Mais um ano chega ao fim: um ano terrível, atípico, marcado pela pandemia e com grande parte de nós em forçada "prisão domiciliária". Com muita gente escorraçada dos empregos e todos os adeptos escorraçados dos estádios.
Mas nem tudo foi diferente: em 2020 tivemos mais de 1,7 milhões de visualizações, prova inequívoca de vitalidade e boa saúde deste vosso És a Nossa Fé.
Para continuar, portanto. O caminho faz-se caminhando.
Nos 23 destaques feitos pelo Sapo em Dezembro para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Férecebeu 23 menções. Alcançando assim o pleno, pelo 19.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos também 21 vezes no pódio dos mais comentados - com treze "medalhas de ouro", três de "prata" e cinco de "bronze".
Fomos primeiros, portanto, em 56,5% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Levados ao colo (26 comentários, terceiro mais comentado do dia)
Com um total de 1306 comentários nestes postais. Do Luís Lisboa, do Edmundo Gonçalves, do Paulo Guilherme Figueiredo, do Pedro Oliveira e de mim próprio.
Fica o agradecimento a quem nos dá a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.
Faz hoje nove anos, nascia o És a Nossa Fé. Adoptando como nome um saudável lema leonino que desde então se tem generalizado entre a massa adepta - aquela que, como nós, frequenta o estádio e gosta de ver os desafios da bancada, que nunca trocaria por tribuna ou camarote.
Somos exigentes: só nos contentamos com o melhor para o nosso clube. E o melhor é vencer, em todas as frentes, em todas as competições, em todos os escalões etários. Estamos vocacionados para a vitória, seguindo os passos dos nossos maiores - um Fernando Peyroteo, um José Travassos, um Joaquim Agostinho, um António Livramento, um Carlos Lopes, um Manuel Fernandes.
Orgulhosos da nossa história, não vivemos a contemplar as glórias do passado. As partidas que mais nos interessam são as do futuro, inspiradas pela excelência da nossa formação. Não por acaso, de Alvalade partiram grandes estrelas do futebol europeu e mundial, como Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo.
Queremos que o Sporting mantenha as virtudes que o tornaram campeão da formação e do ecletismo.
Queremos também que corrija alguns erros estruturais, com a rapidez que se impõe, para retomar sem falhas o rumo do êxito na mais emblemática das modalidades, o futebol.
Queremos sobretudo que se desperdicem cada vez menos energias em refregas contra adversários internos, imaginários ou reais. Para que possamos gastá-las no combate leal aos nossos históricos rivais, estejam mais a norte ou mais a sul.
Somos hoje 38, neste plantel que se tornou uma referência da blogosfera leonina. Pensamos de maneira diferente uns dos outros, como é público e notório: nada mais salutar. Mas todos somos sportinguistas. E todos partilhamos a convicção de que não existem sportinguistas de primeira e de segunda.
Ao longo destes nove anos, vimos nascer e crescer algumas vedetas, assistimos à partida ou ao irremediável ocaso de outras. Enquanto adeptos apaixonados, tivemos alguns sonhos, muitos dissabores, uns quantos pesadelos.
Vamos seguir em frente, continuando a defender as nossas cores com ímpeto leonino. Nunca confundindo o aplauso ou a crítica a responsáveis ocasionais com a defesa dos interesses permanentes do Sporting.
Para essa mobilização estaremos cá sempre. Com esperança e fé.
Nos 21 destaques feitos pelo Sapo em Novembro para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Férecebeu 21 menções. Alcançando assim o pleno, pelo 18.º mês consecutivo. Há um ano e meio que integramos esta lista, dia após dia.
Além disso, figurámos também 20 vezes no pódio dos mais comentados - com treze "medalhas de ouro", seis de "prata" e uma de "bronze".
Fomos primeiros, portanto, em 61,9% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Nos 22 destaques feitos pelo Sapo em Outubro para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Férecebeu 22 menções. Alcançando assim o pleno, pelo 17.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos também 22 vezes no pódio dos mais comentados - com dezoito "medalhas de ouro", três de "prata" e uma de "bronze".
