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És a nossa Fé!

Vivó gamanço!

Esta tarde de sol e um pouco ventosa foi pródiga, lá no Jamor, em gamanço.

Também o que seria de esperar de varíssimo e pinheiro, duas aventesmas mais que apresentadas?

Um aviso a Frederico Varandas e sua equipa: Manter os mesmos e reforçar, que eles para o ano virão com tudo.

É certo que oferecemos dois golos, mas que diabo, e os dois penáltis por marcar a nosso favor? E os amarelos perdoados aos portistas?

O futebol continua podre em Portugal.

Que fiquem lá com a selecção e se lambuzem com ela.

E que vão dar banho ao cão.

Trocos

Não faço a mínima ideia de quem é adepto o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, mas Frederico Varandas que se ponha a fancos, que pela fervorosidade sportinguista da intervenção que proferiu na cerimónia a que presidiu nos Paços do Concelho, Carlos Moedas estará garantido como candidato à presidência do Sporting, se ou quando acabar o seu mandato na Câmara da capital do país (modo irónico ligado). Carlos Moedas teve uma intervenção notável (de sportinguismo, direi eu) onde enalteceu o óbvio, o que nos tempos que correm é coisa rara, tal como a entrega dos jogadores e equipa técnica, a competência da direcção, a homenagem aos Paulinhos, a Neto, Coates, Adán e Amorim, o convite a dois ex-presidentes da Câmara e do Sporting, Santana Lopes e Carmona Rodrigues, enfim, um discurso inflamado e inteiramente justo para com aqueles que convidou para homenagear.

Interveio também o presidente Frederico Varandas, num discurso assertivo, conciso, calmo, incisivo, puxando a brasa à sua sardinha naturalmente, mas ninguém lhe leva a mal por isso. Gostei do teor da intervenção. Gostei do protagonismo deixado aos verdadeiros obreiros da vitória. Varandas a marcar pontos positivos. Muito bem.

Mas meus senhores, tudo isto foram trocos (Moedas) comparado com os momentos ptotagonizados pela nova Mizé Valério. Cuca Roseta, de verde vestida, personificando todas as lindas leoas do nosso imenso plantel, entoou o hino do Sporting no início da cerimónia e no final, em apoteose com os sócios e adeptos que encheram a Praça do Município, cantou o Mundo Verde e Branco de forma sublime.

Posto isto, tenho dois pedidos a fazer:

1 - Que na próxima segunda-feira seja Cuca novamente a encantar;

2 - O João Botas que me perdoe, mas que na próxima época seja esta linda cantora a speaker do estádio! :)

Obrigado

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Deixei aqui um singelo pedido faz hoje um mês.

Ia eu a caminho da Sierra Maestra quando recebi uma SMS do Sporting, dando-me a desejada notícia. O berro foi tal, que o motorista do camião que nos levava quase que parava a traquitana.

Sendo que a diferença horária é de cinco horas para menos, havia ainda muito dia para comemorar e a coisa fez-se com uns belos mojitos já a meio da montanha, onde pernoitei com a restante comitiva de cinco, numa pousada magnífica com um acesso por uma periclitante ponte pedonal de madeira manhosa, mas com um pego maravilhoso que se forma no rio que atravessa, mesmo ali em frente, onde também se comemorou com uma bela banhoca.

Então aqui fica o meu imenso obrigado aos jogadores, ao treinador e à equipa técnica, ao Conselho Directivo e a todos os que, mais ou menos, contribuiram para esta imensa alegria.

Agora falta a taça.

A foto foi feita anteontem conforme prometido. O Ernesto adorou o adereço.

Estórias da mãe carochinha (rameira)

Era uma vez um Ferrari e um pasteleiro.

O Ferrari estampou-se, após ter entrado numa via em sentido contrário.

