O treinador do Casa Pia avisou na colectiva, como dizem os brasileiros, que o seu grupo poderia ser o primeiro a roubar pontos ao Sporting.
Viu-se desde o primeiro minuto como pensou o senhor dar conta do recado: Onze jogadores atrás da linha da bola.
Pensava eu que os tempos de jogar para o pontinho, os tempos do todos fechadinhos cá atrás e numa jogada de sorte tentar o golito que pode dar uma vitória ou um empatezito, já estavam ultrapassados, mas ontem o fantasma do futebolzinho da treta voltou a Alvalade. A negação ao jogo imperou no "jogo" do Casa Pia. Eu sei que a lembrança do jogo e do resultado da época passada estaria ainda na memória do treinador, mas havia necessidade de trazer a Alvalade um ferrolho que não abria nem pela parte de dentro? Nem eles próprios o conseguiriam abrir, se eventualmente o quisessem fazer, coisa que esteve sempre arredada da sua vontade.
E mesmo depois de ter sofrido o primeiro golo, a coisa não se modificou muito.
Estava eu convencido que com o anúncio de uma distribuição mais equitativa dos direitos das transmissões, a lufada de ar fresco que se tem visto desde o início do campeonato, com os treinadores a quererem mostrar que também eles estão com outra vontade, fosse o mote para que essa nova mentalidade, da qual o futebol português no seu todo só beneficiará, nos trouxesse outra emoção e outra vontade de disputar os jogos, mas hoje a minha costela de S. Tomé veio ao de cima.
Futebolzinho medíocre, foi o que ofereceu hoje o Casa Pia aos pagantes do espectáculo de que foram parte integrante. Assim não vamos lá.
Eu não dou já muito para o peditório da arbitragem.
Aquilo é gente que não conhece os progenitores, só dá atenção aos amigos.
Mas volta e meia arrebita-se-me o nariz com coisas que eu e todos vemos que apenas a alimária do apito não vê. Quando convidamos alguém para a nossa casa, o mínimo que lhe exigimos é que se comporte decentemente e que não nos dê cabo da mobília, ora ontem fomos anfitriões dum tipo baixinho que para além de nos ter deixado surripiar aquela garrafa de vinho guardada para uma ocasião especial à vista dos demais convidados e de todos os da casa, família mais chegada e amigos, ainda nos deu cabo da mobília, que o diga Daniel Bragança que estava sossegadinho no seu canto a buburricar uma semanéte e sem saber como, levou com um convidado em cima e no final da noite regressou a casa a coxear, coitado. Não se lhe pedia, ao baixinho, que se armasse em dono da casa, que não precisamos que ninguém vele pela integridade da mobília por nós, mas como elemento isento que deveria ser naquela festa, que diabo, deveria ter chamado à atenção das visitas que no mínimo haveria que saber estar com urbanidade. Nem disso foi capaz. Ou, como se viu quando um gajo surripiou a dita garrafa, mão metida no móvel-bar à descarada, se virou para a televisão e com a maior desfaçatês, considerou que a asa do convidado estava em posição natural, a garrafa é que se lhe colou à mão. Até parece que jogámos com uma equipa de aves, qués ver?
Quanto a apitadeiros, a coisa já tinha começado mal numa festa em Moreira de Cónegos, onde compreensivelmente não era permitido lançar foguetório, mas no decreto que impede o lançamento de fogo de artifício, não está lá que se deve eliminar os motivos para se comemorar. E já que estava tudo na festa, outro rasteirinho deixou que fossem roubar a igreja da terra, naquilo que Pedroto apelidou muito sensatamente de roubo da mesma, para caracterizar os jogos do seu cluve naquelo ántro que diziam ser uma catedral.
Voltando ao nosso salão de festas, como muitos de nós vamos dizendo "a-no-a-pós-a-no", a nossa equipa só tem que jogar o dobro, no mínimo, para passar incólume aos desvarios (estou a ser simpático, ó pra mim) dos rasteirinhos que nos calham em sorte. Sendo sempre assim competentes, não precisamos de Santa Engrácia, já que dos trovões e dos relâmpagos tratamos nós ou não tenhamos, agora em dose dupla, Thor nas nossas fileiras.
Não me vou embora sem deixar uma nota de expectativa para mais logo. "Vocês sabem do que é que eu estou a falar", como diria um célebre agricultor de Palmela, que apesar de ter sido presidente dos Bombeiros locais, não deixa(va) de lançar a sua própria pirotecnia. Duma coisa estou certo: Seja como for, o convidado nunca irá parar ao xadrez!