Fomos primeiros, portanto, em 81,8% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Nos últimos dez dias, neste início da nova temporada desportiva, És a Nossa Fé registou 68.426 visualizações. Quase sete mil visualizações diárias, portanto. Confirmando a vitalidade deste blogue e o interesse sempre renovado que suscita junto do universo leonino.
Nos 22 destaques feitos pelo Sapo em Setembro para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Férecebeu 22 menções. Alcançando assim o pleno, pelo 16.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos também 22 vezes no pódio dos mais comentados - com doze "medalhas de ouro", nove de "prata" e uma de "bronze".
Fomos primeiros, portanto, em 54,5% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Cumpre-me assinalar um marco importante neste blogue: acabamos de publicar o nosso texto n.º 20 mil, que traz a assinatura do Filipe Moura.
É um número redondo, como agora se diz. E também um número muito expressivo, que confirma a militância de quem escreve e quem comenta no És a Nossa Fé. Cerca de 2400 artigos aqui publicados, em média, a cada ano que vai passando. Num espaço que funciona como permanente foco de reflexão e debate em torno do emblema que nos serve de traço de união. E também como arquivo vivo da história do Sporting desde 1 de Janeiro de 2012.
Vão seguir-se muitos outros. Porque a nossa vontade não esmorece. Porque há um número crescente de leitores a procurar-nos (registámos cerca de um milhão de visualizações desde que começou a pandemia). E porque fazemos questão de marcar presença na defesa dos interesses permanentes do Sporting. Que são sempre mais relevantes do que a soma dos interesses individuais, seja de quem for.
Nos 21 destaques feitos pelo Sapo em Agosto para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Férecebeu 21 menções. Alcançando assim o pleno, pelo 15.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos também 21 vezes no pódio dos mais comentados - com doze "medalhas de ouro", cinco de "prata" e quatro de "bronze".
Fomos primeiros, portanto, em 57,1% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Chego hoje a És a nossa fé, honrada pelo convite e empenhada em não desmerecer.
Chego hoje a És a nossa fé e cumpro o ritual de apresentação:
Madalena.
Professora, leitora, autora.
Sempre gostei de dizer: O meu coração é verde!
Nasci Sporting! No dia a seguir, muitos anos depois. E às vezes (há anos felizes!) consigo unir celebrações.
No arco-íris da minha infância, sempre o verde brilhou mais e, com o meu pai, aprendi a viver o Sporting, em valores, código de conduta e ecletismo identitário – o atletismo, o hóquei em patins, o ciclismo… e o futebol!
O futebol!
Era eu bem pequena quando se manifestou a crise quinzenal de domingo à tarde. Dia de jogo em Alvalade: o meu pai ensaiava saída sorrateira, de cachecol na mão, enquanto a minha mãe tentava distrair a miúda, que ficava em lágrimas birrentas – «Eu também quero ir!».
E um dia fui mesmo! E a estreia foi triste…
Lembro-me da confusão, da gritaria e do meu assustado choro. Sempre me foi dito ter-se jogado um Sporting vs Leixões: penalti (mal) assinalado a favor dos visitantes, convertido à segunda porque o Damas defendeu na primeira marcação e o árbitro mandou repetir. E o jogo acabou! Aos sete minutos porque houve invasão de campo!
Iludiram-se os meus pais, confiando na futura serenidade dominical. Engano! Quando suspeitei ser novamente dia de jogo, plantei-me à porta e disse: «Então, pai, vamos ao Sporting?».
Muito tive de esperar: o jogo da minha estreia (29 de outubro de 1972 – encontrei a notícia em Estórias d’Alvalade, de Luís Miguel Pereira, 2003) teve como consequência nove jogos de interdição do estádio (coisa estranha… ao que parece, houve tempo em que estes castigos eram cumpridos).
Mas voltei e voltei e voltei… E volto sempre! Sempre se regressa à casa do «nosso grande amor»!
