicente e Vitória SC em casa - o Sporting só permitiu dois remates enquadrados aos adversários. Ambos deram golo. Foram o penálti de Félix Correia e o desvio de Aktürcoglu após assistência de Pavlidis. A última defesa de Rui Silva ja aconteceu a 18 de Abril, num remate de longe de Benny, do Moreirense. Há 402 minutos de jogo.»

 

Excertos de uma excelente análise de António Tadeia, sob o título "Quase Tão Bom como o Original", ontem publicada na revista do Expresso

Rescaldo do jogo de ontem

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Pedro Gonçalves festeja com os adeptos em Alvalade: golo do título foi dele, oito meses depois

Foto: Lusa

 

Gostei

 

Da vitória categórica do Sporting em Alvalade, sagrando-se campeãoCumpriram-se as expectativas: não iríamos perder este jogo em casa, frente ao sexto classificado da Liga, numa partida em que precisávamos mesmo de derrotar o V. Guimarães para conquistarmos o título. Assim foi: a turma minhota perdeu 0-2, disse adeus à Liga da Conferência e ficou até atrás do Santa Clara. E nem precisaríamos de ter vencido, pois à mesma hora o Benfica encalhou na Pedreira: 1-1 frente ao Braga, confirmando-se que terá de ir à pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

 

Do bicampeonato agora conquistado. A última vez que tínhamos alcançado dois títulos consecutivos de campeão foi nas temporadas 1952/1953 e 1953/1954. Há 71 anos que não repetíamos esta proeza. Já muito poucos, entre os vivos, puderam testemunhar tal feito, agora justamente celebrado por adeptos de todas as idades nas mais diversas parcelas do mundo, não apenas em Portugal. É uma estreia para quase todos nós.

 

De Pedro Gonçalves. Foi ele o desbloqueador do jogo. Melhor em campo. Marcou o golo inicial do Sporting, aos 55' - um golaço coroando da melhor maneira excelente lance colectivo. Já tínhamos saudades de o ver meter a bola no sítio certo: desde 13 de Setembro que não marcava. E ainda é dele o passe para golo no segundo. Temos enfim de volta, em excelente forma, o nosso n.º 8 - pedra essencial do plantel leonino e (assim o exigimos) também da selecção nacional nos tempos que vão seguir-se.

 

De Gyökeres. Despediu-se do campeonato - e talvez também do público de Alvalade - fazendo o gosto ao pé, à sua maneira, marcando o segundo e último nesta partida frente à turma vimaranense. Excelente finalização, aos 82', dissipando as últimas dúvidas que restavam: o título seria mesmo nosso. Conclui assim o campeonato com 39 golos em 33 jogos. Desde que chegou ao Sporting, marcou 96 em 101 partidas. E ainda falta disputar a final da Taça. Inesquecível.

 

De Eduardo Quaresma. Símbolo da raça leonina. Exibição irrepreensível do jovem central, que bem merece ser convocado para a equipa das quinas. Não apenas cumpriu no plano defensivo mas foi também ele a protagonizar vários movimentos de ruptura, queimando linhas com a bola bem dominada. Num destes lances começou a construir o nosso primeiro golo. Merece um prolongado aplauso.

 

Do meio-campo. Morten ficou de fora, por acumulação de cartões, mas a dupla Morita-Morten deu boa conta do recado, controlando o corredor central com eficácia: impediu o fluxo ofensivo do Vitória, quase inexistente. Destacaram-se ambos nas recuperações, acentuando a estabilidade do onze leonino. Não era fácil, mas cumpriram.

 

De ver a nossa baliza intacta. Total inoperância ofensiva do V. Guimarães. Rui Silva não teve de fazer qualquer defesa digna desse nome.

 

Do árbitro. Boa actuação de Fábio Veríssimo. Cumpriu, fazendo aquilo que se esperava dele: geriu a partida sem falhas relevantes nem qualquer interferência no resultado. 