O pasteleiro, que estava a ver televisão numa sala aconchegante com um amigo, viu o acidente pelo canto do olho e quando lhe perguntaram "o quéque aconteceu", respondeu que "ach'qué m'lhor tirar a carta ao gajo que vinha em sentido contrário". "Mas a quem?" perguntou o amigo, que estava a enfardar um naco de chocolate preto com frutas cristalizadas e não viu o acidente-nem-nada-e-nem-queria-ter-visto-não-fosse-ainda-ser-chamado-a-dar-opinão, "Ora, ao gajo que foi contra o Ferrari!"

E assim, dois filhos da puta conseguiram meter o Sporting (atrás da) na linha.

Não fosse o viking meter a terceira lá dentro.

Futbol/Andsal

Que as várias equipas das várias modalidades do Sporting têm uma estreita ligação, todos os que não andam distraídos sabem. É ver as bancadas do João Rocha e as do Alvalade, onde pontificam atletas a apoiar outros atletas.

Isto deve ter depois alguma alquimia, ou bruxedo, ou o cuara... como diz aquela senhora simpática dos vídeos que por aí circulam, que aos do futebol depois dá-lhes para imitar os colegas do pavilhão.

Digam-me lá se a obra-prima acima, no segundo golo, não foi passada a papel químico de uma jogada entre o Merlin, o Paçó, o João Matos, o Pauleta, o Tainan, o Pany, o Sokolov e roda pelos mesmos (escolham os quatro em campo nessa altura), com uma finalização soberba de Zicky?

E este, o terceiro, aquele vólei de Pedro Gonçalves para Trincão, não vos faz lembrar uma picadinha no Andebol?

Isto anda tudo ligado.

E que tranquilas são estas segundas, a observar o olhar perdido da lampionagem...

Setenta e sete

Hem.jpeg

Fez ontem setenta e sete dias que uma acção de protesto dos profissionais da PSP inviabilizou a realização do jogo Famalicão vs Sporting que acabou por ser, por má sorte nossa (caímos na Liga Europa), disputado ontem.

Quis também o destino ou a competência dos jogadores e de todo o grupo, que ao completar-se esta jornada em atraso, atingíssemos setenta e sete pontos.

Para quem não dá grande importância a coincidências, esta parece-me de bom augúrio. Faltam "apenas" nove pontos em quinze possíveis. Deixemo-nos de refrear o desejo, o Sporting será campeão! Merecidamente, porque é a melhor equipa esta época.

E vou já avisando que a 29 de Abril, próximo futuro, iré de vacaciones, por tanto quiero hacer una bella conmemoración en La Habana. E melhor companhia que o Velho (e o Mar) Ernesto não haverá.

Amorim, equipa, ouviram?

A tradição ainda é o que era

Uma máxima que Artur Soares Dias faz por manter bem viva a cada jogo que vai assobiando por esses relvados.

Com olímpica desfaçatez, ASD ignorou descaradamente uma agressão de Di Maria, o fiteiro-mor da liga portuguesa de futebol profissional, a Pedro Gonçalves, quando o agraciou com um pero no nariz, digno de um pugilista sem classe e amor à nobre arte, tipo mordidela de orelha a la Myke Tayson, à falsa fé, como ser rasteiro que tem demonstrado ser, pelo menos dentro de campo.

Não lhe faltou ajuda do VAR, que pelo que nos apercebemos o terá chamado por entender ser lance para vermelho, pois só nesta situação o VAR pode intervir, se for caso de amostragem de cartão vermelho.

Tratou a coisa com uma "reprimenda", o que o fez enterrar-se ainda mais na semvergonhice que foi a sua péssima actuação no clássico de ontem.

Agora respondam-me, se conseguirem: Como estaríamos se Franco Israel não tem feito uma defesa do outro Mundo naquele remate do argentino e o Benfica tivesse ganho o jogo?

É por isto que no próximo Europeu não vai estar ninguém do apitadeiro ludopédio.

Pine tree

Afinal o gajo sabe.

