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És a nossa Fé!

Balanço dos prognósticos 2023/2024

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, recordo os prognósticos sobre a prestação do Sporting em cada jornada da Liga anterior feitos no És a Nossa Fé.

É um teste à vossa perspicácia que aqui recomeçará, pelo décimo-segundo ano consecutivo, mal se escute o apito de saída da próxima Liga.

 

12 de Agosto (Sporting, 3 - Vizela, 2): Ninguém acertou

18 de Agosto (Casa Pia, 1 - Sporting, 2): AHR, Maria Sporting e Nuno Pinto

27 de Agosto (Sporting, 1 - Famalicão, 0): Leão 79

3 de Setembro (Braga, 1 - Sporting, 1):  ARSM

17 de Setembro (Sporting, 3 - Moreirense, 0): Cristina Torrão, Fernando, Leoa 6000, Luís Ferreira, Maximilien Robespierre, Tiago Elias e Tiago Oliveira

25 de Setembro (Sporting, 2 - Rio Ave, 0): AHR, Manuel Pinheiro, Marrocos, Paulo Batista e Tiago Oliveira

30 de Setembro (Farense, 2 - Sporting, 3): Ninguém acertou

8 de Outubro (Sporting, 2 - Arouca, 1): Cristina Torrão, Carlos Estanislau Alves e Luís Ferreira

30 de Outubro (Boavista, 0 - Sporting, 2): Bruno Matias, Carlos Estanislau Alves, Jorge Luís, Maximilien Robespierre e Vítor Hugo Vieira

5 de Novembro (Sporting, 3 - Estrela da Amadora, 2): Ninguém acertou

12 de Novembro (Benfica, 2 - Sporting, 1): O cunhado do acutilante

9 de Dezembro (Sporting, 3 - Gil Vicente, 1): Leão do Fundão

13 de Dezembro (V. Guimarães, 3 - Sporting, 2): Ninguém acertou

18 de Dezembro (Sporting, 2 - FC Porto, 0): Paulo Batista

30 de Dezembro (Portimonense, 1 - Sporting, 2): Olho Vivo

5 de Janeiro (Sporting, 5 - Estoril, 1):  Ninguém acertou

13 de Janeiro (Chaves, 0 - Sporting, 3): Leão 79, Paulo Batista, Tiago Oliveira e Verde Protector

18 de Janeiro (Vizela, 2 - Sporting, 5): Dário Barbosa e Soares Dias

29 de Janeiro (Sporting, 8 - Casa Pia, 0): Ninguém acertou

11 de Fevereiro (Sporting, 5 - Braga, 0): Edmundo Gonçalves

19 de Fevereiro (Moreirense, 0 - Sporting, 2):  Fernando, Maximilien Robespierre e Nuno Pinto

25 de Fevereiro (Rio Ave, 3 - Sporting, 3): Ninguém acertou

3 de Março (Sporting, 3 - Farense, 2): Ninguém acertou

10 de Março (Arouca, 0 - Sporting, 3):  Luís Ferreira

17 de Março (Sporting, 6 - Boavista, 1): Armando Santos

29 de Março (Estrela da Amadora, 1 - Sporting, 2): José Silva e Luís Ferreira

6 de Abril (Sporting, 2 - Benfica, 1): António Goes de Andrade, Fernando, Leão até morrer, Leão 79, Maria Sporting, Maximilien Robespierre, Pedro Batista e Verde Protector

12 de Abril (Gil Vicente, 0 - Sporting, 4): Edmundo Gonçalves e Paulo Batista

16 de Abril (Famalicão, 0 - Sporting, 1): Pedro Batista

21 de Abril (Sporting, 3 - V. Guimarães, 0): AHR, Carlos Estanislau Alves, José da Xã, José Vieira, Leão do Xangai, Maximilian Robespierre, Paulo Batista e Soares Dias

28 de Abril (FC Porto, 2 - Sporting, 2): Leão do Fundão e Soares Dias

4 de Maio (Sporting, 3 - Portimonense, 0): Fernando, Leão do Xangai, Manuel Oliveira e Manuel Pinheiro

11 de Maio (Estoril, 0 - Sporting, 1): Ninguém acertou

18 de Maio (Sporting, 3 - Chaves, 0): Leão 79

 

CONCLUSÃO:

A vitória, nesta temporada, coube a um estreante que aproveito para cumprimentar agora: o nosso prezado leitor Paulo Batista. Com cinco palpites certos nesta Liga dos Prognósticos, já tradição antiga aqui no blogue.

Seguiram-se, com quatro previsões correctas, os leitores Fernando, Leão 79 (co-vencedor em 2022 e 2023), Luís Ferreira (vencedor em 2019) e Maximilien Robespierre.

 

Ninguém acertou em nove jogos. Menos do que os 12 da época anterior, repetindo-se o número registado na temporada 2021/2022. 

Mais surpreendente: sete partidas ganhas pelo Sporting ficaram em branco. Por dois motivos antagónicos. Por um lado, algumas goleadas que ninguém previu (5-1 ao Estoril, 8-0 ao Casa Pia). Por outro, as elevadas expectativas que estas cabazadas provocaram nos adeptos: a partir de certa altura muito poucos concebiam triunfos tangenciais (como a nossa vitória por um golo no Estoril).

 

Destaco ainda que este ano, tal como já tinha ocorrido no campeonato anterior, nenhum dos meus colegas de blogue triunfou nesta "Liga de Vaticínios". Depois de três épocas consecutivas a triunfarem.

Espero que no próximo campeonato a pontaria de uns e outros ande mais certeira.

 

Aproveito para recordar que na Liga 2013/2014 houve por cá sete vencedoresBruno Cardoso, Edmundo Gonçalves, João Paulo Palha, João Torres, José da Xã, Lina Martins e Octávio.

No campeonato 2014/2015, apenas umLeão do Fundão.

Em 2015/2016, triunfou o Grande Artista Goleador.

Em 2016/2017, o vencedor foi novamente o José da Xã.

Em 2017/2018, venceu o leitor J. Ramos.

Em 2018/2019, destacou-se o leitor Luís Ferreira.

Em 2019/2020, a vitória isolada foi feminina pela primeira vez, sorrindo à Cristina Torrão.

