Foi recebido com alguma desconfiança por sócios e adeptos. Não admirava: Fábio Coentrão proclamara dois anos antes, no Facebook, juras de amor eterno ao Benfica, tendo chegado a assegurar que em Portugal não vestiria a camisola de outro clube.
Afinal deu o dito por não dito. Regressou a Portugal, por empréstimo do Real Madrid, integrando-se no projecto futebolístico de Jorge Jesus, que já o orientara no outro lado da Segunda Circular. Tornou-se na 32.ª "prenda" oferecida por Bruno de Carvalho ao treinador.
Os adeptos leoninos mantiveram alguma desconfiança mesmo depois de o lateral esquerdo ter garantido que sempre torcera pelo Sporting, já em miúdo, lá na sua Caxinas natal. Desenterrou-se uma entrevista de 2007 em que o então defesa do Rio Ave lembrava as viagens de 700 quilómetros que chegou a fazer no mesmo dia entre Vila do Conde e Lisboa para assistir a jogos em Alvalade e as incursões ao estádio do Dragão, como espectador anónimo, em dias de Porto-Sporting, integrado na Juventude Leonina.
No fundo, um caso de sportinguismo transviado, tal como sucedeu com Jesus, ele próprio um adepto - e há longos anos sócio - do Sporting Clube de Portugal que episodicamente passou pelo Benfica.
Foi a 5 de Julho, ao ser oficializada a sua contratação para Alvalade. A partir desse dia, mesmo para os mais renitentes, passou a ser um dos nossos. E tornou-se detestado na Luz, como as monstruosas vaias de quarta-feira passada bem confirmaram - homenagem involuntária ao homem de Caxinas.
A expressão "feito de Sporting", inserida na campanha leonina para a venda de gameboxes, pegou. Chegando mesmo a justificar elogios internacionais. Mais que merecidos, tal como os aplausos que os adeptos hoje não regateiam a Coentrão.
Foi numa partida de sonho para o campeonato, frente ao V. Guimarães, inaugurando a nossa primeira goleada desta época. Estávamos no terceiro minuto de jogo quando Bruno Fernandes pega na bola a meio-campo, faz uma semi-rotação, apercebe-se de que não dispõe de linhas de passe, ganha confiança, progride no terreno e dispara a 30 metros de distância. Lá voou ela, aninhando-se ao canto superior direito da baliza vimaranense, sem permitir qualquer hipótese ao guardião Miguel Silva.
Um momento fabuloso de futebol-espectáculo: voto nele como golo leonino deste ano civil que agora terminou. Começava assim a construir-se essa goleada no estádio D. Afonso Henriques. Nosso médio mais avançado nesta partida disputada a 19 de Agosto, não satisfeito com a proeza tão cedo alcançada, Bruno faria bis. Assinando outro remate vitorioso de meia-distância, com o seu pé-canhão, aos 60'. E ainda atirou uma bola à barra. Os outros três golos deste confronto de tão boa memória foram apontados por Bas Dost (2) e Adrien Silva, que ainda integrava o onze titular do Sporting. Resultado: 5-0.
Não ganhávamos neste estádio desde 2013. Foi um excelente ensaio geral para o desafio que travaríamos daí a dias em Bucareste, frente ao Steaua: sairíamos de lá com mais cinco golos marcados - e apenas um sofrido. Outra goleada que nos enchia de contentamento e nos permitia antever uma temporada repleta de vitórias.
Era um jogo fundamental. Para o prestígio leonino nos palcos europeus e para as finanças do nosso clube. Sem qualificação automática para a Liga dos Campeões, tivemos de disputar uma pré-eliminatória frente ao Steaua de Bucareste.
A primeira partida, jogada a 15 de Agosto em Alvalade, defraudou muitas expectativas: não conseguimos melhor do que um pálido empate a zero, mesmo com mais de 46 mil adeptos a puxarem pela equipa nas bancadas. Feito o balanço do jogo, apenas três dos nossos destoaram da mediocridade: Mathieu, Gelson Martins e Bruno Fernandes - este só em campo a partir do meio da segunda parte.
