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És a nossa Fé!

2013 em balanço (10)

 

FRASE DO ANO: "O SPORTING É NOSSO OUTRA VEZ"

 

"O Sporting é nosso outra vez, agora mandamos nós!" 

Foram as palavras mais importantes relacionadas com o nosso clube no ano que passou, proferidas na madrugada de 24 de Março de 2013. As primeiras palavras de Bruno de Carvalho como presidente eleito por 53,69% dos votos, derrotando nas urnas José Couceiro (45,29%) e Carlos Severino (1,02%). 

Os sócios falaram pelo meio adequado: o voto democrático. Em números expressivos, nas segundas eleições mais concorridas de sempre no Sporting. Contra as campanhas de ódio, contra o situacionismo militante, contra as providências cautelares do baronato, contra todas as manobras que tentaram silenciar um clube que se preza de ser livre. 

Cumprimentado de imediato com fair play pelos candidatos derrotados, Bruno de Carvalho personificou um novo ciclo que arrancou sem demora. Com aquela frase proclamada com energia. Uma frase que não deixava lugar a dúvidas: havia que começar a edificar o futuro em Alvalade, virando uma das páginas mais negras da vida do nosso clube. 

Uma frase que congregou, mobilizou, inspirou. E produziu frutos, como logo se viu.

2013 em balanço (9)

 

GOLO DO ANO

O sucesso desta semi-temporada do Sporting explica-se em grande parte pela meticulosa preparação do plantel, às ordens de Leonardo Jardim, durante a pré-época. Nessa fase começou a construir-se a equipa que tem praticado o melhor futebol dos últimos meses em Portugal.

Remonta precisamente à pré-época este jogo contra a Fiorentina, que o Sporting ganhou por 3-0. Com golos de Montero, Carrillo e Rúben Semedo. Destaco como melhor golo de 2013 o de Montero: um petardo disparado ainda longe da linha de grande área, aproveitando uma fífia da defesa adversária. Há de tudo neste golo: concentração, oportunidade, colocação, rapidez, potência e pontaria.

O colombiano fez levantar o estádio quando iam decorridos apenas cinco minutos de jogo nesse dia 11 de Agosto, abrindo caminho à conquista do Troféu Cinco Violinos. E desfez as dúvidas que alguns mantinham sobre a sua competência como ponta-de-lança leonino.

 

Golo do ano em 2012: Xandão, contra o Manchester City

2013 em balanço (8)

 

VITÓRIA DO ANO: 5-1 AO AROUCA

Escolhi este jogo para destacar a mais influente vitória leonina de 2013 por ter sido a primeira de um ciclo novo em jogos oficiais. O ciclo que levou o Sporting ao topo do campeonato, iniciado precisamente nesta goleada frente ao simpático Arouca, que até começou por se adiantar no marcador. Mas quem viu esta partida - e eu vi-a, numa tarde inundada de sol, no nosso estádio - cedo percebeu que estávamos perante uma equipa a sério, uma equipa com ambição, uma equipa com vontade de vencer. Uma equipa muito diferente daquela que se arrastava em campo na época anterior.

Foi também o jogo da afirmação de Fredy Montero como goleador. O colombiano que Bruno de Carvalho contratou como reforço para esta temporada comprovou, neste primeiro desafio do campeonato, o acerto desta escolha: marcou três golos. Cada qual de sua maneira: o primeiro com o pé direito, o segundo de cabeça, o terceiro com o pé esquerdo após excelente recepção de bola. Confirmando assim tratar-se de um avançado muito completo e capaz de notáveis apontamentos técnicos.

Capel, Carrilho e Wilson Eduardo também deram nas vistas pela forma como dominaram nas alas, dando corpo ao sistema táctico concebido por Leonardo Jardim. Wilson destacou-se ainda por ter marcado um golo, tal como o defesa Maurício, outro reforço que logo começou a agradar aos adeptos.