Em 2020/2021, emergiu um quarteto vencedor: CAL, Carlos Correia, Pedro Batista e Ricardo Roque.

Em 2021/2022, triunfou um trio: Leão 79, Luís Lisboa e Madalena Dine.

Em 2022/2023, destacou-se um duo formado pelo estreante Leão do Xangai e pelo repetente Leão 79.

 

Já falta pouco para começar a próxima ronda de palpites. Aberta, como sempre, a todos quantos fazem e lêem este blogue.

 

Balanço (35)

Pódio: Gyökeres, Trincão, Paulinho

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Em jeito de balanço, aqui fica a lista dos jogadores que receberam a menção de melhores em campo no último campeonato, em resultado da soma das classificações atribuídas pelos diários desportivos após cada jornada. Num total de 102 votos.

 

Gyökeres, sem surpresa, foi o jogador mais pontuado pela imprensa especializada em futebol ao longo da temporada que decorreu de Agosto a Maio. A larga distância dos seus companheiros. Relegando para o segundo posto Francisco Trincão, que havia chegado ao topo na época anterior. 

Todos os jornais lhe atribuíram o primeiro posto. Com Trincão também a suscitar unanimidade no segundo lugar.

Poucos adeptos contestarão estas escolhas. Pelo brilhantismo do craque sueco ao longo de toda a Liga 2023/2024 e pela excelente forma do avançado minhoto na segunda volta, em que registou vários momentos de indiscutível brilhantismo. 

 

Face ao balanço aqui feito em 2023, vale a pena salientar a subida de Paulinho, desta vez com entrada directa no pódio, algo inédito: há um ano não conseguiu melhor do que a 10.ª posição. Há dois, ficou em sexto.

Em sentido inverso, caem Pedro Gonçalves (de segundo para quarto), Edwards (de terceiro para quinto) e Morita (de quinto para oitavo). Coates manteve-se em último (em 2021/2022 fora quinto). Enquanto Morten - estreante, como Gyökeres - fica em sexto. Nada mal.

A queda mais abrupta - e, de algum modo, difícil de entender - ocorreu com a saída de cena de Nuno Santos. Quarto classificado na votação da época anterior, em que obteve 11 pontos, desta vez não foi distinguido como melhor em campo em nenhuma das 34 jornadas.

 

O jornal A Bola revelou um toque de originalidade: destacou Neto como melhor Leão em campo. Na última jornada, contra o Chaves. Que assinalou também a despedida deste veterano defesa como jogador profissional de futebol

O Record foi o único desportivo que não esqueceu Coates, agora também já fora do Sporting. 

O diário portuense atribuiu pontos solitários a dois jogadores que os jornais concorrentes não mencionaram: Diomande e Gonçalo Inácio.

Nem só Nuno Santos ficou esquecido. O mesmo aconteceu com a dupla de guarda-redes: nem uma alusão a Adán ou Israel.

De St. Juste, Esgaio e Matheus Reis também ninguém falou.

 

Gyökeres: 39

Trincão: 16

Paulinho: 12

Pedro Gonçalves: 8

Edwards: 7

Morten: 6

Daniel Bragança: 4

Morita: 3

Geny: 3

Gonçalo Inácio: 1

Coates: 1

Diomande: 1

Neto: 1

 

A BOLA: Gyökeres (13), Trincão (6), Paulinho (4), Edwards (3), Pedro Gonçalves (2), Morten (2), Daniel Bragança, Morita, Geny, Neto.

RECORD: Gyökeres (14), Trincão (6), Paulinho (4), Pedro Gonçalves (3), Edwards (2), Morten, Daniel Bragança, Morita, Geny, Coates. 

O JOGO: Gyökeres (12), Trincão (4), Paulinho (4), Pedro Gonçalves (3), Morten (3), Edwards (2), Daniel Bragança (2), Morita, Geny, Gonçalo Inácio, Diomande.

 

Há um ano foi assim: Trincão, Pedro Gonçalves, Edwards.

Há dois anos foi assim: Sarabia, Porro, Nuno Santos.

Há três anos foi assim: Pedro Gonçalves, Palhinha e Coates.

Há quatro anos  foi assim: Bruno Fernandes, Jovane, Vietto.

Há cinco anos foi assim: Bruno Fernandes, Raphinha, Nani.

Há seis anos foi assim: Bruno Fernandes, Bas Dost, Gelson Martins.

Há sete anos foi assim: Bas Dost, Gelson Martins, Bruno César. 

Há oito anos foi assim: Slimani, João Mário, Gelson Martins.

 

Balanço (34)

Os melhores jogadores da época passada

Balanço dos jogadores do Sporting que mais se destacaram em cada desafio do campeonato 2023/2024:

 

Gyökeres: 15 (Vizela, Moreirense, Farense, Arouca, Benfica, Gil Vicente, FC Porto, Portimonense, Estoril, Vizela, Casa Pia, Rio Ave, Boavista, FC Porto, Chaves)

Pedro Gonçalves: 5 (Braga, Boavista, Chaves, Famalicão, V. Guimarães)

Trincão 4 (Braga, Moreirense, Estrela da Amadora, Gil Vicente)

Paulinho: 4 (Casa Pia, Famalicão, Portimonense, Estoril)

Edwards 2 (Rio Ave, Estrela da Amadora)

Nuno Santos 1 (V. Guimarães)

Daniel Bragança 1 (Farense)

Morten 1 (Arouca)

Geny 1 (Benfica)

 

Na época 2014/15, os melhores jogadores foram Nani, William Carvalho e Montero.

Na época 2015/16, os melhores jogadores foram Slimani, Adrien e João Mário.

Na época 2016/17, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bas Dost e Adrien.

Na época 2017/18, os melhores jogadores foram Gelson Martins, Bruno Fernandes e Rui Patrício.

Na época 2018/19, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Raphinha e Nani.

Na época 2019/20, os melhores jogadores foram Bruno Fernandes, Jovane e Coates.

Na época 2020/21, os melhores jogadores foram Pedro Gonçalves, Coates e Palhinha.

Na época 2021/22, os melhores jogadores foram Sarabia, Porro e Nuno Santos.

Na época 2022/23, os melhores jogadores foram Pedro Gonçalves, Trincão e Porro.

Balanço (33)

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Com uma segunda volta fantásica e várias goleadas, Sporting sagrou-se campeão nacional 

 

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a última de quatro partes.