Afinal se ele quisesse, os gamanços e prejudicanços com que nos brindou ao logo de anos, poderiam ter sido evitados.

Ontem parecia um árbitro inglês, a deixar jogar, a não ir nas fitas dimarianas e rafianas, a ajuizar bem, por incrível que pareça, todos os lances.

Não sei se terá sido por moto próprio, ou se alguém lhe terá dito que o crédito de penaltis manhosos na Luz estava esgotado, mas é certo que não se deixou ludibriar como o seu colega na semana passada. Se foi ludibriado, claro. O colega.

Nunca é tarde para uma alminha se salvar, mas como eu não sou crente não me esqueço nem perdoo, no antanto admito que este Pine é bem vindo. Agora que veja e reveja o que fez ontem e compare com a merda que nos tem mandado à cara. Será um belo acto de contrição e talvez lhe sirva de catarse. O futebol e o Sporting agradecem.

A bonança

A bonança vem em regra depois da tempestade.

E ontem houve tormenta bastante na tarde/noite.

Um mini-tornado em Alvalade que acabou em temperança, felizmente para nós e um furacão no Porto que escaqueirou tudo.

À cautela convém não desarmarmos o aviso de mau tempo e vamos deixar os sacos de areia à volta da nossa equipa, que isto os anticiclones são como as marés, vão e vêm e já estamos avisados que um pequeno descuido pode derrubar a muralha.

Mas que sabe bem uma segunda-feira calminha, isso sabe.

Nem uma pena bule hoje...

Quinze. Quinze a zero!

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E como não há duas sem três, quando se completa um ano sem perder em casa, a equipa B do clube que começa por bê, nos três últimos jogos em Alvalade tem o bonito "score" de 0-15.

Com golos de Trincão, o homem do jogo, de Quaresma, cada vez mais jogador, Gyokeres, que hoje teve dois polícias e meio em cima e mesmo assim ainda marcou, Daniel Bragança e Nuno Santos, que fez juz ao provérbio "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura".

Vamos!

Para jogar, ou para...?

O Sporting informou que adquiriu perto de cinquenta e um milhões de acções da Sporting SAD ao Novo Banco, ficando assim detentor de 88% do capital da sociedade, tendo para isso antecipado receitas do contrato de direitos de transmissão, com a NOS (belo contrato, a propósito, nem tudo foi mau no reinado do antecessor). 

Quase em simultâneo, a bem dizer no mesmo comunicado, abre-se caminho a um ou vários investidores, com participação minoritária, de modo a, cito " (existir) um reforço da política de investimento, da melhoria da experiência de todos os Sócios e da globalização do Clube."

Parece-me bem que o plano tenha sido cumprido.

Atendendo à realidade do futebol actual, o reforço de investimento que deduzo que seja em boa parte em jogadores que marquem a diferença e na academia Sporting, sendo bem vindo, não trará grandes benefícios se os vícios de que enferma o futebol português continuarem a persistir. Isto é, arbitragens condicionadas por pressão de gabirus que se têm vindo a encher de dinheiro e de títulos, ambos viciados. É verdade que timidamente, o Sporting tem dado alguns passos no sentido de pressionar para alterar este estado de coisas, mas pouco se tem conseguido, a corporação é forte e o arroz de polvo consolida os seus alicerces.

Adiante. Dizia que face à realidade do futebol, que a alto nível de desporto já tem muito pouco, seria inevitável que um dia chegariam ao Sporting dinheiros de quem não sabe bem o que lhe fazer, se me faço entender. Esperemos que não, esperemos que quando alguém se chegar à frente, seja verificada a sua idoneidade, seja verificada a fonte e a legalidade do seu dinheiro. Lavandarias não, obrigado!

E vamos lá então explicar o título do post: Será que o D. Sebastião por quem tantos clamam (eu incluído) que deveria terminar a sua carreira como jogador do Sporting, não virá mais cedo, como dono de uma parte substancial da SAD? O que acham desta hipótese?