 

Do incessante apoio dos adeptos. Começou logo com as bancadas repletas de público: 49.144 pessoas assistiram ao jogo no estádio. A festa começou ali. 

 

Do treinador. Rui Borges manteve-se invicto como responsável máximo da equipa leonina em competições nacionais. Cinco meses e dezanove jornadas sem perder. Mesmo com vários jogadores lesionados, com ele ao leme nunca a equipa deixou de pontuar. Dos 82 pontos conquistados pelo Sporting, 45 têm a marca dele.

 

De todo este percurso percorrido. Foi o Sporting que esteve à frente durante quase toda a época: 30 das 34 jornadas no comando. Indiscutível supremacia sobre o Benfica. E já nem falamos do pobre FC Porto, que chega ao fim com menos 11 pontos que nós.

 

Deste justíssimo título. Equipa mais pontuada, com mais golos marcados, menos golos sofridos, o maior goleador da Liga (e neste momento da Europa) e o rei das assistências. Vitória em toda a linha, indiscutível. Confirmando o Sporting como força dominante do futebol português nesta década de 20: três campeonatos ganhos, contra apenas um para o Benfica e outro para o FC Porto.

 

 

Não gostei

 

Da ausência de Morten. O nosso capitão, que cumpria castigo por ter visto o nono cartão amarelo, merecia ter participado neste desafio do título. Ele é um dos grandes obreiros do bicampeonato verde-e-branco.

 

Da lesão de Diomande. O central marfinense, magoado num joelho, teve de abandonar o campo aos 25': resta saber se recupera a tempo de disputar a Taça. Mas St. Juste jogou bem no lugar dele.

 

Do 0-0 registado ao intervalo. Sabia a pouco.

 

Do V. Guimarães. Alguns, mais temerosos e sempre a prever o pior, receavam que os minhotos pudessem dar-nos luta. Não deram nenhuma. Totalmente apagados no momento ofensivo, nunca chegaram à frente com perigo. Ficam fora das competições europeias na próxima época: nem isso conseguiram. Perderam muito com a saída de Rui Borges.

Bicampeões

 

Acaba de cumprir-se um sonho com muitas décadas. O Sporting sagrou-se bicampeão nacional de futebol, o que não acontecia desde 1954.

Triunfo claro, por 2-0: domínio total do jogo contra a turma de Guimarães, que em momento algum chegou à frente com perigo.

 

Nunca duvidei que faríamos esta festa. Desde o início, como aqueles que aqui me lêem muito bem sabem. Por vezes contra quase tudo e quase todos. Letais, lampiões, morcões, órfãos de lideranças incompetentes, leões irremediavelmente derrotistas.

Acreditei. Acredito. Acreditarei.

 

17 de Maio de 2025: outra data inscrita, a partir de agora, no glorioso historial leonino.

Grande Sporting.

Eterno Sporting.

O melhor, de longe. Sem qualquer sombra de dúvida.

Um dilema e uma arrebatadora convicção

Divido-me entre chegar ao estádio às 18h ou às 18h30 de hoje. Uma e outra opção, sei-o bem, não aceleram o relógio, mas - vejam lá!-, se vou passar a noite em claro então que a passe rodeado de verde e branco, logo ali, junto ao templo leonino. 

Venha o jogo. Venham o orgulho, a alegria e a sorte de ser do Sporting. Venha a festa. Cresça o nervo bom, alimentado na confiança inabalável nesta equipa fantástica, a composição do melhor colectivo porque o mais imbuído de espírito de grupo, de corpo e de união que alguma vez vi de leão ao peito.

A certeza é que a alma para te apoiar, grande Sporting, é infinita, renovada de geração em geração. A convicção é a de que, juntos, vamos ser  bicampeões.

Uma estrutura vencedora

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«O Sporting Clube de Portugal vive, sem margem para dúvidas, um dos períodos mais consistentes e vitoriosos da sua história recente.»