 

29 de Março (Estrela da Amadora, 1 - Sporting, 2): TRINCÃO

«Recuperado da lesão num pé, que infelizmente o impediu de marcar presença em dois desafios da equipa das quinas após ter sido chamado pelo seleccionador Roberto Martínez. Há males que vêm por bem: o minhoto fez excelente partida. Participa nos dois golos.»

 

6 de Abril (Sporting, 2 - Benfica, 1): GENY

«Autor dos dois golos que nos proporcionaram os ambicionados e preciosos três pontos nesta recepção ao Benfica. Ele fez por isso, não só a marcar mas a jogar, criando sempre perigo na sua ala, pondo a defesa encarnada em sobressalto, vencendo sucessivos duelos com Aursenes, um dos melhores do onze adversário.»

 

12 de Abril (Gil Vicente, 0 - Sporting, 4): TRINCÃO

«Mais dois golos apontados: o primeiro, logo aos 7', de pé direito; o segundo (que foi o nosso terceiro), aos 33', correspondendo da melhor maneira a excelente abertura de Daniel Bragança. E ainda brilhou num remate, aos 19', que rasou a trave gilista.»

 

16 de Abril (Famalicão, 0 - Sporting, 1): PEDRO GONÇALVES

«Fez a diferença ao marcar o golo, naquele seu jeito muito especial de parecer que mal causa perigo frente à baliza, recebendo a bola com um pé e rematando com o outro. Estavam decorridos 20 minutos: era quanto bastava para garantir a vitória leonina. Pedro mereceu este golo: como de costume, trabalhou bem para a equipa, sempre muito útil entre linhas.»

 

21 de Abril (Sporting, 3 - V. Guimarães, 0): PEDRO GONÇALVES

«Marcou um golo (foi dele o primeiro, aos 30', num remate cruzado sem hipóteses para Bruno Varela), assistiu Gyökeres no segundo com um passe rasteiro a romper a defesa e esteve também no terceiro, picando a bola com categoria em pré-assistência para Trincão. Sem dúvida o melhor jogador português do plantel leonino.»

 

28 de Abril (FC Porto, 2 - Sporting, 2): GYÖKERES

«Voltou a fazer a diferença - e de que maneira. Foi ele a marcar os nossos dois golos, um com o pé e outro de cabeça, ambos absolutamente decisivos para virar o resultado negativo que se registava ao minuto 87. (...) Devemos-lhe este ponto que trouxemos do Porto. Vamos dever-lhe, mais do que a qualquer outro jogador, a conquista do campeonato

 

4 de Maio (Sporting, 3 - Portimonense, 0): PAULINHO

«Desbloqueou o empate a zero muito cedo, logo aos 13', numa finalização perfeita, bem enquadrado com a baliza - marcando com o seu pé menos bom, o direito. Leva já 13 golos marcados nesta Liga. E ainda foi ele a fazer a assistência para o segundo.»

 

11 de Maio (Estoril, 0 - Sporting, 1): PAULINHO

«Estava escrito que seria o avançado minhoto a desbloquear a partida. Fê-lo com muito sentido de oportunidade, acorrendo ao segundo poste e metendo-a lá dentro com o pé direito, o menos bom.»

 

18 de Maio (Sporting, 3 - Chaves, 0): GYÖKERES

«Terminou o jogo com energia transbordante, como se estivesse a iniciá-lo naquele momento. E nem parecia cem por cento satisfeito: "apenas" marcou dois golos - outro bis na Liga 2023/2024. Queria mais um, quer sempre marcar mais um. É a imagem de marca deste Sporting campeão. Um verdadeiro craque.»

Balanço (32)

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Apoio inequívoco das claques na goleada por 6-1 ao Boavista em Alvalade (17 de Março)

 

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a terceira de quatro partes.

 

18 de Janeiro (Vizela, 2 - Sporting, 5): GYÖKERES

«Autêntico todo-o-terreno, sempre de olhos fitos na baliza, é um pesadelo para as defesas adversárias. Ontem voltou a demonstrar toda a sua pujança em campo. Mais dois golos marcados: o nosso primeiro, aos 45'+7, e o quinto, aos 86'. Participa na construção do segundo, baralhando marcações.»

 

29 de Janeiro (Sporting, 8 - Casa Pia, 0): GYÖKERES

«Marcou o segundo, aos 23', solto de marcação defronte da baliza, e o quarto, aos 32', na conversão de um penálti que ele mesmo havia sofrido dois minutos antes. Mas não fez só isso: é ele quem saca o livre que gera o primeiro golo. Com pulmão gigante, aos 90'+1 ainda ofereceu de bandeja um golo que Paulinho desperdiçou.»

 

11 de Fevereiro (Sporting, 5 - Braga, 0): TRINCÃO

«Grande exibição do avançado que teve formação futebolística em Braga (e por isso não festejou o golo) e confirma agora todas as qualidades que levaram à sua contratação. Voltou a marcar num lance iniciado por ele próprio com uma recuperação muito oportuna, abrindo caminho à goleada. E foi dele a assistência para o terceiro, num magnífico trabalho na meia-direita ofensiva, sentando dois adversários antes de cruzar para Gyökeres

 

19 de Fevereiro (Moreirense, 0 - Sporting, 2): TRINCÃO

«Desta vez não a meteu no fundo das redes, mas esteve envolvido nos nossos dois golos. (...) Além dos que já marcou (facturou nos cinco jogos anteriores a este), soma quatro assistências no campeonato.»

 

25 de Fevereiro (Rio Ave, 3 - Sporting, 3): GYÖKERES

«incansável, correu 10,7 km sempre de olhos fitos na baliza. O melhor dos nossos, voltou a fazer o gosto ao pé num remate fortíssimo, na cara do guarda-redes. Assinando o centésimo golo do Sporting nesta temporada, uma das mais produtivas de toda a história do futebol leonino.»

 

3 de Março (Sporting, 3 - Farense, 2): DANIEL BRAGANÇA

«Grande jogo do esquerdino, que aos 24 anos se estreou como capitão da equipa em Alvalade devido à ausência simultânea de Coates (começou no banco e só entrou aos 69') e de Adán (lesionado). Com os avós na bancada, o médio formado em Alcochete fez jus à braçadeira impondo a sua qualidade de passe e a sua visão de jogo.»