Tudo foi bem diferente no desafio da segunda mão deste play off, disputado na capital romena. Saímos de lá com uma goleada - um dos melhores resultados de sempre registados por uma equipa portuguesa em jogos fora de casa nas competições europeias. Cinco golos marcados, apenas um sofrido. Uma exibição fulgurante, que silenciou o público afecto ao Steaua e foi sublinhada com palavras muito elogiosas da imprensa internacional.
Nunca antes deste dia 23 de Agosto o Sporting tinha triunfado num estádio da Roménia. Os golos foram apontados por Doumbia, Acuña, Gelson Martins, Bas Dost e Battaglia. Mas o destaque maior foi para a exibição superlativa de Bruno Fernandes: com passes longos, fez assistências para dois golos (o segundo e o terceiro). Teve ainda intervenção no início da excelente jogada colectiva que resultou no nosso quinto.
Assim carimbávamos o passaporte para a entrada na Liga dos Campeões: objectivo desportivo concretizado. E quase 15 milhões de euros entravam nos cofres de Alvalade graças a este bem-sucedido ingresso na prova milionária. Também no plano financeiro, portanto, a meta foi transposta.
O Sporting dos grandes palcos europeus estava de volta.
O Sporting já estava afastado da corrida ao título e já fora posto fora das restantes competições, limitando-se a gerir o calendário enquanto começava a programar a época seguinte. Mas este jogo disputado a 7 de Maio, dia das Mulheres Com Garra, não era igual aos outros: o estádio encheu-se de famílias leoninas prontas a ver a nossa equipa em campo - excepto Gelson e Podence, afastados por castigos.
A hora convidava ao espectáculo, pois a partida iniciou-se ainda de manhã, às 11.45. O tempo estava primaveril, com sol aberto, e as bancadas povoaram-se de adeptos e adeptas de todas as idades.
Só isso foi bom. Tudo o o resto acabou por ser confrangedor.
Ao intervalo, registava-se um empate a zero: nem um remate nosso à baliza deles. Depois Bruno César marcou, aos 52'. Poderia até ser o início de uma goleada, mas os nossos jogadores desinteressaram-se, estavam apáticos, evidenciavam a atitude de quem fazia um monumental frete. A desconcentração foi tanta que sofremos três golos de rajada na última meia hora e deixámo-nos assim derrotar em casa, nesta jornada 32 da Liga 2016/17, por uma das equipas mais acessíveis do campeonato.
À segunda foi de vez. O nosso capitão Adrien Silva esteve quase para abandonar Alvalade rumo ao futebol inglês no início da época anterior. Acabou, no entanto, por permanecer no Sporting - seu clube de sempre, seu clube do coração. Desta vez a vontade de experimentar outros campeonatos, conhecer novas realidades e ousar travar novos desafios acabou por ser mais forte. E lá rumou ele ao Leicester, efémero campeão inglês da temporada anterior, que andava há muito tempo a seduzi-lo.
Despediu-se da forma que já esperávamos: com elevação, cavalheirismo e galhardia. E também com lágrimas, como ficou registado em Alvalade, a 2 de Outubro. E com um golo - marcado no campeonato português a 19 de Agosto na nossa goleada perante o V. Guimarães no estádio D. Afonso Henriques. Um golo que o habilitará ao título de campeão português caso o Sporting - como todos esperamos - recupere em Maio o ceptro que lhe vai fugindo desde 2002. Ainda no campeonato, foi para A Bola o melhor em campo no Sporting-V. Setúbal.
Nascido em França, de mãe francesa e pai português, Adrien iniciou a carreira futebolística nas escolas infantis do Bordéus. Quando a família Silva regressou a Portugal, transferindo-se para Arcos de Valdevez, o pequeno futebolista começou a jogar no Paçô, numa altura em que ainda dominava com dificuldade o nosso idioma, e a partir dos 13 anos esteve ligado à formação de excelência de Alvalade.
Um lamentável atraso de 14 segundos na sua inscrição no Leicester levou a Liga inglesa a mantê-lo inactivo nestes quatro meses entretanto decorridos. Mas o ano começa com uma boa notícia: Adrien está de volta aos relvados. Já alinhou pelo Leicester.
Todos esperamos que a sua época desportiva seja um sucesso. E todos queremos vê-lo um dia de regresso às nossas cores.