Começámos por andar aos papéis nos primeiros quinze minutos. Eu acho que foi pela surpresa de ver uma equipa do Campeonato de Portugal em vez do terceiro classificado da Liga NOS do ano passado. O Quaresma e o Inácio ficaram tão abasbacados com o espaço que uma defesa de cinco mais um meio-campo de quatro bem juntinho aos cinco e apenas um solitário, que não é diamante, lá na frente, que se lhes parou o cérebro durante quinze minutos, os tais em que eles, meio sem saber como, até dominaram o jogo e poderiam ter marcado. Depois ao dezassete tivemos uma soberana oportunidade para marcar, um falhanço daqueles que não podem acontecer (apesar da sorte do defesa deles, vá) e a partir daí, foi um festival de belo futebol que só pecou, mais uma vez, pela falta de eficácia.
Surpreendeu o treinador do Porto ter colocado Galeno, o melhor avançado, a defesa. Nem todos são Mourinho, caro Vitor Bruno.
A qualidade do nosso jogo, que funciona de olhos fechados, fez o resto até que o nosso "touro" levou um desastrado Otávio de arrasto obrigando-o a fazer um penálti claríssimo que o sueco marcou de forma irrepreensível, redes para um lado, bola para o outro. Um "patardo" dos antigos. Isto aconteceu quando eles estavam a levantar cabelo e estavam a tentar discutir o jogo e o defesa Galeno até obrigou o nosso redes a uma enorme defesa.
Depois o gényo de Catamo fez o resultado final. O miúdo faz-se.
Resultado mais que justo, para a produção da equipa.
Nota final para Luís Godinho: Permitiu que Nico continuasse em campo, o que demonstra que é um homem de bom coração.
Agora é tempo de selecções, é para recuperar os que estão combalidos e desfrutar o momento, que a orquestra segue afinada.
O jogo em casa com o FC Porto quase coincide com o fecho do mercado de transferências, admito que este postal possa ser recebido de forma acintosa, mas ele só tem actualidade e razão de ser publicado hoje. O resultado do jogo de amanhã não será certamente influenciado por aquilo que a seguir irão ler, se vos apetecer, que os jogadores já têm o modo "on" ligado e o seu foco passa por uma vitória conclusiva.
Ora vamos lá: O tridente que dirige o futebol, tendo-se dado bem com uma jogada de risco há ano e meio, com a contratação surpreendente e que se veio a revelar profícua, de Gyokeres, hoje o nosso jogador mais valioso, sem dúvida, apostou neste defeso numa jogada semelhante ao apostar como alvo num grego que enche as medidas do treinador Ruben Amorim. Confesso que, não acompanhando o futebol grego, nunca tinha ouvido falar do jogador, mas o tal tridente tem um capital de confiança justamente acumulado que nos permite a nós, sócios e adeptos, estar descansados. E por isso demos de barato a saída de Paulinho, jogador de créditos firmados, excelente jogador de equipa e um razoável, para bom, marcador.
Ao que parece o clube grego detentor do passe do jogador pretendido não está pelos ajustes e não aceitou as várias propostas do Sporting, o que, convenhamos, é seu direito.
O tridente que tantas alegrias nos tem dado no passado recente parece ter acreditado que, com maior ou menor pressão, o Panathinaikos acabaria por ceder e abriria mão de Ioannidis, que parece estar desejoso de vir comer uns pastéis de Belém.
Só que, como dizia a minha querida avó Matilde, "cagou-lhe o cão no carreiro", ou em linguagem entendível, "shit happens" e a primeira e ao que parece única opção, a um dia do fecho do mercado, estará gorada.
Vira-se agora o tridente para uma segunda opção, um jovem imberbe de 19 anos, que tem como valor de mercado 5M€, mas cujo leilão ontem ao final do dia já ia em 20M€.
Concluindo: "Deixámos" sair sem causar muitas ondas o Paulinho, um jogador feito e com provas dadas, com a promessa (e verificada necessidade) de o (ter que) substituir, de preferência por alguém com uma qualidade superior, que ao que parece o grego tem e que o jovem Conrad Harder (que está harder ou mesmo impossible) definitivamente não tem (até parece que já há acordo com o Brighton, leio nos jornais desportivos). Não vindo estes, já toda a gente entendeu que o Sporting está desesperado por um avançado e até mesmo no mercado interno qualquer aspirante a jogador do Sporting estará por ora muito inflaccionado. O capital de confiança, enorme, que Frederico Varandas, Hugo Viana e principalmente Rúben Amorim detêm, permitindo-lhes apostar numa jogada de risco, não lhes retira a responsabilidade do fracasso (se ele vier a acontecer, repito) de termos que ficar até Janeiro apenas com um avançado, com cinco jogos da LC até lá (dois serão já em Janeiro) para agravar a coisa.