 

10 de Março (Arouca, 0 - Sporting, 3): MORTEN

«Excelente partida do internacional dinamarquês, que parece estar em todo o lado: apoia lá atrás, constrói no miolo, nunca perde os olhos da meta máxima, que é a baliza. E parece estar em excelente forma física, apesar do intenso calendário de desafios do Sporting, que anda a fazer dois jogos por semana.»

 

17 de Março (Sporting, 6 - Boavista, 1): GYÖKERES

«Verdadeiro motor da equipa: joga e faz jogar, sempre de pé no acelerador. Reforçou o comando da lista dos artilheiros do campeonato com mais três golos. (...) E também já protagonizou 14 assistências - ontem mais uma, com inegável classe, para o golo de Nuno Santos. Números extraordinários: o nosso jogador mais caro de sempre vale cada cêntimo que custou ao Sporting.»

 

(Conclui amanhã)

Balanço (31)

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Gyökeres no Sporting-Gil Vicente: um dos melhores avançados que passaram por Alvalade

 

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio. Esta é a segunda de quatro partes.

 

30 de Outubro (Boavista, 0 - Sporting, 2): PEDRO GONÇALVES

«Exibição de qualidade frente ao Boavista, culminando no nosso segundo golo, marcado com nota artística, de calcanhar, com assistência de Esgaio (85'). Imediatamente antes, no chão, tinha rematado ao poste. E logo aos 6' quase marcou, de livre directo - proporcionando grande defesa ao guarda-redes João Gonçalves. Demonstrou a atitude certa. E mantém uma contabilidade elevada: 61 golos em 106 jogos de verde e branco.»

 

5 de Novembro (Sporting, 3 - Estrela da Amadora, 2): EDWARDS

«Pegou na bola perto da linha direita e conduziu-a para o interior driblando sucessivamente quatro adversários antes de lhe surgir pela frente o guarda-redes, também impotente para o travar. Era o minuto 71': um golaço, daqueles que fazem do futebol o melhor espectáculo do planeta. Podia ter ficado por aí, mas fez mais: foi dele a assistência para o terceiro, cruzamento teleguiado para Paulinho converter de cabeça aos 79'. Assim garantimos os três pontos.»

 

12 de Novembro (Benfica, 2 - Sporting, 1): GYÖKERES

«Voltou a fazer o gosto ao pé. Mesmo muito marcado (por António Silva e Otamendi) destacou-se, na primeira oportunidade de que dispôs, ao marcar um golaço. Aos 45', no último lance da primeira parte, que nos abria as melhores expectativas para o segundo tempo.»

 

4 de Dezembro (Sporting, 3 - Gil Vicente, 1): GYÖKERES

«Voltou a ser ele o dínamo, a criar desequilíbrios, a empurrar os colegas para a frente, a acreditar que a reviravolta era não só possível mas desejável, e havia que consegui-la tão cedo quanto possível. Assim fez: em quatro minutos (52' e 56') marcou dois golos, fixou o resultado em 3-1, valeu-nos os três pontos

 

9 de Dezembro (V. Guimarães, 3 - Sporting, 2): NUNO SANTOS

«Deu sempre mostras de ser o mais inconformado do onze leonino. Fez tudo para empurrar a equipa para a frente, com fibra de lutador. Se há jogador que não merecia esta derrota, é ele

 

18 de Dezembro (Sporting, 2 - FC Porto, 0): GYÖKERES

«Que gigante! Voltou a ser a figura do jogo, voltou a ser o melhor em campo. Marcou o primeiro, logo aos 11', com assistência de Matheus Reis: leva já mais golos marcados nesta temporada do que todo o ataque do FC Porto. Além disso assistiu Pedro Gonçalves no segundo, aos 60'.»

 

30 de Dezembro (Portimonense, 1 - Sporting, 2): GYÖKERES

«Aos 59', coroou de forma exemplar um excelente passe de Pedro Gonçalves que era quase meio golo. O internacional sueco - autêntico "abono de família" da nossa equipa - dispôs apenas dessa oportunidade. Que não desperdiçou: já soma 11 golos no campeonato.»

 

5 de Janeiro (Sporting, 5 - Estoril, 1): GYÖKERES

«Desta vez não marcou nenhum dos nossos cinco golos, mas assistiu em quatro - num deles com as mãos, em lançamento da linha lateral (o terceiro, para Nuno Santos, aos 51'). Extraordinária exibição, extraordinário desempenho: é a pedra angular deste Sporting que vai caminhando, jornada a jornada, para se sagrar campeão nacional de futebol.»

 

13 de Janeiro (Chaves, 0 - Sporting, 3): PEDRO GONÇALVES

«Terceiro jogo seguido a marcar: desta vez fechou a contagem com um belo remate, muito bem colocado, aos 56'. Actuando entrelinhas, no apoio directo ao ataque, esteve em mobilidade constante, abrindo linhas de passe e protagonizando acções de ruptura que puseram a defensiva flaviense em sentido.»

 

(Continua amanhã)

Balanço (30)

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Gyökeres e Morten: grande dupla contra o Moreirense (vitória em casa por 3-0)

 

Antes do arranque do campeonato nacional de futebol 2024/2025, relembro os meus apontamentos da época passada. Para recordar os jogadores que se evidenciaram mais em cada desafio.

 

12 de Agosto (Sporting, 3 - Vizela, 2): GYÖKERES

«Sim, é reforço. E que reforço! Não estavam esgotados os 14 minutos iniciais da partida inaugural do campeonato para o potente avançado sueco demonstrar ao que veio. Tem faro de baliza, quer muito marcar. Bisou, com 82 segundos de intervalo. No primeiro, a centro de Matheus Reis, tira dois defesas da frente com uma simulação de corpo e fuzila cruzado, de pé esquerdo. O segundo, aos 15', é todo inventado por ele, começando numa recuperação de bola que também protagonizou. (...) Exibição brilhante, de longe o melhor em campo. Não podia ter começado melhor.