Se o espetáculo da minha estreia na vivência futebolística foi triste e feio, embora ritual de iniciação robustecedor, muitos e muitos mais foram os momentos belos e de louca alegria. Com o meu pai, mais tarde também com o meu irmão, eu vi o Damas, o Manuel Fernandes e o Jordão; o Figo, o Ronaldo e o Nani; o Ivkovic, o Schmeichel e o Rui Patrício; o Beto, o Valckx e o André Cruz; o Oceano, o Sá Pinto e o Pedro Barbosa; o Balakov, o Iordanov e o Duscher; o Acosta, o Jardel e o Liedson…
Vi muitos e muitos jogos com o meu pai, sócio 2. 237, à data da sua morte, em 2019.
Volto sempre a Alvalade e sento-me no Lugar de Leão que foi dele.
Só nos últimos cinco dias, registámos 39.150 visualizações no És a Nossa Fé.
Média: 7.850 por dia.
Prova inequívoca - mais uma - do crescente interesse que este nosso blogue suscita junto da comunidade leonina.
Vamos continuar, sem quebra de energia, a caminho de uma nova temporada desportiva. Custe o que custar, haja os obstáculos que houver, num percurso que já leva quase nove anos. Elogiando o que houver para elogiar, criticando o que houver para criticar. Em atmosfera plural e construtiva, como sempre.
Por nós já passaram quatro presidentes e 14 treinadores da equipa principal do Sporting.
Eles vão passando, nós persistimos. De olhos no futuro.
Depois de ter votado na revelação (não verde-e-branca) da temporada 2019/20 (VER AQUI) a equipa do És a Nossa Fé votou também, e como não podia deixar de ser, na revelação verde-e-branca. Votação essa, importante notar, que foi feita ainda antes do último jogo da temporada.
E 2020 (mais do que 2019) foi um ano de diversas - e boas - revelações. Talvez seja o (único) ponto positivo que fica desta época no futebol leonino - os muitos jovens que tiveram a sua primeira oportunidade de representar a equipa principal do Sporting Clube de Portugal e de pisar o grande palco de Alvalade (ainda que, por ora e por força das circunstância, sem público).
Se a aposta em "Max" foi feita logo no início da época, outros jogadores só tiveram a sua oportunidade com Ruben Amorim. Talvez por isso, estes tenham ficado mais "na retina" do que o novo dono da baliza de Alvalade. Ou que Jovane, já na sua segunda época na equipa principal, e que foi essencial para o bom desempenho para a equipa no regresso das férias forçadas pela pandemia.
Para revelação "verde-e-branca" de 2020, a equipa do És a Nossa Fé votou de forma expressiva no vencedor. Trata-se de um jogador que já vinha treinando com a equipa principal com Marcel Keizer. Um jogador cuja qualidade técnica, velocidade e inteligência já tinha dado (e muito) nas vistas nos Juniores e sub-23. E que, na transição para a equipa principal, revelou uma maturidade impressionante para a sua idade. Longe de se intimidar com os grandes palcos, este jogador demonstrou total à-vontade. Esforço, dedicação, devoção e glória. Tanto que foi mesmo considerado o melhor em campo pelo Sporting, por vários jornais, nos últimos jogos que fez.
Nuno Mendes é, para a equipa do És a Nossa Fé, a revelação da temporada 2019/20.
Mais imporante ainda, é já um valor seguríssimo no Sporting 2020/21. O corredor esquerdo será seguramente dele, por mérito próprio. Tal como Eduardo Quaresma, outro jovem agora lançado que esteve a bom nível - e que, refira-se, ficou em segundo lugar na votação.
Nestes tempos de incerteza, podemos pelo menos ter a certeza que a Academia continua a trabalhar bem e a formar talentos e campeões. Que ergam muitos títulos pelo Clube, é o que se deseja. E, no futuro, quem sabe sucederão a Ronaldo ou Figo representando Portugal nos grandes prémios futebol internacional.
Parabéns à Academia, parabéns e a Nuno Mendes e aos novos valores leoninos.
Nos 23 destaques feitos pelo Sapo em Julho para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Férecebeu 23 menções. Alcançando assim o pleno, pelo 14.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos também 23 vezes no pódio dos mais comentados - com catorze "medalhas de ouro", seis de "prata" e três de "bronze".