 

Um excelente 2024 para todos e que lá para Maio estejamos na rua a comemorar o título.

A porta dos fundos

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Não sabia eu a data e hora do jogo com o Contumil e achei que deveria, após visionar centenas de sketches no Youtube, usufruir de hora e meia do meu tempo a assistir a uma peça do colectivo d' A Porta dos Fundos, na Aula Magna.

Calhou coincidir e olhem, não foi por falta de confiança ou fé, foi por querer assistir a um espectáculo que tinha expectativa de me fazer soltar umas belas gargalhadas, o que veio a acontecer. A peça é extraordinária e o contra-balanço seria um camadão de nervos, que é o que sinto sempre que assisto aos jogos do Sporting na televisão. E o meu coração já não aguenta tanta emoção.

Como a função dos artistas brasileiros só começou às 21.30 horas, deu para ver o jogo até esse momento no "esmartefone". E, amigos, é por jogos como este que por vezes me arrependo de não ter renovado a GB. Pois, a este não iria pelos motivos atrás aduzidos, mas lá os nervos são muito menos do que em casa, podem crer, e ao que assisti foi ao Sporting meter o Porto no bolso e a Gyökeres causar algumas hérnias discais ao Pepe, que mais uma vez decidiu mudar de modalidade e transitar para a "nobre arte", usando Matheus como saco de treino. Foi ao banho mais cedo, numa decisão tão inédita como estranha. Afinal o Ferrari vermelho já havia anulado um golo limpinho, limpinho e foi permitindo cacetada da grossa aos dajantas sem tugir nem mugir. Fez sangue e o apitadeiro não teve como não o expulsar, ao Pepe, por indecência e má figura.

Durante a saga de uma borracha da "Hello Kitty" (a peça, de improviso, repito, é uma delícia), o telefone vibrou e mesmo correndo o risco de levar uma patada do vizinho de trás, não resisti a ver o segundo e depois o terceiro, que tal como o primeiro segundo, também não valeu. Ambos os dois por ordem de um aziado Tiago Martins, nosso velho conhecido e "amigo" que ontem pontificou como VAR.

A coisa estava feita para um empate pela malta que manda nisto tudo e vocês sabem bem de quem é que eu estou a falar, mas por manifesta falta de comparência e de uma exibição excelente da nossa equipa, o Porto que brilha na Europa foi banalizado.

Do que vi, destaque para a defesa e para a enorme exibição de Quaresma (meteu Galeno no bornal), que tem andado um pouco arredado das boas prestações e que ontem esteve "intratável". Saiu em lágrimas e o miúdo merece. Grande destaque para o tanque Viktor, para o pêndulo Huljmand e até para Matheus Reis, mais não seja por ter dado os beiços ao manifesto.

Como muitas vezes dizemos, para ganhar aos adversários directos, o Sporting tem de jogar o dobro e foi isso mesmo que aconteceu: Marcou quatro golos legais, mas só lhe concederam dois.

Nota final: Assisti a um espectáculo de enorme competência de Gregório Duvivier e C.ia saindo da Aula Magna duplamente satisfeito, pela prestação dos artistas e pela vitória do Sporting. Pela porta da frente. Conceição, pela azia, Pepe pelo pugilismo e Diogo Costa por algumas penas de frango a adornar-lhe a camisola côderrosinha, sairam desonradamente pela porta dos fundos. E depois ainda tive que levar com os autocarros da macacada toda a sair para a A8. De rabo entre pernas.

A seguir vamos a Portimão. O caminho faz-se caminhando.

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Já se pode dizer mal?

Para início de conversa, acho que hoje jogámos bem.

No entanto não merecemos ganhar.

Sofremos o primeiro golo de penalti, num lance em que nem falta houve.

Sofremos o terceiro num frango dos antigos, com miúdos, penas e tudo.

