Saber comunicar
Sem espavento, sem alarido, sem fogo de artifício, alguma coisa começou a mudar na comunicação do nosso clube, obedecendo aos critérios definidos pelo presidente Frederico Varandas. Por exemplo, no acesso dos órgãos de informação a alguns minutos de treino físico dos jogadores, possibilitando recolha de imagens sempre com interesse para os adeptos. Aplaudo, naturalmente, esta mudança. Tal como me parece muito positivo verificar que os profissionais leoninos voltam a merecer destaque nas capas da imprensa desportiva por declarações prestadas em exclusivo, claramente com o aval prévio da Direcção. Isto ficou ontem bem evidente com as entrevistas simultâneas de Montero ao Record e de Raphinha ao matutino O Jogo. Há quanto tempo não sucedia algo semelhante?
São alterações que abrem ainda mais o clube aos inúmeros simpatizantes, permitindo-lhes saber o que pensam os jogadores sobre temas em que raramente costumavam pronunciar-se em público, e que põem fim à absurda fase do presidente-estrela com monopólio dos microfones. Assim se combate a lógica do entrincheiramento hostil e da desconfiança permanente face aos grupos de comunicação social. Que são uma componente importante da indústria futebolística e, como tal, não podem ser ignorados.
Enfim, passos na direcção correcta. O Sporting da lamúria e do queixume está a dar lugar ao Sporting apostado em difundir mensagens positivas, transmitidas aos adeptos por vozes de protagonistas vários. Nada a objectar, pela minha parte. Só posso estar a favor.