 

18 de  Agosto (Casa Pia, 1 - Sporting, 2): PAULINHO

«Está em grande, o nosso ponta-de-lança, fazendo enfim jus à posição agora que tem Gyökeres como parceiro lá na frente. Figura do jogo, melhor em campo. Devemos-lhe estes três pontos: foi ele a bisar no 2-1 em Rio Maior. Remate de primeira, sem deixar a bola ir ao chão, metendo-a lá dentro logo ao terceiro minuto (assistência de Esgaio). (...) Já leva três golos marcados - marca só alcançada, no campeonato anterior, à 23.ª jornada.»

 

27 de Agosto (Sporting, 1 - Famalicão, 0): PAULINHO

«Outro golo marcado: e vão quatro, em três jogos. Outro desempenho decisivo na conquista de pontos: já lhe devemos sete nas partidas disputadas. (...) Melhor jogador em campo, é hoje o mais destacado elemento desta equipa. Voltou a ouvir o cântico que lhe é dedicado, por mérito próprio.»

 

3 de Setembro (Braga, 1 - Sporting, 1): PEDRO GONÇALVES

«Já tínhamos saudades de o ver fazer o gosto ao pé. Após três jogos em branco, voltou a facturar - abrindo o marcador aos 25'. Belo golo marcado de ângulo muito apertado, o que o torna de execução técnica difícil, só ao alcance de um predestinado.»

 

17 de Setembro (Sporting, 3 - Moreirense, 0): GYÖKERES

«Trabalha, disputa a bola, não dá um lance por perdido. Tem impressionante robustez e uma capacidade técnica invulgar. Grande reforço do Sporting para esta temporada, o ponta-de-lança que veio do Championship fez o nosso segundo golo desta noite, de cabeça, correspondendo da melhor maneira a um cruzamento de Nuno Santos. Foi aos 61': aí ficou evidente que a vitória seria mesmo nossa. Já tinha ajudado a construir o primeiro golo. Mas nem assim o internacional sueco abrandou a marcha: continuou a lutar até ao fim, inconformado, em pressão constante sobre a defesa visitante.»

 

25 de Setembro (Sporting, 2 - Rio Ave, 0): EDWARDS

«Rúben Amorim apostou nele como titular - e fez bem. O ex-Tottenham, acutilante e desequilibrador, participa na construção do primeiro golo e foi ele próprio a marcar o segundo, aos 26' - um golaço, fuzilando o guarda-redes de ângulo muito apertado após fazer um túnel ao defesa que tentava segurá-lo. Estreia a marcar em 2023/2024.»

 

30 de Setembro (Farense, 2 - Sporting, 3): GYÖKERES

«Soma e segue: mais dois golos no seu currículo. Leva agora seis de verde e branco - cinco na Liga - e ascende ao primeiro posto da nossa galeria de artilheiros. Foi ele o homem do jogo ao bisar de grande penalidade de modo irrepreensível. Primeiro aos 21', depois aos 90', sentenciando a partida e fixando o resultado. Mas não se limitou a marcar: foi um batalhador incansável.»

 

8 de Outubro (Sporting, 2 - Arouca, 1): GYÖKERES

«À oitava jornada, segue com seis golos marcados (mais dois na Liga Europa). Foi ele a inaugurar ontem o marcador, aos 31', à ponta-de-lança. Mas também fez de extremo, à esquerda e à direita, durante o jogo todo - correu quase 11km neste Sporting-Arouca. Ajudou no processo defensivo: desarme espectacular aos 85'. E ainda fez expulsar um adversário aos 87'»

 

(Continua amanhã)

O melhor onze da Liga

Numa votação levada junto dos treinadores e capitães do campeonato, foi eleito o melhor onze da Liga e a maioria dos jogadores são do Sporting. Do Porto nenhum, porque o 12.º jogador não fazia parte da votação.

O onze é o seguinte:

Ricardo Velho (Farense); Costinha (Rio Ave), Coates, (Sporting), Diomande (Sporting) e Gonçalo Inácio (Sporting); João Neves (Benfica), Hjulmand (Sporting) e Pedro Gonçalves (Sporting); Mújica (Arouca), Gyokeres (Sporting) e Jota Silva (V. Guimarães).

As escolhas são lógicas e consensuais, e no caso do Sporting aqueles seis foram mesmo os jogadores mais importantes da temporada. Dos outros há ali dois que muito gostaria de ver de verde e branco.

SL

Mais vezes

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O Sporting tornou-se a equipa mais vezes campeã nesta década que ainda nem chegou a meio. 

Triunfámos tanto como FC Porto e Benfica juntos.

Rúben Amorim é claramente o treinador de referência nestes anos 20 do futebol português: duas vezes campeão. Roger Schmidt e Sérgio Conceição ocupam os restantes lugares do pódio, cada qual só com um título na Liga desde o início da década.

As coisas são o que são.

Brutal

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Dos outros clubes não sei nem quero saber. Interessa-me o Sporting apenas.

 

Fica o registo dos últimos 60 anos, não me apetece recuar mais no tempo:

1965/1966 - Fomos campeões com mais 9 pontos (1 SLB + 8 FCP)
1969/1970 - Fomos campeões com mais 18 pontos (8 SLB + 10 V. Setúbal)
1973/1974 - Fomos campeões com mais 6 pontos (2 SLB + 4 V. Setúbal)
1979/1980 - Fomos campeões com mais 7 pontos (2 SLB + 5 FCP)
1981/1982 - Fomos campeões com mais 5 pontos (2 SLB + 3 FCP)
1999/2000 - Fomos campeões com mais 12 pontos (4 FCP + 8 SLB)
2001/2002 - Fomos campeões com mais 12 pontos (5 Boavista + 7 FCP)
2020/2021 - Fomos campeões com mais 14 pontos (5 FCP + 9 SLB)                                          2023/2024 - Fomos campeões com mais 28 pontos (18 FCP + 10 SLB)

Faz grande diferença.

Foi brutal agora. 

 

Há quem não goste deste Sporting treinado por Rúben Amorim?

Paciência, vão afogar as mágoas à tasca mais próxima.