Perdemos porque mais uma vez o treinador não soube ler o jogo, o que começa a ser frequente e com saldo claramente negativo. Digam-me por favor o que veio acrescentar ao jogo o Trincão. Digam-me porque saiu Hjulmand e ficou Pedro Gonçalves em campo. Será que rapidamente às necessidades constatadas para Janeiro, finalmente se pensará num GR decente? Ah, mas salvou um golo, dir-me-ão. Porra, já perdíamos, um a mais ou a menos...

Depois o Inácio. Sim, marcou e depois? Ofereceu o seu flanco aos de Guimarães várias vezes e pelo seu contributo negativo a coisa poderia ter sido bem pior.

Isto não invalida o que atrás escrevi, jogámos o suficiente para ganhar, perdemos nos "pormaiores".

Há jogadores que não estão a render o que valem, caso gritante de Pedro Gonçalves e de há uns poucos jogos para cá, Morita; Inácio que anda completamente fora dela, Edwards que é uma espécie de interruptor, ora acende, ora apaga, conjugando grandes jogos com exibições completamente apagadas como a de hoje.

Em resumo, a equipa não esteve mal no seu todo, mas houve gente que esteve longe de Guimarães.

Creio que é imperioso contratar um guarda-redes.

Está tudo perdido? Longe disso, há muito campeonato e o treinador tem competência suficiente para dar a volta ao texto e o grupo, com dois ou três acrescentos, terá capacidade para chegar na frente em Maio.

Porque eles têm qualidade e porque o que não nos falta por aqui é FÉ.

Uma questão de mentalidade

A ganhar em casa do adversário aos noventa minutos, perder o jogo só nos acontece a nós. Sofrer dois golos nos descontos de seis minutos, é sintoma de uma falta de mentalidade gritante e até de falta de visão do treinador.

Não lembra ao diabo meter o Nuno Santos, que não defende, ou o Trincão, que fez uma falta que deu origem ao golo do empate, no local onde deveria estar Esgaio e quando se deveria estar a defender o resultado. A ganhar por um golo, acabámos o jogo com um grupo com pendor atacante, uma espécie de 3x4x2 como se estivéssemos a perder. Má leitura de jogo, na minha opinião.

Mas e há sempre um mas, provavelmente não me estaria a lamentar desta derrota, se Artur Soares Dias, que hoje apareceu em modo "deixa jogar", não tivesse mandado Inácio para o balneário mais cedo. Há imagens que mostram claramente que o nosso defesa não toca no pantomineiro do Rafa, useiro e vezeiro em fitas que deveria ser sobejamente conhecido por isso mesmo. O amarelo deu em expulsão, mas recorde-se que o VAR não tem intervenção nos amarelos, logo a responsabilidade do "erro" é exclusivamente do pasteleiro.

A falta de mentalidade vê-se nos pequenos pormenores. O golo do empate é marcado com o jogador do Benfica só, à vontade, no centro da área. Sintomático.

Não merecíamos perder, fomos prejudicados pelo árbitro claramente, mas temos também culpas no cartório.

Apenas um pequeno recado a quem decide: Vejam lá se em Janeiro sempre vem alguém para a direita que saiba fazer um passe e, na loucura, um cruzamento de jeito. E já agora, que diga alguma coisa sobre o lance crucial do jogo ainda hoje ou amanhã logo p'la fresquinha, já chega de comer e calar.

Poder de fogo

 

A vitória de ontem foi (mais que) justa.

Os argumentos individuais apresentados por ambas as equipas são bastante diferentes, com enorme vantagem para o Sporting. Ainda assim o Estrela tem alguns bons executantes, começando pelo seu guarda-redes, que até é habitualmente suplente, seguido de Miguel Lopes, capitão e confesso sportinguista que fez uma excelente partida, de Gaspar, internacional angolano que esteve muito bem e lá na frente de Ronaldo e de Kikas que estiveram em constante movimento lançados nas costas dos nossos defesas.

