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És a nossa Fé!

Sonho cada vez mais perto da realidade

Estrela da Amadora, 1 - Sporting, 2

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Nuno Santos, em destaque na Reboleira, numa das suas ofensivas em velocidade na ala esquerda

Foto: António Cotrim / EPA

 

Outra vitória inequívoca do Sporting. Outra exibição de classe. Mais três pontos conquistados, desta vez na Reboleira, onde não íamos desde 2006. O tal "período mais complicado da temporada" não deixou marcas negativas na nossa equipa, muito pelo contrário. Vendo este onze leonino em campo, esteja quem estiver nos convocados iniciais, percebemos que estamos perante uma equipa que tem tudo para ser campeã. Reeditando a saga de 2021. Desta vez sem pandemia.

Mesmo sem cinco titulares habituais (Adán e Pedro Gonçalves lesionados, Coates afastado por indisposição ligeira, Gonçalo Inácio e Morten no banco), voltámos a ser indiscutivelmente superiores. Com Israel na baliza; um trio defensivo composto por St. Juste, Diomande e Matheus Reis; Geny e Nuno Santos evoluindo nas alas; Morita e Daniel Bragança no meio-campo interior: e uma competente linha avançada composta pelo trio Trincão, Paulinho e Gyökeres.

 

Começando pelo menos bom - ou pior, consoante os ângulos de análise. Voltámos a sofrer um golo. E ainda na metade inicial do primeiro tempo, quando Israel teve saída precipitada, propiciando dois remates sucessivos da turma adversária, o segundo dos quais foi lá para dentro, numa recarga. 

Alguns imaginariam que a nossa equipa iria abanar ou até tremer ao sofrer um golo frente ao Estrela da Amadora - 13.º classificado do campeonato - logo aos 17'. Enganaram-se redondamente: nada disso aconteceu. Seis minutos depois, iniciava-se a reviravolta. Desta vez sem o suspeito do costume: Gyökeres, sempre muito policiado e começando a acusar alguns sinais de fadiga física, não foi o protagonista desta vitória. O que só aumenta o mérito do colectivo verde-e-branco.

Tudo funcionou na perfeição naquele corredor direito: Geny fez um passe vertical muito bem medido para lançar Trincão, que segurou a bola quase junto à linha final e a colocou ao jeito da cabeça de Paulinho. Este, avaliando na perfeição o tempo de salto e soltando-se das marcações, não perdoou. Belo golo, a justificar aplausos.

 

O Sporting continuou a carregar, acentuando a pressão sobre o Estrela, em lances de desgaste contínuo sobre a equipa adversária, forçada a recuar em alteração evidente do seu plano inicial de jogo. Tanto fluxo ofensivo teria de dar frutos, segundo as leis da lógica. E assim foi, ao minuto 40. Nova jogada em que Trincão - melhor em campo - fez toda a diferença. Com uma recuperação de excelência, progressão em posse e remate bem colocado. Brígido, guarda-redes anfitrião, não conseguiu melhor do que uma defesa incompleta. Aí apareceu Nuno Santos para o empurrão que faltava.

Outro golo português do plantel leonino.

Chegámos assim ao intervalo: 1-2. Os três pontos tão ambicionados pareciam garantidos. E estavam mesmo. A segunda parte só acentuou a diferença entre as equipas, mesmo após o treinador do Estrela ter esgotado as substituições, muito antes do fim.

No nosso banco, Amorim soube interpretar o que se passava e agir em conformidade. Ao intervalo, decidiu trocar Matheus - já amarelado e revelando intranquilidade como central à esquerda - por Gonçalo Inácio. Decisão correcta. O jovem internacional leonino trouxe o suplemento de consistência que faltava ao trio da retaguarda e um reforço de qualidade na fase inicial de construção.

