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És a nossa Fé!

Duas UEFA's?

 

Reproduzo aqui a capa dos desportivos espanhóis "AS", "Marca", "Sport", "Mundo Deportivo" de hoje, com os de Madrid mais incisivos e os de Barcelona mais focados na defesa do "seu" clube.

O que é certo é que em todos o presidente da UEFA é claro, para o organismo que manda na bola na Europa, não há prescrições.

Que conste, não foi feita qualquer queixa à UEFA por parte de nenhum clube espanhol adversário do Barcelona.

Não pode Ceferin dar um pulo aqui ao rectangulozinho, ou fica muito fora de mão? A malta agradecia encarecidamente.

Como será a partir de agora?

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Stephanie Frappart, Yamashita Yoshimi e Salima Mukansanga fazem história neste Mundial

 

Havendo agora mulheres de apito na boca, neste Mundial de Futebol, não custa vaticinar que aparecerão cada vez mais nos relvados, incluindo em jogos dos campeonatos nacionais. Portugal não será excepção.

Nada tenho a objectar: são sinais dos tempos. Só me questiono como falarão e escreverão, a partir de agora, alguns que passam o tempo a injuriar os árbitros. Farão o mesmo com as árbitras?

Do excelente ao péssimo

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Os jogadores portugueses estão cada vez mais bem cotados no mercado futebolístico internacional. Para um país da dimensão do nosso, é um bem inestimável. E uma publicidade permanente a Portugal em qualquer recanto do planeta.

Os treinadores portugueses também nunca foram tão apreciados além-fronteiras como agora. Até no Brasil, que durante décadas alimentou fobias e preconceitos em relação aos nossos técnicos e ao nosso futebol. Esse tempo terminou. Temos hoje compatriotas a orientar clubes nas principais Ligas europeias e até nos mais destacados emblemas brasileiros.

O próprio dirigismo clubístico melhorou um pouco, em termos gerais. Sobretudo se o compararmos com as décadas de 80, 90 e a primeira do século XXI. Não temos Pimentas nem Valentins nem Fiúzas nem outros que tais.

 

Na arbitragem, pelo contrário, tem-se andado para trás. Apesar de nunca ter havido tanto investimento em formação, em condições de trabalho, em financiamento de todo o género, em acções de esclarecimento e reciclagem de conhecimentos, em intercâmbio com organismos internacionais.

É lamentável. E com efeitos óbvios nesta segunda ausência de árbitros portugueses do palco de um Mundial.

O último foi Pedro Proença, em 2014.

 

Antes tivemos Joaquim Campos (1958 e 1966), Saldanha Ribeiro (1970), António Garrido (1978 e 1982), Carlos Valente (1986 e 1990), Vítor Pereira (1998 e 2002) e Olegário Benquerença (2010).

Ou seja: desde a década de 50 (1950 e 1954) que não estávamos há dois Mundiais seguidos sem um representante da arbitragem portuguesa.

Coincidência? Nem pensar.

É incompetência mesmo.

A APAF

Há no futebol luso uma Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, mais conhecida como APAF. Esta entidade tem por obrigação essencial “promover e defender os árbitros portugueses, como refere no primeiro dos seus sete pontos dos estatutos.

Sempre pensei que este tipo de agremiação, quase sindical, teria algum cuidado e atenção para com os seus associados quando muitos deles são ampla e publicamente acusados de não serem isentos.

A verdade é que nenhum dos actuais árbitros intervenientes no nosso futebol de 11 foi convocado para o próximo Mundial que se realizará no fim deste ano no Catar.

Pior que esta já normal e esperada ausência da fase final do Mundial, é a APAF não vir publicamente dizer alguma coisa, pedir explicações e acima de tudo provar que defende os seus associados.

Sintomático de que as entidades europeias de superintendem o futebol percebem que em Portugal os árbitros não são juízes competentes, mas tão-somente meros monges ao serviço de um qualquer Papa futebolístico!

Nota de rodapé: tivesse o Sporting vetado um árbitro para uma qualquer partida, como fez noutros tempos, e provavelmente a APAF já saberia dizer alguma coisa!

Competente incompetência!

Um amigo adepto portista escreveu hoje numa rede social “… Sérgio Conceição é o treinador português mais competente do nosso campeonato…”

Estive assim (juntem o indicador e o polegar!!!) de dar uma resposta a preceito. Mas depois pensei que o melhor seria ele manter-se longe da verdade pois provavelmente lidaria mal com esta.