Saímos felizes do estádio nessa tarde de 18 de Agosto. Conscientes de que aquele jogo marcara uma espécie de linha de fronteira entre duas realidades bem distintas no Sporting. Todos sabemos qual é a melhor.

 

Vitória do ano em 2012: meia-final da Liga Europa

2013 em balanço (7)

 

 

DERROTA DO ANO: 0-1 EM CASA CONTRA O PAÇOS DE FERREIRA

Para mim nenhuma derrota foi tão marcante como a primeira que sofremos no ano que passou. Porque afastou de vez todas as ilusões. Porque conduziu à queda do quarto treinador da equipa principal do Sporting em menos de onze meses. Porque apontou a sócios e adeptos o caminho a seguir, que passaria necessariamente pela ruptura com aquela apagada e vil tristeza.

Refiro-me à derrota em casa contra o Paços de Ferreira, a 5 de Janeiro de 2013 - faz hoje um ano. Uma derrota testemunhada por mais de 20 mil sportinguistas presentes no estádio, numa prova irrefutável de que apesar de tudo continuavam a ter fé naquelas camisolas, senão naquela equipa.

Mas não adiantava negar as evidências. Aquele desaire, à 13ª jornada do campeonato 2012/13, colocava-nos apenas um ponto acima da zona de despromoção. Muito atrás do Braga. E abaixo de Paços de Ferreira, Rio Ave, Estoril, Guimarães, Beira-Mar e Marítimo. Com apenas duas equipas com menos pontos - o Vitória de Setúbal e o Moreirense.

Era a pior fase de sempre do Sporting. Nos últimos 17 jogos, àquela data, tínhamos perdido nove e só ganháramos dois.

Ninguém se lembrava de ver a equipa coleccionar tantas derrotas.

Seguiu-se o despedimento de Franky Vercauteren, apenas 75 dias após ter sido contratado, e a designação de Jesualdo Ferreira como treinador. Na sequência de Domingos, Sá Pinto, Oceano e do infeliz belga. Que nos tornou mais infelizes também a nós.

Acelerava a contagem decrescente para a assembleia-geral destinada a dar luz verde a um novo processo eleitoral. Nada no Sporting voltaria ao mesmo.

 

Derrota do ano em 2012: final da Taça

2013 em balanço (6)

 

DESPEDIDA DO ANO: WOLFSWINKEL

Uma parte dos adeptos sportinguistas nunca lhe deu o devido valor, mas Ricky von Wolfswinkel acabou por sentir o carinho da maioria dos sócios, convictos de que o avançado holandês poderia ter mostrado ainda mais a sua veia goleadora se tivesse jogado em Alvalade em circunstâncias menos desfavoráveis para o conjunto da equipa, numa altura em que os treinadores mal se aguentavam durante tempo suficiente para formar um onze-base e as contratações milionárias mais não eram afinal do que uma extravagante manta de retalhos para iludir incautos.

Mesmo nesse contexto desfavorável, Wolfswinkel conseguiu marcar 45 golos durante as duas temporadas em que se equipou de verde e branco. Fora contratado em Junho de 2011 para rematar de forma certeira à baliza - e no essencial cumpriu este objectivo. Despediu-se em Maio de 2013, frustrado por não ter ajudado a equipa a conseguir algo melhor do que um humilhante sétimo lugar no campeonato mas consciente de que terá feito tudo quanto estava ao seu alcance para remar contra a corrente. Para terminar em beleza, marcou dois dos quatro golos ao Beira-Mar, na maior vitória leonina dessa triste época.

Partiu entre merecidos aplausos dos sportinguistas e a garantia dada em entrevista de que levava o nosso clube no coração. Em perfeito contraste com outros, formados em Alcochete, que rumam a diversas paragens sem uma palavra de apreço pelo clube que lhes abriu as portas à vida desportiva e ao patamar da fama.

Transferido para o Norwich com apenas 24 anos, Ricky não tem encontrado ali o sucesso que se esperava: lesionou-se, tem apenas um golo na Premier League e tarda em assumir-se como titular.

