Saiam da frente
O Brasil pode jogar mal, um direito conquistado por ser uma penta-potência, por ter gasto uma dinheirama a implantar estádios em cidades meticulosamente escolhidas por não haver futebol decente nelas e por apresentar jogadores que jogam nas mais finas ligas europeias e passeiam de Bentley descapotável nas grandes metrópoles historicas do Velho Continente. Devia, aliás, o Brasil reclamar uma espécie de wild card para só se apresentar na final, no dia marcado, sem essa trabalheira de jogar com selecções domésticas como a dos Camarões ou a do Chile. Mas os gregos, senhores? Ter-se-ão imbuído de Euripedes para fazerem de cada jogo uma tragédia só desenlaçada nos segundos finais? Será que conspiram contra a língua portuguesa e vêm para o Brasil estragar a festa como fizeram em 2004 em Lisboa? Mas não haverá quem lhes espete uns cinco secos para nos desampararem a loja? Por quanto mais tempo iremos aturar aquele futebol de quem luta para não descer?