Veio rotulado de craque, há cerca de ano e meio. Tardou muito em demonstrar qualidades. Primeiro por ter desembarcado com dez quilos a mais. Depois pela propensão para lesões. Em campo mostrava-se quezilento - com as equipas de arbitragem, os adversários e os próprios colegas. E foi falhando as oportunidades para demonstrar que era mais do que um argentino habilidoso desembarcado no futebol europeu sem noções básicas de disciplina táctica e concentração competitiva.
Apesar de tudo isto, Alan Ruiz chegou a parecer - a par de Bas Dost - excepção à regra das desastrosas contratações daquele malfadado Verão de 2016. Foi uma aquisição cara para os cofres leoninos: custou 8 milhões de euros, incluindo 2,2 milhões de "prémio de assinatura". Em Fevereiro, viu o contrato revisto até 2021, mantendo a elevadíssima cláusula de rescisão: nada menos de 60 milhões.
O problema é que este avançado de 24 anos nunca se revelou útil quando foi preciso. Teve um breve período de fulgor entre Fevereiro e Maio, quando a equipa já estava afastada de todas as competições, e voltou ao mesmo após as férias de Verão: peso a mais, tendência para lesões, péssimo feitio dentro e fora do campo. Jorge Jesus, que apostara muito nele, teve uma complacência rara com o rapaz, um dos elementos mais bem pagos do plantel.
De nada lhe serviu: Ruiz chega praticamente ao fim da primeira volta do campeonato 2017/18 sem integrar o onze titular. Participou apenas em oito jogos, actuando 426 minutos, sem registo de golos em nenhum palco desportivo desta época. Está sob alçada disciplinar do clube por ter assumido uma atitude incorrecta com o técnico em Alvalade e faltar sem pré-aviso à festa do Natal leonino.
Não tardará a fazer as malas: o Sporting prepara-se para devolvê-lo à procedência, consciente de ter feito um mau negócio. Alan Ruiz é leão, mas só de signo.
Depois de ter brilhado ao serviço do Sporting B e como emprestado ao Moreirense, onde na época passada foi vital na conquista da Taça da Liga, Daniel Podence começou da melhor maneira na equipa principal do Sporting ainda durante a pré-temporada. Foi o elemento mais em destaque no confronto com o Marselha (1-2), último teste antes de a bola ter começado a rolar a sério.
Este médio ofensivo de 22 anos, formado na Academia de Alcochete, é já idolatrado nas bancadas de Alvalade. Pela sua atitude combativa em campo. Pelos contínuos desequilíbrios que vai criando em sucessivas incursões da ala para o eixo do terreno. Por se ter revelado muito eficaz para desbloquear alguns jogos mais difíceis. Compensa com doses suplementares de tenacidade e virtuosismo técnico o que lhe falta em estatura: mede apenas 1,62m mas é a confirmação viva de que os futebolistas não se medem aos palmos.
Jorge Jesus tem apostado várias vezes nele como titular. E o irrequieto Podence comprova em campo a validade dessa aposta, combinando muito bem com Bas Dost e Gelson Martins, actuando umas vezes como extremo e outras na posição de segundo avançado. Ficou na retina dos adeptos a assistência dele para um golo de Dost no Sporting-Chaves, a 22 de Outubro, e a digonal perfeita que desenhou para um golo de Bruno Fernandes no Sporting-Portimonense, a 17 de Dezembro, destacando-se então como o melhor em campo.
Passou de promessa a confirmação. No início de Julho a Marca enaltecia-o como um dos melhores jogadores jovens do continente, sublinhando o seu bom desempenho no Europeu sub-21. Alguns olheiros americanos já vêem nele atributos antes vislumbrados num Figo ou num Nani. Ele não se deslumbra. E vai correspondendo com trabalho.
O pequeno Podence continua a crescer. De ano para ano, jornada após jornada. O céu é o limite.
Informa a Porto Editora que os vocábulos em competição até 4 de Janeiro, para conquistarem o título de Palavra do Ano são incêndios, afecto, vencedor, crescimento, cativação, desertificação, gentrificação, peregrino e independentista.
Noutros anos as palavras eleitas foram esmiuçar (2009), vuvuzela (2010), austeridade (2011), entroikado (2012), bombeiro (2013), corrupção (2014), refugiado (2015) e geringonça (2016). De acordo com quase todas, excepto bombeiro, que podia ser palavra de qualquer ano, e entroikado, um termo fugaz, que nunca vingou. Vuvuzela - artefacto sonoro popularizado universalmente no campeonato mundial disputado na África do Sul - demonstrou como o futebol pode influenciar o vocabulário comum.
