Seis destaques sobre o título.
1. Nuno Santos
É provável que seja impossível ter sucesso sem um jogador com esta fibra, tarimba e sabedoria de como estar no campo. Espero que vá ao Europeu.
2. Quaresma
A redenção deste defesa feito de Sporting é umas das histórias mais bonitas da temporada.
3. Departamento médico
A ciência tem sido um dos principais aliados dos treinadores e jogadores, em todos os clubes. Este ano, os nossos discretos médicos, massagistas e fisioterapeutas estiveram à altura.
4. Os fãs
Por todo o lado, em especial nas redes, no estádio e pelo país. Acredito que o apoio seja importante para os atletas, técnicos e dirigentes, muitos dos quais não sabem que nos anos 80 nos chamavam a “melhor massa associativa do mundo”.
O que fãs e adeptos têm feito é um justo legado aos sofredores do antigamente.
5. Os outros
Como Matheus Reis, Israel, Esgaio, Geny, St. Juste. Em muitas fases da época, o Sporting foi uma equipa com 15 ou 16 titulares.
6. O VAR
Falo por mim, mas tão importante como Varandas, Viana e Amorim, tem sido o VAR.
Não que o Sporting precise do empurrão do VAR, mas não há êxito possível sem que o jogo seja igual para todos. Para ganhar, o Sporting precisa de equidade. Por exemplo, desde que há VAR, tornou-se muito mais difícil invalidar golos limpos.
Noutro tempo, e falando do jogo com o Portimonense, nos velhos tempos seria simples anular o primeiro golo (“por fora-de-jogo”) e o terceiro (por “pé em riste do Bragança” ou "falta do Viktor sobre o defesa"). Quem viveu o futebol dos 80 e 90, sabe bem do que eu estou a falar. Aliás, basta lembrar o soco que um jogador nosso levou num jogo recente e que não foi ao VAR para se perceber como o “não haver VAR” pode influir.
Quantos atletas, dirigentes e treinadores do Sporting dos oitenta e noventa não teriam tido palmarés diferentes se o VAR existisse no tempo deles?