Sem um pingo de vergonha
Devia haver limites para a estupidez humana. Rúben Ribeiro, que Bruno de Carvalho foi buscar ao Rio Ave enquanto mandava para lá o Francisco Geraldes, nunca demonstrou o mínimo de qualidade em Alvalade. Quando outros rescindiram, no rescaldo do assalto a Alcochete, ele aproveitou a boleia e tratou também de se pôr ao fresco. Apesar de nunca ter sido sinalizado pelo ex-presidente (ao contrário de William ou Rui Patrício) nem ter recebido ameaças das claques, tanto quanto se sabe.
Procedeu assim, por sua conta e risco, e vem agora abrir a boca de espanto por não jogar (ninguém o quis em clube algum), chegando ao desplante de apontar o dedo a Sousa Cintra e Frederico Varandas. «Estou sem jogar por culpa do Sporting», afirma hoje, sem um pingo de vergonha, em entrevista ao Record. Enquanto se confessa surpreendido por ter percebido - aparentemente tarde de mais - que alguns dos que rescindiram acabaram por regressar. Fizeram bem.
Ao longo de muitos anos, o Sporting tem-se mostrado demasiado generoso para jogadores que em nada o merecem. Este é um desses casos. Há que seguir em frente e aprender com os erros cometidos. Rúben Ribeiro, o trânsfuga arrependido, nunca devia ter sido contratado.