Se o Pedro me permite...
... recordo.
Os melhores golos do Sporting (63)
(Pedro Correia)
Golo de TELLO
FC Porto - Sporting, 0-1
17 de Março de 2007, Estádio do Dragão
Foi a anterior vitória do Sporting antes da que registámos sábado passado no reduto portista. Já vão decorridos nove anos, na 22ª jornada do campeonato 2006/07. Um golo monumental, obtido de livre directo bem longe da grande área da equipa de azul e branco. Autor: o internacional chileno Rodrigo Tello, que jogava na posição de lateral-esquerdo, com o nº 11 na camisola, e custara 7,5 milhões de euros aos cofres de Alvalade, onde jogou sete épocas e venceu um campeonato, duas Taças de Portugal e uma Supertaça.
Iam decorridos 71 minutos e o resultado teimava em permanecer como estava quando soou o apito inicial. O árbitro, Pedro Henriques, não teve dúvida em assinalar falta a mais de 20 metros da baliza. Encarregado de cobrá-lo, Tello cumpriu a missão de forma exemplar. Do pé esquerdo dele saiu não um remate mas um autêntico míssil incapaz de ser travado pelo guardião Helton.
Foi uma partida muito disputada e muito suada, que devia ter terminado com mais golos. Só da nossa parte, Tello já tinha tentado abrir o marcador com um excelente remate aos 44'. O mesmo sucedera com Alecsandro e Romagnoli nesse desafio em que Nani brilhou. O nosso guarda-redes, Ricardo, também fez uma boa exibição, tal como o central Polga. Do meio-campo para a frente terminámos o jogo com seis jogadores formados em Alcochete: Miguel Veloso, João Moutinho, Custódio, Pereirinha, Nani e Djaló.
Hoje com 36 anos, Tello integra a equipa do Audax Italiano, que disputa o campeonato do seu país. Lembra-se certamente muito bem daquele grande golo que marcou ao FC Porto, que comandava a Liga com nove pontos de diferença em relação a nós. Os portistas viriam a sagrar-se campeões, mas só com mais um ponto do que o Sporting, nessa segunda época com Paulo Bento ao comando da equipa. Terminámos com 68 pontos, só menos um que eles, e garantindo a qualificação directa para a Liga dos Campeões.
São tempos que já nos fazem sentir saudades. Mas há que reconhecer: o rugido do Leão não se desvaneceu - fiel à tradição de sempre.