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És a nossa Fé!

Menos

A gente sabe que se o golo da vitória na final tivesse sido do nosso sócio 100.000, a "chinfrineira" ainda não tinha acabado.

Posto este ponto de ordem à "mesa", sou só eu, ou ultrapassa já as marcas o "escarcéu" que está a ser feito com Éder?

Tudo na vida deve ter o seu peso e a sua medida, e ambos devem equivaler-se em ordem a manter um equilíbrio estável e com sentido. Éder teve o seu justo reconhecimento, terá porventura a gratidão eterna de muitos adeptos e do futebol português pelo feito alcançado, mas na minha modesta opinião, tudo o que é a mais é exagerado e tende a quebrar aquele equilíbrio que atrás referi.

Éder não passará a ser melhor ponta de lança depois deste golo. Não passará a ser imprescindível na selecção.

Podem argumentar que todas as homenagens são poucas e todas elas justas. Admito que sim, a minha é feita com este postal, mas às tantas, com a banalização de tanta coisa em seu redor, não sairá o próprio prejudicado com tanto "barulho"?

Ou esta onda de carinho em torno do, por ora, cisne, não passa de uma manobra para fazer esquecer outras figuras da final?

Um mistério dentro de um enigma

 

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Oiço por aí uns comentadores da treta, que fogem da polémica como o diabo da cruz, apressar-se a dizer que "as escolhas de Fernando Santos na convocatória para França não oferecem discussão". Já deixei aqui a primeira crítica: levar Bruno Alves em vez de Daniel Carriço parece-me uma opção absurda.

Segue já a segunda: convocar Éder (ou Ederzito, seu nome de baptismo) constitui um inexplicável prémio à mediocridade. Quase tão (i)móvel dentro da grande área como Hugo Almeida e ainda menos concretizador que ele, o avançado nascido na Guiné-Bissau que agora joga no Lille por empréstimo do Swansea tem números aterradores ao serviço da selecção: actuou 21 vezes com a camisola das quinas e apenas marcou um golo, num jogo particular, frente a Itália. Um golo conseguido apenas à 18.ª internacionalização, o que diz muito do seu desempenho.

Ao nível de clubes, a sua melhor época foi a de 2012/13 actuando pelo Braga, com 13 golos marcados - menos de metade da marca do nosso Slimani no campeonato que agora terminou.

Parafraseando a célebre expressão de Churchill aplicada à Rússia estalinista, a chamada de Éder ao Euro-2016 é para mim um mistério dentro de um enigma. Se eu fosse jornalista desportivo já teria perguntado ao seleccionador o que esteve na origem desta escolha. Mas vou calar-me, não vá um dos tais comentadores da treta acusar-me de quebrar a unanimidade nacional.

Memorável!

Como este facto importantíssimo para o futebol português não foi aqui referido por mais ninguém, tenho que prestar uma justa homenagem aos jogadores da selecção nacional que venceram a Itália ontem, mais de trinta anos depois dos dois golos sem resposta de Néné em Alvalade. Foi a feijões, mas não interessa!

Não queria também deixar passar em claro o primeiro golo de Éder(zito?) ao serviço da selecção! Quase trinta jogos depois. A isto sim, chama-se porfiar! Em manuelmachadês: "acreditar que porfiando e acreditando no seu próprio e intrínseco valor, alguma vez uma ocasião inolvidável lhe daria o mote para catapultar a sua carreira a um patamar que ele próprio desejaria". Temos homem! CR, põe-te a pau!

Rumo ao Mundial (19)

 

ÉDER

A meio da primeira parte do jogo amigável contra o México, na madrugada de ontem, Éder recebe a bola na grande área, após grande passe de Vieirinha, faz uma rápida rotação para o seu lado esquerdo e remata por instinto com o pé direito. A bola rasou o poste do guardião mexicano.

Foi um lance em que o irrequieto avançado bracarense demonstrou a Paulo Bento que merece a confiança que o seleccionador nele depositou ao abdicar de outros dianteiros - por exemplo, Bebé, do Paços de Ferreira - para o integrar no lote dos jogadores escolhidos para o Mundial do Brasil.

A dúvida inicial prendia-se com a condição física do jogador nascido há 26 anos em Bissau. Éder, nesta segunda época ao serviço do Sp. Braga, passou largas semanas imobilizado: fracturou os dois pés, em ocasiões diferentes, e sofreu uma lesão nos ligamentos cruzados, revelando "grande capacidade de sofrimento", como dele disse o seu ex-treinador Jesualdo Ferreira.

Numa selecção carente de goleadores o contributo deste bracarense formado na Académica será bem-vindo. Paulo Bento tem apostado nele desde que o convocou para os jogos iniciais na rota do apuramento para o Campeonato do Mundo, realizados em Setembro de 2012 contra o Luxemburgo e o Azerbaijão. Será concorrente directo de Helder Postiga e Hugo Almeida, esperando-se desde já que revele maior veia goleadora do que o segundo, mais famoso pelos lances que falha do que pelos que acerta, mesmo quando depara com a baliza escancarada.

Em Braga, nem as lesões o impediram de registar um saldo positivo na relação com o golo: já marcou 20 ao serviço do clube. Falta-lhe a estreia como goleador na selecção, onde já actuou em oito desafios - nenhum de tanta responsabilidade como aqueles que enfrentará ao serviço das cores portuguesas no Brasil. Inicialmente no banco, ao que tudo indica, mas pronto a entrar em campo a qualquer momento.

É para isso mesmo que lá vai.

Vida de formiga

 

Tenho sido uma formiga tão pacífica quanto uma formiga pode ser pacífica entre tantos insectos hostis. Passei os últimos vinte anos a ver guerreiros da linfa azeda a fazer guerras contra todos os outros formigueiros como se fossem uma nova espécie de insectos na cadeia da evolução. Estas formigas-soldado têm agido eficazmente nos subterrâneos lamacentos e triunfado sobre todos os outros formigueiros: mandíbulas hostis e mesotórax que impõe respeito. Muitos formigueiros deixam que as suas formigas sejam recrutadas sem mexer uma antena ou segregar uma reacção. Toda a gente sabe que uma formiga sem odor é uma formiga sem identidade, mas já me cheira a Éder no Porto. Eu sei, posso estar enganado, afinal, eu sou apenas uma formiga, mas ainda me lembro de ter batido as patinhas ao Rúben Micael em Alvalade e no dia seguinte ele lá estava no formigueiro dos outros. Cá no nosso formigueiro estamos habituados aos néctares e às papas reais, mas talvez um dia tenhamos que aprender a mostrar as nossas mandíbulas.

{ Blogue fundado em 2012. }

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