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És a nossa Fé!

Saber construir uma vitória sólida

Sporting, 3 - Roma, 2 (jogo-treino)

 

Boa exibição da equipa leonina ontem no Estádio do Algarve. Contra a Roma, recém-vencedora da Liga Conferência, que deu forte réplica ao onze comandado por Rúben Amorim. Foi um desafio de preparação da temporada já com ar de ensaio geral, como se tudo fosse muito a sério. Até com picardias bem escusadas entre os futebolistas - em perfeito contraste com a boa disposição exibida pelos dois técnicos: Amorim reencontrou no Algarve o seu amigo José Mourinho, treinador da squadra romana.

A tarde estava propícia a um bom espectáculo de futebol, o público ocupou grande parte das duas principais bancadas e foram-se escutando calorosas palavras de incentivo aos nossos jogadores. Só os assobios a Rui Patrício, que jogou toda a primeira parte como guardião da Roma, eram escusados. Por visarem alguém que esteve 19 anos no Sporting, onde cumpriu todos os escalões da formação, e foi o nosso guarda-redes principal entre 2006 e 2018. Uma vez mais se comprova que alguns adeptos mantêm o péssimo hábito de assobiarem a tudo quanto mexe. Triste atestado de "desportivismo" às avessas.

 

Do nosso lado, destaque para a estreia do jovem uruguaio Franco Israel, recém-contratado à Juventus: foi o dono da baliza durante os 45 minutos iniciais. Dos restantes reforços, apenas actuaram Rochinha (outra estreia) e Francisco Trincão, com o segundo a render o primeiro ao intervalo. Amorim só fez saltar três suplentes do banco.

Os dois primeiros golos do Sporting surgiram de bola parada: aos 27', num penálti duvidoso sobre Edwards, convertido por Pedro Gonçalves; e aos 54', por Gonçalo Inácio, em cabeceamento que deu a melhor sequência a um canto batido também pelo n.º 28 leonino, o melhor em campo.

Mas o momento mais empolgante foi protagonizado por Tabata ao marcar o terceiro, no minuto 86. Golo à ponta-de-lança, em posição frontal, com soberba execução técnica.

 

Pela negativa, destaque para os nossos lapsos na retaguarda que deram origem aos golos italianos. O primeiro resultou de um duplo brinde de Gonçalo Inácio (canto escusado seguido de autogolo) aos 31'; o segundo, aos 69', teve origem numa disparatada saída de posição de Coates, que fez todo o nosso bloco defensivo desmoronar-se por arrastamento.

Do mal, o menos. Os jogadores não quebraram após esses maus momentos. Pelo contrário, nos últimos 20 minutos a iniciativa de jogo foi quase toda nossa.

Primeiro tempo com nota suficiente, segunda parte a merecer bom. Trincão teve a primeira oportunidade de dar nas vistas, arrancando aplausos com a melhor iniciativa individual do encontro, aos 64': lance junto à linha final, deixando dois adversários nas covas e centrando para Pedro Gonçalves encostar. Esteve quase a acontecer: teria sido um grande golo.

Sem ser uma vitória muito expressiva em números, foi merecida e sólida. Mostrando que a máquina já começa a estar afinada. O mais importante é isto.

 

Breve análise dos jogadores:

Israel - Reforço para a baliza leonina, não teve muito trabalho. Traído no autogolo, que não lhe deu hipóteses. Saiu ao intervalo.

Neto - Central à direita. Concentrado e certinho, como é seu timbre. Só falhou - como todos os colegas da defesa - no segundo que sofremos.

Coates - Abandonou a posição aos 69', originando falhas em cadeia castigadas com o segundo golo da Roma. De resto mostrou-se seguro.

Gonçalo Inácio - Esteve no pior e no melhor. Primeiro ao cabecear para o sítio errado, provocando autogolo. Depois, para o sítio certo, marcando o nosso segundo.

Porro - Está em excelente forma, exuberante sobretudo na dinâmica ofensiva. Importante na cobrança de cantos e livres. Titular absoluto da posição.

Ugarte - É ele quem inicia o nosso terceiro golo, recuperando uma bola que logo endossa a Tabata. Não se furta ao choque físico.

Matheus Nunes - Alterna algum egoísmo na posse de bola com pormenores deliciosos, como o túnel que fez a Mancini aos 59'.

Matheus Reis - Ainda sem a influência a que nos habituou na manobra colectiva. Esteve um bocado preso de movimentos.

Pedro Gonçalves - Voltou a fazer o gosto ao pé, confirmando veia goleadora. Marcou o primeiro de penálti e deu o segundo a marcar na cobrança de um canto.

Rochinha - Só actuou na primeira parte. Bom apontamento técnico aos 39', mas insuficiente para merecer nota positiva.

Edwards - Parece por vezes algo desligado do jogo. Começou na posição 9, mas funciona melhor da ala para o meio. Sacou o penálti aos 27'. 

Adán - Dono da nossa baliza durante a segunda parte. Grande defesa aos 90'+1. Vai manter-se como titular absoluto.

Trincão - Rendeu Rochinha ao intervalo. Arrancou merecidos aplausos num lance individual aos 64' em demonstração de pura classe. 

Tabata - Entrou só aos 72', mas teve tempo para exibir algo que faltou a Edwards: pontaria. Foi ele a desfazer o empate, selando a vitória leonina com um grande golo.

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