Sob Suspeita
Na série Sob Suspeita (talvez a minha preferida de sempre) existia uma Machine que prevenia crimes violentos. Nalguns momentos de apuro, a Máquina simulava os diversos cenários de saída, graduando a probabilidade de êxito de cada um, para melhor aconselhar os passos a seguir do protagonista em causa.
No passado sábado, houve uma Máquina que terá feito o mesmo trabalho a Marcel Keizer quando o encontro se aproximava para o fim.
Os cenários eram vários, incluindo:
- arriscar tudo e acabar o jogo a 5 pontos;
- arriscar tudo e acabar o jogo a 8 pontos;
- arriscar qb e acabar o jogo a 8 pontos;
- arriscar tudo e acabar o jogo a 11 pontos;
- etc.
Desde logo, pelo sentido do jogo e, sobretudo, pela qualidade do oponente, parece-me que o primeiro cenário era o menos provável de todos.
Seja como for, a posição do treinador não era fácil. Fosse qual fosse a opção, dificilmente se livraria de críticas.
Todos gostaríamos de ver o Sporting arriscar com tudo, mas a atitude de peito cheio não pode, nem deve ser a mesma a 17 jornadas do fim, como é quando faltam 5 ou menos jornadas para o termo do campeonato.
A verdade é que ficar a 11 pontos do Porto seria demolidor para a moral das tropas. Por muito que queiramos apontar o 2º lugar como objectivo, temos de entrar jornada a jornada com o 1º lugar na ambição, senão então aí é que nunca chegaremos ao 2º lugar.
Não quero com isto dizer que 8 pontos de distância do Porto seja animador, porque não é, mas permite, em todo o caso, acalentar alguma esperança no arranque da 2ª volta.