Pode ser que um dia volte: ainda cá deixou muitos golos por marcar. Se isso suceder, oxalá tenha mais sorte dessa vez. Seria óptimo - para ele e para nós.

 

Despedida do ano em 2012: Polga

2013 em balanço (5)

 

DECEPÇÃO DO ANO: BRUMA

No futebol, como na vida, estas coisas são frequentes: muitos prometem, mas só alguns conseguem cumprir. Tenho-me lembrado disto a propósito de alguém que até ao final da época passada era uma das figuras mais idolatradas pelos adeptos sportinguistas. Faltou-lhe muito pouco para ter Alvalade a seus pés. Quis o destino, porém, que Bruma optasse por outros voos em busca do dinheiro fácil e da glória instantânea. Virando costas a uma das melhores épocas de sempre do Sporting.

A cupidez e a ganância de alguns que o rodeavam originou este passo atrás na sua vida desportiva. Que, paradoxalmente, resultou num excelente encaixe financeiro para o nosso clube, superior à transferência de Wolfswinkel para o Norwich escassos meses antes. E proporcionou a Bruno de Carvalho uma das vitórias mais saborosas do seu ainda curto mandato no plano extra-desportivo quando a Comissão Arbitral Paritária deu inteira razão ao Sporting no conflito com o jogador, cujo advogado alegava que Bruno já não possuía vínculo contratual com o clube que lhe proporcionou o essencial da sua formação no futebol.

O jovem atacante nascido há 19 anos em Bissau e lançado por Jesualdo Ferreira na equipa principal do Sporting em 10 de Fevereiro de 2013 rumou então ao Galatasaray, assistindo à distância de um continente à glória renascida dos leões no campeonato português. No final do ano, um jornal turco adiantava que o jogador poderia ser emprestado a outro clube para se afirmar como titular e ganhar rodagem. Até ao momento, o luso-guineense fez apenas um golo no Galatasaray.

Haveremos de voltar a aplaudi-lo, nomeadamente nos jogos da selecção nacional. Mas a magia quebrou-se, talvez para sempre, a partir do momento em que Bruma - um dos mais promissores elementos da academia de Alcochete - começou a faltar a reuniões com Bruno de Carvalho para renovação do contrato alegando, entre outros argumentos absurdos, que não ouvira o despertador tocar.

As grandes expectativas são assim: geram por vezes grandes desilusões. Mas a vida continua. E o futebol também.

 

Decepção do ano em 2012: Elias 

2013 em balanço (4)

 

CONFIRMAÇÃO DO ANO: ADRIEN

Sim, eu sei: para alguns, Adrien será mais revelação do que confirmação do ano. Não é o meu caso. Porque já em 2013 o jovem médio formado na nossa academia emitira sinais suficientes de que era um valor a ter em conta. Isso sucedia desde o tempo em que, emprestado pelo Sporting à Académica, foi fulcral na conquista da Taça de Portugal pela turma de Coimbra, precisamente frente à nossa equipa. O profissionalismo falou mais alto do que o tributo às origens.

Em boa hora Adrien regressou a Alvalade, com contrato até Junho de 2017 e uma cláusula de rescisão de 40 milhões de euros, contrariando notícias sopradas por fontes muito duvidosas e o gozo indisfarçável de alguns comentadores que já o imaginavam longe do Sporting. Comentadores como o inefável Joaquim Rita, que chegou a soprar frases como esta no sítio do costume: "Pela qualidade que tem, Adrien entraria como uma luva quer no Benfica quer no FC Porto." Previsão falhada, entre tantas outras.

É de verde e branco que gostamos de o ver jogar. Mas Adrien Sébastian Perruchet Silva - nascido há 24 anos na cidade francesa de Angoulême - só explodiu verdadeiramente este ano, sob o comando de Leonardo Jardim. Em jogos como o Benfica-Sporting para a Taça de Portugal em que foi considerado o melhor em campo, por unamimidade, na imprensa desportiva.

É o patrão indiscutível do processo atacante da equipa leonina, senhor absoluto do meio-campo ofensivo, o maior construtor de jogadas que põem as equipas adversárias em estado de alarme.