Fomos primeiros, portanto, em 60,8% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Nos 22 destaques feitos pelo Sapo em Junho para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Fé recebeu 22 menções. Fazendo assim o pleno, pelo 13.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos também 22 vezes no pódio dos mais comentados - com quinze "medalhas de ouro", duas de "prata" e cinco de "bronze". Fomos primeiros, portanto, em 68% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Nos 21 destaques feitos pelo Sapo em Maio para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Fé recebeu 21 menções. Fazendo assim o pleno, pelo 12.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos 19 vezes no pódio dos mais comentados - com treze "medalhas de ouro", cinco de "prata" e uma de "bronze". Fomos primeiros, portanto, em 62% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Com um total de 1424 comentários nestes postais. Da autoria da CAL, do António de Almeida, do Paulo Guilherme Figueiredo, do António F. e de mim próprio.
Fica o agradecimento a quem nos dá a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.
De Maio de 2019 a Maio de 2020. Um ano, sem falhar um dia. Doze meses consecutivos em que És a Nossa Féfigurou sempre na lista diária dos dez blogues mais comentados em toda a plataforma Sapo. Este é, aliás, o único blogue que pode orgulhar-se de tal proeza.
Uma marca que não teria sido possível sem os milhares de leitores que todos os dias nos visitam, lêem e comentam - só nas últimas 48 horas, registámos 14.819 visualizações. Umas vezes elogiando, outras criticando. Apontando falhas ou manifestando apoio. Vários deles, de resto, têm escrito connosco - passando das caixas de comentários ao espaço principal do blogue. Numa explícita demonstração da importância que lhes reconhecemos.
Um ano em destaque contínuo merece ser assinalado. Porque não é só no futebol que se marcam golos. Também no mundo da comunicação digital isso acontece. E é caso para celebrarmos em conjunto - todos, autores e comentadores. Como elementos de um vasto plantel vestido de verde e branco.
Nos 22 destaques feitos pelo Sapo em Abril para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Fé recebeu 22 menções. Fazendo assim o pleno, pelo 11.º mês consecutivo.
Além disso, figurámos 18 vezes no pódio dos mais comentados - com doze "medalhas de ouro", quatro de "prata" e duas de "bronze". Fomos primeiros, portanto, em 54,5% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
Nos 22 destaques feitos pelo Sapo em Março para assinalar os dez blogues mais comentados nesta plataforma ao longo do mês, És a Nossa Fé recebeu 22 menções. Fazendo assim o pleno, pelo décimo mês consecutivo.
Além disso, figurámos 20 vezes no pódio dos mais comentados - com treze "medalhas de ouro", seis de "prata" e uma de "bronze". Fomos primeiros, portanto, em 58% dos dias que estiveram sob escrutínio.
Recorde-se que os textos publicados ao fim de semana são agregados aos de sexta-feira para este efeito, o que leva o número de destaques a ser inferior ao número de dias.
A voz do leitor (52 comentários, segundo mais comentado do fim de semana)
Diferença (30 comentários, terceiro mais comentado do dia)
Com um total de 1369 comentários nestes postais. Da autoria do António de Almeida, do Luís Lisboa, do Sol Carvalho, do Filipe Moura, do leitor JMA e de mim próprio.
Fica o agradecimento a quem nos dá a honra de visitar e comentar. E, naturalmente, também aos responsáveis do Sapo por esta iniciativa.
Nos últimos dez dias, este vosso És a Nossa Fé registou 89.495 visualizações. Média, portanto, de quase nove mil em cada período de 24 horas.
Fica a referência, comprovando que este é um dos blogues mais procurados e mais lidos pela massa adepta do Sporting. Já era assim com Godinho Lopes, prosseguiu com Bruno de Carvalho, manteve-se com Torres Pereira e Sousa Cintra, vem-se intensificando com Frederico Varandas e vai continuar com quem lhe suceder - ainda este ano ou no próximo.