Tão grande como os melhores da Europa

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Pontuação das equipas vencedoras nos principais campeonatos da Europa na temporada 2023/2024:

 

PSV, 91 pontos (34 jornadas, pontuação por jogo: 2,67)

Sporting, 90 pontos (34 jornadas, pontuação por jogo: 2,65)

Bayer Leverkusen, 90 pontos (34 jornadas, pontuação por jogo: 2,65)

Real Madrid, 95 pontos (38 jornadas, pontuação por jogo: 2,5)

Inter, 94 pontos (38 jornadas, pontuação por jogo: 2,48)

Sparta de Praga, 87 pontos (35 jornadas, pontuação por jogo: 2,48)

Steaua Bucareste, 74 pontos (30 jornadas, pontuação por jogo: 2,46)

Ludogorets, 82 pontos (34 jornadas, pontuação por jogo: 2,43)

Manchester City, 91 pontos (38 jornadas, pontuação por jogo: 2,39)

Dínamo Zagrebe, 82 pontos (36 jornadas, pontuação por jogo: 2,28)

PSG, 76 pontos (34 jornadas, pontuação por jogo: 2,23)

PAOK, 80 pontos (36 jornadas, pontuação por jogo: 2,2)

Slovan Bratislava, 73 pontos (32 jornadas, pontuação por jogo: 2,2)

Ferencvaros, 65 pontos (29 jornadas, pontuação por jogo: 2,2)

Celtic, 78 pontos (38 jornadas: pontuação por jogo: 2,05)

Young Boys, 77 pontos (38 jornadas, pontuação por jogo: 2)

Midtjylland, 63 pontos (32 jornadas, pontuação por jogo: 1,96)

Jagiellonia, 63 pontos (34 jornadas, pontuação por jogo: 1,85)

Rumo ao futuro

A época de 2023/2024 não terminou da melhor forma, mas nem por isso deixou de ser uma das nossas melhores deste século:

- Campeão Nacional com record do clube de pontos

- Finalista vencido da Taça de Portugal

- Eliminado na meia-final da Taça da Liga

- Passagem da fase de grupos da Liga Europa, eliminado nos oitavos de final pela equipa que venceria a competição.

Assim sendo :

Em 11 anos de Frederico Varandas/Bruno de Carvalho, conquistámos 2 títulos nacionais, 2 taças de Portugal, 4 taças da Liga e 2 supertaças. 

Em 6 anos de Frederico Varandas, conquistámos 2 títulos nacionais, 1 taça de Portugal, 3 taças da Liga e 1 supertaça. 

Em 4 anos de Frederico Varandas / Rúben Amorim conquistámos 2 títulos nacionais, 2 taças da Liga e 1 supertaça.

 

Este padrão de crescimento desportivo está intimamente ligado com o crescimento financeiro e a conclusão da reestruturação financeira permite outro conforto de gestão e nível de investimento. 

Desportiva e financeiramente foi uma época de ultrapassagem do FC Porto no pódio, e não vai ser fácil ao novo presidente dar conta de todos os buracos e minas que herdou, as protecções políticas irão caindo à medida que a justiça for intervindo e os nomes aparecendo na comunicação social. 

Também na FPF é hora de mudança com a saída de cena do ex-vice-presidente do FC Porto. 

 

No que respeita à arbitragem, existem também ventos de mudança, com uma nova geração de árbitros a assumir protagonismo e os comprometidos anos a fio com as máfias dos rivais mais condicionados. Mas falta ainda muito para termos uma arbitragem isenta e uma promoção pelo mérito. Os árbitros mais corrompidos de ontem hoje estão no VAR, são dirigentes da arbitragem ou comentadores nos jornais e nas Tvs.

O Sporting continua a não ter o peso institucional correspondente à sua dimensão de segundo maior clube nacional. Governo, Secretaria de Estado do Desporto, FPF, Liga, arbitragem - dificilmente se encontra por ali um sportinguista confesso, muito menos alguém que tenha passado pelos órgãos sociais do nosso clube. A excepção é Rui Caeiro que chegou à direcção da Liga para pagar o apoio de Bruno de Carvalho a Pedro Proença.

Quer queiramos quer não, isto tem um preço. Que sentimos esta época de diferentes formas. Na nomeação do João Pinheiro para VAR no Jamor. Até na convocatória do seleccionador Martínez para o Europeu.

O futuro com sucesso passa muito por aqui. Juntar ao crescimento desportivo e financeiro o crescimento institucional, o que requer muito trabalho e saber fazer as coisas. Ser um clube honesto e de bem não quer dizer ignorar as máfias e não lutar para acabar com elas. Isto só se consegue tendo voz activa nas instituições.

SL

Festa verde: campeões como há três anos

Sporting, 3 - Chaves, 0

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Noite inesquecível em Alvalade, sábado passado: desta vez não houve limites à celebração

Foto: António Pedro Santos / Lusa

 

Fomos campeões, sim. Mas já não havia novidade nisto: o título estava garantido há duas semanas. Repetimos a proeza de há três anos, desta vez com maior brilhantismo. E uma diferença fundamental: com público no estádio, o que não aconteceu em 2021 devido às severas medidas sanitárias que vigoravam durante a pandemia, de tão má memória.

Este Sporting-Chaves da 34.ª e última jornada do campeonato era, portanto, um jogo para cumprir calendário. Mas também para servir de novo pretexto para acrescidos festejos, desta vez no José Alvalade. E ainda para reforçarmos outras estatísticas desta época tão bem-sucedida - a melhor deste século, a melhor do último meio século. 

Terminámos pela primeira vez o campeonato com 90 pontos - segunda melhor marca absoluta de sempre no futebol português, quatro pontos acima do nosso anterior recorde, fixado em 2016, com os 86 conquistados na primeira época de Jorge Jesus.

Chegámos ao fim com 96 golos marcados, tantos como os da gloriosa época 1973/1974, a do Título da Liberdade, faz agora 50 anos. Terceira melhor na história da nossa participação na principal prova de futebol a nível nacional, superada apenas pelos 123 golos de 1946/1947 e pelos 100 de 1948/1949, ambas alcançadas em plena era dos Cinco Violinos. 

E nunca antes tínhamos chegado ao fim com tanta diferença em relação aos nossos dois rivais históricos: mais 28 pontos que eles. Feitas as contas finais, temos mais 18 do que os portistas e mais dez do que os encarnados. Números que dizem tudo sobre a inequívoca superioridade leonina, sem concorrência possível em 2023/2024.

