Só a união faz um campeão
O Capitão Frederico Varandas é incapaz de unir sócios e simpatizantes, ao contrário do que prometeu há dois anos quando foi eleito. O então rugido de vitória apregoava “Unir o Sporting”, mas a verdade é que até hoje a fraca liderança imposta apenas alimentou a desunião e a descrença.
Como diz o povo, o pior cego é aquele que não quer ver a realidade. A situação financeira do Sporting é muito delicada, atenuada pela pandemia, a estrutura existente necessita de ser toda reconstruída para que o Clube renasça e se volte a afirmar. É necessário um líder forte, ambicioso e audaz que acentue a união no reino do Leão e Varandas tarda em mostrar unhas para o lugar.
Veja-se que em Janeiro último, o Porto perdeu a final da Taça da liga, os jogos a seguir não correram de feição, e as hienas já davam o ano como perdido. Pinto da Costa e a sua estrutura não perdeu tempo e ressuscitou a onda “Nós contra o mundo”. Mais uma vez a união fez a força e o Porto conquistou a dobradinha.
Já do outro lado da segunda circular, apesar de terem investido três vezes mais do que o Sporting, terminaram o ano com zero títulos. Além disso, chovem os processos jurídicos ao Benfica: caso dos emails, e-Toupeira, operação Lex – Vieira foi constituído arguido-, vouchers, lavagem de dinheiro por alegada empresa informática, mala Ciao... No entanto, Vieira domina a estrutura e conseguiu tirar Jorge Jesus do Brasil e está a construir uma equipa de milhões para não perder as próximas eleições. Vamos ver os resultados desportivos e financeiros desta decisão, mas para já está a conseguir fazer esquecer a época negra e a tentar unir a nação.
Como dizia há dias o grande Roger Spry, a diferença entre Sporting e Porto está na cultura de união. “No Sporting há um clima de guerra permanente”.
A união conquista-se com líderes fortes e enquanto o Sporting não criar uma estrutura que fomente a união dificilmente será campeão.