Não nos torna mais importantes: apenas no confere maior responsabilidade. Tudo faremos para corresponder às expectativas de quem nos lê.
Com apertos de mão e sem máscara anti-vírus, à moda antiga, lá nos reunimos uma vez mais, à mesa do "nosso" Café Império, em novo convívio descontraído e acervejado.
Havia que pôr a conversa em dia. E não faltava assunto. Desde logo a contratação do treinador mais caro da história do futebol português, que permitiu ao Sporting de Braga, que equipa de vermelho, receber dez milhões em notas verdes - cinco já e outros cinco até Setembro, afiambrando ainda 155 mil euros em juros, à taxa de 6%.
Foram escutadas palavras como "fezada", "loucura", "roleta". E até o sinistro vocábulo "lampião".
A necessidade de serem alterados os estatutos leoninos foi tema que mereceu amigável discussão - incluindo a possível introdução do princípio "um sócio, um voto". Não custa perceber que nada propiciará tanto debate interno do que este tema.
Outro, ainda mais premente, relaciona-se com as perspectivas em torno do sucesso do mandato de Frederico Varandas. Aqui existiu maior consenso à volta da mesa, onde se reuniram treze convivas nada supersticiosos: parecem cada vez mais reduzidas as hipóteses de o antigo director clínico do Sporting ser lembrado no futuro como um presidente que deixou um legado positivo, tanto no clube como na SAD.
Este é um dilema que há-de ser sentido, nos dias que vão correndo, pelo actual presidente da Mesa da Assembleia Geral: Rogério Alves terá de estar cada vez mais atento ao que pensam realmente os sócios, pois não quererá ficar associado à história leonina por maus motivos. Ainda que isso implique a convocação de novas eleições para os órgãos sociais do clube antes do ano regulamentar previsto para o efeito, que é 2022.
Entre os que já declararam a vontade de defrontarem Frederico Varandas em próxima refrega eleitoral figura o nosso colega e amigo Pedro Azevedo, que no seu blogue pessoal deixou isso bem claro. Demarcando-se do silêncio tacticista que vem imperando nas hostes dos candidatos derrotados por Varandas em 2018 - designadamente João Benedito, José Maria Ricciardi, Fernando Tavares Pereira e Rui Jorge Rego, que por estes dias parecem ter feito voto de clausura mediática.
O Pedro Azevedo foi um dos oradores da noite no Império. Mas todos falámos, cada qual na sua vez, para dizermos o que sentimos neste momento atribulado (mais um) da vida do enorme clube que nos serve de traço de união. Por esta ordem alfabética: Edmundo Gonçalves, Eduardo Hilário, Francisco Almeida Leite, João Távora,José da Xã,José Navarro de Andrade,José Teixeira, Luís Lisboa, Ricardo Roque, Rui Cerdeira Branco e Tiago Cabral. Além do escriba desta acta.
Quiseram servir-nos croquetes de entrada, vá lá saber-se porquê. Mas rejeitámos a sugestão, optando em alternativa por umas saborosas chamuças, regadas a imperial loura ou morena. O bife desta vez não gerou unanimidade à mesa: quem optou em alternativa por omelete de camarão ou polvo salteado com batata doce assada não se queixou.
O ponto alto chegou antes dos cafés e descafeinados. Com a entrada em cena de uma sobremesa líquida em dose dupla, proporcionada pela nossa estimada "correspondente algarvia" que da Serra de Monchique nos fez chegar duas apreciadas garrafas - uma contendo aguardente de medronho, outra a original melosa, que adiciona mel e limão ao medronho. (Nem sabes o que perdeste, Pedro Oliveira.)
E o repasto prolongou-se, madrugada de hoje já bem entrada, em novo round de amena discussão no passeio fronteiro ao restaurante. Outra saudável tradição que gostamos de cumprir - também marca registada destes joviais jantares de blogue. Que hão-de repetir-se uma vez e outra, para alegria partilhada de quem comparece e talvez para alguma inveja de quem não vai. Como diria o grande António Oliveira, «quem viu, viu; quem não viu, tivesse visto».
{ Blog fundado em 2012. }
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