Mas a ideia pespegada sem dó nem piedade fez o seu buraco na minhas meninges, qual verruma, e assim deu-me para escrever sobre o treinador do Porto e respectivas competências.

Dito assim de uma maneira mais simplista acrescento que a competência de SC está na razão inversa dos árbitros lusos. Por outras palavras, se não fosse a incompetência destes provavelmente o FCPorto estaria com menos alguns pontos no seu bornal. E Sérgio sem grande margem para sorrir nem para ser elogiado!

Todos os fins de semana há casos nos jogos do Porto. Todos! E normalmente decididos a favor do líder da classificação. Cartões icterícios ou rubros por mostrar, faltas duras por assinalar e a cereja no topo do bolo, faltas cometidas pelos próprios jogadores portistas, mas atribuídas aos adversários.

Todavia não quero com isto dizer que todos os nossos árbitros sejam assim tão incompetentes. Bem pelo contrário… Considero que a arbitragem portuguesa é deveras competente (quiçá demais)… na sua incompetência.

Ou será que não é incompetência?

O clássico assassinado

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O jogo Paços de Ferreira-Braga contou com um ingrediente inédito: foi arbitrado por um francês, no âmbito de um protocolo estabelecido entre a Federação Portuguesa de Futebol e a sua congénere gaulesa.

Willy Delajod: assim se chama o chefe da equipa de arbitragem desse desafio, que terminou empatado a zero.

Ao abrigo do mesmo protocolo, a FPF enviou para França o árbitro Luís Godinho. Que apitou o Bordéus-Lens (1-2), com videoarbitragem de Bruno Esteves. Um desafio que terminou envolto em polémica: os adeptos da equipa visitada acusam Godinho de ter inventado o penálti que permitiu a vitória dos visitantes.

É absolutamente incompreensível a escolha do juiz francês para o irrelevante jogo em Paços de Ferreira na mesma jornada em que se disputou o primeiro dos seis clássicos da Liga 2021/2022. Com miserável arbitragem de Nuno Almeida, um apitador que já devia estar reformado pois atingiu a data limite para o exercício da actividade na temporada anterior mas acabou repescado para esta época.

A pergunta tem de ser feita: por que motivo não foi escolhido o árbitro francês para apitar o Sporting-FC Porto?

 

O senhor Almeida, "coadjuvado" pelo inefável João Pinheiro na vídeo-arbitragem, assassinou o clássico desde o apito inicial. Com três cartões exibidos em menos de quatro minutos e 40 faltas assinaladas ao longo de toda a partida. Em total antítese com os critérios adoptados no recente Campeonato da Europa e contrariando as próprias recomendações dos responsáveis da arbitragem portuguesa, aconselhando menos interrupções de jogo no nosso campeonato, o oitavo com mais faltas em 35 Ligas europeias.

Como assinalava ontem Daniel Sá no Record, «raramente conseguimos assistir a mais de um minuto de futebol contínuo» neste primeiro clássico da temporada. O que só acelera o desinteresse das novas gerações pela modalidade: em vez de um jogo, há meio-jogo.

«Os 90 minutos de futebol de 40 faltas serão cada vez menos apelativos para o público em geral», acentuando a tendência para só ver resumos em vez da transmissões integrais das partidas. Com a queda de receitas daí decorrente.

 

Árbitros como Nuno Almeida conseguem o inimaginável noutras épocas, não muito recuadas: hoje o tempo de jogo médio na Liga portuguesa resume-se a 49 minutos. Com mais um terço de faltas do que na Premier League. 

Temos o pior campeonato em tempo útil, faltas, paragens - e golos. E um lamentável recorde: ninguém apita mais faltas na Europa do que o nosso conhecido Fábio Veríssimo.

Puseram o senhor francês a apitar o Paços de Ferreira-Braga para quê?

Isto está tudo ligado

O Pedro Oliveira aqui em baixo já fala e bem sobre o fim da quaresma e do jejum motivado pela Covid e do recomeço das homilias com coro e música de órgão e ainda só vamos na quinta jornada.