O treinador do Estrela disse que não ia a Alvalade defender(-se) e cumpriu. Honra lhe seja feita por prestigiar-se e prestigiar a sua equipa e o futebol. É desta emoção que o jogo precisa. É certo que teve no GR o seu melhor elemento, mas convenhamos que ele está lá para defender. E se defendeu! O  Estrela fez uma bela partida, é certo, mas não fora a enorme exibição de António Filipe e a ineficácia dos nossos rapazes lá na frente e o resultado poderia ser mais dilatado, com uma diferença de mais dois ou três golos. Muitos tiros de pólvora seca, coisa que se vai tornando habitual. Há que melhorar o poder de fogo e carregar os cartuchos com chumbo grosso, que um dia vamos à caça e podemos ser caçados.

Nem tudo está bem quando acaba bem. Coates não está bem, talvez precise de descansar, a sua eficácia depende muito da sua boa condição física e ontem falhou em duas ocasiões: Fez um penalti, num lance de azar (a bola podia ter passado sem lhe tocar na mão), mas em situação normal o adversário não chegaria à posição de centrar e deixou-se ultrapassar por Kikas no segundo dos amadorenses. Esgaio continua o patinho feio desta equipa, apesar de ter em seu favor o facto de não ser fácil fazer parceria no flanco com Edwards, que defende pouco e se desposiciona muito, os génios são um pouco assim, mas não desculpa a pouca eficácia de Esgaio na ala, nomeadamente nos centros que (não) fez. Acertou uma vez com a cabeça de Coates, a única coisa digna de registo que fez neste particular, estando no entanto certinho a defender o que nos dias de hoje é muito pouco para um lateral. Pedro Gonçalves é exasperante, ontem fez mais uma vez um jogo apagado, mas é outro Edwards, trapalhão às vezes, mas capaz de num instante de inspiração tirar um coelho da cartola. Ontem o GR do Estrela estragou-lhe o número de magia, para nosso (e dele) azar. Falhou no entanto pelo menos três vezes na finalização. Aquilo parece displicência, mas é mesmo assim e às vezes a bola entra. Parece fácil, mas tirem daí a ideia. Mas às vezes parece um a menos, caramba.

O jogo valeu e muito pelos três pontos, pelos três belos golos. Bragança marcou pela primeira vez em Alvalade e logo com um excelente golo, Edwards fez lembrar "Deus" marcando uma coisa do outro Mundo e Paulinho fez um de compêndio, cabeceando de cima para baixo, como mandam as regras, na sequência de um centro com conta, peso e medida, de Edwards. Mas o jogo valeu ainda mais pelo espírito da equipa, pela reacção à adversidade e pela excelente leitura do treinador. Mais ficaram por marcar, como já disse muito por "culpa" do GR do Estrela e outros por clara ineficácia dos nossos, como referiu Ruben Amorim no final do jogo.

É certo que o jogo andou mais ou menos a passo na primeira parte e a única situação de registo foi mesmo o golo de Daniel Bragança, já que até aí o Sporting não havia rematado à baliza adversária, mas na segunda metade o que não lhe faltou foi emoção e diabos, o meu coração já não está preparado para estas coisas.

Regista-se com agrado que hoje há jogadores que podem substituir outros na titularidade sem que o rendimento da equipa decresça e que há no banco uma ambição de contribuir para a equipa com outros à altura dos que iniciam o jogo. O Sporting deste tempo não alinha apenas com onze, há hoje várias opções à disposição do treinador. E, sejamos justos, a "responsabilidade" é dele, que os tem moldado e lhes tem incutido esse espírito, o de que todos são precisos e úteis.

Por fim quero destacar duas frases proferidas após o final do jogo:

Miguel Lopes, comovido: O Sporting é o clube do meu coração.

Edwards: Never give up.

E novidades?