Outras marcas justificam registo. Pela primeira vez numa competição em 34 rondas, vencemos todos os jogos disputados em casa. Triunfámos em 29 das 34 partidas - outro máximo superado. Marcamos há 42 jornadas consecutivas - contabilidade iniciada ainda na época 2020/2023. E Rúben é o primeiro técnico leonino a sagrar-se campeão duas vezes com as nossas cores.

Outro registo: nunca a Liga teve oito campeões em oito anos. Alternância inédita, o que muito valoriza a competição. E o próprio futebol português.

 

O sinal mais foi dado, nesta recepção ao Chaves, logo ao minuto 4, quando Gonçalo Inácio, após cobrança de livre lateral por Pedro Gonçalves, cabeceou ao poste. Foi desafio quase de sentido único durante a primeira parte. Com o nulo inicial a ser desbloqueado quando Morita, em acção ofensiva dentro da área, levou um central adversário a desviar com o braço. Penálti. Convertido aos 23' pelo suspeito do costume: Viktor Gyökeres. Que só queria marcar o golo seguinte, percebia-se bem.

E assim fez. Aos 37', em rotação após receber a bola, libertando-se de qualquer marcação no termo de excelente lance colectivo do Sporting - o melhor do encontro, com participações de Trincão, Pedro Gonçalves e Esgaio. Não havia hipótese: o craque sueco perseguia a meta dos 30 golos no campeonato. Não lhe bastava o troféu como goleador supremo da competição: tinha também em vista aquele número redondo. Que não chegou a alcançar, mas andou lá muito perto. Conseguiu 29.

 

Ao intervalo, 2-0. No segundo tempo houve menos intensidade, notando-se já o desejo dos jogadores de abrandarem a velocidade. Com excepção de Gyökeres, que nunca tirou o pé do acelerador. A tal ponto que no fim foi protestar junto do árbitro por ter concedido apenas dois minutos de tempo extra. Melhor em campo? Ele, claro.

Neste período, houve um lance de magia absoluta, digno de ser visto e revisto. Aconteceu ao minuto 55, quando o incansável Nuno Santos correu para impedir a bola de ultrapassar a linha de fundo na meia-esquerda. Conseguiu dominá-la e logo a tocou para Paulinho, que num fantástico pontapé de vólei a meteu lá dentro, sem a menor hipótese para o guarda-redes Gonçalo Pinto, por sinal formado na Academia de Alcochete. 

O estádio aplaudiu, em ondas de alegria e emoção, com milhares de gargantas entoando o nome de Paulinho. Que chegou ao fim com 15 golos - quarto melhor artilheiro da Liga. Cumprindo assim a sua melhor época de sempre, orgulhosamente de leão ao peito.

 

Vencemos, convencemos. Faltava receber o troféu correspondente a esta nova conquista. Terceiro campeonato do Sporting no século XXI, Rúben Amorim conduziu a equipa em duas destas três épocas vitoriosas. Desde a década de 50 que não havia um treinador tão associado a triunfos no Sporting.

No estádio cheio, transbordando de entusiasmo, prestou-se justa homenagem a dois bicampeões que se preparam para deixar Alvalade: Adán e Luís Neto. Ambos capitães. O Clube deve-lhes muito.

Foi um sábado tingido de verde, este de há três dias. 

Foi bonita a festa. Ninguém queria arredar pé. Cheio de cenas memoráveis, com a do filho mais velho de Neto com lágrimas nos olhos. Como se quisesse que o pai ali permanecesse para sempre. Herói perpétuo da nação leonina.

 

Breve análise dos jogadores:

Diogo Pinto - Invicto no segundo jogo a titular. Agarrou pela primeira vez a bola aos 43'. Saiu aos 82' sem ter feito uma defesa digna desse nome.

Neto - Titular como capitão: mereceu a homenagem. Quase marcou de cabeça aos 33'. É ele a iniciar o terceiro golo, num passe longo. Ovacionado ao sair (58').

Coates - VAR descobriu uma falta que terá feito aos 45'+1 invalidando golo de Gyökeres. Despediu-se da Liga em boa forma: venceu todos os duelos aéreos.

Gonçalo Inácio - Esteve a centímetros de marcar logo aos 4', quando encaminhou de cabeça a bola contra o ferro. Pena: merecia aquele golo.

Esgaio - É dele a assistência para o segundo golo. Grande centro aos 45'+1: Pedro Gonçalves devia ter marcado. Saiu aos 73'.

Morten - Regressou ao onze em forma: excelentes recuperações aos 14' e 30'. Falta sobre ele (45'+6) deixou Chaves reduzido a dez.

Morita - Com o seu talento para se movimentar entre linhas, sacou penálti (20'). Grande passe para Trincão (41'). Saiu aos 73'.

Nuno Santos - Lançou Morita no lance do penálti. Assistiu no terceiro golo e quase repetiu a dose aos 81'. Termina Liga com 10 assistências.

Trincão - Soberbo lance individual (14'). Passe para quase-golo de Neto (33'). Inicia o segundo golo. Remate em arco, ligeiramente ao lado (41').

Pedro Gonçalves - Cruzou para Gonçalo (4'). Interveio no segundo golo, com pré-assistência. Falhou emenda aos 45'+1. Atirou à trave (83'). Rei das assistências na Liga (12).

Gyökeres - Mais dois golos. E outro, aos 45+1, invalidado. Quase outro, aos 60'. Total na Liga: 92. Desde Bas Dost (34 em 2018) ninguém no SCP marcava tanto.

Paulinho - Substituiu Morten na segunda parte. Golaço aos 55'. Ofereceu golo a Gyökeres aos 60'. Três jogos seguidos a facturar.

St. Juste - Entrou para o lugar de Neto aos 58'. Notável na precisão dos passes.

Daniel Bragança - Substituiu Morita aos 73', mantendo a solidez do nosso meio-campo.

Edwards - Rendeu Esgaio aos 73'. Tentou alguma coisa, conseguiu muito pouco. Apagadíssimo.

Francisco Silva - Substituiu Diogo Pinto aos 82'. Dez minutos em estreia na equipa A para se sagrar também campeão nacional de futebol.

Bicampeão

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Luís Neto, esta tarde, na comovente homenagem que lhe foi prestada por quase 50 mil adeptos no Estádio José Alvalade. Um pormenor, entre tantos outros, da inesquecível festa verde-e-branca de que ele foi um dos obreiros. 