E é ainda mais que isso: marcador exímio de penáltis, frequente autor de assistências para golo com precisão milimétrica, criador de linhas de passe quase impossíveis.

Conquistou já, por mérito próprio, direito ao passaporte para o Mundial do Brasil. É impensável que Paulo Bento não aposte nele.

 

Confirmação do ano em 2012: André Martins 

2013 em balanço (3)

 

 

PROMESSA DO ANO: WILLIAM CARVALHO

Em boa hora os responsáveis leoninos mandaram regressar William Carvalho do Cercle Brugge, onde jogara na época 2012/13: este jovem de 21 anos, natural de Luanda e formado na academia de Alcochete, revelou-se em dezena e meia de partidas um dos melhores médios defensivos do futebol português.

É caso para perguntarmos onde estavam os olheiros de Alvalade nos anos precedentes, quando William andou a jogar por empréstimo ao CD Fátima e ao clube belga. Valeu-nos em 2013/14 a aposta deliberada da direcção leonina nos maiores talentos da escola de formação do clube, uma das mais prestigiadas do mundo do futebol.

William é bom a vários níveis. No poderio atlético, na visão de jogo, na disciplina táctica, no rigor posicional, na destreza técnica, na autoridade natural em campo. Joga primeiro para a equipa e só depois para a bancada. Exemplar na recuperação de bolas e no corte de lances perigosos, tornou-se já também uma referência na construção de manobras ofensivas, com notável precisão de passe, mesmo a longa distância.

Falta-lhe alguma maturidade competitiva, o que é natural num jogador com enorme margem de progressão. Mas ninguém tem dúvidas de que está destinado a brilhar no Mundial de Futebol, a disputar daqui a seis meses. Aliás, passou com distinção no primeiro teste ao nível da selecção de futebol, em Novembro, quando Paulo Bento o fez entrar em jogo no decisivo embate contra a Suécia que nos valeu o passaporte para o Brasil.

Promete muito, William Carvalho. Mas em grande parte já é uma certeza. Não só em benefício do Sporting mas do conjunto do futebol português.

 

Promessa do ano em 2012: Eric Dier

2013 em balanço (2)

 

TREINADOR DO ANO: LEONARDO JARDIM

Algo mudou para muito melhor no Sporting no dia 20 de Maio, quando o novo treinador principal da equipa de futebol foi apresentado aos sócios. Leonardo Jardim, sportinguista assumido, concretizava um sonho antigo ao assumir o comando técnico do plantel leonino, indo por sua vez de encontro às aspirações da massa adepta do nosso clube, que ansiava ver a equipa renascer das cinzas.

Foi o que sucedeu. E desde logo houve sinais nesse sentido durante a preparação da temporada. Sinais que só os mais distraídos foram incapazes de captar, nomeadamente em Julho, quando o Sporting venceu a Taça de Honra da Associação de Futebol de Lisboa, batendo na final o Estoril depois de eliminar o Benfica. O primeiro troféu oficial que obtivemos em futebol desde a conquista da Supertaça em 2008.

Com apenas 39 anos, Leonardo Jardim tem confirmado no nosso clube todas as qualidades evidenciadas ao serviço de outros emblemas, nomeadamente no Sp. Braga, que conduziu ao terceiro lugar da Liga 2011/12, e no Olympiacos, cujo comando deixou na época seguinte quando a equipa liderava o campeonato grego com dez pontos de avanço.

Mas é no Sporting que a sua estrela tem brilhado mais. Produto de muito talento, muito estudo, muito esforço, muito treino. Estratego consumado, atento e perspicaz, hábil condutor de homens, com um discurso inteligente e ponderado, este filho de madeirenses nascido na Venezuela está a conseguir proezas consideradas impensáveis há apenas quatro meses pela grande maioria dos sportinguistas. Lideramos o campeonato com 33 pontos à 14ª jornada - algo que não acontecia há 32 anos. No último quarto de século, nenhuma das nossas equipas marcou mais golos. Com um plantel superior ao da época passada em tudo excepto nos custos, que ficam por pouco mais de metade.

