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Sustentabilidade - R&C Sporting SAD 2016/17

1. A Sporting SAD apresentou um Resultado Liquido positivo (lucro depois de impostos) de 30.537M€, no exercício de 2016/17 (contas anuais de 1 de Julho de 2016 a 30 de Junho de 2017), pelo que os Capitais Próprios da Sociedade passaram a ser positivos no valor de 5,618M€.

 

2. A Sociedade apresentou o maior Volume de Negócios (Proveitos Operacionais+Proveitos com transacção de jogadores) e de Proveitos Operacionais (todas as rúbricas cresceram) da sua história, com valores de 172,998M€ e 80,001M€, respectivamente.

 

3. A Direcção presidida por Bruno de Carvalho pode orgulhar-se de ter apresentado os 3 melhores "scores" em termos de Proveitos Operacionais: 80,0M€ (16/17), 68,7M€ (15/16) e 58,3M€ (14/15).

 

4. Crescimento dos Proveitos Operacionais no último exercício: +16,4%.

 

5. Crescimento dos actuais Proveitos Operacionais face ao último exercício antes da entrada da Direcção presidida por Bruno de Carvalho (12/13): +150%

 

6. Gastos com Pessoal: 63,998M€, +32,2% face a 2015/16, 80% dos Proveitos Operacionais.

Nota: Este rácio parece demasiado elevado, embora consideravelmente mais baixo que o registado em 11/12 (104,42%) ou 12/13 (130%). Por outro lado, também registar que neste exercício os gastos com pessoal cresceram mais do que os proveitos operacionais, o que não é positivo. Existe uma nota no R&C que fala numa futura indexação, mas não estipula um limite.

 

7. As transferências de André Pinto, Piccini, Mattheus Oliveira, Battaglia, Bruno Fernandes e Doumbia já constam do Relatório e Contas, bem como a venda de Ruben Semedo. As aquisições de Salin, Ristovski (empréstimo), Coentrão (empréstimo), Acuña e Mathieu entrarão no exercício de 2017/18.

 

8. Sobre Doumbia, a novidade é que o Sporting comprou apenas 70% dos direitos desportivos e, além do valor de aquisição de 3,5M€, pagou ao jogador um prémio de assinatura de 3M€ (mais comissão de intermediação de 700 mil euros). Também da venda de Ruben Semedo há um encargo de 1,4M€ (10% Valor Transferência), mas não se percebe se é uma comissão ou parte do passe detido por terceiros. Embora mais à frente se diga que o Sporting detinha 100% do passe, este valor também não aparece discriminado nas Comissões.

 

9. O Passivo cresceu 61,6M€ (+24,7% face a 2015/16). Importa, no entanto, realçar que o passivo bancário decreceu 4,6M€. O crescimento do passivo deve-se à aquisição de jogadores (+25M€ no crescimento da rúbrica de Fornecedores correntes, pois os jogadores nunca são pagos a pronto), à cedência de créditos futuros sobre Direitos TV (+16,99M€, taxa média do Factoring de 3,25%), uma dívida de 10M€ à Sporting Comunicação&Plataformas, além do lançamento na rúbrica Passivo, do acréscimo de  ordenados e demais encargos com a equipa de futebol (que são efectivamente pagos após o fim do mês de reporte) e de outros rendimentos a reconhecer. Por outro lado, a Sporting SAD é ainda credora de 56,5M€, essencialmente de clubes, destacando-se o Inter (20 milhões), o Leicester (10 milhões) e o Villareal (8,5 milhões), devido aos acordos estabelecidos aquando das vendas de João Mário, Slimani e Ruben Semedo. Tudo considerado, a cedência de créditos futuros sobre as receitas da SportingTV (10 milhões, Sporting C&P) será a que não encontrará compensação directa no curto-prazo.

 

10. A conta à ordem retida para pagamento das VMOCs tem um valor a 30/6/2017 de 3,1M€ (já reforçada em +2M€ com o apuramento para a Champions, valor que entrará no R&C de 17/18).

 

11. Duas notas finais em termos qualitativos e de Responsabilidade Social: 13 jogadores provenientes das EAS foram incorporados neste exercício nas diversas equipas de Formação que jogam os campeonatos oficiais; 80% dos residentes na Academia Sporting, de Alcochete, tiveram aproveitamento escolar no ensino secundário.

 

12. De referir que, já após o fecho das contas, o Sporting viu ser reconhecido pelo Tribunal de Nyon o excesso de retenção de receitas UEFA, no âmbito do processo Doyen, o que resultou numa libertação de uma verba de 2,821M€.

 

13. Conclusão: Exercício globalmente positivo, com o senão do crescimento dos gastos com pessoal suplantar o dos proveitos ordinários (sem vendas de jogadores). O aumento do passivo parece justificado pelo que já expliquei no ponto 9.

Do ponto-de-vista da qualidade da informação, o Relatório é um nadinha menos detalhado do que é costume e continua a aparecer uma rúbrica de Passivo, de pagamento de intermediações e outros, apresentada como Outros Fornecedores de 8,6M€, valor que mereceria, na minha opinião, outro detalhe, mas ainda assim é um Relatório bastante analítico, acima da concorrência, e considero que constitui uma boa prática de gestão, pelo que será justo endereçar os meus parabéns a Carlos Vieira. 

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