Mas explicando o título acima, vocemessês lembrar-se-ão do Bobi, ou do Tareco, já não sei bem qual deles era ele ou seria os dois, sei lá, mas o Teles, Reinaldo de seu nome, começou na secção de boxe. Alguma coisa haveria de restar do legado do gão ou do cato (uma mistura de gato com cão ou vice-versa), que se perpetuaria pelo "bicho" e pelo insofismável Paulinho que para disfarçar tinha como apelido Santos.

Ontem sete gajos, a saber: O Ferrari vermelho e sus dos muchachos, o quarto árbitro e o VAR e seu ajudante, o AVARiado, não viram uma agressão do tamanho da Torre dos Clérigos de Coates a Pepe, que numa clara tentativa de ludibriar estas sete alimárias, amandou suas enormes queixadas contra o punho de Pepe que coitado, não conseguiu evitar o contacto. Felizmente o douto juíz da partida estava atento, a mais os seus seis auxiliares e deixou a jogada seguir. Estiveram  estas sete figurinhas mal, no entanto. Deveria ter sido admoestado o jogador do Sporting por teatro. Assim, exige-se um sumaríssimo, de modo a colocar as coisas no seu lugar e que Coates veja na secretaria o castigo que Nuno Almeida descaradamente lhe perdou, com a conivência de mais seis pilantras.

Se não acreditam no que escrevi, vejam as imagens!

Nota 1: Que me desculpem pela fonte das imagens, mas é o que há...

Nora 2: Vai sendo tempo de o Sporting começar a mandar recados de que não tolerará regabofes como os de ontem nos Açores e em Lisboa, Alvalade. Se possível ao mais alto nível.

O mais invejado do mundo

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Ser o maior do mundo provoca efeitos secundários: Cristiano Ronaldo é também o futebolista mais invejado do mundo.

Que o seja pelos próprios compatriotas, já não estranho: sempre tivemos uma certa tendência para a autoflagelação. E a clubite aguda leva muitos benfiquistas e alguns portistas a detestá-lo só por ter sido formado na Academia leonina.

Lamentável? Claro que sim. Nunca vi, por exemplo, um argentino falar ou escrever contra Messi.

 

Acontece que CR7 volta a ser notícia. Não por motivos fúteis mas por contestar um gravíssimo erro da equipa de arbitragem no Sérvia-Portugal que lhe anulou um golo limpo no último lance da partida, disputada em Belgrado. Este erro - que alguns pretendem menorizar - pode custar-nos o apuramento para o Mundial de futebol.

As imagens do protesto deram a volta ao mundo. Cristiano, tão bom a comunicar como a jogar, sabia o efeito que produziria. Assim aquele erro indesculpável tornou-se notícia em todos os continentes. Não reparou a injustiça de que fomos vítima, mas deu-lhe projecção universal. 

 

Fez ele muito bem ao proceder como procedeu: assim o roubo não passou despercebido. E ou muito me engano ou o gesto do capitão da equipa das quinas traçará uma linha de fronteira: a FIFA passará finalmente a incluir a tecnologia de linha de baliza e o vídeo-árbitro nas competições para o apuramento do Mundial.

Acontece que por cá, nas redes sociais e nos meios de informação, muita gente ferveu de indignação ao vê-lo atirar a braçadeira ao chão mal saiu de campo. Dizem-me (não vi) que nessa mesma noite um canal de televisão dedicou duas horas (!) ao tema. Com intervenientes escandalizados, não com o roubo mas com o gesto de Cristiano. 

Preferiam talvez que comesse e calasse.

Como se o roubo de catedral que tanto nos prejudicou não devesse ter sido assinalado com fúria e frustração.

Como se fizessem tábua rasa desta sabedoria popular que nos devia servir de lema: quem não se sente não é filho de boa gente.

 

ADENDA: O VAR é uma conquista civilizacional do futebol. Como é possível duvidar-se disto? Que a mais elevada instância da modalidade prescinda deste instrumento já utilizado nas competições internas para analisar os lances polémicos na fase de apuramento do Mundial é algo que roça o escândalo.

Roubados

Falamos nós dos árbitros portugueses, apontando o dedo acusador à incompetência desses senhores de apito.

E há até quem defenda que os jogos do nosso campeonato devem passar a ser arbitrados por estrangeiros.

Recomendo a todos estes que reparem no roubo de catedral que hoje aconteceu em Belgrado. Um assalto do árbitro holandês à nossa selecção, anulando um golo limpo de Cristiano Ronaldo, que ao cair do pano nos daria a vitória por 3-2 frente à Sérvia na campanha para a qualificação do Mundial-22. 