Até devido a tal precedente, faltam desta vez aquelas que são para mim, inquestionavelmente, as Palavras de 2017: video-árbitro e cartilha.
Eu votaria na primeira. Para acabar de vez com a segunda.
Já em Novembro de 2016 tinha dado aqui nota dele, em bilhete para Jorge Jesus: Rafael Leão fora o marcador do golo da vitória do Sporting frente ao Borussia Dortmund na Liga Jovem. Merecia um olhar atento e uma aposta generosa da equipa técnica leonina.
O ano que agora acaba só confirmou a validade daquele alerta: a 18 de Outubro, voltou a evidenciar-se na goleada do Sporting à Juventus, em Turim, por 4-1. Tendo envolvimento e participação nos quatro golos - dois dos quatro marcados por ele. Apesar de termos jogado essa partida com menos um, devido à expulsão de Jovane Cabral aos 63'.
A 5 de Dezembro, na mesma competição, marcou o nosso golo do empate frente ao Barcelona. Somando assim quatro remates vitoriosos na "Liga dos pequeninos", como alguns lhe chamam com carinho não isento de admiração.
Eis Rafael Alexandre da Conceição Leão: 18 anos, 1,88m de altura, natural de Almada. Avançado formado na Academia de Alcochete, com inegável faro pelo golo. Leva já 12 apontados em 19 jogos oficiais na época em curso, elemento fundamental nos juniores e na equipa B. O mais saboroso desses golos foi certamente o que apontou ao Oleiros a 12 de Outubro, numa eliminatória da Taça de Portugal, já integrado na equipa principal do Sporting - seu clube de formação, seu clube do coração.
Nessa partida disputada em Oleiros, vila ainda coberta de cinzas pelos dramáticos incêndios de Junho, ele comemorou o golo apontando para Podence, que construíra toda a jogada. Demonstrando assim que não é apenas um futebolista muito promissor nem Leão só de apelido. Ser do Sporting é ser assim.
Neste terceiro ano civil ao serviço da equipa principal de futebol do Sporting Jorge Jesus foi de menos a mais. Começou mal, com a equipa afastada de todos os objectivos delineados no início da época: antes de terminar Janeiro estávamos fora da corrida ao campeonato e afastados das restantes competições. O que renovou as críticas ao treinador feitas por alturas da sua contratação, em Junho de 2015, por parte daqueles que nunca viram com bons olhos que o Sporting pudesse ter no comando da sua equipa técnica alguém recém-chegado do mais antigo rival.
Nestes 12 meses, felizmente, muita coisa mudou. A equipa apetrechou-se bem durante o defeso, contratando jogadores de inegável qualidade num processo que contou naturalmente com o dedo do treinador. Vieram Mathieu (ex-Barcelona), Fábio Coentrão (por empréstimo do Real Madrid), Acuña (titular da selecção argentina), Bruno Fernandes (oriundo da Sampdoria e capitão da nossa selecção sub-21), Doumbia (melhor marcador do campeonato suíço), Piccini (ex-Bétis), Battaglia e André Pinto (ambos ex-Braga).
Quando há ovos, as omeletes tornam-se realidade - como diria Otto Glória, nome histórico do futebol português. Esta temporada 2017/18 tem vindo a decorrer muito bem. Com o Sporting ainda em todas as frentes, disputando palmo a palmo o campeonato, em igualdade pontual com o líder FC Porto, sem derrotas nas competições internas e registando boas exibições em vários palcos. Incluindo uma vitória (3-2) frente ao Olympiacos em Atenas e um empate caseiro com a Juventus (1-1), na fase de grupos da Liga dos Campeões, e goleadas ao Steaua de Bucareste (5-1, fora) para o playoff da Liga dos Campeões, ao V. Guimarães (5-0, fora) e Chaves (5-1, em casa) para a Liga e ao União da Madeira (6-0, em casa) para a Taça CTT.