Ontem tivemos mais uma gloriosa jornada europeia de dois clubes portugueses. Esperemos que pelo nosso lado, Sporting, não se verifique mais uma apenas com derrotas, que ainda faltam jogar os nossos rapazes amanhã e o Porto hoje.

Isto é o reflexo da pobreza franciscana do futebol entre portas, com o favorecimento constante dos mesmos do costume, Porto e Benfica à cabeça. Não deixam os chamados pequenos crescer e depois queixam-se que não têm opositores internos à altura e o blá, blá do costume de quem é mau pagador.

Neste interim vai-se safando a selecção, porque é constituída maioritariamente por jogadores que jogam nos campeonatos de topo e por um velhote que ainda ontem fez mais dois belos golos para a sua conta pessoal.

Distribuam lá os direitos televisivos como em Inglaterra e preocupem-se em defender uma "indústria" que lhes dá de comer, caso contrário em meia-dúzia de anos estarão na cauda da Europa também no jogo da bola.

 Enquanto continuarem a olhar apenas para o seu umbigo, os dirigentes dos clubes e dos órgãos que regem o ludopédio luso, arriscam-se a ser os seus próprios coveiros.

E à boa maneira tuga, um dia hão-de ir para o Panteão!

Os melhores do mundo

Quem faz o favor de perder algum tempinho a ler os meus gatafunhos por aqui (embora seja em letra de imprensa), sabe que sempre considerei, apesar das críticas a maior parte das vezes merecidas, que os nossos jogadores são os melhores do Mundo, Esgaio incluído.

Esgaio que ontem fez uma óptima partida (Sporting 3-0 Moreirense), coroada com um golo pleno de oportunidade*, que revela que o nazareno não sendo um portento tecnicamente, que não é, é um jogador que dá tudo e é bastante útil neste sistema de jogo de Amorim. Não brinco se disser que o espanhol Fresneda terá de mostrar muito empenho para agarrar o lugar. 

Prometi que viria aqui falar de aquisições após o fecho do mercado e aqui estou, porque não gosto de comentar mentideros e "supônhamos". Assim, se em demais anos critiquei de forma clara a direcção, Hugo Viana e Amorim por alguns flops e tiros completamente ao lado, coerentemente não posso deixar de lhes reconhecer o mérito de este ano terem feito o pleno (falta ver actuar o espanhol Fresneda ainda, mas estou com a esperança de que não desiluda) nas contratações mais ou menos cirúrgicas que fizeram e felicitá-los por isso.

Para uns pode ainda faltar um defesa, para outros um médio, para outros um avançado, mas a confirmação dessas lacunas ver-se-á em Janeiro. Seria interessante não haver necessidade de contratar ninguém nesse período, o que quereria dizer que as coisas estariam a correr bem e que se aplicaria a máxima de "em equipa que ganha não se mexe". Seria também importante que ninguém saísse, claro!

A forma em crescendo como a equipa vem evoluindo perspectiva uma época que nos pode trazer boas alegrias, se entretanto os factores externos, como a habilidosa arbitragem de ontem à noite, mais uma, não nos forem aqui e ali, cirurgicamente, prejudicando. Ontem, que o VAR tenha conseguido descortinar um fora de jogo de 5cm eu até dou de barato, mesmo sabendo que 5cm é uma fracção ínfima de segundo, ou seja, muito subjectivo. Já que o bandeirinha tenha olho de lince para ver o mesmo é que é surpreendente, se até a regra e a recomendação que tem é que deixe o lance andar, deixando para o VAR a tarefa de o analisar. É disto que eu tenho receio e é contra isto que temos que lutar, a começar pela direcção. Ontem o central do Moreirense deveria ter ido tomar banho mais cedo, porque o senhor de azul lhe perdoou um amarelo alaranjado ainda o jogo ia no adro e o que lhe mostrou mais tarde dava-lhe guia de marcha para o balneário.

