Se as eleições fossem hoje em quem votava?...
O que se segue baseia-se no que conseguir apurar após uma sessão de esclarecimentos com Frederico Varandas e Francisco Zenha e outra com João Benedito, Pedro Miguel Moura e Ricardo Andorinho. Li entrevistas, ouvi o debate já realizado e conto continuar a acompanhar a campanha. Talvez já tenham deduzido que só admito votar em Frederico Varandas ou João Bendito, aos restantes, como sócio, agradeço a entrega, mas confesso que, por variadas e diferentes razões, não considero serem os candidatos de que precisamos.
Em suma, a pergunta que ma faço é se as eleições fossem hoje em quem vota?
Oito pontos:
- Algumas das críticas de Frederico Varandas sobre a impreparação da equipa do João Benedito fazem mossa e podem ter cabimento. O João Benedito não me descansou quanto a isso (a crítica à historia da Performance e à “impossibilidade” de ter só um capitão como no futsal merecem réplica);
- Mas a verdade é que também encontrei fragilidades importantes na lista do Varandas. Excesso de voluntarismo em áreas muito delicadas que me deixaram muito mais nervoso (finanças) em relação a Varandas do que a Benedito. Acho que temos que ser bem mais conservadores nos instrumentos a utilizar para nos financiar. A solução terá de ser mais orgânica e menos de alavancagem no mercado;
- Benedito surpreendeu-me positivamente por ser conhecedor e muito ponderado no tema financeiro. A grelha de açõa face a evnetuais surpresas que venha a descobrir no dia 9 de setembro deixou-me mais tranquilo. Revelou um caminho e recursos muito claros quanto às preocupações e caminhos a percorer em matérias de gestão. Também gostei da forma como respondeu à pressão para alavancar o clube com mais financiamento e sustentar o desequilíbrio financeiro. Bem mais direto e realista. Confesso que prefiro um presidente que tenha conhecimento próprio das consequências de algumas opções sobre financiamento. O João Benedito convenceu-me que tem o que Frederico Varandas delega e não sei se tem capacidade crítica (que é o único problema que pode advir de uma delegação);
- A vantagem de Varandas - além de se ter posicionado corajosamente e de forma equilibrada antes de qualquer outro - é o conhecimento concreto da vida do futebol do Sporting nos últimos anos. Isso parece-me inquestionável e de valor. Mas essa vantagem esbate-se com a própria estabilização do clube promovida pela Comissão de Gestão. E não tenho grandes dúvidas de que a curva de aprendizagem da lista do João Benedito (ex-atletas, ex-funcionários do clube) será curta;
- Ambos dão garantias de terem bem definidas as prioridades (com as quais me identifico) sobre o que é crítico no clube e não encontrei grandes diferenças quanto ao que pensam para todo o universo do Sporting (modalidades, academia, formação, etc);
- Ambos têm lacunas importantes e qualquer um deles que chegue a presidente terá muito "aprender a fazer", disso não nos safamos;
- Perante isto, assacadas as competências e vislumbradas as limitações: quem oferece o menor risco? Quem tem maior potencial para unir a família a partir de dia 9 de setembro? Quem tem mais potencial para pôr o Sporting a ganhar de forma mais sustentada?
- Não sei se vou conseguir ter uma imagem mais clara do que esta até dia 8 de setembro, mas neste momento acho mais comportáveis os riscos apresentados pelo João Benedito e mais valiosa a sua capacidade de unir a família e de projetar o Sporting para o futuro como um clube vencedor. Se as eleições fossem hoje votava no João Benedito.
Ganhe quem ganhar, será sem sombra de dúvida o meu presidente e ambos terão condições de ter sucesso como presidentes do clube.
Saudades do futuro.