É obra. De alguém que também é leão de signo.

 

Treinador do ano em 2012: Domingos Paciência

2013 em balanço (1)

 

JOGADOR DO ANO: FREDY MONTERO

Eu estava lá e vi. Foi no jogo da abertura deste campeonato de todas as esperanças, a 18 de Agosto, em perfeito contraste com o anterior campeonato de todas as frustrações. Fredy Montero havia sido ridicularizado por alguns sportinguistas. Os do costume. Disseram que o presidente Bruno de Carvalho o fora comprar aos saldos, garantiram que nada havia que o recomendasse, alguns pseudo-engraçadinhos desataram a propagar piadas sobre ele sem sequer o terem visto jogar.

Montero respondeu da melhor maneira no local próprio: com golos, no relvado de Alvalade. Logo a abrir, no confronto com o Arouca. Foram três, numa tarde inundada de sol. Como na altura sublinhou a SIC, o colombiano "precisou apenas de 90 minutos para apagar da memória dos adeptos leoninos o goleador  holandês Ricky van Wolfswinkel, transferido para o Norwich". A diferença era notória: só um cego não enxergava. Eu estava lá e vi e vibrei e festejei e gritei goooolo como há muito não gritava.

Muitos outros sportinguistas fizeram como eu, nesse jogo e em vários outros disputados de então para cá. Com nove golos à nona jornada só à sua conta, no final de Novembro, Montero já superava o conjunto de tentos marcados pelo Sporting na mesma fase do campeonato de 2012/13. Soma agora 16 (13 no campeonato, onde lidera a lista dos marcadores, e três na Taça de Portugal).

Mas já antes marcara pelo Sporting, ainda na pré-época, num memorável jogo contra a Fiorentina em que o golo inaugural foi dele. Era o primeiro sinal de que aquele jovem nascido há 26 anos em Campo de la Cruz, vestido de verde e branco desde o final de Julho, tinha sina e selo e sorte e sorriso contagiante de campeão.

É Leão até no signo.

 

Jogador do ano em 2012: Rui Patrício

Desejos para 2013*

Gostava de colocar no primeiro item da minha lista de desejos que o Sporting fosse campeão nesta época. Infelizmente não vai ser possível.

Gostava que os nossos adeptos fossem mais amigos do Clube e quando fossem aos jogos não saíssem a meio ou antes do jogo terminar porque estamos a perder. Não sei se vai ser possível.

Gostava que as pessoas com visibilidade pública do Sporting não se empenhassem em fazer do Sporting o motivo de chacota das conversas para os próprios terem uma suposta aura de credibilidade e independência. Mas porque os seus egos são do tamanho do mundo sei que isto não vai ser possível.

Gostava que os jogadores do Sporting jogassem como equipa e não como se cada um deles se achasse a última Coca-Cola do deserto. Tenho muitas dúvidas que isto seja possível.

Gostava que as supostas contratações que vêm em Janeiro trouxessem unidade e estabilidade à equipa e regressássemos às vitórias. Temo que novos jogadores não signifique isso mesmo, por isso, também, não vai ser possível.

Gostava que o futuro canal de televisão do Clube fosse uma forma de dar visibilidade ao Sporting e aumentar as suas receitas. Quero acreditar que isso é possível.

Gostava que a expansão internacional da marca Sporting se traduzisse em mais verbas para o Clube e uma maior respeitabilidade. Interna e extena. Mas enquanto não forem mudadas as regras da SAD e do Clube, ninguém vai investir se não mandar. Não sei se vai ser possível.

Gostava de afastar o sentimento que me assola de que “para o ano é que é”. Podemos não ganhar nada, ter uma época miserável, mas gostava de ir ao Estádio e sair de lá contente. Quero acreditar que algumas vezes poderá ser possível.