Temos hoje talvez a melhor equipa do campeonato e pedindo a todos os santinhos que não sejamos prejudicados, podemos ter a forte e fundada esperança de chegar na frente lá para Maio. E se porventura não chegarmos na frente, há uma certeza que é clara: Os reforços são mesmo de gabarito e não havendo factores esquisitos, tratar-se-ia de azar, incompetência do técnico, ou aquilo que por vezes acontece, os outros seriam melhores.

Eu por mim estou satisfeito e repito: Belo trabalho de pesquisa!

 

* O golo, como já referi no texto, foi anulado por 5cm. A FIFA está a realizar jogos piloto em que o fora-de-jogo só será assinalado quando todo o corpo do atacante estiver para além do último defesa. Em abono e favor do futebol espectáculo, o meu aplauso veemente.

"Subino"

Vi ontem pela TV o jogo de apresentação da equipa aos sócios e adeptos.

Uma festa salva pelo excelente resultado e pela meritória exibição do conjunto, que ao que diz quem lá foi, já a procissão ia na segunda volta à igreja e ainda havia gente às cabeçadas aos torniquetes de tal forma que quando o desfile dos craques começou estavam meia-dúzia de gatos pingados nas bancadas. Eu não lhe chamaria amadorismo, que em qualquer clube amador a coisa não seria tão... amadora, será antes sobranceria e positivamente estar-se cagando (perdoem o francês) para os pagantes. Seria interessante, uma vez que se alterou o sistema de controlo de entradas, fazer um ensaio geral, mas como sabemos, no Sporting, confia-se na virgem e ela ontem estava a banhos.

Adiante, esperemos que esse problema seja resolvido, que o que interessa é os rapazes corresponderem às nossas expectativas, e em mais um início de época elas estão em alta, como é normal. No entanto, ao contrário da época passada, em que apesar do desejo de ver as nossas cores na frente, se percebeu que a coisa não iria correr muito bem (e depois com o rombo Matheus ainda as coisas pioraram), este início de época, nos dois jogos mais a sério, este de ontem e o disputado com a Real Sociedad, sobretudo com a entrada do Viktor (Amorim dixit), uma espécie de Maniche (o do Benfica) mas em bom, que massacra defesas com o seu poderio físico, a que alia uma técnica muito interessante, a postura da equipa mudou radicalmente. Com a entrada deste moço sueco, poderemos eventualmente ver o melhor Paulinho, agora que não recaem sobre ele os holofotes; poderemos ter o Pedro mais liberto para entrar na área com a bola controlada e fazer o que mais gosta, marcar golos; Poderemos ter um Trincão finalmente liberto das amarras que o têm prendido à bola, tão preso que às vezes até se baralham, ele e a bola; Poderemos ter o Markus displicente mas genial a fazer golos como o de ontem, etc. Tudo isto para dizer que este rapazinho sueco tem recursos que podem mudar radicalmente o futebol da equipa e potenciar jogadores que andaram muito abaixo do seu real potencial. Tenho a esperança de que os senhores do apito não comecem a confundir poder físico com faltas técnicas e não o impeçam de ser o jogador que está a demonstrar ser.

Em resumo, gostei muito do que vi e como digo no título, a esperança está subindo e sendo ainda cedo, nem o campeonato começou, nem o conjunto está completo, com este grupo de intérpretes, poderemos tocar uma ópera triunfante, não apenas com cinco violinos mas com orquestra sinfónica em ritmo de "A cavalgada das Valquírias". E se é certo que para ver ópera a gente vai ao São Carlos, se a orquestra seguir afinada, poder-se-á assistir a umas belas árias em Alvalade e em todos os estádios por onde ela se exiba.

 

*Ler com sotaque nordestino do Brasil, p.f. (sketch de Jô Soares no programa "Viva o Gordo" em que se parodiava a situação brasileira classificando-a com "subino" e "deceno", transpondo-a para o nosso 8 ou 80).

{ Blogue fundado em 2012. }

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