No jogo contra a Eslovénia, Cristiano Ronaldo respondeu em campo, mostrando a todos como se dá a volta por cima. No futebol tal como na vida.
Falha um penálti. Ou melhor: não falha, pois o penálti foi bem marcado, mas com defesa excelente de Oblak. Um quarto de hora depois, volta a marcar - sem tremer, sem vacilar, sem virar a cara ao desafio.
E mete-a lá dentro.
Oblak, ex-Benfica, deixou de ser herói daquele desafio dos oitavos no Euro 2014.
O herói foi também guarda-redes, mas português. Compatriota de Cristiano Ronaldo. Nosso compatriota.
E lá teve a tribo do Ódio ao Ronaldo, uma vez mais, de enfiar a viola no saco. Temos pena.
José Pereira, autoproclamado "furriel de Abril", recusa felicitar Rúben Amorim por se ter sagrado treinador campeão da principal prova de futebol em Portugal.
O fracassado sujeito aproveitou para mandar mais umas farpas ao bem-sucedido técnico leonino, que aos 36 anos já tem muito melhor currículo do que ele. O ódio a Amorim é tanto que tresanda à inveja mais rasteira.
Atitude típica de um furriel rendido à realidade: sabe perfeitamente que nunca chegará a sargento.
ADENDA: Sem surpresa, a ANTF distinguiu ontem Jorge Jesus com um prémio, talvez por ter conseguido o terceiro lugar da Liga e zero troféus com o plantel mais caro da história do futebol português. Sem surpresa também, Amorim ficou de fora. Há coisas que não mudam.
Não sei quem escreve agora os comunicados em nome do Sporting Clube de Portugal: aquilo já mudou tantas vezes que desisti de perceber.
Sei, isso sim, que a escrita desses documentos que vinculam o nobre símbolo do Leão é cada vez mais frouxa. O que considero inaceitável num clube como o nosso. Que tem uma história centenária, uma inigualável galeria de troféus e uma massa adepta de milhões, espalhada pelo mundo. E é, não esqueçamos, instituição de utilidade pública.
Nunca deve, portanto, usar palavas meigas nem expressões ambíguas quando reivindica direitos inalienáveis, que não são privilégio do clube mas uma exigência da cidadania. Desde logo o mais importante de todos: o direito à vida e à integridade física.
Foi, pois, com profundo desagrado que li um dos mais recentes comunicados, datado de 26 de Maio, a propósito da cobarde agressão de que foi vítima um jovem sportinguista, acossado, espancado e esfaqueado por uma turba cobarde e selvagem que o deixou gravemente ferido na via pública.
Mas o verbo central não podia ser este, como se estivéssemos a falar de chapéu na mão para os responsáveis da segurança pública - começando pelo primeiro-ministro e pelo ministro da Administração Interna.
Não "solicitamos" nada: exigimos o fim destes actos bárbaros cometidos cada vez com mais frequência por energúmenos ligados a uma claque benfiquista que já devia ter sido desmantelada e levada a juízo criminal.
Exigimos que a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto dê enfim prova de vida, interditando estes assassinos em potência de frequentar recintos desportivos por manifesto e reiterado delito de ódio desportivo. Que deve ser equiparado a ódio racial, religioso ou político. Com especificação clara na letra da lei.
Exigimos enfim - nós também, sócios e adeptos do Sporting Clube de Portugal - posições de inequívoca firmeza por parte dos dirigentes leoninos.
Esta firmeza começa desde logo pela linguagem escolhida nos comunicados oficiais. Convictos da razão que nos assiste, fiéis aos princípios que defendemos, inabaláveis na condenação da violência. Não é com falinhas mansas que vamos lá.
{ Blogue fundado em 2012. }
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