Gostava que, de uma vez por todas, acabassem as críticas à estratégia da actual Direcção. Têm um mandato, foram eleitos. E quando as próximas eleições surgirem, então que sejam disputadas e discutidas. Isto, todos nós, do Sporting, sabemos que não é possível.

Gostava de continuar a escrever aqui sobre as alegrias que o Sporting me dá e partilhar convosco as memórias do meu sportinguismo. Numa altura em que nos agasta falar do presente, é melhor recordar o passado e olhar para o futuro. Este ponto depende apenas de mim, pelo que, acredito, será possível.

Gostava de desejar, a todos os sportinguistas em geral e, em particular, aos que têm a paciência de me ler e acompanhar os meus desabafos, um excelente ano de 2013! Também aqui, não sei se será possível...

 

*Artigo publicado no jornal do Sporting no passado dia 3

Sócios e adeptos querem IX Congresso em 2013

Nada têm a ver com as eleições antecipadas que outros pedem. Mas haverá melhor forma de ouvir todos os sportinguistas, de modo ainda mais abrangente do que numa Assembleia extraordinária, do que juntá-los num Congresso, neste caso o IX Congresso do Sporting? Foi isto que pensaram e que defendem os adeptos que solicitaram ao presidente da Mesa da Assembleia Geral a marcação de um Congresso do Sporting, em petição que aqui divulgamos em 1ª mão.

 

Petição
à
Mesa da Assembleia Geral
do
Sporting Clube de Portugal
[nos termos do artigo 42.º, n.º1, e) dos Estatutos do Sporting Clube de Portugal]

 


Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Eduardo Barroso,

Exmo. Senhor Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Daniel Sampaio,

Exmo. Senhor Secretário da Mesa da Assembleia Geral, Dr. João Sampaio,

Exmo. Senhor Secretário da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Luis Natário,

Exmo. Senhor Secretário da Mesa da Assembleia Geral, Dr. Rui Morgado,

 

É com preocupação que assistimos, diariamente, a uma degradação da imagem e bom nome do Sporting Clube de Portugal.

Os órgãos sociais do Sporting Clube de Portugal, como tal, não poderão, em momento algum, deixar de zelar, acima de tudo pelos superiores interesses de um Clube centenário e das sociedades em que este participa, em razão das actividades desportivas que desenvolve.


Na sequência dos mais recentes acontecimentos, profusamente difundidos, ampliados e aproveitados pela comunicação social, designadamente sondagens ou contactos informais de um grupo de associados que, livre e legitimamente, procuraram auscultar a receptividade da Mesa da Assembleia Geral para a realização de uma reunião magna de carácter extraordinário, ou, conforme a interpretação e tendo em conta a nossa história enquanto instituição e pessoa de bem, de carácter “absolutamente extraordinário”, tendo em conta os alegados fins subjacentes à efectivação da mesma, cabe referir:


(i) Há um mandato dos órgãos sociais em curso;
(ii) Em momento algum, alguém, independentemente da sua qualidade e do seu estatuto, questionou ou impugnou judicialmente a deliberação que legitimou a tomada de posse de todos os órgãos sociais;
(iii) Todas as propostas dos actuais órgãos sociais foram discutidas e aprovadas nas várias assembleias gerais convocadas por V. Exas.;
(iv) Ainda recentemente, a 30 de Setembro de 2012, em Assembleia Geral, o Relatório e Contas relativo a 2011/2012 foi aprovado;
(v) Nesta mesma Assembleia Geral, a cooptação de dois Vice-Presidentes do Conselho Directivo foi aprovada, tendo ficado nítido que os Sócios presentes ratificaram expressa e inequivocamente a vontade do Conselho Diretivo, legitimando inquestionavelmente a sua pretensão de renovação;
(vi) O Conselho Leonino, um órgão social tantas vezes injustamente menosprezado, onde estão representadas, democraticamente, várias sensibilidades do Clube, tem, desde a eleição dos actuais órgãos sociais, discutido, aprovado e apoiado, todos os pontos levados a discussão pelo Conselho Directivo;
(vii) Está em curso uma importante, inadiável e decisiva reestruturação do Sporting Clube de Portugal e das sociedades em que o Clube participa;
(viii) A reestruturação supra referida, que é do conhecimento de V. Exas., tendo em consideração a exposição de risco do Clube, a situação do sistema financeiro português que V. Exas. não ignoram e no quadro geral do País, é vital para a sustentabilidade e vitalidade do Clube que a mesma se materialize, dentro dum quadro de tranquilidade e de elevado sentido de Estado e responsabilidade, de modo a que não se comprometa ou se deteriore o conceito e o significado de “Sporting Clube de Portugal” e daquilo que foi inequivocamente a pretensão dos seus fundadores, que este fosse um dos maiores Clubes da Europa;
(ix) O Sporting Clube de Portugal tem praticamente 100 000 (cem mil Sócios) e milhões de adeptos em todo o Mundo. Porventura, uns com mais exposição e militância do que outros, mas, em momento algum, a importância de um ou de poucos pode, num quadro democrático de igualdade e transparência de processos, ofuscar a razão e a vontade da maioria, muitas vezes silenciosa e sem agenda pessoal;
(x) Uma apreciação acrítica de um requerimento, atendendo meramente a requisitos formais, fazendo tábua rasa de um dos mais elementares princípios éticos e da justiça, o da “justa causa”, despida de análise exaustiva sobre os efeitos materiais decorrentes de decisões provenientes de reuniões magnas, é algo que não sucede num clube como o Sporting Clube de Portugal.

 

Perante o exposto, e não ignorando os mais recentes resultados desportivos da nossa equipa principal de Futebol Profissional que, aparentemente são o real motivo da consternação dos nossos adeptos que revoltosa e ruidosamente, por várias vias e através de vários canais, fazem ouvir a sua voz junto de V. Exas., e, sendo certo, que, conforme tem sido declarado pelo Exmo. Senhor Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sporting Clube de Portugal, “os” Sócios devem ser ouvidos, tendo em conta que é obrigação estatutária realizar, em 2013, o Congresso Leonino, serve a presente petição, dirigida a quem de direito, para que sejam tomadas as diligências necessárias, com vista à realização do IX Congresso Leonino, em Março de 2013, nos termos do disposto no artigo 64.º dos Estatutos do Sporting Clube de Portugal.


Consideramos que V. Exas., em razão de todos os motivos supra elencados e porque V. Exas. distinguirão certamente questões conjunturais de questões estruturais, permitirão, a bem do Sporting Clube de Portugal, a realização de um grande evento nacional de dedicado ao Clube e aos seus associados, onde, aí sim, os diagnósticos e as terapêuticas do “Estado da Nação” possam ser feitos.

O Sporting Clube de Portugal carece de se discutir a si próprio e pelos seus, internamente, sem tabus, sem complexos.
O Sporting Clube de Portugal precisa, novamente e em particular pelo peso do passado, pelas dificuldades do presente e pelos desafios do futuro, para a sua renovação e perpetuação, de uma plataforma de amplos debates, debates com seriedade, bom senso e honestidade intelectual, no qual possam confluir reflexões ponderadas, estruturadas, norteadas por regras, dentro dum quadro institucional que eleve a discussão, permita consensos sérios e duradouros no seio de uma massa associativa que carece de expor, sistematizadamente e sistematicamente, com tempo e com modo, as suas ideias, os seus pontos de vista, as suas moções e projectos.

Nenhuma assembleia geral ordinária ou extraordinária, pela natureza das mesmas, por uma questão de representatividade, pelas limitações de ordem jurídica, organizacional ou de mera logística viabiliza o que urge, na verdade, realizar. O Congresso Leonino, o IX Congresso Leonino, organizado e custeado pelo Sporting Clube de Portugal, entendemos nós, servirá esses propósitos, cumprirá esses objetivos.

Subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos, solicitando o deferimento da presente Petição.

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  163. J
  164. J
  165. A
  166. S
  167. O
  168. N
  169. D