 

«Rui Borges conseguiu reinventar o colectivo, potenciando outros protagonistas e mantendo uma consistência competitiva notável. O capitão Hjulmand assumiu um papel central, não só como líder em campo mas também como elo de ligação entre a herança táctica do passado e a ambição renovada do presente.»

 

«Mesmo sem Ruben Amorim, o Sporting está à beira de provar que é uma estrutura vencedora, preparada para o presente e virada para o futuro. Com Rui Borges ou outra liderança, o caminho está traçado.»

 

Marco Caneira, no Expresso (9 de Maio)

Embrulhem

 

Acabamos de golear o Boavista no Bessa por 5-0. Cada vez mais embalados para o título, hoje com um póquer do fantástico Viktor Gyökeres. 

Quando faltam três rondas para o fim, continuamos em primeiro. Com 75 pontos, 83 marcados e só 25 sofridos. Melhores números do que o Benfica. Do miserável FC Porto nem é bom falar: foi ontem pela sétima vez ao tapete no campeonato, derrotado por 0-2 na Amadora, onde não perdia desde 2006.

Embrulhem, morcões e lampiões.

Ano de dobradinha

Vai ser uma época épica. É nisto que acredito. Cada vez mais.

E devo confessar que a crença e a fé nesta equipa não as reforço apenas com a qualidade de jogo que apresentámos, sobretudo, nos últimos dois desafios, nos quais a fome de vencer, a intensidade, a reacção à perda da bola, a velocidade e a concretização, todas juntas, levaram a um controlo e domínio que rapidamente ditaram a vitória; mas, dizia, não é só por causa disto. Esta confiança que tenho na conquista da dobradinha tem também agora alimento nas declarações do presidente Frederico Varandas.

Comigo os jogadores podem contar para os empurrar para a frente rumo ao bicampeonato e à conquista da Taça de Portugal. Vai ser um ano épico.

Faltam quatro finais

Ambiente de festa em Alvalade esta noite: quase 45 mil adeptos tiveram o privilégio de ver ao vivo uma vitória categórica do Sporting contra o Moreirense. Vingando a derrota sofrida na primeira volta.

Atingimos os 72 pontos, reforçando o nosso posto de comando. Com Gyökeres a brilhar de novo: foi ele o autor de todos os nossos golos neste triunfo por 3-1.

Faltam quatro finais.

O melhor onze da Liga

Na minha opinião, o conjunto dos melhores jogares em cada posição não faz forçosamente o melhor onze do momento. Existe o equilíbrio a manter, o momento de forma e o adversário a defrontar.

Mas pensando já no Benfica-Sporting (que dificilmente irei acompanhar estando eu nessa altura bem longe) e presumindo que todos estarão em condições, qual será então o melhor onze do Sporting?

 

GR: Rui Silva. A grande contratação de Inverno da 1.ª Liga. Muito seguro e assertivo nos diferentes capítulos da função, cada vez mais entrosado com os defesas.

DD: Jeremiah St. Juste. Podia ser Debast, podia ser Quaresma. Não ser Quaresma tem a ver com os defeitos antigos que demonstrou nos dois últimos jogos. Não ser Debast tem a ver com o que vou dizer mais à frente. Quanto a St.Juste, que tem o ponto forte na velocidade e o fraco no jogo aéreo, é na direita o lugar dele. Na esquerda é que não é, de certeza. Marcou o golo inaugural na última final da taça no Jamor.

DC: Ousmane Diomande. O "Seba" Coates mais novo, imponente no jogo aéreo, intratável no homem-a-homem, farol da defesa. Não existe nenhum outro de competência aproximada para a função. Obviamente ainda não tem a maturidade de Coates, nem a sua capacidade de liderança em campo. Foi formado num futebol mais físico que é aproveitado pelos adversários para cair com ou sem motivo, alegando murros e cotoveladas. Marca golos também.