Não faço ideia como se diz ladrão em holandês. Mas de uma coisa tenho a certeza: árbitros estrangeiros em Portugal, nem pensar. É mais patriótico quando são portugueses a roubar-nos.

 

ADENDA: Magnífico passe de Nuno Mendes assistindo no golo limpo de Ronaldo que o apitador anulou. Não entendo como Fernando Santos o retirou hoje do onze titular após exibição muito positiva do nosso ala esquerdo frente ao Azerbaijão.

Vão lá derramar-se para outro lado

Penálti oferecido pelo duo Oliveira & Oliveira que deu um pontinho ao Braga em Famalicão

 

Alguns bitaiteiros acampados nas pantalhas derramam-se em entusiásticos elogios ao Braga. Uns tantos costumam até balbuciar que a equipa minhota «é a que pratica melhor futebol em Portugal».

Estas bacoradas, vindas de ondem vêm, não espantam ninguém. Mais estranho é perceber que supostos adeptos do Sporting as papagueiam nas redes sociais com a intenção deliberada de desvalorizar a nossa equipa. 

Coitados: sabem lá o que dizem. Esta noite a turma braguista foi vulgarizada no desafio com o Famalicão, penúltimo classificado do campeonato. Os de Braga arrancaram um empate a ferros (2-2) mas mereciam ter perdido: a segunda parte foi toda da equipa anfitriã, que marcou um golaço (por Heriberto) e teve mais três flagrantes oportunidades, uma das quais com a bola a embater no poste. E só um brinde escandaloso do árbitro Manuel Oliveira, que inventou um penálti contra os da casa após mergulho do piscineiro Ricardo Horta, permitiu ao Braga embolsar um pontinho em Famalicão. Num grosseiro atentado à verdade desportiva validado pelo vídeo-árbitro Rui Oliveira, que necessita de consulta urgente no oftalmologista.

 

Mesmo levado ao colo pelo duo Oliveira, o Braga acaba de descer ao terceiro posto. Tem agora, à 23.ª jornada, menos 11 pontos que o Sporting.

Digam lá aos tais bitaiteiros qual é a melhor equipa de futebol em Portugal. Eles que se vão derramar para outro lado.

Muita atenção a este senhor

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Qual o "cadastro" deste senhor vestido de azul, que apitará o clássico de sábado?

Enumero apenas três casos, um deles bem recente.

 

- Inventou um penálti contra nós num Sporting-Rio Ave (Setembro de 2019), validando um mergulho de Taremi - agora no FC Porto - sem sequer visualizar as imagens. Um jogo em que marcou três castigos máximos a favor dos visitantes, aos 4', 83' e 86'. Justificando a pergunta: algum árbitro português se atreveria a marcar três penáltis ao Benfica na Luz ou ao FC Porto no Dragão? Neste mesmo desafio, fez vista grossa a um derrube de Raphinha, empurrado pelas costas na grande área leonina: grande penalidade que ficou por assinalar.

 

- Expulsou Bolasie por um alegado estalo que nunca existiu, forçando a nossa equipa a jogar toda a segunda parte só com dez jogadores num Portimonense-Sporting para a Taça da Liga (Dezembro de 2019). Nesta mesma partida, fingiu não ter visto duas agressões à bofetada contra Coates e Bruno Fernandes ocorridas dentro da grande área da turma da casa.

 

- No Sporting-Braga deste campeonato (Janeiro de 2021), tendo à sua disposição - enquanto vídeo-árbitro - todos os ecrãs disponíveis na chamada "cidade do futebol", não viu um empurrão de Rolando a Feddal, uma mão na bola de Fransérgio e um derrube de Tiago Tomás, sem bola, na grande área braguista. Três penáltis que ficaram por assinalar - dois dos quais, o primeiro e o terceiro, sem qualquer margem para dúvida.

 

Chama-se João Pinheiro.

Um nome que já foi mencionado em abundantes notícias de jornais.

Um nome que convém não esquecer.

Chama-se Vítor Ferreira

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Este senhor de azul apitou o Marítimo-FC Porto.

O senhor que validou um golo dos portistas, aos 14', iniciado com a marcação irregular de um livre. Um golo ilegal, portanto.

O senhor que fez vista grossa a um pisão de Corona, aos 17', poupando-lhe um quinto cartão amarelo que impediria o mexicano de alinhar no clássico contra o Sporting.