Vai retirar-se após cinco épocas no Sporting e 107 jogos de leão ao peito - quinze dos quais nesta temporada. 

Retira-se em apogeu, como campeão. Um dos nossos 11 bicampeões sob o comando de Rúben Amorim. Convém lembrar os outros, por ordem alfabética: Adán, Coates, Daniel Bragança, Dário, Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio, Matheus Reis, Nuno Santos, Paulinho e Pedro Gonçalves. 

Os 26 campeões leoninos

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Viktor Gyökeres: 31 jogos/2735 minutos

Pedro Gonçalves: 30 jogos/2411 minutos

Gonçalo Inácio: 30 jogos/2303 minutos

Morten Hjulmand: 29 jogos/2154 minutos

Sebastián Coates: 27 jogos/2100 minutos

Ousmane Diomande: 25 jogos/2027 minutos

Hidemasa Morita; 27 jogos/1981

Antonio Adán: 22 jogos/1980 minutos

Nuno Santos: 29 jogos/1950 minutos

Geny Catamo: 27 jogos/1680 minutos

Francisco Trincão: 29 jogos/1515 minutos

Matheus Reis: 26 jogos/1365 minutos

Ricardo Esgaio: 26 jogos/1342 minutos

Marcus Edwards: 25 jogos/1332 minutos

Paulinho: 29 jogos/1214 minutos/11 golos

Eduardo Quaresma: 20 jogos/957 minutos

Daniel Bragança: 26 jogos/947 minutos

Franco Israel:10 jogos/900 minutos

Jeremiah St Juste: 10 jogos/512 minutos

Luís Neto: 6 jogos/73 minutos

Iván Fresneda: 4 jogos/34 minutos

Dário Essugo, 4 jogos/29 minutos

Koba Koindredi: 3 jogos/29 minutos

Afonso Moreira: 1 jogo/26 minutos

Mateus Fernandes: 1 jogo/2 minutos

Rafael Pontelo: 1 jogo/1 minuto

Inesquecível

Campeões já o éramos. O Sporting é há décadas campeão. O que arrepia e sempre arrepiará é o reforço da certeza da grandeza do nosso clube que é fora de série, especial. Único. É de estirpe rara o Sporting.

A nossa grandeza não se mede pelos títulos conquistados. Pelas taças levantadas. A nossa grandeza é conferida pela militância, pela entrega, pela crença, pela nossa fé no Sporting e no sportinguismo, o de cada um e o de nós todos. Essa tantas vez cantada força brutal.

Extraordinário como o aparentemente redundante lema fundacional do clube inscreve toda a nossa genética: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória.

E que gloriosa noite a que vivemos, a que se viveu no Marquês. Iluminada pela claríssima evidência de que o gigante adormecido acordou. De infindável alegria e orgulho, a noite, a festa de campeão, a consagração do dono do trono, do rei do futebol nacional, foi arrebatadora, mas, ao mesmo tempo - é assim a beleza de tudo o que é complexo e profundo -, a noite glorificante nem por isso foi menos conciliadora, apaziguadora, serena. Natural. Afinal, campeões já o éramos. O Sporting é há décadas e décadas e décadas campeão. É um dos grandes de Portugal, dizem alguns, eu digo que é o maior. 

Só uma grande, imensa força identitária como a nossa resistiria a tantas frustrações, sonhos gorados, roubos e corrupção, atentados constantes à verdade desportiva. Só um gigante como nós sobrevive, poderia sobreviver, a anos e anos de quases. Quase vencedor. Quase campeão. Época atrás de época.

Só o Sporting Clube de Portugal era capaz de aguentar as imemoriais campanhas de apoucamento da nossa grandeza lançadas por históricos rivais e pretendentes a sê-lo, sem perder a noção de que o passado não é museu mas sim identidade, capital, património, herança, legado. E não nos apoucaram porque o Sporting somos nós! Fiéis depositários de glórias antigas. Temos sido nós os portadores dessa tocha. Nunca a apagámos e sempre a alimentámos. Um clube com adeptos como nós é eterno.          

E que festa tão bonita. Inesquecível. Que sintonia entre nós, guardiães do emblema, entre nós que nos abraçámos uns aos outros, com uns e outros cantámos e nos emocionámos, forças da mesma raiz, em plena harmonia com eles, leões ao serviço do Leão. 

Tenho 50 anos e nunca vi o nosso Sporting Clube de Portugal tão poderoso. Tão unido. Com um rumo tão claro. Gerido pelas pessoas certas. Nunca vi o Sporting tão bem presidido e dirigido. Com tanto amor-próprio, assertivo, sempre dando-se ao respeito. Tudo conquistando por direito e observando o seus deveres. Um Sporting verdadeiramente leonino.

Fã de Rúben Amorim, o artífice de uma equipa demolidora, temida, respeitada, elogiada, exemplar; o obreiro, afinal, de uma verdadeira equipa feita de entrega, na qual as peças sabem o que é a responsabilidade, o compromisso, a humildade, a capacidade de sacrifício e de trabalho; a Rúben Amorim serei para sempre grato, mas ao presidente Frederico Varandas também.

Sem o nosso presidente não teríamos aqui chegado. Foi este Varandas quem trouxe Amorim, contra quase tudo e contra quase todos. Estava certo. Certíssimo. Viu o que muito poucos viram. Vislumbrou o sucesso por chegar. E estava certo. Certíssimo. Líder de gestos medidos, liberto de humores ou vaidades vãs, a presidência tem-na exercido com determinação.

Também ele porta-estandarte da imensa importância, valor e responsabilidade que o clube tem para e com a sociedade nacional, a liderança de Varandas é também ela inspiradora. Exemplo disso foi-nos dado ontem quando, a desafio do nosso Paulinho, Varandas recusou discursar, optou por dar o palco aos heróis que marcam golos e evitam que os soframos. Que nos fazem vibrar. O presidente podia ter falado, eu gostaria que o tivesse feito, mas optou pelo silêncio. Liderou pelo exemplo. Sportinguista, militante, humilde, grato, rendido à grandeza do Sporting, festejou como nós. Que grande, grande clube.

O gigante adormecido acordou. Voltaremos ao Marquês muitas e muitas mais vezes. Muitas! Cimeiro. Rei. Já lá está, sempre esteve e estará o leão.    

{ Blogue fundado em 2012. }

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