DE: Gonçalo Inácio. Nervosismos à parte, de que dá mostra em certos jogos importantes, é um defesa sólido, com grande capacidade nos lançamentos à distância e no jogo aéreo nas duas áreas. Além de marcar golos importantes.

AD: Iván Fresneda. Alto e forte, defende bem, passa bem e temporiza, comporta-se como interior no jogo ofensivo, centra com critério e marca golos. O melhor defesa direito da Liga. Como ala direito faltam-lhe características de extremo, o drible e o centro junto à linha, pelo que tem de ser compensado por Trincão. O problema é que Trincão foge da linha também...

AE: Maxi Araújo.  A única coisa que tem em comum com o anterior é a intensidade nos despiques individuais. No resto é basicamente um extremo ofensivo enquanto Fresneda é um lateral defensivo. O que permite a Fresneda cair para a esquerda em momento de ataque, dando protecção aos dois extremos Maxi e Quenda, livres para combinar no ataque. E Maxi também marca golos.

MC: Morten Hjulmand e Zeno Debast. Neste momento o encaixe entre os dois ainda não é o melhor. A pujança do belga choca com a menor fase do dinamarquês que teria outra liberdade para avançar no terreno. Hjulmand estava bem mais habituado a jogar com médios ofensivos como Morita, Bragança, João Simões ou até o Pote. A verdade é que Debast começa a ser tão influente nos passes e nas bolas paradas que não há forma de o tirar do onze. Assim, passamos a jogar com "duplo pivot" que obriga a alguns ajustamentos para que a equipa consiga controlar o jogo no terreno do adversário.

ID: Francisco Trincão. Com tudo o que de bom e de mau consegue fazer durante um jogo, e sempre sem sabermos o balanço final para além dos kms percorridos, fica difícil imaginar este Sporting sem ele. Por muito mau que seja o dia dele, por muitas bolas que tenha perdido em rotundas e túneis, sempre pode aparecer um golo num remate impossível ou através duma assistência num passe improvável.

PL: Viktor Gyökeres. Aqui não tenho de dizer nada sobre o melhor ponta de lança do Sporting dos últimos 50 anos, sucessor do meu ídolo, Hector "Chirola" Yazalde. 

IE: Geovany Quenda. Ainda não é um avançado completo, nem podia ser com a idade que tem (17 anos), mas revela uma versatilidade tremenda, os adversários nunca sabem o que sairá dali. Por outro lado, é extremamente inteligente, consegue perceber o que o jogo está a pedir, sabe passar a bola e assistir. Ainda falha muitos golos. Não tem de momento, é um facto, o "killer instinct" de Pedro Gonçalves. Mas isso vai com o tempo. Pedro Gonçalves vem duma longa paragem, dificilmente poderá ser titular.

 

Suplentes para além dos jovens que se sentarão no banco: Franco Israel (competente), Eduardo Quaresma (guerreiro), Matheus Reis (carregador de piano), Hidemasa Morita (maestro), Geny Catamo ("sniper"), Pedro Gonçalves (mágico) e Conrad Harder ("bulldozer").

Digamos que, estando todos em boas condições físicas, temos o melhor onze da Liga e um dos melhores bancos de certeza.

Chega para sermos bicampeões? Não, mas muito ajuda. 

Assim a sorte nos acompanhe e o Pinheiro passe longe.

SL

Estamos na luta

 

Retomamos a liderança, à condição. Agora com 69 pontos. Acabamos de derrotar o Santa Clara nos Açores. Golo decisivo de Geny (50'). Um segundo (belo cabeceamento de Diomande) anulado por 13 cm. Gyökeres, isolado, falhou outro rematando à trave - algo raro nele.

E o melhor de tudo: Pedro Gonçalves voltou a calçar, cinco meses e 29 jogos depois.

Estamos na luta. Faltam cinco finais.

{ Blogue fundado em 2012. }

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