O senhor que fingiu não ver duas agressões de Manafá, aos 33' e aos 41', isentando o defesa do FCP do merecido cartão vermelho que o afastaria do Dragão no próximo sábado.

Fixemos-lhe o nome: Vítor Ferreira. Convém não esquecer.

Um treinador à Porto

Mais uma vez ontem o treinador do Porto foi expulso, mais uma vez justificaram a perda de pontos com a arbitragem, mais uma vez tiveram um penalti mais que duvidoso assinalado. Esta forma de estar naquele clube não é nova. Todos sabemos, uns por que o viveram, outros pelos registos que ficaram, a forma como este clube conseguiu conquistar a grande maioria dos troféus que expõe no seu museu. A táctica sempre consistiu no que se vê, a ameaça, a vitimização, a coacção a todos os árbitros. Para quem comanda o Porto desde a década de 80 do século passado, vale tudo, mesmo tudo para ganhar. Que se lixe a ética, que se lixe o desportivismo e a seriedade. O actual treinador do Porto é a imagem perfeita desta forma de estar, agressivo, conflituoso, mal educado, sem qualquer respeito pelos outros clubes, pelos jogadores e treinadores. Nunca tem a culpa de nada, há sempre uma teoria da conspiração que o impede de ganhar. Quando perde um jogo foi por culpa do sistema que está contra o seu clube, quando ganha foi apenas pelo seu mérito. O ódio que transparece no seu olhar ameaçador revela-nos uma pessoa agressiva, sem respeito por quem o rodeia. Era assim como jogador, é assim como treinador.

Encaixa na perfeição no adn daquele clube.

O corporativismo de Marco Ferreira

Texto de Sol Carvalho

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Marco Ferreira na edição impressa do Record de hoje [ontem]:

«EMPURRÃO. João Palhinha empurra o adversário com o braço direito no momento em que este se preparava para rematar à baliza. Livre directo e cartão amarelo bem exibido.»

O mesmo árbitro no fórum on-line do mesmo jornal esta tarde [ontem à tarde]:
«Em relação a este lance em particular, a infracção técnica não é motivo para amarelo, foi um empurrão imprudente e nada mais.»

 

O mais incrédulo é o texto a seguir a este último:

«O amarelo foi exibido porque o árbitro entendeu que era uma jogada prometedora, sendo uma questão de interpretação eu acompanho sempre a decisão tomada em campo. Realço que qualquer decisão disciplinar seria sempre acompanhada por mim, exibir ou não o amarelo.»

 

Ou seja, para Marco Ferreira, ele escreverá sempre "certo" o que o árbitro decidir sobre cartões amarelos MESMO QUE NÃO CONCORDE! E agora que o Fábio Veríssimo disse que se tinha enganado... como é que vai ser?

TRAPALHADA: Por aqui se vê: corporativismo mesmo quando despromovidos... E são estes os árbitros chamados a dar opinião especializada em jornais de referência?

Defender o indefensável

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Duarte Gomes, sempre ele. Na tentativa desesperada de salvar a face dos árbitros mais incompetentes e mais impróprios para o futebol de qualidade que ambicionamos ter em Portugal, surgiu na edição de ontem do jornal A Bola elogiando em título o desempenho do seu colega Tiago Martins, que teve uma actuação péssima na final da Taça da Liga. «Tecnicamente bem» é a sentença do ex-juiz do apito.

Gomes precisa de reler o que escreve quando chega a hora de pensar num título. Sucede que, na análise de um desses lances em que Martins revelou todo o esplendor da sua incompetência, o articulista d' A Bola assinala que o lance foi «mal avaliado tecnicamente». E sem discussão: Jovane viu o amarelo aos 24' quando foi ele a sofrer a falta.

Como é que um «mal avaliado tecnicamente» se transforma no «tecnicamente bem» do título? Mistério. Talvez Duarte Gomes, um dia destes, não se importe de esclarecer.

Os árbitros deviam prestar contas

Texto de João Gil

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No primeiro lance [do Sporting-Braga] há uma dupla falta, já que Raul Silva depois da falta sobre Feddal também intercepta a bola com o braço, na disputa do lance. Nesse lance, o árbitro [Fábio Veríssimo] está a olhar para a jogada, a poucos metros dos protagonistas, e é legítimo duvidar que não tenha visto nada. É o mesmo que dizer que é legítimo duvidar da intenção por detrás da marcação da falta ofensiva, que pura e simplesmente não existe nem se concebe, mesmo por bondade, como o árbitro a descobriu.