 

Podíamos ter ampliado a vantagem: estivemos sempre muito mais perto do terceiro do que o Estrela de empatar. A gestão do esforço físico, quatro dias antes do embate com o Benfica na Luz para a Taça de Portugal, esteve longe de ser prioridade: nunca deixámos de procurar a baliza adversária. Gonçalo cabeceou a pouca distância do ferro (47'). Paulinho falhou emenda por centímetros ao segundo poste (75'). Gyökeres, na conversão de um livre, teve pontaria e força, mas Brígido estava atento. Trincão esteve perto de ampliar a vantagem num remate rasteiro que merecia ter sido golo (84').

Tudo isto na noite de Sexta-Feira Santa. Ontem foi Páscoa, mas em relação ao Sporting não podemos falar em ressurreição. Porque lideramos o campeonato desde a sexta jornada, agora isolados mesmo com um jogo a menos. Porque estamos nas meias-finais da Taça de Portugal, com vantagem na eliminatória após o desafio já disputado em Alvalade.

Todos os sonhos são possíveis. Só dependemos de nós para que se tornem realidade.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Esteve mal no golo sofrido: saiu com imprudência, facilitando a tarefa do Estrela. Mas protagonizou duas grandes defesas, aos 16' e aos 35'. Balanço positivo.

St. Juste - Maturidade competitiva. Guardou bem o sector que lhe estava confiado, como central à direita. Sem arriscar manobras ofensivas, mas sem deslizes defensivos.

Diomande - Com Coates ausente, comandou a defesa. Seguro, como sempre. É já imprescindível. Ganhou todos os duelos, impôs-se no jogo aéreo.

Matheus Reis - O menos bom do Sporting na Reboleira. Central adaptado, enfrentou com nervosismo Leo Jabá, o melhor do Estrela. Amarelado cedo (22'). Saiu ao intervalo.

Geny - Não receia os duelos individuais, até os procura. Venceu vários, dominando no corredor direito. Iniciou assim o primeiro golo, num passe magistral para Trincão.

Morita - Sempre batalhador, nunca baixa os braços. Esteve longe do seu melhor, mas foi útil na construção e nas recuperações enquanto não lhe faltou o fôlego.

Daniel Bragança - Mais discreto na primeira parte, brilhou na segunda, soltando toda a qualidade do seu futebol. Sempre em jogo, com visão panorâmica. Melhora quando avança no terreno.

Nuno Santos - Um dos magníficos. No transporte da bola, nos centros bem medidos, na entrega ao jogo. E a marcar: foi dele o golo decisivo, aos 40'. Soma já 12 (e seis assistências) nesta época.

Trincão - Herói do jogo, mesmo sem a meter lá dentro. Fez quase tudo bem, baralhando marcações, abrindo linhas de passe. Assistiu no primeiro (23'), deu início ao segundo. Incansável. 

Paulinho - Interveio pouco sem bola, mas quando foi necessário acorreu à chamada para o que era mais necessário: marcar. Assim fez, de cabeça, iniciando o nosso triunfo.

Gyökeres - Nunca desistiu do golo, desta vez sem o conseguir. Esteve muito perto aos 11' e aos 83'. É o nosso jogador mais utilizado na Liga, mas continua em alta rotação.

Gonçalo Inácio - Fez a diferença ao entrar no segundo tempo, substituindo Matheus Reis. Sendo um dos mais jovens, impôs maturidade na defesa. Muito atento às coberturas.

Morten - Estava quase tapado com cartões, Amorim poupou-o o mais que pôde. Entrou só aos 80', rendendo um esgotado Morita. Grande recuperação lá na frente aos 87'.

Esgaio - Substituiu Geny, muito desgastado, aos 80'. Protagonizou movimento de ruptura aos 84'. Pouco tempo em campo, mas nas duas alas: primeiro à direita, depois à esquerda.

Eduardo Quaresma - Entrou aos 90'+2, rendendo Nuno Santos. Só para ajudar a congelar o jogo e travar incursões da turma adversária, aliás já quase esgotada.

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