Dos diversos jogadores desembarcados em Alvalade na temporada 2016/17 só ele vingou. Mas valeu por muitos. Porque tem comprovado ser um reforço extraordinário. Bas Dost sagrou-se maior goleador do campeonato anterior e bateu-se quase até ao fim pela Bota de Ouro, que acabou por pertencer a Lionel Messi, ficando ele no pódio dos melhores marcadores das ligas europeias, como terceiro mais eficaz artilheiro do futebol do continente. Apenas ultrapassado pelo argentino do Barcelona e por Cavani, do PSG.
Na senda de outros memoráveis goleadores que passaram nas últimas décadas pelo nosso clube - Yazalde, Manuel Fernandes, Acosta, Jardel e Liedson, só para citar alguns - este holandês de 28 anos e com 1,96m de altura é um temível adversário para as equipas que nos defrontam, fazendo valer a sua fama de ponta-de-lança muito posicional com inegável faro de golo, sobretudo no jogo aéreo.
Os números falam por si: na época 2016/17 marcou 36 golos em 41 jogos de verde e branco - 34 dos quais no campeonato nacional. Na época em curso, já contabiliza 13 golos em 15 jornadas da Liga, 17 no total das competições. Perfazendo 53 remates com sucesso nos 16 meses que leva como profissional do Sporting.
Quando chegou a Alvalade, proveniente do Wolfsburgo, evitava ser chamado a converter penáltis: tornou-se entretanto um exímio marcador de grandes penalidades. Ganhou disciplina táctica, pressionando os adversários e recuando com frequência em busca da bola, e revela crescente destreza técnica, nomeadamente nas jogadas de assistência para golo. Sem surpresa, adquiriu direito a música própria no estádio e o seu nome é sempre pronunciado com especial vibração pelos adeptos, que não lhe negam aplausos.
Lá fui eu daqui, atrasado e correndo o risco de perder alguns pontitos na carta de condução e já agora por ter estacionado mal e porcamente. Haverei um dia de abordar aqui esse assunto, para tentar perceber por que raio a polícia deixa encher a Segunda Circular e a Padre Cruz e impede o estacionamento noutros locais, que não criariam tanta chatice para o trânsito, mas não será hoje.
Portanto, apesar dos km foi uma tarde bem passada.
Gostei da primeira parte por razões já dissecadas lá mais em baixo pelo Pedro Correia e não tanto da segunda, pelas outras que ele tão bem apontou, mas quero fazer aqui público louvor à lição de como se deve jogar bom futebol, dada por sir William de Carvalho. Colocado a central, o seu sentido posicional, o seu rigor táctico e o seu desempenho geral, fizeram dele o homem do jogo, demonstrando, se caso fosse ainda necessário, que a sua saída (possível a qualquer altura) seria(á) uma perda irreparável. WC é hoje um jogador a roçar a perfeição e vamos mesmo ter que nos habituar à ideia de ir ficando sem ele.
Não fosse WC enorme no seu desempenho e o homem do jogo teria sido Battaglia. Temos jogador! Não perdeu um lance e a exemplo de William saiu sempre a jogar da maior parte das situações que neutralizou. Consiga ele ter a noção de profundidade para colocar "mísseis" a 40 metros e será um caso sério. Aqui num quiz privado do blogue, já vaticinei que esta época será Battaglia e mais dez (saia WC).
Fica para o final Bas Dost, mas sem muito assunto. Afinal o que dizer dum tipo que molha sempre a sopa? Já é corriqueiro.
Ah! Para que a coisa não fosse tão dura, a vigem de regresso foi hoje de manhã, depois de uma noite bem dormida em casa e duma bela massada de corvina na Ericeira, no Clube Naval. Tal como o trio apresentado em cima, recomenda-se!
Nota: eu até fiz um filme jeitoso com aqueles cinco senhores a serrar numas violas pequeninas, mas como sou um grande incompetente, não o consigo colocar aqui. Peço a alguma alma caridosa que tenha feito o mesmo que eu, que coloque aqui o link nos comentários, que o momento foi de alto gabarito!
E pronto, não é para causar inveja, mas aqui está um tempo excelente, a água está nos 23º e a TDT apanha a congénere espanhola que tem tantos canais como a nossa, catorze, entre eles dois de desporto. Ãhn? a nossa só tem seis e alguns que não interessam ao menino Jesus? Pois, não sei, em casa pago a NOS.