Memória de uma terça feliz
No estádio, no jogo com o Tottenham, o ambiente foi dos bons, como aquela primeira bebida que começa logo a escorrer bem. Bastante gente, havia um ânimo bom no ar. Há noites assim.
No fim da primeira parte, depois de bons 45 minutos, Edwards fez crer que a vitória era mesmo possível. As bancadas entraram no intervalo esperançosas.
Nos últimos minutos da segunda parte, o que se sabe. As duas substituições, em dois minutos, fizeram dois golos. Não há como um jogo com emoção assim. 1-0 já foi tão bom, o estádio enlouqueceu, saltou-se, cantou-se sobre a dentição de Paulinho e quedas alheias, aplaudiu-se muito. No golo de Arthur... entre os "segura agora!" e os "não... ai vamos ao segundo?!", todos acreditámos e, com a magnífica jogada individual (depois de bom trabalho de Esgaio e Paulinho), a euforia foi total. Inaugurei assim, também eu, mais uma temporada de abraços a estranhos na bancada.
Agradeço ainda a Rúben Amorim - havemos de falar no cântico para o míster, deve ser divulgado e cantado por quem quiser -, porque acredito que também a ele se deve, a minha atenção a Dier e Antonio Conte, ficar para depois do jogo, ao contrário do que aconteceria há uns anos em situação idêntica. São cá coisas minhas.
A época passada, gostei muito do ambiente no jogo com o Dortmund, era necessário ganhar, cumpriu-se e ainda pusemos a equipa alemã fora da Liga dos Campeões. Foi bonito, foi electrizante. Por mais noites assim em Alvalade.