Como os árbitros não são obrigados a explicar-se, ficam sempre com o benefício. E o benefício é o de poderem continuar a ganhar dinheiro prejudicando terceiros com as suas actuações incompetentes. Ainda por cima pagos com o dinheiro gerado pelos clubes, treinadores e jogadores, que são quem verdadeiramente cria o negócio e gera a riqueza de que beneficiam os senhores árbitros profissionais de futebol. Se calhar não faria mal que árbitros, tal como treinadores e jogadores, fossem obrigados a apresentar-se em conferências de imprensa após os jogos para explicarem as suas actuações e decisões nas partidas e sujeitarem-se logo ali ao contraditório das imagens e das perguntas dos jornalistas contra os seus próprios relatórios de jogo.

Uma alteração de regulamento que provavelmente deveria ser estudada, em benefício da transparência e da elevação do papel da arbitragem. Ser profissional implica prestar contas. Prestar contas, na arbitragem, não pode ser ver ex-árbitros a defenderem nas televisões as actuações dos árbitros em funções de acordo com as suas preferências clubísticas, mesmo sob a capa do óbvio superior conhecimento técnico que naturalmente possuem sobre o público em geral.

Aqui fica a ideia, portanto.

 

Texto do leitor João Gil, publicado originalmente aqui.

Levados ao colo

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Benfica-Portimonense, anteontem, minuto 76: Vlachodimos derruba Beto, da turma algarvia, na grande área encarnada. 

Em vez de marcar penálti contra o SLB, o árbitro Tiago Martins assinala simulação, brindando o jogador derrubado com cartão amarelo. Nesse preciso momento, para azar do onze de Portimão, o vídeo-árbitro Bruno Esteves dormia uma retemperadora soneca na chamada "cidade do futebol".

Graças ao duo Martins-Esteves, o Benfica arrancou três pontos nesta partida, vencendo aflitivamente por 2-1.

O que escreveram ontem sobre este lance os especialistas em arbitragem na imprensa desportiva?

 

Duarte Gomes: «Beto não simulou qualquer falta. Foi rasteirado na área do Benfica, no pé direito, pelo joelho de Vlachodimos. O árbitro errou em campo e o VAR devia ter corrigido em sala.» (A Bola)

Fortunato Azevedo: «Vlachodimos aborda tarde a bola e de forma negligente, com o joelho direito, atinge a perna direita de Beto, que estava assente no terreno do jogo. Penálti, claro, não assinalado. E pergunta-se: por que razão o VAR não actuou?» (O Jogo)

Jorge Coroado: «Beto jogou a bola e colocou o pé no solo, em antecipação. Vlachodimos chegou tarde e, com o joelho direito por baixo do corpo, atingiu o avançado, contribuindo para a sua queda. Penálti que ficou por sinalizar e mal decidido o amarelo ao avançado por simulação.» (O Jogo).

Jorge Faustino: «Vlachodimos, ao deslizar pela relva - e apesar de recolher os braços -, tocou com o joelho direito no pé direito de Beto. Lance difícil de observar em campo e queda exagerada terão sido as razões do erro. Penálti por sancionar. (Record)

José Leirós: «Um exemplo em que o VAR devia solicitar ao árbitro para ir ver as imagens. Beto não se deixou cair nem simulou. Mal exibido o amarelo: era penálti porque Beto foi tocado no pé de apoio pelo joelho do guarda-redes.» (O Jogo)

Marco Ferreira: «Vlachodimos tenta antecipar-se a Beto mas acaba por atingir com o joelho o pé do avançado. Pontapé de penálti por assinalar. (Record)

 

Refira-se ainda a honestidade intelectual do treinador Álvaro Magalhães, ex-jogador do Benfica e assumido adepto encarnado, ao escrever estas linhas no diário A Bola, sobre o mesmo lance: «Nota final para o lance aos 76' na área do Benfica em que fico com a sensação de Vlachodimos ter feito falta para penálti sobre Beto. A ser marcado o penálti, o Benfica sofreria, por certo, muito mais e arriscava-se mesmo a não vencer o último jogo de 2020.»

 

Limpinho, limpinho - como costuma dizer um ilustre pensador do futebol. 

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