Este abalo sísmico, sentido hoje de madrugada, depois de 14 golos em 3 jogos, era expectável.
Assim, para o próximo fim de semana, sábado concretamente, a Protecção Civil que vá dando corda aos sapatos e prepare o plano de contingência, que esta onda telúrica tem tendência a intensificar-se. Só quero que as autoridades não esqueçam que na comemoração do título até apareceu um meteorito...
A justificação do Barcelona, que até ficou agradado com a oferta do Sporting (30M€, o que pagou aos brasileiros do Athletico Paranaense há um ano), foi a de que quer esperar para ver se se adapta ao futebol espanhol. Já o miúdo, parece-me que ao optar por uma equipa de segunda linha de Espanha, não deverá querer quebrar o vínculo a uma liga onde quererá vingar. Se querem que vos diga, do seu ponto de vista é uma bela opção, infelizmente para o Sporting.
E de repente, o que parecia ser uma solução airosa para nós, frustrado que parece estar o negócio Ioannidis, tornou-se num agravar de um problema que persiste, i.e. a falta de um "compincha" para Gyökeres lá na frente. Se este Roque era o plano B, espero que haja um plano C. Se não houver já sabem, eu estou sempre disponível, mesmo coxo.
É pena este negócio não ter avançado, o miúdo parece ser bom de bola, mas convenhamos que com aquele latagão polaco como companheiro, é difícil impor-se na equipa catalã e ele até poderia fazer-nos muito felizes se tivesse optado por Lisboa, que até é muito mais fresquinha que Sevilha e ao invés de um padroeiro (Santo Isidoro) que nos lembra salsichas enlatadas, tem um santo (Santo António) que até faz milagres, como o seu apelido faz lembrar.
E como o rapaz até tem nome de escritor maior (Vitor Hugo), faz-me pensar que se nem o grego nem o brasileiro nos querem, somos uns "Miseráveis". Agora só um milagre de "Notre Dame de Paris"...
Assuntos importantes, como um jantar com vista privilegiada para a Praia dos Pescadores, aqui na antiga Vila da Ouriceira, obrigaram-me a ver o jogo no telefone. Isto para um já pitosga como eu é sempre desafiador, de modo que tal como o nosso redes Vladan nem vi o míssil que o madeirense anichou nas nossas redes.
Podem não acreditar, mas o Alvarinho até já nem me estava a saber bem, que eu já vi tantas vezes o filme de começar a ganhar e depois chegar ao fim empatado ou derrotado, que já tinha as tripas a roncar.
Mas vá que convocaram o Trincão e ainda antes do intervalo ele resolveu dizer presente, desmentindo quem afirmava a pés juntos que só voltaria em Janeiro. Marchou logo aí uma copázia! É pá, depois se fosse a comemorar cada golo à velocidade desse segundo, provavelmente não acordaria bem, hoje, a modos que a celebração da goleada foi feita mais de gritos que de copitos.
Foram marcados sete golos ontem, num estádio com uma vista única para a baía do Funchal e seis deles foram excelentes, incluso, claro, o golo único do Nacional, num míssil, como disse atrás, que apenas a potência pode desculpar Vladan do jargão "mal batido". Pareceu-me depois quando vi o jogo em tamanho de 50" que poderia ter feito mais alguma coisinha por ele abaixo. O Vital não veio aqui ler o meu conselho.
Bom, a coisa terminou numa goleada das antigas e numa excelente exibição, afinal para se vencer por cinco de diferença tem que se ter jogado qualquer coisita, os golos as mais das vezes não caem do céu aos trambolhões e eu passei da iminente depressão para a enorme euforia. Obrigado, rapazes.
Destaco pela positiva o regresso de Debast, que até esteve muito bem, com um corte excelente e uma assistência de longo alcance para Gyokeres fazer o sexto da tarde.
Faena completada, é preparar o próximo jogo, onde vamos defrontar uma falsa filial nossa que é treinada pelo gajo que mais deve ter raiva de nós e que contra nós joga sempre ao ataque, fechadinho lá atrás.
Para terminar, a comissão das festas em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem decidiu comemorar esta grande vitória com 10 minutos de fogo de artifício no pontão da Praia dos Pescadores. Mai'nada!
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